TCC - Licenciatura em Letras (Sede)
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Item A historicidade dos livros: do papiro ao cartonero(2022-10-10) Lima Neto, Waldemar Cavalcante; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/6149649296697305Os livros são suportes que, ao longo da trajetória humana, sofreram inúmeras modificações e serviram para registrar, contar, relatar e informar a respeito das diversas ações humanas e os conhecimentos acumulados no fluxo histórico. Assim, através de levantamento bibliográfico, este artigo tem como objetivo discutir a historiografia do livro. Conforme Chartier (2019), o livro, geralmente, apresenta-se na forma de um códice, trata-se de um objeto, normalmente, das obras literárias, práticas, filosóficas, históricas. Assim como a respeito da relevância deste suporte desde sua gênese, além de considerar o percurso do livro no Brasil. Diante da compreensão de que os livros são também compostos de sentidos carregando as vozes dos seus produtores, apresentam-se os livros cartoneros como estratégia do professor de Língua Portuguesa para um trabalho na perspectiva da elaboração de inúmeros gêneros textuais escritos em sala de aula. Os achados apontam que o livro é um suporte que contribui com a produção escrita com ênfase nos aspectos linguísticos e de escuta das vozes dos sujeitos que o produz.Item A luta abolicionista em atas do Club Cupim: uma análise dessa tradição discursiva na segunda metade do século XIX(2023-09-04) Lima, Cristiane Alves de; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/8014778569799145De circulação em situações oficiais de comunicação e com valor jurídico, a ata foi o meio de comunicação e registro interno das deliberações entre os sócios do Club Cupim, associação abolicionista secreta fundada por João Ramos, o “ceará”, atuante no Recife entre 1884 e 1888. Os objetivos deste estudo são a análise da dimensão composicional e dos modos de dizer, verificação das dimensões temáticas e análise dos modos subversivos de dizer nas atas do Club Cupim no contexto da luta abolicionista na segunda metade do século XIX no Recife. O corpus é composto por 10 atas manuscritas produzidas entre 1884 e 1885 pelos secretários, Robespierre, Alfredo Pinto Vieira de Melo e Antonio Faria, nesta ordem. O referencial teórico que conduz este estudo parte do modelo de Tradição Discursiva proposto por (Kabatek, 2005; 2006; Koch e Oesterreicher, 2013; Castilho, Andrade e Gomes, 2018; Shibya, 2020). Os resultados apontam que, se as atas do Club Cupim possuem realizações fixas nos modos de compor e dizer, é por intermédio da língua que a fixidez se constitui, porém, agregando alterações contextuais que permitem a compreensão do momento da enunciação.Item A retórica gramatical normativa nos jornais da primeira metade do século XX(2021-07-07) Pessoa, Elton Gomes; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/1554562095587062Neste artigo, tomamos como objeto de estudo a exploração midiática que os jornais de três grandes capitais, São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, fazem dos desvios gramaticais e ortográficos em textos das classes populares na primeira metade do século XX. A análise é resultado da coleta de diferentes gêneros textuais jornalísticos (notícias, colunas, carta do leitor etc.) encontrados em jornais do período que compreende a Primeira República (1889-1930) e o Estado Novo (1937-1946), período este caracterizado pelo purismo do idioma e pela ideologia nacional. Após empreendermos a análise do corpus, observamos que a denúncia pública dos desvios da norma era generalizada e contava com a vigilância exercida pelos jornais, pelas autoridades gramaticais e pelo Estado em relação às formas de expressão escrita menos valorizadas encontradas nos porta-textos, placas, anúncios, letreiros e demais expressões escritas fixadas em locais públicos (BLINKSTEIN, 1995, p.54 apud VALE, 1999, p. 8). Essa denúncia era embasada na concepção de língua homogênea da gramática tradicional e funcionava como força de coerção sobre as demais variedades linguísticas (GOMES, 2016, p. 20).Item Academia de Belas Artes Pernambucana: análise da tradição e da conexão nos telegramas do diretor Joel Francisco Jaime Galvão(2023-04-12) Brito, Bianca do Carmo Pereira; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/0536837940481312Este trabalho, ao analisar 60 cópias de telegramas do diretor da Escola de Belas Artes Pernambucana, o engenheiro Joel Galvão, entre os anos de 1936 e 1941, objetiva trazer à tona os recursos de junção e as temáticas mais frequentes na escrita desse gênero, conforme o corpus selecionado. Possui como base os pressupostos teóricos do modelo de Tradição Discursiva, expostos em Kabatek (2006), Gomes e Iapechino (2008) e Peter Koch (2021), bem como a concepção de gênero textual de Carvalho (2005) e Bezerra (2017) e a perspectiva da Linguística Textual, pautada nas pesquisas de Antunes (2005), Oliveira e Cavalcante et al (2020) acerca da coesão. O gênero textual será analisado nas dimensões temática e dos recursos linguísticos de conexão, que configuram modos tradicionais de dizer próprios da natureza do telegrama. A análise temática possibilitou perceber que os telegramas possuíam temas mais corriqueiros, em sua maioria, como felicitações, pedidos e agradecimentos. Observou-se também, do ponto de vista textual, que os telegramas realizam conexões menos complexas para a construção do seu sentido. Tais constatações corroboram com a finalidade do gênero de ser objetivo e simples. Por conta dessa característica, ele abdica do uso de variedades de conexões e exige mais do seu leitor, no ponto de vista da coerência.Item “As mal traçadas linhas” do jovem casal pernambucano N. e Z. como fonte para a historicidade da língua e do subgênero carta de amor (1949-1950)(2021-07-07) Alves Filho, Stênio Bouças; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/8322263755431658Por uma investigação que não se detenha apenas à historicidade da língua, mas também do texto, este trabalho visa analisar um corpus constituído por 32 (trinta e duas) cartas pessoais do subgênero carta de amor, escritas entre 1949 e 1950, pelo casal pernambucano não ilustre N (a noiva) e Z (o noivo). Os principais pontos analisados neste estudo são: (i) os elementos composicionais do subgênero carta de amor; (ii) os aspectos que denotam os usos, as práticas e o grau de escrita dos missivistas, além do contexto sócio-histórico de produção das cartas; e (iii) os pontos de análises que estão relacionados com a representação do possessivo de segunda pessoa do singular, verificado no recorte espaço-tempo em questão. Dito isso, sob o aparato teórico-metodológico da Sociolinguística Histórica (CONDE SILVESTRE, 2007; HERNÁNDEZ-CAMPOY; SCHILLING, 2012); do Modelo de Tradições Discursivas (KABATEK, 2006); e da Paleografia (MARTÍNEZ, 1988; PETRUCCI, 2003; CASTILLO GÓMEZ; SÁEZ, 2016), foi possível observar que a missivista N (a noiva), mesmo apresentando um maior domínio sobre o escrito, encontra-se no mesmo polo que Z (o noivo), ambos estão em um continuum mais próximo de um nível elementar de base, no que se refere à habilidade escrita. Entretanto, apesar do baixo nível de escolaridade, ambos dominam a prática de escrita de cartas amorosas, o que se configura como uma aquisição cultural da tradição discursiva carta de amor. Quanto ao uso do possessivo, identificou-se o encaixamento da forma possessiva seu (31%) no emprego referente à segunda pessoa do singular, em duelo com o possessivo teu (69%).Item As tradições discursivas nos subgêneros das cartas pessoais pernambucanas(2019) Melo, Helder Aquino de; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/8011190970214247O presente artigo tem como objetivo analisar as tradições discursivas identificadas nos subgêneros das cartas pessoais pernambucanas dos séculos XIX e XX, contemplando a historicidade do texto.A abordagem das tradições discursivas é feita de acordo com as noções de proximidade e de distância comunicativa (KOCH; ÖESTERREICHER, 2013) e com a proposta de Longhin (2014), sendo trabalhadas, de maneira qualitativa,as dimensões da tradicionalidade temática, composicional e dos modos de dizer. Com relação à análise das dimensões das tradições discursivas, além de Longhin (2014),tomam-se por base os estudos realizados por Koch (1997),Kabatek (2006), Andrade e Gomes(2018) e Gomes (2014). O corpus é composto por 185 cartas pessoais pernambucanas, dividido em 29 cartas pessoais do século XIX e 156 cartas do século XX, subdivididas em 38cartas de amigo, 59 cartas de amor e 88 cartas de família.Desse corpus foram tirados 20 exemplos para esta análise de cada dimensão da tradição discursiva.Os resultados dessa análise, ainda que preliminares, mostram que as tradicionalidades temática, composicional e dos modos de dizer revelam as especificidades dos subgêneros da carta pessoal.Item Do diário de viagem ao blog: que tal levar essa viagem para a sala de aula?