01.1 - Graduação (Sede)
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Item Uso da urocultura para predizer a hemocultura no diagnóstico etiológico de urosepse(2023-09-11) Ferreira, Karoliny Gonçalves do Amaral Ferraz; Almeida, Anna Carolina Soares; Pereira, Jennifer Sabrina Ferreira da Silva; http://lattes.cnpq.br/0520318508510990; http://lattes.cnpq.br/4891800920829895; http://lattes.cnpq.br/3030973842702888A urocultura e a hemocultura são exames cruciais para identificar os agentes patológicos, responsáveis pela infecção, e guiar o tratamento adequado. No entanto, os resultados da hemocultura frequentemente requerem mais de um dia, atrasando o tratamento e apresentando altas taxas de falso negativo. Estudos sugerem que os resultados da urocultura podem ser usados para predizer os resultados da hemocultura em pacientes com urosepse, agilizando diagnósticos. O propósito deste estudo foi analisar os dados de urocultura e hemocultura em hospitais terciários no Recife, com o objetivo de avaliar a urocultura como uma ferramenta adicional e eficaz para diagnosticar urosepse, visando a redução do tempo de internação e a garantia de tratamento apropriado. Os dados foram examinados considerando fatores como gênero biológico e patógenos mais frequentes contribuindo para o entendimento da sepse e o aprimoramento do diagnóstico de urosepse. O estudo analisou 842 pedidos de exames de pacientes internados entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023, que realizaram tanto urocultura quanto hemocultura. Pacientes que fizeram exames de urocultura e hemocultura simultaneamente, com pelo menos um resultado positivo, foram selecionados. Cerca de 40,1% desses pacientes tiveram resultados positivos para ambos os exames. A correlação revelou uma probabilidade mais limitada de ambos os exames serem positivos, com a hemocultura apresentando mais casos de possíveis falsos negativos. Casos em que o mesmo agente patológico foi evidenciado em ambos os exames, onde estes tenham sidos realizados no mesmo dia também foram investigados, visto que se fosse identificado um alto índice destes casos, seria possível que o exame de urocultura predissesse o exame de hemocultura. Porém, apenas 4,2% desses casos sustentaram a hipótese proposta. O sexo feminino mostrou maior positividade, concordando com pesquisas anteriores sobre infecções urinárias e sepse. A Escherichia coli foi o patógeno mais prevalente, seguido pela Klebsiella pneumoniae, corroborando com a literatura. Além disso, 38,3% dos pacientes com resultados positivos em uroculturas tiveram resultados negativos em hemoculturas, indicando possíveis falsos negativos nas hemoculturas, conforme identificado em estudos anteriores. Portanto, considerando as evidências reunidas, a utilização da urocultura como preditora da hemocultura no diagnóstico de urosepse não demonstrou eficácia comprovada. Isso implica que, embora a urocultura possa indicar a presença de agentes infecciosos no trato urinário, não é capaz de predizer diretamente a presença de bactérias na corrente sanguínea, uma vez que os agentes etiológicos nos pacientes com resultados positivos em ambos os exames, na maioria das vezes, foram diferentes.Item Revisão de literatura e análise da situação epidemiológica da febre do oropouche no Brasil, durante o período de 2023 e 2024(2025-03-18) Nascimento, Chrisley Ariadne Silva do; Cavalcanti, Yone Vila Nova; http://lattes.cnpq.br/3476206328790443; http://lattes.cnpq.br/3651817620207158A febre Oropouche é uma arbovirose causada pelo Oropouche orthobunyavirus (OROV), pertencente à família Peribunyaviridae. É transmitida pelo mosquito da espécie Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora. Atualmente, o Brasil enfrenta um surto dessa arbovirose, que apresenta um grande risco de sobrecarregar o sistema de saúde. Diante desse cenário, foi analisada a situação da febre Oropouche no Brasil durante o período de 2023-2024, com foco no diagnóstico, na prevenção e nas medidas adotadas pelos órgãos de saúde para alertar a população. Trata-se de um estudo descritivo, analítico e quantitativo, de cunho elucidativo, baseado nos índices da febre Oropouche no Brasil. Os dados foram obtidos a partir da plataforma de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, por meio de boletins epidemiológicos, informes semanais e paineis epidemiológicos. Durante o período analisado, foram relatados 14.700 casos da doença. Constatou-se que a Região Norte é endêmica para a febre