01.1 - Graduação (Sede)
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Item É no Orí que mora o orixá: a importância e o significado do corpo nos rituais de uma casa de umbanda(2025-08-08) Lima, José Victor de Oliveira; Silva, Maria Auxiliadora Gonçalves da; http://lattes.cnpq.br/1540473468896261; http://lattes.cnpq.br/9169539311573026Este trabalho analisa o papel e o significado do corpo nos rituais de uma casa de Umbanda situada no bairro da Várzea, na cidade do Recife. A pesquisa parte da compreensão de que, nas religiões afro-brasileiras, o corpo é mais do que um suporte físico: ele é mediador entre o plano espiritual e o plano material, sendo elemento sagrado e socialmente construído. No terreiro, o corpo atua como instrumento fundamental para a manifestação das entidades espirituais, sendo educado e moldado por meio da convivência ritual, do aprendizado e da repetição de gestos, posturas e saberes tradicionais. A metodologia utilizada baseou-se na observação participante e em entrevistas abertas com integrantes do Centro Espírita de Umbanda Arranca Toco. A análise dos dados empíricos é realizada à luz de referenciais clássicas das Ciências Sociais, como Mauss, Bourdieu, Douglas, Durkheim e Le Breton, além de autores especializados em religiosidade afro-brasileira, como Bastide, Carneiro, Ortiz e Silva. Os resultados evidenciam que o corpo, além de vivenciado de forma sensível pelos sujeitos, é transformado pelo ritual e pelos processos de socialização religiosa, sendo percebido como locus da experiência espiritual e como espaço de inscrição simbólica. O trabalho reafirma a centralidade do corpo nas práticas rituais afro-brasileiras e contribui para os debates antropológicos sobre religião, corporeidade e cultura.Item Moda, consumo e identidade: a afirmação cultural das mulheres negras e a moda de terreiro no Brasil(2025-03-18) Silva, Ariana Suerda da; Rocha, Maria Alice Vasconcelos; http://lattes.cnpq.br/6818128111009316; http://lattes.cnpq.br/5785885686176626Este trabalho investiga as interseções entre moda, consumo e identidade cultural no contexto das práticas religiosas afro-brasileiras, com ênfase no papel das mulheres negras como agentes de transformação e afirmação identitária. No primeiro capítulo, discute-se a evolução da moda a partir do século XVII, analisando suas transformações e impactos na sociedade. O segundo capítulo aborda a moda e a estética para mulheres negras, destacando as dinâmicas de exclusão e os processos de ressignificação dos padrões estéticos historicamente impostos. Já no terceiro capítulo, a pesquisa explora a moda afro-brasileira, com destaque para a moda de terreiro, ressaltando sua dimensão sagrada e sua relevância na preservação das memórias das comunidades afro-religiosas. Os resultados evidenciam que a moda transcende a estética, configurando-se como uma ferramenta de resistência cultural, luta política e reconstrução identitária para as mulheres negras no Brasil.Item O Xangô Pernambucano no Museu do Estado de Pernambuco: a narrativa reproduzida no Núcleo Afro-brasileiro da Exposição Pernambuco Território e Patrimônio de um Povo(2024-03-04) Santana, Luiz Felipe de; Silva, Lucas Victor; http://lattes.cnpq.br/4776423706933290Este artigo busca fazer uma análise do núcleo Xangô Pernambucano que compõe a exposição permanente Pernambuco: Território e Patrimônio do Povo do Museu do Estado de Pernambuco (MEPE). Abordaremos inicialmente a constituição do acervo que compõe a coleção e, em seguida, a maneira como estes objetos são apresentados pela exposição. Na oportunidade, debateremos a função dos museus históricos e a legitimidade que as narrativas reproduzidas nesses espaços possuem na sociedade. Nossas fontes de pesquisa são: o texto curatorial da exposição e a expografia do núcleo expositivo, analisadas sob a perspectiva da História. Nossa fundamentação teórica recorreu a autores como Francisco Regis L. Ramos e Myrian Sepúlveda dos Santos. Enquanto