01.1 - Graduação (Sede)

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    Dinâmica de floresta seca monodominante de Cenostigma bracteosum (Tul.) Gagnon & G. P. Lewis no Sertão pernambucano
    (2025-03-13) Almeida, Sarah Aylana de Lima; Ferreira, Rinaldo Luiz Caraciolo; Ferreira, Maria Beatriz; http://lattes.cnpq.br/2306153134871826; http://lattes.cnpq.br/8002371435811689; http://lattes.cnpq.br/0384584582414497
    Cenostigma bracteosum (Tul.) E. Gagnon & G. P. Lewis é uma espécie que normalmente se destaca em ambientes de Caatinga. Entretanto, em algumas pesquisas desenvolvidas no sertão pernambucano, foi constatada uma elevada dominância da espécie, o que a fez ser caracterizada como monodominante. Considerando que as razões que levam uma espécie a atingir a condição de monodominância em uma floresta ainda não são totalmente compreendidas, os estudos sobre dinâmica florestal são importantes nesse sentido, pois auxiliam na avaliação das mudanças temporais e na compreensão de mecanismos ecológicos. Diante disso, objetivou-se com o presente trabalho analisar a dinâmica estrutural de uma floresta tropical seca monodominante de Cenostigma bracteosum no semiárido pernambucano em três anos distintos: 2011, 2017, e 2023. Os dados foram coletados em uma área de Caatinga com aproximadamente 50 ha, Floresta-PE. O local vem sendo monitorado desde o ano de 2008, por meio de 40 parcelas permanentes de 400 m². Foram mensurados e identificados botanicamente todos os indivíduos arbustivo-arbóreos com circunferência a 1,30 m do solo (C) ≥ 6 cm. A partir das medições, estimou-se os parâmetros fitossociológicos (densidade, frequência e dominância) em valores absolutos e relativos, além do valor de importância (VI) e do índice de diversidade de Shannon (H’). Posteriormente, fez-se a estimativa da distribuição diamétrica da C. bracteosum e das cinco espécies com o maior número de indivíduos na comunidade, da distribuição espacial por meio do índice de Morisita (IMi), e da biomassa acima do solo. Houve uma redução de aproximadamente 37,9% no número de indivíduos amostrados na área entre 2011 e 2017, a qual foi superior à registrada entre 2017 e 2023 (4,49%), devido à ocorrência de uma estiagem prolongada na área de estudo. As famílias Fabaceae, Euphorbiaceae e Anacardiaceae foram as mais representativas em número de espécies e indivíduos nas três ocasiões de monitoramento. A C. bracteosum se destacou em todos os parâmetros fitossociológicos, obtendo, portanto, o maior VI. O valor de H’ revelou uma baixa diversidade florística, que foi associado à alta concentração de indivíduos em um baixo número de espécies. A análise da distribuição diamétrica revelou que a C. bracteosum ditou o comportamento da vegetação como um todo, sendo este um reflexo de sua monodominância. O fragmento apresentou estrutura semelhante à outras áreas de Caatinga, com maior proporção de espécies com distribuição agregada, onde a C. bracteosum foi responsável pelo maior nível de agregação. C. bracteosum representou mais de 50% da biomassa total da comunidade amostrada após o período da ocorrência da estiagem (a partir de 2017). Os resultados sugerem que os fatores ambientais locais e as características adaptativas da C. bracteosum favoreceram a monodominância da espécie na área de estudo. Assim, recomenda-se a continuidade deste monitoramento para planejar estratégias de conservação que promovam uma maior diversidade e estabilidade do ecossistema, além da realização de estudos mais aprofundados que visem à melhor compreensão dos mecanismos envolvidos na monodominância da C. bracteosum, com o intuito de contribuir com informações que, futuramente, possam explicar as causas desse fenômeno nas florestas naturais.
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    Variabilidade espacial da matéria orgânica do solo e da densidade e diversidade vegetacional das margens do rio Brígida
    (2019) Barkokebas, Raquel Barroncas; Pedrosa, Elvira Maria Regis; http://lattes.cnpq.br/8905353478054504; http://lattes.cnpq.br/4538198281938184
    O Semiárido Brasileiro é caracterizado por ser uma região de poucas chuvas, alta evapotranspiração e clima seco, correspondendo a 12% da área do País. A vegetação, caatinga, é constituída principalmente por árvores baixas e arbustos ramificados apresentando um aspecto exuberante em época de chuva. As peculiaridades inerentes ao Semiárido o tornam uma das regiões mais vulneráveis às mudanças climáticas, afetando o desenvolvimento das matas nativas e sua conservação. A matéria orgânica apresenta grandes benefícios para a produção e conservação do solo, melhorando não apenas as características físicas, mas também as biológicas. Assim sendo, objetivou-se com a pesquisa correlacionar as frações da matéria orgânica do solo com o número e a diversidade de espécies de planta em área de mata ciliar típica de Caatinga às margens do Rio Brígida. O estudo foi conduzido no município de Parnamirim, localizado no Sertão Central Pernambucano, em dois transectos lineares paralelos com 16 pontos por linha equidistantes 10 m entre si totalizando 32 amostras de solo. Foram efetuadas as análises da matéria orgânica, da densidade e da umidade do solo, da densidade e diversidade da vegetação. Para a análise dos dados, foi realizada estatística descritiva e geoestatística para verificação do comportamento quanto à variabilidade espacial. Em conclusão, a densidade da vegetação local quando analisada por porte das plantas não apresentou correlações com as propriedades do solo, porém, a ocorrência de carbono orgânico foi maior quando houve maior diversidade vegetacional na localidade.