Oropouche. No entanto, embora ainda apresente o maior percentual de casos, o vírus tem se espalhado por todo o território brasileiro, com números expressivos registrados na Região Sudeste, especialmente no estado do Espírito Santo. Além dos casos convencionais, foram registrados quatro óbitos relacionados ao vírus, e outros casos seguem em investigação. Também há registros de transmissão vertical, com relatos de anomalias congênitas, como microcefalia, além de óbitos fetais e abortos. Testes laboratoriais moleculares demonstraram eficiência no diagnóstico do vírus. Até o momento, não há vacinas ou tratamentos específicos para a enfermidade. Diante disso, cabe aos órgãos de saúde promover a conscientização da população sobre os riscos da doença e manter um acompanhamento rigoroso das gestantes, seja no pré-natal ou, em casos de confirmação de malformação congênita, no acompanhamento neonatal.Item Relatório de Estágio Supervisionado Obrigatório (ESO) realizado na Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho município de Botucatu - SP, Brasil e na Universidade Federal Rural de Pernambuco, município de Recife - PE, Brasil: panorama dos crimes contra cães e gatos e investigação de leishmaniose e escabiose em animais sob tutela de protetores no município de Ipojuca - PE(2024-08-26) Andre, Cassia de Freitas; Oliveira, Andrea Alice da Fonseca; http://lattes.cnpq.br/2519790342576901; http://lattes.cnpq.br/4448146168412898O Estágio Supervisionado Obrigatório foi realizado sob orientação da Professora Dra. Andrea Alice da Fonseca Oliveira. As atividades foram realizadas no setor de patologia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus Botucatu - SP, no período de 01 a 30 de abril de 2024 sob supervisão da Profa. Dra. Noeme de Sousa, e no Laboratório de Doenças Parasitárias do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Campus Recife - PE, de 06 de maio a 19 de junho de 2024, sob supervisão do Prof. Dr. Leucio Câmara Alves. No setor de patologia foram realizados exames citológicos, necropsias anatomoclínicas e judiciais. No Laboratório de Doenças Parasitárias foram realizados atendimentos no ambulatório de leishmaniose canina, bem como os exames de rotina Knott, Flotac e Mini flotac. Durante o período de estágio foi o artigo intitulado “Panorama dos crimes contra cães e gatos e investigação de leishmaniose e escabiose em animais sob tutela de protetores no município de Ipojuca - PE”, e para isso foram utilizados dados fornecidos pelas 42a e 43a Delegacias de Polícia de Ipojuca e realizadas visitas a protetores de animais, sendo preenchidas fichas de avaliação de cães e gatos e escabiose. Foram analisadas seis denúncias da 42a delegacia e seis obtidas na 43a. Dos animais avaliados oriundos dos protetores, em um cão foi confirmada a presença de amastigotas de Leishmania infantum chagasi, um cão apresentou Demodex sp., um gato foi positivo para Notoedres cati e de oito felinos que realizam tricograma, em 100% foi encontrado Lynxacarus radovskyi. Em relação ao histórico dos animais, 54,28% foram resgatados de condições de maus tratos. Dessa forma, considerando que o animal positivo para leishmaniose canina foi resgatado em condição de abandono, pode-se inferir, ainda que de forma incipiente, a importante conexão entre o crime de maus-tratos e sua possível repercussão na esfera da saúde pública.Item Detecção de doença cardiovascular ou diabetes utilizando machine learning(2024-03-07) Santos, Daniel Ramos Correia dos; Albuquerque Júnior, Gabriel Alves de; http://lattes.cnpq.br/1399502815770584Doenças cardiovasculares e diabetes representam desafios significativos para a saúde pública, demandando abordagens eficazes de diagnóstico e prevenção. Este trabalho propõe uma abordagem baseada em modelos de machine learning para oferecer suporte a esses processos. A partir de uma base de dados da pesquisa nacional de saúde do IBGE, o estudo investigou como diferentes variáveis afetam a detecção dessas doenças. Utilizando algoritmos como Random Forest, XGBoost e SVM, foram desenvolvidos modelos preditivos. Os resultados demonstraram uma acurácia de 71.96% para o algoritmo Random Forest na classificação de pacientes com doenças cardiovasculares e 72.26% na classificação de pacientes com diabetes. Também foi realizada através do método SHAP, análise das variáveis mais influentes, que revelaram alguns insights sobre os dados.Item Componentes orgânicos voláteis (COV) como biomarcadores da COVID-19(2023-04-28) Santana, Lucas