resultados da investigação afirmamos a compreensão da narrativa do núcleo expositivo Xangô Pernambucano como reprodução da interpretação de Gilberto Freyre acerca da formação da identidade brasileira.Item Perseguição às religiões de matriz africana no Recife: a imprensa e seu poder de influência (1937 - 1945)(2021-07-13) Carneiro, Jonas Durval; Silva, Marcília Gama da; http://lattes.cnpq.br/0090863442089957; http://lattes.cnpq.br/4398740179310707O presente trabalho tem como objetivo analisar a perseguição sofrida pelas religiões de matriz africana no Recife durante o Estado Novo, a partir de representações construídas pela imprensa local. Para tanto, foi realizado um trabalho de campo que privilegiou uma metodologia de análise de documentação, e a produção de um levantamento em alguns jornais de grande circulação da cidade entre o período de 1937 a 1945. O levantamento nos jornais da cidade teve como principal função, proporcionar o conhecimento de informações sobre a presença dessas religiões na cidade, dando destaque ao indício que aponta para a existência de uma perseguição pelo governo local que era ao mesmo tempo corroborada por meio da influência que a imprensa possuía na época.Item A Louvação de Oyá - o ritual da ancestralidade performática(2019-12-19) Cunha, Fábio Cruz da; Silva, Maria Auxiliadora Gonçalves da; http://lattes.cnpq.br/1540473468896261; http://lattes.cnpq.br/3486867827469215A ritualidade existe em qualquer âmbito da vida humana no que se refere à organização e a seleção de ações, espaços, pessoas, compreendidas como sequência de processos para um determinado evento. No espaço religioso, o ritual ocupa um lugar de destaque, tendo em vista o seu caráter educativo, doutrinário e sua natureza transcendental. A Louvação de Oyá é um ritual próprio da Nação de Candomblé Xambá. Sua história remente à coroação do orixá Oyá Dupé de Maria de Oyá - primeira Ialorixá da Nação Xambá- que ocorreu às 12 horas do dia 13 de dezembro em 1932 pelo seu Babalorixá Artur Rozendo. Esse ritual foi perpetuado na Nação Xambá, pela segunda Ialorixá Mãe Biu por mais de 43 anos, vindo a tornar-se um exemplo da resistência da ancestralidade, tendo em vista que o primeiro terreiro do Povo Xambá foi fechado por 12 anos e teve sua primeira Ialorixá morta após perseguição policial e adoecimento traumático de sua prisão, devido a perseguição às religiões de Matrizes Africanas em que se deu a proibição de poder professar sua religião durante a década de 30 do século passado. Essa monografia foi o resultado da pesquisa etnográfica desta cerimônia da Louvação de Oyá no dia 13 de dezembro de 2018 no terreiro da Nação Xambá que se localiza no n°65 na Rua Severina Paraíso, Bairro de São Benedito - Olinda. Foi utilizado como referencial teórico para essa monografia Mariza Peirano e Vadir Pedde, buscando aplicar a Teoria da Performance de Stanley Tambiah ao referido ritual.Item Eugenia espectral: uma análise crítica sobre o racismo kardecista perante as religiões de matrizes afroindígenas(2019) Lima, Henrique Falcão Nunes de; Paula Junior, Josias Vicente de; http://lattes.cnpq.br/8013351027708968; http://lattes.cnpq.br/7590607357596964Esta monografia aborda um olhar crítico sobre a prática de uma eugenia baseada no espiritismo kardecista no Brasil perante as religiões de matrizes afroindígenas e as suas influências nos praticantes de tais tradições, marginalizados desde suas primícias. Com a chegada da doutrina francesa criou-se a imagem do espiritualista do bem, o termo “mesa branca” como sinônimo de virtude, segregando as demais religiões espiritualistas indígenas e negras já existentes no país, estas exercidas por escravizados e demais subalternizados pela aristocracia. Assim é feito um parâmetro da tese do branqueamento social no Brasil pós escravatura, que se utilizou da eugenia e do “racismo científico”, com esses conflitos de religiosidades, demonstrando que o racismo transcende os corpos vivos.