(2025-03-12) Silva, Edilma Nascimento da; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/2712057374786605O presente artigo foi produzido para abordar a evolução do diário de viagem e a sua transição para o blog de viagem, um diário referente ao século XIX, XX e XXI, e um blog de viagem. Há vários exemplos, mas, para produção do artigo, vai ser utilizado o gênero textual diário de viagem, considerando que os gêneros textuais são flexíveis e sofrem mudanças ao longo do tempo também foi utilizado o blog, que é uma transmutação do diário. O objetivo é mostrar a evolução do gênero diário de viagem, bem como demonstrar a importância desse material tão rico em história que pode ser didatizado na sala de aula, contribuindo para construção de novos conhecimentos, compreendendo a historicidade do texto. Toma-se como base o conceito de tradição discursiva (Coseriu, 1980; Kabatek, 2006; Zavam, 2017) e a história do diário (Costa, 2008) de forma diacrônica para poder mostrar a evolução do diário de viagem ao blog. O estudo revelou que esses gêneros fazem parte do cotidiano das pessoas, usam, para efeito de comunicação, recursos verbais e não verbais e podem ser utilizados em sala de aula de forma reflexiva acerca da língua e dos textos.Item Duelo entre Tu e Você em cartas pessoais pernambucanas dos séculos XIX e XX(2019-01-31) Santos, Alessandra Alves da Silva; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/7629223581665415Este artigo tem como objetivo analisar a ocorrência de mistura no emprego dos pronomes pertencentes aos paradigmas do Tu e do Você nos contextos morfossintáticos acusativo e dativo. Quanto ao aspecto teórico, toma-se por base as perspectivas da Tradição Discursiva (KABATEK, 2006; LONGHIN, 2014), da Linguística Histórica (CASTILHO, 2016), da Sociolinguística Histórica (CONDE SILVESTRE, 2007), da Proximidade e Distância comunicativa (KOCH e OESTERREICHER, 2007) e da teoria do Poder e da Solidariedade (BROWN e GILMAN, 1960). Os resultados mostram que as escolhas das formas de tratamento e a ocorrência de mistura dos paradigmas do Tu e Você têm vinculação com o tipo de relação estabelecida entre os escreventes, considerando a maior ou a menor proximidade entre os missivistas e seus interlocutores, além de marcas da tradição discursiva, especialmente, na despedida das cartas.Item Literatura de cordel: permanência e movência das cantigas a os suportes impressos e digitais(2018-08-08) Santos, Ana Paula dos; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304Neste estudo pretendo verificar os traços de permanência e de movência na trajetória da Literatura de Cordel (LC) originária do período medieval em que os trovadores eram os disseminadores de informação, cultura e lazer para a população. Pretendo analisar o percurso dessa tradição oral assimilada posteriormente à tecnologia da escrita através de folhetos impressos e se relacionando modernamente aos suportes digitais. A fundamentação teórica pauta se nos textos sobre Poesia Oral e Movência (ZUMTHOR, 1993 e 1997), Interacionismo e Sociodiscursividade (BRONCKART, 1999), Tradições discursivas (KABATE K, 2006), Cultura Brasileira (AYALA, 1987). Foram analisados 20 cordéis, sendo 10 cordéis físicos que foram digitalizados pela Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC) e 10 cibercordéis, disponíveis em blogs de literatura e cultura popular. Os resultados apontam que a LC vem conquistando espaços, ou melhor, que a conquista do ciberespaço ampliou para outras pessoas além dos poetas populares, sertanejos e pessoas mais humildes, o acesso a essa literatura. É possível encontrar cordéis nos grandes centros urbanos como uma rica fonte de preservação da memória e cultura popular, nas instituições de ensino em práticas docentes, nas universidades como objeto de estudo, conquistando novos leitores assim como novos escritores.Item Manuscritos culinários de Evelina Torres Soares Ribeiro: análise da organização estrutural e dos modos de dizer(2022-07-03) Luz, Ladjane Valéria Félix de Lima; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/0043092450025707Os manuscritos culinários ultrapassam o limite da instrução para a preparação dos alimentos. Eles são fontes históricas que possibilitam estudos em várias áreas de conhecimento, permitindo uma análise tanto linguístico-textual quanto social. Diante disso, nesta pesquisa, analisamos os manuscritos culinários de Evelina Torres Soares Ribeiro, esposa de Joaquim Nabuco, escrito no início do século XX. O corpus composto por 430 manuscritos foi coletado na Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ), através de doação autorizada. Os objetivos desta pesquisa são: (I) traçar o perfil da escrevente, (II) analisar a organização estrutural dos manuscritos culinários; (III) identificar os modos de dizer presentes nos manuscritos. O suporte teórico está fundamentado nos estudos desenvolvidos por Coseriu (1980; 2007), Kabatek (2006), Andrade e Gomes (2018), na perspectiva da Tradição Discursiva (TD), e Mattos e Silva (2008), Longhin (2014), Koch e Öesterreicher (2013) acerca do modo de dizer na materialidade do texto escrito. Os resultados apontam que os manuscritos culinários possuem uma estrutura não bipartida, mesclando os ingredientes e o modo de fazer, outra característica são traços linguísticos que remetem ao dialogismo, além de terem sido redigidos