01.1 - Graduação (Sede)
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Item Conservando o nosso sustento: a importância dos prados de angiospermas marinhas para o litoral do Brasil(2023-08-02) Silva, Gabriel Henrique Ferreira da; Magalhães, Karine Matos; http://lattes.cnpq.br/1529606079794689; http://lattes.cnpq.br/5319826249104367As angiospermas marinhas formam um importante ecossistema costeiro para o desenvolvimento da biodiversidade, em especial de importância econômica e alimentar para comunidades tradicionais pesqueiras. Apesar de sua importância, nas últimas décadas, tais prados vêm sofrendo degradação contínua, resultando na perda do habitat. Dentre as dificuldades em proteger esses prados está a falta do reconhecimento e percepção de sua importância para a população e órgãos governamentais, sendo raramente inseridos em Planos de Manejo. Reconhecer suas contribuições e benefícios para as comunidades pesqueiras é um atributo chave para tomadores de decisão, assim, o presente trabalho teve como objetivo identificar quais são as Contribuições das Angiospermas marinhas para as pessoas (Seagrass Contributions to People - SCP) ao longo do litoral brasileiro. Para isto, foi realizada uma revisão sistemática através de descritores inseridos nas bases de dados Web of Science Group e Scopus, com a seleção dos dados realizada no programa de referências bibliográficas Mendeley, utilizando como critério de inclusão trabalhos que abordam as angiospermas marinhas no litoral brasileiro. No total, foram selecionados 129 trabalhos nas bases de dados (124 artigos, 5 capítulos de livros) relativos as seis espécies registradas no litoral brasileiro, que foram utilizadas na identificação das contribuições da SCP no litoral brasileiro. Os resultados mostram que a espécie Halodule wrightii fornece 20 contribuições para as pessoas, enquanto a Ruppia maritima e Halophila decipiens fornecem 13 e 11 contribuições, respectivamente, destacando-se a sustentação da fauna associada de interesse econômico e alimentar das regiões Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil. As angiospermas Halophila baillonii, Halodule emarginata e Halodule beaudettei, por sua vez, fornecem poucas contribuições, o que era de se esperar já que são as espécies mais raras e com menor distribuição ao longo do litoral. Com a revisão confirmamos o ecossistema das angiospermas marinhas como fundamental para garantia da sobrevivência e segurança alimentar das comunidades tradicionais pesqueiras brasileiras, por apresentar importantes contribuições como áreas de alimentação, berçário, conectividade para a fauna associada, formando valiosos pesqueiros ao longo da costa brasileira. Apesar disso, é essencial reconhecer as contribuições e benefícios dessas angiospermas, o que possibilitará a reversão do quadro de degradação contínua das mesmas, através de sua inclusão em Planos de Manejo, além do desenvolvimento de ações de conservação, monitoramento e legislação relacionadas ao seu uso.Item Quando o assunto é fome, o jornal prefere o jejum: uma análise das publicações da Folha de Pernambuco no ano de 2021(2025-03-19) Acioli, Alexandre de Souza; Faria, Maurício Sardá de; http://lattes.cnpq.br/1513772085737367; http://lattes.cnpq.br/1548826983654540Este artigo explora as razões sociológicas por trás da falta de notícias sobre fome no jornal Folha de Pernambuco. Utilizando a teoria da Agenda Setting, de Maxwell McCombs, e conceitos de poder em Max Weber, Louis Althusser e Michel Foucault, analisamos como a mídia contribui para a construção e direcionamento de um discurso voltado a moldar as percepções dos leitores a partir da invisibilização da insegurança alimentar e a consequente perpetuação da desigualdade social. A metodologia envolveu a análise qualitativa das matérias jornalísticas publicadas nas 314 edições diárias do periódico ao longo de 2021, ano em que se comemorou 75 anos da publicação da primeira edição da obra Geografia da Fome, do médico Josué de Castro, e a instituição, pelo Ministério Público de Pernambuco, do Núcleo de Direito Humano à Alimentação e Nutrição Adequadas Josué de Castro (Núcleo DHANA), para atuar com atividades que possibilitassem a redução da situação de insegurança alimentar que atingia cerca de 2,1 milhões de pernambucanos.Item Aproveitamento integral do fruto da passiflora: o maracujá em suas diversas possibilidades de consumo(2022-09-28) Costa , Maria Lúcia Gurgel da; Shinohara , Neide Kazue Sakugawa; http://lattes.cnpq.br/7105928729564845; http://lattes.cnpq.br/6658237456457369O maracujá (gênero passiflora) é um tipo de trepadeira sublenhosa cuja fruta é utilizada em diversas preparações da gastronomia brasileira e as flores e frutos são utilizadas na produção de fármacos e cosméticos. A Passiflora spp está amplamente distribuída no Brasil, região