01.1 - Graduação (Sede)
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Resultados da Pesquisa
Item Entre o desejo e a resistência: interseccionalidade, performatividade e colonialidade na literatura erótica negra de Odailta Alves(2025-03-12) Fonseca, Frederico Sousa da; Paes, Iêdo de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/3281218394136739Este trabalho analisa a obra Pretos Prazeres (2020), de Odailta Alves, a partir das teorias de Judith Butler e María Lugones, com o objetivo de compreender como a literatura erótica negra tensiona normas de gênero, sexualidade e raça. A pesquisa destaca como Alves desafia discursos hegemônicos ao criar narrativas que ressignificam o erotismo negro como um espaço de resistência e afirmação subjetiva. O estudo parte da teoria da colonialidade do gênero de Lugones para evidenciar como as estruturas coloniais impuseram uma normatividade binária e racializada aos corpos negros. Além disso, fundamenta-se na teoria da performatividade de gênero de Butler para demonstrar como a identidade é construída por meio da repetição de normas, podendo ser subvertida. Ao longo da análise, observa-se que a literatura de Alves desestabiliza as representações tradicionais do desejo e da sexualidade negra, promovendo novas formas de subjetivação. A pesquisa se estrutura em três seções: o primeiro examina a colonialidade do gênero e como a literatura erótica negra se configura como um espaço de resistência. A segunda seção discute a performatividade de gênero e sua relação com as transgressões identitárias na obra de Alves. O terceiro seção estabelece um diálogo entre as teorias de Butler e Lugones, evidenciando a interseccionalidade entre raça, gênero e erotismo. Os resultados indicam que Pretos Prazeres desafia a inteligibilidade normativa da identidade ao promover narrativas que deslocam os corpos negros do lugar de subalternidade, ressignificando o erotismo como um ato político. Dessa forma, este estudo contribui para a compreensão da literatura erótica negra como um campo de disputa e reinvenção, em que o desejo e a identidade tornam-se ferramentas de resistência e emancipação.Item Questões de gênero e sexualidade nas experiências de discentes do curso de Licenciatura em Química: uma análise de suas narrativas (auto)biográficas(2024-09-19) Silva, David Filipe Nascimento da; Firme, Ruth do Nascimento; http://lattes.cnpq.br/7234636790850019As questões sobre gênero e sexualidade, geralmente, não são discussões recorrentes no ensino de Química e na formação inicial de professores de Química. Entretanto, considera-se a necessidade da formação dos futuros professores de Química para lidar com a diversidade presente nas salas de aula. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa foi compreender por meio das narrativas (auto) biográficas de discentes da Licenciatura em Química, suas experiências sobre questões de gênero e sexualidade no contexto escolar/acadêmico. A pesquisa foi qualitativa e contou com participação de sete discentes do curso de Licenciatura em Química, matriculados nos componentes curriculares Estágio Supervisionado Obrigatório III e Estágio Supervisionado Obrigatório IV de uma universidade pública federal. O instrumento de pesquisa foram as narrativas (auto)biográficas escritas pelos discentes, obtidas por meio de um questionário de questão única, elaborado na plataforma Google Forms. Para as análises das narrativas (auto)biográficas, foram consideradas categorias analíticas à posteriori. Os resultados das análises, relativos às experiências dos discentes sobre questões de gênero e sexualidade no contexto escolar/acadêmico relatados em suas narrativas (auto) biográficas, indicaram: a ausência da discussão sobre questões de gênero e sexualidade no âmbito escolar e/ou acadêmico; o não saber agir, intolerância e/ou preconceito diante de questões de gênero e sexualidade por estudantes/professores no âmbito escolar e/ou acadêmico; o desrespeito e bullying diante de questões de gênero e sexualidade no âmbito escolar e/ou acadêmico: o respeito diante das questões de gênero e sexualidade no âmbito acadêmico; contribuições de disciplinas/programas no âmbito escolar e/ou acadêmico sobre questões de gênero e sexualidade; o saber agir diante de questões de gênero e sexualidade na minha prática docente; e o como inserir questões de gênero e sexualidade no ensino de Química. Portanto, esta pesquisa pode contribuir com as discussões sobre questões de gênero e sexualidade na formação inicial de professores de Química, uma vez que trouxe as experiencias vivenciadas por discentes e evidenciou, a partir de seus resultados, o quanto a ausência destas questões na formação profissional pode dificultar a educação inclusiva.Item Representações