Vinnicio de Araujo; Soares, Anísio Francisco; http://lattes.cnpq.br/9044747136928972; http://lattes.cnpq.br/9709966355454943Em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia do novo Coronavírus quando o mundo já contava com 118 mil casos, 4,2 mil mortes e 114 países com registros. Com a falta de tratamentos eficazes e a ausência de vacina, a atenção dos cientistas se voltou para o diagnóstico da doença e para formas de prevenir sua transmissão. Embora o teste de RT-PCR seja amplamente utilizado, ele apresenta algumas desvantagens, como a invasividade da coleta, o custo e o tempo de realização. A detecção de componentes orgânicos voláteis (COV) surgiu como uma alternativa menos invasiva e eficaz para o diagnóstico da COVID-19. A infecção por um agente patogênico pode desencadear uma série de alterações no comportamento celular do organismo. Essas mudanças são causadas pelos mecanismos de defesa do hospedeiro e pela degradação das células infectadas. Compreender as moléculas envolvidas nesse processo é fundamental para o desenvolvimento de técnicas de diagnóstico que possam ajudar no combate à pandemia. Para investigar os biomarcadores orgânicos voláteis (COV) da COVID-19, uma revisão sistemática foi realizada com base nas orientações da Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA).Item Diagnóstico comparativo entre a histopatologia e a imuno-histoquímica de neoplasia maligna em membro pélvico de um canino da raça pastor de shetland - Relato de caso(2023-04-25) Silva, Aline Helena Albuquerque da; Oliveira, Andrea Alice da Fonseca; http://lattes.cnpq.br/2519790342576901; http://lattes.cnpq.br/4576494329697205Os casos de neoplasias em animais de estimação apresentam um crescimento significativo comparado a décadas atrás, sendo considerada como uma das principais causa, quando malignas, de morte ou eutanásia entre caninos e felinos. O uso dos recursos diagnósticos existentes favorecem a obtenção do resultado precoce, impactando positivamente na sobrevida dos animais acometidos. Algumas neoplasias apresentam grau de indiferenciação ou anaplasia muito acentuada, sendo necessária a adoção da imuno-histoquímica (IHQ) para conclusão diagnóstica. O objetivo, com este relato de caso, foi apresentar um caso clínico de neoplasia em região de interdígitos do membro pélvico esquerdo em um canino da raça Pastor de Shetland, na qual, foi necessária a imuno-histoquímica para confirmação diagnóstica. O paciente foi submetido à ressecção cirúrgica com amputação do dígito envolvido para diminuir as chances de recidiva. A IHQ foi solicitada para a confirmação diagnóstica após a realização dos exames da citologia e da histopatologia, que sugeriram neoplasia mesenquimal maligna e sarcoma histiocítico, respectivamente. Os marcadores expressos pelas células descartou a conclusão diagnóstica do exame histopatológico. Portanto, conclui-se que a imuno-histoquímica é de grande importância para confirmar o tipo de neoplasia envolvida, evitando que protocolos quimioterápicos sejam adotados de forma errônea devido a laudos histopatológicos equivocados.Item O transplante de células tronco hematopoiéticas como tratamento da anemia falciforme: uma revisão de literatura(2022-09-30) Oliveira, Luís Eduardo Rangel Batinga de; Souza, Paulo Roberto Eleutério de; http://lattes.cnpq.br/1971832245117283; http://lattes.cnpq.br/9122060791637391A anemia falciforme é a doença genética com maior incidência no mundo. Estima-se entre 300 - 400 mil novos casos/ano. No Brasil, estima-se 30-50 mil casos, e uma expectativa de vida máxima de 40 anos de idade, sendo responsável por mais de 300 óbitos por ano. Devido à sua importância na saúde pública, o presente estudo visou realizar uma revisão de literatura que abordasse a origem da doença, alterações moleculares, fisiopatologia, manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento. A revisão fundamentou-se em artigos publicados nas plataformas National Center for Biotechnology, Scientific Eletronic Library Online e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) no período compreendido entre 1910-2022, e em sites governamentais do ministério da saúde (Brasil), entre 2001 - 2021. A doença é causada por uma mutação pontual, decorrente da troca da base nitrogenada T por A, resultando na substituição do ácido glutâmico por uma valina. Clinicamente o paciente apresenta anemia, crises dolorosas agudas, disfunção pulmonar, síndrome torácica aguda e retardo de crescimento. O Sistema