do globo considerado um dos principais centros de diversidade do gênero botânico, o que explica o amplo uso alimentar e farmacológico na cultura brasileira. O objetivo deste trabalho é explorar as diversas formas de realizar o aproveitamento integral desta espécie botânica, planta de nome científico Passiflora. Para tanto desenvolveu-se pesquisa de fontes bibliográficas e de mídia digital, e a produção de alimentos a partir do fruto desta planta, investigando as diferentes formas e receitas para o aproveitamento das diferentes partes da composição do fruto da planta, por fim são apresentadas várias formas de aproveitamento das seguintes partes da planta do maracujá: casca, sementes, polpa, arilo carnoso, entre outros. Tanto a revisão bibliográfica quanto a execução prática das produções demonstrou a versatilidade e grande possibilidade de aproveitamento desta fruta, para além do uso tradicional, em produtos como: geleia, farinha da casca, farinha das sementes, compota da casca do maracujá, Arílo Carnoso a milanesa, chá de casca de maracujá que serão descritos e apresentados ao longo deste trabalho baseados em observações, achados e substanciado por descrição da literatura científica relacionados ao tema Passiflora e suas diferentes espécies.Item Sobras de alimento à luz da Lei 14.016/2020: se sobra, para onde vai?(2025-03-18) Mendes, Lucas Jerônimo; Romeiro, Edenilze Teles; http://lattes.cnpq.br/1160900303161454; http://lattes.cnpq.br/4697509354049539No Brasil, a alimentação é um direito constitucional e fundamental à vida, tendo os estados e municípios papel fundamental na segurança da alimentação da população. Nesse sentido, como forma de dar um destino mais adequado às sobras alimentares em restaurantes e similares, foi promulgada em junho de 2020, pelo Governo Federal, a Lei nº 14.016, que trata do combate ao desperdício de alimentos, com a promoção de doações dos excedentes alimentícios para o consumo humano. Com base nessa lei, e compreendendo ser a fome um problema mundial, busca-se com esse trabalho verificar as políticas de destino dessas sobras alimentares em restaurantes e similares na Região Metropolitana do Recife/PE, gerando dados que possam ser utilizados para adoção de medidas no combate ao desperdício e no destino mais adequado e de forma segura desses alimentos. Foi utilizado, para isso, um questionário com perguntas acerca do que trata a Lei nº 14.016/2020, ajudando desta forma também a divulgá-la. Os dados obtidos demonstram que há desperdício de alimentos in natura em 32,3% dos restaurantes, produtos industrializados vencidos em 6,5% e/ou sobras de refeições prontas para consumo em 60% dos restaurantes pesquisados, sendo o lixo o destino prioritário destes alimentos. Ainda, notou-se a falta de conhecimento de tal lei, bem como da cartilha da ABRASEL por grande parte dos restaurantes, fatores que influenciam diretamente na doação dos alimentos. Dessa forma, percebe-se que a destinação de alimentos e sobras alimentares no Recife e Região Metropolitana ainda encontra-se em um cenário preocupante, gerando grande quantidade de lixo e deixando de contribuir para programas que visam a garantia da segurança alimentar.Item Análise de condições de comercialização de peixes nos principais mercados públicos de Recife(2025-02-27) Silva, Gabriella Sá Lucena da; Porto Neto, Fernando de Figueiredo; http://lattes.cnpq.br/1475750525654086No contexto mundial, os pescados representam uma fonte crucial de proteína animal para milhões de pessoas, com a indústria pesqueira desempenhando um papel significativo na economia de diversos países, especialmente em regiões costeiras. A produção pesqueira global, no entanto, enfrenta desafios, como a superexploração das espécies, degradação ambiental e a necessidade de práticas sustentáveis. No Brasil, a pesca também é uma atividade de grande relevância, com destaque para as regiões Norte e Nordeste, que possuem uma grande extensão de litoral e uma rica diversidade de espécies marinhas e continentais. O país figura como um dos maiores produtores de pescados do mundo, sendo o Brasil um grande exportador de produtos pesqueiros, além de atender à demanda interna crescente. Entretanto, desafios relacionados à gestão dos recursos pesqueiros, sustentabilidade e à qualidade dos produtos ainda são aspectos a serem aprimorados. Recife, se insere nesse contexto, com uma economia pesqueira bastante expressiva, tanto para o consumo interno quanto para o comércio de pescados frescos e congelados. O Cais de Santa Rita e outros mercados públicos locais desempenham papéis essenciais na distribuição e venda desses produtos. Contudo, a cidade enfrenta dificuldades estruturais e operacionais em relação à manipulação e conservação dos pescados, o que afeta diretamente a qualidade dos produtos comercializados