TCC - Bacharelado em Ciências Econômicas (Sede)
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Item Comparação entre as atividades terceirizáveis em Pernambuco e na região Nordeste(2023-09-05) Silva, Joab da; Gomes, Sónia Maria Fonseca Pereira Oliveira; http://lattes.cnpq.br/9795791528582607A terceirização é um tema que vem sendo bastante discutido no Brasil por especialistas, muito por conta das mudanças ocorridas ano após ano, e, principalmente a partir da maior delas, a Reforma Trabalhista de 2017. De um lado do espectro tem-se o empregador, que tende a ser favorável às mudanças e, de outro lado, o empregado que não parece ser favorável ao processo já que vislumbra a perda de direitos e a precarização das condições laborais. O objetivo do trabalho é analisar se trabalhadores que atuam em atividades terceirizáveis enfrentam piores condições de trabalho e suas prováveis consequências para suas vidas. Nesse sentido, faz-se uma análise comparativa entre Pernambuco e a Região Nordeste de forma a averiguar se os trabalhadores que estão em atividades passíveis de terceirização enfrentam em seus respectivos locais de trabalho condições pioresguando comparados aos demais trabalhadores. Para tanto, fundamenta-se no levantamento bibliográfico e no uso de dados secundários que pudessem apresentar a situação dessas duas unidades geográficas uma série de indicadores comumente utilizados para retratar a precarização das relações laborais. Os resultados encontrados parecem indicar, inicialmente para uma lista de ocupações terceirizáveis sendo geralmente aquelas relacionadas a atividades com baixo grau de instrução e baixa remuneração. Registra-se aumento no número de ligamentos números de empregos gerados nas duas unidades geográficas (3,55% em Pernambuco e 4,11% no Nordeste) quanto aumento no saldo de desligamento entre 2018 e 2019 (5,20% em Pernambuco e 4,78% no Nordeste), esse último resultado pode ser explicado pela alta rotatividade no emprego. Além disso, percebe-se, como aponta os dados do CAGED(2018 e 2019) a concentração dos saldos de empregos gerados ocorre nas categorias de ensino médio, com maior percentual e ensino fundamental incompleto independentemente. E esse comportamento se repete para todos os anos da amostra. Além disso, o percentual de participação em todas as categorias educacionais permanece estável ao longo do tempo. Nota-se também que ocorre maior movimentação de emprego entre os não terceirizáveis do que entre os terceirizáveis, tanto no Nordeste quanto em Pernambuco. E em termos de média salarial, os trabalhos empregados em atividades terceirizáveis em Pernambuco apresentaram média salarial superior ao da Região Nordeste em 3,18%. Nota-se que a taxa de rotatividade é maior entre os terceirizáveis e isso se verifica para todos os anos da amostra. No tocante ao tempo de emprego, ao longo dos anos ocorre oscilação tímida do indicador entre os terceirizáveis e os dados apontam que o tempo de emprego entre os terceirizáveis são ligeiramente superiores aos não terceirizáveis.Item Terceirização e precarização do trabalho em Pernambuco: uma análise das condições de trabalho de atividades terceirizáveis entre 2014 e 2019(2023-09-05) Moura, Marcelo Henrique Barbosa de; Gomes, Sónia Maria Fonseca Pereira Oliveira; http://lattes.cnpq.br/9795791528582607A terceirização é um fenômeno que vem sendo amplamente debatido no Brasil, tanto no âmbito acadêmico quanto nos âmbitos político e social. Os críticos da terceirização argumentam que ela pode trazer desvantagens ao sistema laboral ao contribuir de alguma forma para a precarização do trabalho, a perda de direitos trabalhistas, bem como o aumento dos acidentes e doenças ocupacionais. Eles também questionam a legalidade e a moralidade da terceirização das atividades-fim, que pode configurar uma forma de burlar o vínculo empregatício e as obrigações trabalhistas. A presente monografia tem como objeto a investigação da relação entre a terceirização e a precarização do trabalho em Pernambuco, considerando a hipótese de que a terceirização pode prejudicar os empregos e promover a sua debilitação. Para tanto usou-se a metodologia de análise bibliográfica e de dados secundários que permitiu fazer um panorama histórico e teórico da terceirização no Brasil e no mundo, bem como uma análise empírica das ocupações e atividades tipicamente terceirizáveis, do perfil ocupacional e salarial dos trabalhadores