01. Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE (Sede)

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    Anurofagia em rãs neotropicais do gênero Leptodactylus Fitzinger, 1826
    (2022-09-27) Souza, Ubiratã Ferreira; Moura, Geraldo Jorge Barbosa de; Dubeux, Marcos Jorge Matias; http://lattes.cnpq.br/9685756424562850; http://lattes.cnpq.br/1348666346504103; http://lattes.cnpq.br/3576159402421636
    A interação predador-presa é um componente relevante que auxilia na compreensão de como se dá o fluxo de energia nas teias tróficas, além de servir como mecanismo que atua na estruturação da comunidade. Os anuros ocupam posição crucial na rede trófica, servindo como predador e presa de muitas espécies, inclusive para o próprio grupo. Dentre os anuros neotropicais, há diversos registros de predação de anuros por espécies de Leptodactylus, tornando o gênero de grande interesse para a descrição dos padrões ecológicos na relação predador-presa, em especial a anurofagia. Assim, revisamos registros de anurofagia pelo gênero Leptodactylus publicados nos últimos 50 anos na região Neotropical e discutimos os padrões de tamanho entre predadores e presas, além dados sobre o que até então foi publicado sobre anurofagia, identificando padrões de distribuição espaciais e temporais de amostragem. Os registros de predação por Leptodactylus aumentaram substancialmente nas últimas décadas, principalmente após 2002. Há relação significativa no tamanho de anuros predadores e suas presas, havendo uma tendência de quanto maior o predador, maior a sua presa. O tamanho dos anuros predados variou de 19.8 mm a 86 mm de comprimento rostro-cloacal (CRC), sendo o tamanho corporal um fator determinante para interações predador-presa. Quando encontrado presas maiores os Leptodactylus compensam isso com mais presas de tamanhos variados. As famílias de sapos com registro de predação pelo gênero foram Leptodactylidae, Hylidae, Bufonidae e Microhylidae. O déficit de detalhes nos dados publicados, como precisão taxonômica, CRC dos predadores e presas, é grande. Muitos relatos trazem mecanismos antipredação como fatores relevantes para evitar alguns eventos de predação. Apesar de comum, futuros estudos sobre eventos de predação de sapos-sapos devem incluir informações como tamanho e identificação de presas/predadores, estratégias antipredação, tempo de captura e ingestão (quando pertinente), estágio de desenvolvimento dos anuros e características do habitat.
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    Ecologia trófica de Amphisbaena vermicularis Wagler, 1824, (Squamata, Amphisbaenidae) Nordeste, Brasil
    (2021-12-17) Silva, Pedro Vinicius Freire Guedes da; Moura, Geraldo Jorge Barbosa de; Maciel, Renata Perez; http://lattes.cnpq.br/9083555957024860; http://lattes.cnpq.br/1348666346504103; http://lattes.cnpq.br/5792351278939394
    A Amphisbaena vermicularis é um réptil ápode de visão reduzida, porém com boa percepção química e sonora. É um animal fossorial, o que dificulta o estudo acerca de seu comportamento, distribuição e ecologia. O objetivo deste trabalho é analisar a dieta de Amphisbaena vermicularis, bem como os parâmetros relacionados à ecologia trófica dos indivíduos. Foram fornecidos 57 animais (16 machos, 14 fêmeas, 24 juvenis e 3 não identificados) da coleção herpetológica da Universidade Federal do Ceará. Para cada indivíduo, foram aferidas oito medidas morfométricas: comprimento rostro cloacal, largura mandibular, largura do corpo, altura do corpo, altura da cabeça, largura da cabeça, comprimento da cabeça e comprimento da cauda, medidas essas utilizadas para quantificar o grau do dimorfismo sexual da espécie. O conteúdo estomacal foi removido e medido em comprimento e largura. Dos 57 indivíduos, 32 apresentaram estômagos vazios, enquanto 25 tinham presas identificáveis no trato digestivo, o item mais encontrado foi Formicidae, com uma freqüência de 44,12%, seguido por Blattaria com 23,53%, larvas de Coleoptera com 17,65%, Isoptera com 8,82%, e Coleoptera e Araneae empatados com 2,94%, do total de 137 itens alimentares. Os testes estatísticos indicaram ausência variação significativa entre a dieta dos machos, fêmeas e juvenis. Os resultados do presente trabalho revelam que a A. vermicularis é um predador generalista alimentando-se basicamente de artrópodes aleatoriamente, de acordo com a sua capacidade corpórea.
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    Distribuição espaço-temporal da fauna ictioplanctônica e de Chaetognatha e sua interação no litoral norte de Pernambuco
    (2020-01-27) Silva, Jade Beatriz Alves da; El-Deir, Ana Carla Asfora; http://lattes.cnpq.br/4822569793807941; http://lattes.cnpq.br/7346027083165974
    O sucesso dos estágios iniciais de vida nos peixes influência no recrutamento e determina a estrutura das populações adultas. No período de larva, esses indivíduos estão mais vulneráveis a predação e outros fatores que afetam sua sobrevivência e/ou mortalidade. Chaetognathas são descritos como predadores vorazes, podendo se alimentar de larvas de peixes, afetando assim, a distribuição e o sucesso do ictioplâncton. Nesse contexto, o estudo teve como objetivo analisar a distribuição espacial do ictioplâncton no estuário do rio Jaguaribe e na praia de Jaguaribe, correlacionando com a ocorrência de Chaetognatha. As coletas foram realizadas nos meses de agosto, setembro, outubro e dezembro de 2017 em três pontos, estes, foram distribuídos na foz do rio Jaguaribe, arrebentação da praia de Jaguaribe e curral. Os indivíduos coletados foram fixados in situ em formol salino a 4% e posteriormente triados em laboratório e conservado em etanol 70%. Foram coletadas 88 larvas, identificadas em três ordens e seis famílias, sendo elas: Achiridae, Engraulidae, Carangidae, Clupeidae, Gerreidae e Gobiidae. A família mais abundante foi Engraulidae, estando presente em todos os meses e pontos amostrados. A zona de arrebentação foi o local com maior abundância de larvas. 574 Chaetognathas foram coletados e identificados em uma ordem, duas famílias e três espécies. Estes, estiveram presentes em todos os pontos amostrados, porém, apresentaram maior abundância na região do curral. Foram coletados 5305 ovos, destes 4161 foram ovos de Engraulidae. O mês de setembro apresentou a maior abundância de ovos, com 78,4% do total coletado. Ao comparar a distribuição do ictioplâncton e Chaetognathas, foi observado uma sobreposição na ocorrência destes. A distribuição espacial do ictioplâncton é altamente influenciada pela ocorrência de Chaetognathas, uma vez que estes, são grandes predadores. Com um declínio na abundância de Chaetognathas ocorre um aumento do ictioplâncton, comprovando a existência de uma relação inversamente proporcional.