e, consequentemente, a saúde pública. Este estudo visa obter informações dos principais mercados públicos de Recife e analisar quais pontos dever ser melhorados na venda desses pescados.Item Movimentos revolucionários: sob viés da segurança alimentar(2024-10-04) Martins, Adriel de Almeida; Romeiro, Edenilze Teles; http://lattes.cnpq.br/1160900303161454; http://lattes.cnpq.br/0159114757191067A insegurança alimentar é um termômetro que molda a sociedade, ela expressa as divisões de classes sociais e ao mesmo tempo e um forte mecanismo de manutenção das desigualdades. Pessoas sem alimentação adequada não aprendem e não desenvolvem de forma satisfatória. A segurança alimentar é a forma básica de desenvolvimento físico e intelectual. O presente relatório teve como finalidade fazer uma breve analise das três revoluções populares pernambucanas e de um movimento social nacional, do ponto de vista histórico, sob o viés alimentar. Para isso, descreveu-se a economia durante o Brasil colônia, a formação do estado de Pernambuco, e sobre soberania alimentar, buscando o papel do alimento como um dos fatores motivadores de movimentos populares. Para tanto, contextualizou-se as principais revoluções populares nordestinas que foram motivadas pela busca de melhoria econômica, redistribuição de terras e combate à insegurança alimentar. A partir dessa perspectiva, pode se observar que a busca pela segurança alimentar é um importante impulsionador de movimentos populares, conjuntamente com outras reivindicações - moradia e emprego, buscando, desta forma, a melhoria da qualidade de vida para à população.Item Implantação de quintais produtivos em busca da valorização e soberania alimentar da comunidade da Nova Tatuoca(2017) Ferreira, Joanne Kaline de Oliveira; Silva, Lourinalda Luiza Dantas da; http://lattes.cnpq.br/7013867423178814; http://lattes.cnpq.br/8545969062098278A proposta desse projeto está baseada na realização de atividades educativas não formais, relacionadas às práticas complementares e integrativas de saúde, na busca da valorização e soberania alimentar, com moradores da Vila Tatuoca e de seu entorno. Trata-se de uma comunidade que foi remanejada a partir da expansão do Complexo Portuário de Suape, o que acarretou uma mudança nos hábitos de cuidado, costumes alimentares e práticas de lazer a partir da mudança do local de moradia. Tomando como referência a importância da segurança alimentar, do lazer e a utilização das plantas medicinais para o cuidado de si e da família, referenciada nos conhecimentos populares tradicionais, pretende-se desenvolver atividades com as famílias remanejadas na perspectiva de contribuir para o acesso aos direitos sociais de saúde, lazer e segurança alimentar. Por meio da utilização base metodológica, as etapas da metodologia da educação popular pretende-se: estudar a realidade local, com a realização do levantamento dos hábitos alimentares, de lazer e cuidado das famílias; organizar os conhecimentos - através da realização de oficinas, palestras, apresentação de vídeos, vivências, com a participação da comunidade envolvida e da equipe; e aplicação do conhecimento, por meio da implementação de Quintais Produtivos; concluindo com uma culminância planejada coletivamente.Item Experiências vividas com a agricultura urbana e a alimentação saudável na periferia do Recife(2024-03-07) Nunes, Gilberto Manoel da Silva; Silva, Maria Zênia Tavares da; http://lattes.cnpq.br/6150329073394875; http://lattes.cnpq.br/4035928624986569Esse memorial tem como objetivo trazer as experiências vivenciadas no Bacharelado em Agroecologia com ênfase no Campesinato e Educação Popular (Bacep). Meu ponto de partida para a escrita, foram minhas memórias, revisões de trabalhos e imersões realizadas, assim como consultas a textos e livros. A agroecologia urbana tem diversos desafios, porém é preciso agir de maneira imediata, pois é necessário buscar estratégias juntamente com toda sociedade para melhorar o nosso mundo. Este trabalho, traz a minha trajetória na agricultura urbana e mostra que é possível produzir com eficiência a partir de tecnologias alternativas com o intuito de promover a segurança alimentar e nutricional das pessoas que vivem em ambiente urbano, especialmente na periferia do Recife. A agroecologia é feita por várias mãos e a luta dos coletivos sociais mostra que a união faz força, buscando sempre fortalecer o campesinato e a educação popular. Assim, este memorial não registra apenas minhas experiências pessoais, mas também celebra a possibilidade de promover mudanças significativas em nossa relação com a comida, com a terra e, em última instância, com o planeta. Que cada passo dado na direção da agricultura urbana e da alimentação saudável inspire outros a trilharem caminhos semelhantes, guiados pelo compromisso de preservar a saúde do nosso