Único de Saúde incluiu em seu Programa Nacional de Triagem Neonatal, o teste do pezinho como exame obrigatório e disponibilizado de forma gratuita, objetivando o diagnóstico precoce, tratamento e acompanhamento de crianças com anemia falciforme. Na maioria dos casos, o tratamento é sintomático visando combater os sintomas secundários e amenizar o sofrimento do paciente. Sendo indicado geralmente a administração da hidroxiuréia e a transfusão de concentrado de hemácias. O transplante de células tronco hematopoiéticas mostrou ser a única técnica que tem potencial curativo para a anemia falciforme. Porém, ante ao número de pacientes que necessitam de tratamento e a disponibilidade de células tronco hematopoiética (CTH) no banco de REDOME, faz-se necessário um maior investimento em campanhas educativas por meio de órgãos públicos incentivando a doação de CTH, capacitação dos profissionais de saúde e maior oferta de suporte médico para esses pacientes.Item Relatório do Estágio Supervisionado Obrigatório (ESO) realizado no 4 Patas Hospital Veterinário, município de Olinda - PE, Brasil e Hospital Veterinário Harmonia, município de Recife - PE, Brasil. Alterações hematológicas de cães com inclusão citoplasmática viral patognomônica para cinomose(2021-03-03) Cavalcanti, Anna Carmen Rocha; Oliveira, Andrea Alice da Fonseca; http://lattes.cnpq.br/2519790342576901; http://lattes.cnpq.br/0903673289567984O Estágio Supervisionado Obrigatório, última disciplina do curso de medicina veterinária, demonstra-se um momento fundamental na vida do estudante, pois é a partir dele que se permite adquirir uma bagagem prática da profissão do médico veterinário inserido na área pretendida. Nesse sentido, experimenta-se a atuação plena do profissional, a fim de preparar o ingressante para o mercado de trabalho. Assim, o relatório descreve as atividades realizadas na área de Patologia Clínica Veterinária, no 4 Patas Hospital Veterinário, sob supervisão da médica veterinária Camila Coutinho; e no Hospital Veterinário Harmonia, sob supervisão do médico veterinário Allison Macêdo. A carga horária total foi de 420 horas, sendo dividida em 210 horas para cada local, no período compreendido de 28 de agosto a 9 de dezembro de 2020. Os dados abordados foram obtidos por meio de controle de contagem de exames. Além disso, destaca-se a elaboração de um artigo científico a partir de um levantamento feito durante o estágio no Hospital Veterinário Harmonia, onde optou-se por analisar os laudos de exames hematológicos para cães com inclusão citoplasmática viral (corpúsculo de Lentz) patognomônica para cinomose canina e compará-los com a literatura descrita, ressaltando a importância do hemograma para um possível diagnóstico, bem como a necessidade de outros exames laboratoriais de caráter confirmatório. Tendo isso em vista, conclui-se que o estágio supervisionado obrigatório foi essencial na aprendizagem da rotina profissional, como também do estabelecimento das relações de trabalho, além de ter proporcionado o contato com diferentes ambientes e o entendimento da dinâmica pré-estabelecida em cada local, tal como o aperfeiçoamento técnico embasando-se no conhecimento teórico-prático adquirido ao longo da graduação.Item Inquérito coproparasitológico e ações de educação em saúde em escolas da rede pública de três municípios de Pernambuco(2019) Albuquerque, Maria Eduarda de; Oliveira, Jaqueline Bianque de; http://lattes.cnpq.br/2856383385211373; http://lattes.cnpq.br/0874155179625633As enteroparasitoses representam um problema de saúde pública, uma vez que são endêmicas em muitas regiões do país. As infecções causadas por parasitos intestinais são consideradas indicadores socioeconômicos da população, podendo estar associada a vários fatores determinantes, como ausência ou precariedade de saneamento básico, alimentos e água contaminados e alguns fatores socioculturais. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi identificar os parasitos intestinais de escolares da rede pública de três municípios do estado e realizar ações de educação em saúde para diminuir a contaminação por estes parasitos. Foram analisadas 650 amostras de fezes de escolares, de ambos os sexos e com idade de 3 a 15 anos, do ensino fundamental da rede pública de ensino dos municípios de Camocim de São Félix, Salgadinho e Tupanatinga, as quais foram processadas pelos métodos de sedimentação espontânea e Kato Katz (Helm Teste Bio-Manguinhos). Das amostras analisadas,em263(40,46%) foram diagnosticados os seguintes parasitos intestinais: Ascaris lumbricoides (30,30%), Giardia duodenalis (4,61%), Entamoeba histolytica (2%), Hymenolepis nana (2%), Schistosoma mansoni (0,30%), Ancilostomídeos (0,30%), Enterobius vermicularis (0,30%) e Taenia sp. (0,15%). As prevalências nos municípios estudados foram: Salgadinho 94,81%, Camocim de São Félix 15,41% e Tupanatinga 12,79%. Na área urbana, a prevalência foi maior (41,97%). Com base nos resultados, foram realizadas ações de promoção à saúde, por meio da produção de materiais e atividades lúdicas visando a prevenção das enteroparasitoses. Para além de atividades de educação em saúde, são necessários investimentos para ampliar a cobertura de saneamento básico e, assim, diminuir o impacto dos parasitos intestinais na saúde da população.Item Aplicação da citometria de fluxo no estudo da resposta imune de pacientes com Leishmaniose tegumentar americana(2019) Pereira, Allana Maria de Souza; Hernandes, Valéria Pereira; Oliveira, Beatriz Coutinho de; http://lattes.cnpq.br/1971181834355538; http://lattes.cnpq.br/9260270756078209; http://lattes.cnpq.br/0605182920865262A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença infecciosa, não contagiosa, com média de 1,3 milhões de casos anuais. O Brasil apresenta a maior prevalência em notificações nas Américas e o agente específico é a espécie L. [V.] braziliensis. O diagnóstico é comumente realizado por uma associação de fatores clínicos, epidemiológicos e testes laboratoriais. As técnicas de abordagens imunológicas mais utilizadas na rotina laboratorial são a reação de imunofluorescência indireta (IFI) e o ensaio imunoenzimático (ELISA), porém, podem apresentar limitações. Com isso, abordagens imunológicas alternativas vêm sendo estudadas, e uma delas é a citometria de fluxo (CF). Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar através da citometria de fluxo, a participação da resposta imune humoral no desenvolvimento de lesões cutâneas em indivíduos com a doença ativa antes do tratamento (AT), e naqueles curados após o tratamento (PT). As amostras de soro utilizadas para os testes foram inativadas. Para os ensaios de CF formas promastigotas de L. (V.) braziliensis obtidas a partir da cepa de referência, foram expandidas em meio Schneider´s até atingirem a fase exponencial. Após etapas de lavagem, a concentração de parasitos foi ajustada e fixada no paraformaldeído a 1%. Para os ensaios de IFI e ELISA foram utilizados os antígenos totais da L. (V.) braziliensis. Para a CF e a IFI o anticorpo foi conjugado a um fluorocromo e no ELISA a uma enzima. Como resultados dos ensaios de IFI, dos soros avaliados, 92,85% (13/14) foram positivos AT, 61,54% (8/13) um ano, 70% (7/10) dois anos e 50% (5/10) cinco anos PT foram positivos. No teste de ELISA, 92,8% (13/14) dos pacientes AT foram positivos; e 53,8% (7/13) um ano PT, 88,8% (8/9) dois anos PT e 100% (5/5) cinco anos PT (5/5) continuaram com título positivo para LTA. Para a CF, foram identificados como positivos 86% (12/14) dos pacientes AT e 77% (10/13), 80% (8/10) e 70% (7/10) dos indivíduos, respectivamente, um, dois e cinco anos PT foram negativos para o ensaio de CF. Com a análise das curvas ROC comparando a performance dos três testes, observou-se que área sob a curva (ASC) da IFI (ASC=0,879; IC95%= 0,754-0,954) foi menor do que o teste de citometria de fluxo (ASC= 0,890; IC95%=0,767-0,961), compreendendo um desempenho menor em relação à citometria. Para comparação entre o ELISA e a CF se observou que área sob a curva (ASC) do ELISA (ASC=0,808; IC95%= 0,652-0,915) diferiu da observada para o teste de CF (ASC= 0,896; IC95%= 0,758-0,970), onde novamente a CF apresentou um desempenho superior. Com os resultados obtidos da padronização dos isotipos IgG1, IgG2 e IgG3, pôde se observar que a melhor diluição do isotipo IgG1 foi a diluição 1:400, para o isotipo IgG2, 1:100 e para o isotipo IgG3, 1:200. Na análise da aplicabilidade do isotipo IgG1, foi constatado que AT, 63,2% dos pacientes foram positivos e para os pacientes 1PT, 17,7%; 2PT, 72,8% e 5PT, 12,55% se apresentaram positivos. Dessa forma acredita-se que citometria de fluxo aplica-se ao diagnóstico da LTA por apresentar resultados positivos na presença da doença, sendo superior aos dois testes utilizados na rotina laboratorial para LTA e que a utilização do isotipo IgG1 tem amplas possibilidades para contribuir como um método de diagnóstico mais sensível e específico do que os métodos tradicionais.
