Gongando a norma e aquendando o pajubá: conexões teóricas entre língua e identidade a partir do dialeto LGBT

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2019-12-12

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Resumo

Este artículo discute la relación entre lengua y identidad, desde el dialecto LGBT Pajubá, para comprender, por un lado, como los hablantes de este idioma encontraron en él una forma de (re)existencia y fortalecimiento de sus identidades vulnerables, basado en un discurso que desestabiliza las normas de género y sexualidad, y, por otro lado, como estos sujetos también pasan por un proceso de (intento de) borrar sus historias e identidades, por los discursos excluyentes que circulan socialmente y conciben la lengua como si fuera simplemente instrumento linguístico puro. Buscamos tal comprensión a través de las contribuciones de la Nueva Pragmática (MUNIZ, 2016; PINTO, 2008), que formula una nueva posibilidad de enfrentar el lenguaje, junto con otras voces contrahegemónicas (HOOKS, 2008;). Con este fin, analizamos comentarios en Twitter sobre ENEM 2018 marcadamente contrarios al dialecto. En el corpus analizado, se encontraron designaciones peyorativas para el discurso y el hablante de Pajubá, lo que demuestra no solo el rechazo del dialecto, sino también un ataque contra los usuarios de esta comunidad lingüística, los organizadores del Examen Nacional de Secundaria y/o los maestros y estudiantes discutiendo el tema. Se concluyó que las prácticas discursivas realizan construcciones sobre la identidad y el lenguaje del Otro, que ayudan a mantener un orden colonial.

Descrição

Este artigo discute a relação entre língua e identidade, a partir do dialeto LGBT Pajubá, a fim de perceber, de um lado, como os falantes dessa linguagem encontraram nela uma forma de (re)existência e fortalecimento de suas identidades vulneráveis, a partir de um falar que desestabiliza as normas de gênero e sexualidade, e, de outro, como esses sujeitos também passam por um processo de (tentativa de) apagamento de suas histórias e identidades, por discursos excludentes que circulam socialmente e concebem a língua como se fosse meramente instrumento linguístico puro. Buscamos tal compreensão através das contribuições da Nova Pragmática (MUNIZ, 2016; PINTO, 2008), que formula uma nova possibilidade de encarar a linguagem, juntamente com outras vozes contra-hegemônicas (HOOKS, 2008). Para isso, analisamos comentários no Twitter sobre o ENEM 2018 marcadamente contrários ao dialeto. No corpus analisado, foram encontradas designações pejorativas à fala e ao falante do Pajubá, demonstrando não apenas rejeição ao dialeto, mas também um ataque aos usuários dessa comunidade linguística, a organizadores do Exame Nacional de Ensino Médio, e/ou a docentes e estudantes que discutam o assunto. Concluiu-se que as práticas discursivas performam construções acerca da identidade e da língua do Outro, que ajudam na manutenção de uma ordem colonial.

Palavras-chave

Linguagem e línguas, Minorias sexuais, Identidade de gênero

Referência

SILVA JÚNIOR, Ailton Gomes da. Gongando a norma e aquendando o pajubá: conexões teóricas entre língua e identidade a partir do dialeto LGBT. 2019. 28 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras) - Departamento de Letras, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2019.

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