femininas nas obras de Chico Buarque(2022-10-05) Silva, Sarah Correia de Souza da; Bandeira, Élcia de Torres; http://lattes.cnpq.br/4669638328828195Nos últimos vinte anos ocorreram diversas modificações nos estudos e abordagens historiográficas a respeito das questões de gênero dentro da comunidade acadêmica brasileira, especialmente no que concerne aos lugares e percepções acerca do que é feminino em contextos de contemporaneidade. Desta maneira, este trabalho, intitulado de Representações femininas nas obras de Chico Buarque de Holanda, teve por objetivo estudar, pesquisar, mapear e analisar, sobretudo, a partir do conceito de representações trabalhado pelo historiador Roger Chartier, as formas pelas quais a figura feminina é apresentada em algumas das canções do artista Chico Buarque (“Sem açúcar”, “Ana de Amsterdam”, “A Rita”, “Carolina”, “Bárbara” e “A história de Lily Brown”). Desta forma, as análises da tríade: História-Literatura-Gênero, apontam a possibilidade de visualizar, debater e entender as construções seculares em torno da mulher, da natureza do feminino e dos impactos intelectuais nas percepções sobre as relações de gênero.Item Como a produção do conhecimento vem tratando gênero na escola nas aulas de educação física(2023-09-14) Silva, Érika Waléria Paulino da; Lindoso, Rosângela Cely Branco; http://lattes.cnpq.br/3076590717855221; http://lattes.cnpq.br/3571751621160409A escola é o ambiente onde se vivencia as primeiras relações em coletivos, em grupos sociais e também onde temos as primeiras experiências de exclusão, preconceito ou discriminação. A discussão sobre gênero é feita de forma generalizada há algum tempo na nossa sociedade e seu conceito está sempre relacionado ao momento social em que vivemos. É uma discussão cada vez mais necessária, principalmente no ambiente escolar por ser um dos motivos de exclusão que vivenciamos na escola, sendo a disciplina de educação física mecanismo importante, já que está em contato constante com a diversidade dos corpos e suas culturas. Esta pesquisa se trata de um levantamento bibliográfico dos últimos três anos (2020-2023) que busca identificar o que vem sendo produzido cientificamente sobre gênero nas aulas de educação física. Diante das análises dos dados recolhidos foi percebido que o conceito de gênero é algo semelhante entre os autores, além das problemáticas do cotidiano serem pontuadas constantemente e pesquisas que tratam as questões de gênero com amplitude abrangendo pautas LGBTQIA+ ou das pessoas que não se identificam em gênero algum são quase nulas, o que nos faz refletir sobre o quanto ainda precisamos pesquisar sobre o tema.Item Os Princípios Yogyakarta na igualdade de gênero das pessoas LGBTQIAP+ e seu impacto no Brasil(2023-09-19) Prazeres, Paulo Joviniano Álvares dos; Sousa, João Morais de; http://lattes.cnpq.br/9057718684364301; http://lattes.cnpq.br/8219143137437690Este trabalho tem como objetivo analisar os Princípios de Yogyakarta e seu contexto histórico, contextualizando-os dentro do panorama global dos direitos humanos e da luta por igualdade de gênero e diversidade sexual, visando compreender como foram aplicados e recepcionados pela legislação brasileira, observando os desafios, avanços e obstáculos encontrados na incorporação desses princípios em políticas públicas, legislações e práticas sociais. Isso porque, os Princípios de Yogyakarta são mais do que um mero documento; eles representam um compromisso com a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. A pesquisa demonstra que a aplicação desses princípios tem sido constante nas ultimas decisões do judiciário brasileiro, bem como, contribuem para a realização de políticas públicas igualitárias, entretanto, ainda há muito a ser avançado e conquistado pela comunidade LGBTQIAP+.Item Dissidências flamejantes na república de Weimar: um espetáculo moderno de intelectualidade e gênero na hq ‘Berlim’ de Jason Lutes(2023-09-22) Vieira, Neff Borba Araquan; Barbosa, Lúcia Falcão; http://lattes.cnpq.br/5667594441132627; http://lattes.cnpq.br/3440569002472574Este artigo tem como proposta evidenciar os cenáculos e identidades dissidentes presentes na Berlim da República de Weimar. Para tanto, vamos analisar os espaços da cidade e as intrigas traçadas por Jason Lutes (2020) em sua HQ intitulada Berlim. Os anos dourados, da então chamada capital gay da Europa, são fruto do processo de emergência de uma modernidade plural, que transborda após a derrota da Alemanha na I Guerra Mundial e a derrocada do poder imperial. Frente a diversos contratempos, como a ascensão nazista, e o discurso de ódio que cresce a cada dia, a cidade de Berlim vivencia um momento de efervescência cultural, em que intelectuais boêmios exploram identidades dissidentes e