por uma escrevente que foi apagada da memória da sociedade, pois, existem poucas informações a respeito de Evelina.Item Memória descritiva: percorrendo um trajeto e concretizando um sonho(2025-03-12) Santos, Ricardo Firmo dos; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/3588526826136371Em conformidade com a exigência do curso e como requisito para a obtenção do título de licenciada em Letras, este trabalho tem como objetivo resgatar memórias que compõem minha trajetória pessoal e acadêmica. Através deste relato autobiográfico, proponho reflexões e tópicos pertinentes para a construção do corpo, a preparação do educador e o desempenho dessa profissão. Neste trabalho, discutimos temas ligados à experiência na universidade, incluindo os períodos anteriores, durante e após a pandemia de Covid-19, além das experiências nos estágios supervisionados. Ao relatar minhas vivências e reflexões, busco despertar uma compreensão mais profunda sobre o valor da educação como ferramenta de transformação social e de desenvolvimento pessoal. Este trabalho reafirma meu compromisso ético e profissional de contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. Durante minha formação, enfrentei desafios significativos e vivenciei experiências acadêmicas e pessoais que foram determinantes na construção de minha identidade profissional como educador. Este documento não apenas descreve as etapas da minha formação, mas também reflete a forma crítica sobre o papel central da educação em minha trajetória.Item Memorial descritivo-reflexivo: um relato de aprendizado e crescimento(2025-03-12) Silva, Cristiana de Carvalho; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/8219967947132060Este trabalho é um relato pessoal da minha trajetória acadêmica, com foco nos desafios enfrentados durante a graduação. A partir de uma análise introspectiva, busco desmistificar a ideia de que o sucesso acadêmico está atrelado exclusivamente a excelência e a alta performance. Ao longo do relato, compartilho minha experiência como uma aluna considerada "mediana" e como essa percepção inicial me motivou a desenvolver estratégias de aprendizado personalizadas e a superar minhas próprias expectativas. Destaco a importância da resiliência, da persistência e da busca por um aprendizado significativo, mesmo diante de dificuldades e obstáculos. Por meio de exemplos concretos, exploro os desafios enfrentados durante a graduação, como dificuldades em determinadas disciplinas, problemas de organização do tempo e questões relacionadas à saúde mental. Para cada desafio, descrevo as estratégias utilizadas para superá-lo, evidenciando a importância do apoio de professores, colegas e familiares.Item O dizer nos discursos de posse de Miguel Arraes e Eraldo Gueiros à luz da tradição discursiva(2023-04-17) Prado, Sérgio Augusto; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/8829179162301416O presente trabalho tem por objetivo identificar traços de tradicionalidade no gênero discurso de posse, sob a perspectiva da Tradição Discursiva, a partir de um corpus composto por três discursos de posse de distintos governadores do estado de Pernambuco, que foram empossados em momentos singulares da história política pernambucana e brasileira. O primeiro é o discurso de Miguel Arraes, proferido em 31 de janeiro de 1963; o segundo do governador Eraldo Gueiros Leite, de 15 de março de 1971; por fim, o novo discurso de Miguel Arraes, datado de 15 de março de 1987. Os principais pontos analisados neste estudo são: o contexto sócio-político-histórico que levou a produção dos discursos, seus traços identitários enquanto gênero, a organização retórica dos mesmos, seu conteúdo temático e seus modos de dizer, especificamente o papel dos advérbios de modo presentes nos discursos. O estudo visa contribuir com as pesquisas acerca da historicidade dos textos, trazendo para análise discursos políticos e seus modos de dizer situados no período da ditadura militar. Como suporte teórico-metodológico para a elaboração deste estudo, nos baseamos nas elaborações propostas por KABATEK (2006); GOMES, JUNGBLUTH E ZAVAM (2020); LONGHIN (2011), BAKHTIN (1997); BARROS (2010); CONSTANCIO e SCHLEE (2021). A análise demonstrou que a tradicionalidade se faz presente na composição dos discursos de posse, revelando indícios de TD na amostra analisada. Ainda que proferidos em períodos diferentes e opostos ideologicamente, os discursos possuem muitas características idênticas na forma de dizer, ainda que o dizeres apresentem singularidades.Item O gênero “projeto de pesquisa” em feiras de Ciências: uma perspectiva construtivista(2020) Conceição, Genilda Rosa da; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304A necessidade de fomentar o interesse pelo universo científico nos contextos educativos brasileiros, desde a educação básica, parece cada vez mais urgente. Neste artigo apresentamos uma reflexão sobre o gênero projeto de pesquisa e aprendizagem significativa, a partir da proposta de feiras de ciências em contextos escolares e a percepção do letramento científico como um caminho para emancipação dos sujeitos, uma possibilidade de tornar os indivíduos independentes na busca por soluções de problematizações de interesse individual e social. Respondemos ao seguinte questionamento: “como promover uma aprendizagem significativa por meio do gênero projeto de pesquisa na educação básica levando em consideração os conhecimentos prévios dos estudantes e sua formação cidadã?”