terceirizados e da situação dos afastamentos do trabalho por acidentes ou doenças. Verificou-se que para os trabalhadores que atuam em atividades com maior probabilidade de terceirização, o processo de terceirização parece ter trazido prejuízos como precarização das condições de trabalho, e pode ter contribuído de alguma forma com a desigualdade salarial, além de indicar uma maior exposição à instabilidade e à insegurança por parte dos trabalhadores que atuam naquelas atividades.Item O estado da arte dos riscos laborais oriundos da terceirização(2021-07-23) Silva, Luís Sérgio Alves; Coelho Júnior, Álvaro Furtado; http://lattes.cnpq.br/1248468009730949Nas últimas quatro décadas, o Brasil e os demais países latino-americanos, têm experimentado flexibilização na legislação trabalhista. Com base em estudos realizados pelo IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a terceirização como fenômeno socioeconômico tem se apresentado com graves repercussões para a economia, a saúde e o bem-estar da classe trabalhadora. O presente trabalho visa contribuir para a discussão teórico-epistêmica com vistas a caracterizá-lo e destacá-lo na agenda política para seu debate e enfrentamento. Ao analisar os efeitos da terceirização na América Latina como um todo, foi possível evidenciar diferentes nuances no tempo de implantação e nas formas de flexibilização da mão de obra. As pesquisas revisadas relatam que esse fenômeno foi favorecido por: a descentralização da força produtiva, a explosão demográfica; a crescente urbanização, o fenômeno da competitividade e a flexibilização da mão-de-obra que acarretaram a precarização do trabalho. Nesse sentido, as repercussões trabalhistas tais como: desestruturação do grupo social e sua fragmentação em diversos empregadores dos ex-empregados das empresas clientes revolução competitiva com aumento da jornada de trabalho não remunerada; e a instabilidade do emprego, trazendo para o trabalhador uma vida precária, elevada morbidade e incapacidade, e aumento dos gastos com saúde tanto para o trabalhador quanto para o Estado.Item Relação entre atividades terceirizáveis, precarização, saúde e segurança no trabalho na região Nordeste do Brasil(2021-02-23) Gomes, Júlia Leti da Silva; Gomes, Sónia Maria Fonseca Pereira Oliveira; http://lattes.cnpq.br/9795791528582607; http://lattes.cnpq.br/9190493295244528A terceirização do trabalho no Brasil vem sendo desenvolvida em meio a muitas discussões decorrentes de diversos pressupostos teóricos. No geral, o que cerca as discussões são o seu entendimento sobre os reais benefícios ou malefícios para a sociedade, empresas, qualidade de trabalho e no indivíduo como um todo. À vista disso questiona-se que potenciais relações podem existir entre a terceirização, precarização e a saúde e segurança do trabalhador do Nordeste do Brasil. Partindo da hipótese de que a terceirização pode influenciar diretamente a qualidade de vida do trabalhador torna-se relevante saber de que forma isso ocorre, portanto, esse trabalho procura analisar se os terceirizados enfrentam piores condições de saúde e de segurança laborais no Nordeste. A metodologia adotada na presente monografia desdobra-se entre levantamento de material bibliográfico e análise de dados secundários. Percebeu-se que o processo de terceirização provocou um aumento gradual de admissões em ambientes/atividades não antes explorados pelo processo, mas também houve um aumento dos desligamentos entre os terceirizados; esses dois aspectos resultam no aumento da rotatividade dos funcionários e na baixa permanência deles nos cargos. Entende-se que essas características trazem consequências psicológicas negativas e que podem resultar em patologias laborais. Os acidentes de trabalho da população terceirizada são mais elevados frente aos não terceirizados. Vale ressaltar que os acidentes de trabalho não podem ser resumidos aos físicos, as patologias psicológicas, que adoecem e inviabilizam a produtividade e a ida do funcionário ao trabalho também devem ser consideradas fazendo com que as consequências para a sociedade como um todo sejam ainda maiores. Verifica-se também que no mercado de trabalho nordestino, o processo de terceirização parece reforçar indícios de precarização trabalhista e que o trabalhador que é absorvido nessas condições não tem o mesmo favorecimento e reconhecimento que um funcionário admitido diretamente pela empresa ou instituição.