flamejantes.Item Por uma memória da subversão: a condição de exílio do corpo travesti em “A voz da consciência”, de Atena Beauvoir(2020) Menezes, Maria Isabela Berenguer de; Andrade, Brenda Carlos de; http://lattes.cnpq.br/3020775163633086; http://lattes.cnpq.br/6486204392731681O presente artigo propõe uma discussão acerca da representação do corpo travesti na literatura, mais especificamente no conto “A voz da consciência”, presente no livro Contos Transantropológicos, de Atena Beauvoir. De maneira geral, lançaremos olhar à perspectiva de (r)existência que a autora nos apresenta, o qual tem como norte a construção da subjetividade do corpo travesti em meio aos melindres da repressão das instituições sociais. Para isso utilizaremos conceitos que tenham como base a noção de inclusão e pluralidade no que diz respeito à literatura, ao corpo, ao discurso e à sociedade. Ressaltamos que o objetivo central desta pesquisa é identificar a condição de exílio na personagem travesti no conto “A voz da consciência”. Logo, pretendemos, com este estudo, minimizar, da forma que for possível, a discrepância de poder discursivo entre os que estão dentro e fora do âmbito acadêmico e, principalmente, trazer à tona vivências subalternas e torná-las, mesmo que de maneira sintética, o foco da discussão.Item Gongando a norma e aquendando o pajubá: conexões teóricas entre língua e identidade a partir do dialeto LGBT(2019-12-12) Silva Júnior, Ailton Gomes da; Melo, Sandra Helena Dias de; http://lattes.cnpq.br/9741642922205953; http://lattes.cnpq.br/3821247197153669Este artigo discute a relação entre língua e identidade, a partir do dialeto LGBT Pajubá, a fim de perceber, de um lado, como os falantes dessa linguagem encontraram nela uma forma de (re)existência e fortalecimento de suas identidades vulneráveis, a partir de um falar que desestabiliza as normas de gênero e sexualidade, e, de outro, como esses sujeitos também passam por um processo de (tentativa de) apagamento de suas histórias e identidades, por discursos excludentes que circulam socialmente e concebem a língua como se fosse meramente instrumento linguístico puro. Buscamos tal compreensão através das contribuições da Nova Pragmática (MUNIZ, 2016; PINTO, 2008), que formula uma nova possibilidade de encarar a linguagem, juntamente com outras vozes contra-hegemônicas (HOOKS, 2008). Para isso, analisamos comentários no Twitter sobre o ENEM 2018 marcadamente contrários ao dialeto. No corpus analisado, foram encontradas designações pejorativas à fala e ao falante do Pajubá, demonstrando não apenas rejeição ao dialeto, mas também um ataque aos usuários dessa comunidade linguística, a organizadores do Exame Nacional de Ensino Médio, e/ou a docentes e estudantes que discutam o assunto. Concluiu-se que as práticas discursivas performam construções acerca da identidade e da língua do Outro, que ajudam na manutenção de uma ordem colonial.Item Mulheres e questões de gênero nas Ciências sociais: uma análise das matrizes curriculares do curso de Ciências sociais da UFRPE(2018) Santos, Amanda Ramos Alves dos; Benzaquen, Júlia Figueredo; http://lattes.cnpq.br/0325443406402140; http://lattes.cnpq.br/6465456614324783Esta monografia investiga quais espaços são ocupados pelas mulheres autoras e conteúdos relacionados às questões de gênero nas matrizes curriculares do curso de Ciências Sociais da UFRPE. Para tanto, em um primeiro momento houve uma revisão bibliográfica, a partir da consulta de literatura que trata das temáticas da história das Ciências Sociais na UFRPE, questões curriculares e da inclusão de gênero, e dos estudos pós-coloniais enfatizando as perspectivas feministas. Durante a pesquisa a coleta de dados se deu através das análises documentais dos Projetos Pedagógicos do Curso e dos textos administrativos. Assim, foram identificadas nas bibliografias básicas de todas as disciplinas obrigatórias presentes nas segunda e terceira matrizes curriculares as autoras que foram e são trabalhadas durante a graduação e como todos os componentes das três matrizes abordam ou não conteúdos relacionados às questões de gênero. Ainda na coleta de dados, foram aplicadas entrevistas semiestruturadas com cinco docentes e cinco discentes com a finalidade de identificar quais as percepções destes sujeitos sobre as disciplinas mapeadas e suas importâncias na composição das matrizes curriculares. A investigação revelou que ao longo destes 27 anos de história do curso houve uma crescente sensibilidade em relação à inclusão das questões de gênero e autoras mulheres. No entanto, os dados apresentados mostram que as autoras continuam sendo invisibilizadas e que as discussões de gênero ainda não estão propostas de forma consistente no currículo do curso de Ciências Sociais da UFRPE.