planeta e de nós mesmos.Item O retorno do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) e as perspectivas para a segurança alimentar e nutricional no Brasil para 2024(2024-02-21) Rodrigues, Gabriela Ferreira; Shinohara, Neide Kazue Sakugawa; http://lattes.cnpq.br/0705920546471462No Brasil, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) é um importante agente para a efetivação do Direito Humano à Alimentação Adequada. Criado em 1993, o CONSEA é um órgão de assessoramento do Presidente da República composto por representantes da sociedade civil e representante do governo, que visa propor ações governamentais, medidas e diretrizes no campo da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) no país. No entanto, desde sua origem, o CONSEA foi extinto duas vezes, uma em 1995, retornando em 2003, e outra em 2019, retornando em 2023. O recente retorno veio concomitante a um grave cenário de insegurança alimentar no Brasil, que reforça a necessidade emergencial do combate à fome no país. Diante do exposto, a presente pesquisa teve como objetivo analisar o primeiro ano de retorno do CONSEA. Nesse sentido, buscou-se entender, como ocorreu a criação do CONSEA, como o órgão funciona e é estruturado, quais foram as discussões e propostas trazidas pelo conselho em 2023 e quais são as perspectivas para a Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil para 2024, a partir do que foi estabelecido na 6ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Além disso, a fim de contextualizar o estudo, foi feito um breve histórico da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil e no mundo. Para a construção do estudo foi utilizada a pesquisa bibliográfica qualitativa e exploratória, com base, principalmente, na plataforma do governo federal, jornais virtuais, em periódicos acadêmicos que abordam o CONSEA e o tema da Segurança Alimentar e Nutricional. A partir do estudo, conclui-se que o CONSEA voltou engajado em retirar o Brasil do Mapa da Fome da ONU até 2030, através do Programa Brasil Sem Fome. Além disso, o conselho vem buscando enfrentar essa luta a começar por seus determinantes estruturais, fortalecendo o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e sempre norteado pela participação da sociedade civil. Por fim, fica evidente a importância da constante luta para fortalecer progressivamente órgãos indispensáveis como o CONSEA e resistir às frequentes tentativas de aniquilar os avanços já conquistados.Item Educação ambiental para sustentabilidade e o consumo de alimentos agroecológicos no município de Bonito-PE(2020) Souza, Beatriz Pessoa de; Vasconcelos, Gilvânia de Oliveira Silva de; Gervais, Ana Maria Dubeux; http://lattes.cnpq.br/7478606758967006; http://lattes.cnpq.br/3816764037807462; http://lattes.cnpq.br/4811027243678618O presente projeto foi desenvolvido em escola municipal do Estreito do Norte do município de Bonito - PE, articulado com a ação maior da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UFRPE (INCUBACOOP), que vem desenvolvendo ação no município desde 2016. A centralidade das ações desenvolvidas está relacionada à preservação dos agroecossistemas naturais, bem como, ao consumo de alimentos saudáveis e agroecológicos a partir dos eixos da agroecologia, da educação para a sustentabilidade ambiental e da economia solidária. O objetivo geral da presente proposta é de desenvolver ações de educação ambiental em uma escola do campo, no município de Bonito-PE, considerando suas características socioambientais e o trabalho já desenvolvido no município pela INCUBACOOP/UFRPE, visando uma sensibilização de docentes, discentes e comunidade escolar para o consumo de alimentos saudáveis e para a transição agroecológica nas propriedades dos agricultores/as participantes da comunidade escolar. A proposta foi desenvolvida a partir da parceria com a Prefeitura Municipal do Bonito, com o apoio das respectivas secretarias do Meio Ambiente e Educação, e do Coletivo Aimirim. Este projeto de extensão teve sua base metodológica caráter qualitativo e participativo, e foi guiada pelos referenciais da pesquisa-ação (THIOLLENT, 1985), (BRANDÃO, 1985), (MORIN, 2004) entre outros e ferramentas - aplicação de questionário com docentes e estudantes, reunião com as famílias dos estudantes, intercâmbio e atividades práticas na escola. Como resultado final, obtivemos um maior envolvimento da juventude nas temáticas relacionadas ao meio ambiente, como também um processo mais amplo de sensibilização das famílias agricultoras quanto à diminuição, ou até mesmo a eliminação do uso de agrotóxicos, preservando por uma soberania e segurança alimentar e nutricional da região, bem como, uma formação básica dos processos ecológicos de boas práticas na práxis social e política, valorizando seu território e sua agrobiodiversidade local.