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    Seleção de microrganismos de plantas da caatinga para o controle de Acidovorax citrulli em plântulas e plantas de meloeiro
    (2021) Ferreira, Marcelle Andressa da Silva; Souza, Elineide Barbosa de; http://lattes.cnpq.br/7921711938378088; http://lattes.cnpq.br/8884471505955025
    A mancha aquosa causada por Acidovorax citrulli é uma importante doença bacteriana para a cultura do meloeiro no Nordeste do Brasil. O objetivo da pesquisa foi testar a eficiência de microrganismos obtidos de plantas da Caatinga no controle de A. citrulli pelos métodos de tratamento de sementes e plântulas de meloeiro. Foram utilizados 48 isolados de microrganismos obtidos de plantas da Caatinga, sendo 33 bactérias e 15leveduras, recuperados da Coleção de Culturas Rosa Mariano (CCRM) do Laboratório de Fitobacteriologia da UFRPE e um isolado da bactéria fitopatogênica A. citrulli. Nos testes de seleção, pelo tratamento de sementes para a inibição da transmissão do patógeno e por pulverização de plântulas para controle da doença, não foi possível realizar a seleção. Uma vez que os resultados foram prejudicados, principalmente, pelas condições ambientais, devido a valores altos de temperatura e também baixos, o que inibiu o aparecimento de sintomas e diminuiu a severidade da doença nas plantas, principalmente a testemunha positiva durante a realização dos experimentos.
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    Efeitos de variações na luminosidade no crescimento vegetativo de Chamaecrista rotundifolia (Pers.) Greene, uma herbácea perene da Caatinga
    (2021-12-17) Silva, Lucca Leonardo Rendall; Araújo, Elcida de Lima; Aguiar, Bruno Ayron de Souza; http://lattes.cnpq.br/2829559518802671; http://lattes.cnpq.br/6239993539613839; http://lattes.cnpq.br/5047335299627536
    Variações de luminosidade na Caatinga são decorrentes da fragmentação dos habitats e variação natural no dossel das árvores, no qual influenciam o crescimento e desenvolvimento das herbáceas. Visando compreender as estratégias de Chamaecrista rotundifolia (Pers.) Greene, uma erva perene da Caatinga, à variação de luminosidade, este estudo hipotetiza que, à medida que esse fator diminui, há redução na área, longevidade e produção de folhas dessa espécie. Os indivíduos se aglomeravam em clareiras, e ao todo 400 sementes foram coletadas de forma aleatória no fragmento de Caatinga do Instituto Agronômico de Pesquisa (IPA), Caruaru-PE. As sementes foram germinadas e 120 mudas viáveis foram dispostas em 4 tratamentos (T) com diferentes percentuais de luminosidade: T100: pleno sol, T70: 70%, T50: 50%, T30: 30%; 30 repetições cada; duração de 6 meses. Mensuramos semanalmente o comprimento e largura de folhas previamente marcadas, para que pudéssemos aferir a taxa de crescimento relativo em área foliar (TCRAf), a partir de equações alométricas específicas desta espécie. Aferimos a longevidade (LF) e produção foliar total (PTF). Avaliamos os resultados através de GLMs (Modelos Lineares Generalizados). Verificamos que não houve diferenças muito significativas quanto às taxas de crescimento relativo das folhas entre os tratamentos de disponibilidade de luz. A menor produção foliar total (PTF) foi semelhante entre T30 e T50, diferindo dos demais tratamentos. Em comparação ao T100, houve uma redução na produção de folhas em até 91,64% observada no T30. Além da maior produção de folhas no T100, observamos que este tratamento também possuía os maiores valores na abscisão das folhas (PEF) durante o monitoramento. Com mais de 97% de perda no T30, quando comparado ao T100. E quanto a longevidade foliar, verificamos que apenas 8% da variação foi explicada pela redução da disponibilidade de luz. Todas as características vegetativas analisadas se mostraram plásticas, com maior destaque para o índice de plasticidade da distância relativa dos atributos: número de folhas (0,73), altura (0,68) e diâmetro (0,56), respectivamente os traços demonstrados mais plásticos durante o estudo. Variações extremas na luminosidade normalmente têm impacto negativo no metabolismo primário das plantas, porém, especificamente para esta espécie da Caatinga, o aumento deste fator se mostrou vantajoso para o seu sucesso no crescimento e estabelecimento neste ambiente estocástico. Assim, somado a sua baixa requisição nutricional e grande produção de biomassa e deposição de nutrientes no solo, a espécie C. rotundifolia se mostrou uma excelente espécie pioneira, podendo ser usada na restauração de ambientes degradados.