. No percurso metodológico, analisamos questionários aplicados a 10 professores e 10 alunos que participaram de eventos científicos em seus ambientes escolares. A análise foi embasada em autores como BEHRENS (2000), MORAES (2002 e 2004), TFOUNI (2002). Como resultados, percebemos que a prática da pesquisa no cotidiano escolar e a participação em feiras de ciências incentivam que o estudante seja um produtor de conhecimento, tornando o ambiente mais dinâmico e atrativo. Do mesmo modo, os estudantes, ao iniciarem um processo de construção de projeto, utilizam a pesquisa científica, estabelecem relações dinâmicas entre áreas do conhecimento, fazem questionamentos e buscam soluções de problemáticas sociais, culturais, econômicas e ambientais de caráter local, nacional e/ou global e produzem gêneros dos mais diversos.Item O gênero notícia em Pernambuco: migração do jornal impresso para a esfera digital(2025-07-28) Rodrigues, Joyce Maria Gomes; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304Este trabalho, ao analisar 30 notícias criminais (homicídios e feminicídios) publicadas pelo Diário de Pernambuco, distribuídas entre os séculos XIX, XX e XXI, tem como objetivo observar as permanências e transformações do gênero notícia diante da migração do jornal impresso para a esfera digital. A pesquisa ancora-se nos pressupostos teóricos do modelo das Tradições Discursivas, conforme Coseriu (1980), Kabatek (2005, 2015), Koch (1997) e Andrade e Gomes (2018), considerando o gênero textual como prática historicamente estabilizada e sujeita a reformulações. A análise adota abordagem qualitativa e se desenvolve em dois eixos: estrutura composicional da notícia e nos recursos linguísticos (com ênfase na seleção lexical e na construção dos sujeitos noticiados). O estudo evidencia que, embora o gênero mantenha traços estruturais como o uso da pirâmide invertida e a objetividade informativa, há reconfigurações marcantes na linguagem e na circulação discursiva das notícias, sobretudo no contexto digital. Essas atualizações demonstram a capacidade adaptativa do gênero notícia às exigências tecnológicas, sem perder sua função social de informar com clareza e relevância.Item O uso da pontuação em editoriais das fases panfletária, literária e telegráfica(2019-12-09) Silva, Danielle Caroline Lins; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/3727669748999932O presente artigo busca traçar a historicidade do uso da pontuação na escrita de editoriais jornalísticos nas fases político-panfletária, literária-independente e telegráfico-informativa, na passagem do século XIX ao XX, que marcam a historicidade dessa tradição discursiva. O corpus é composto de sete editoriais, sendo três da fase panfletária, e dois das fases literária e telegráfica. A análise é de cunho qualitativo, visando observar os traços de mudança e permanência na pontuação dos textos referentes a cada fase descrita. O aporte teórico está pautado nos preceitos da Tradição Discursiva, com Kabatek (2004; 2005; 2006), Gomes (2007), Zavam (2009); e da Linguística Sócio-histórica, Gomes e Zavam (2018), Camara (2001), Andrade e Gomes (2018). Os resultados indicam que na passagem de uma fase a outra houve a transição de um emprego da pontuação predominantemente prosódico para um que contemple aspectos, para além dos prosódicos, sintáticos, semânticos e pragmáticos. Vincular o ensino da pontuação a estudos como esse, é oportunizar vivências de um ensino interdisciplinar, fazendo o estudante enxergar os múltiplos recursos que a língua dispõe ao considerar os mais diferentes contextos de produção e finalidades comunicativas.Item O uso de metodologias ativas na prática de ensino da língua portuguesa em tempos de pandemia(2022) Moreira, Karina Santos; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304Devido às transformações vivenciadas pela educação em função do isolamento social acarretado pela pandemia da COVID-19, observou-se a importância do uso das metodologias ativas no processo de ensino e aprendizagem. Sendo assim, este artigo tem como propósito refletir acerca da utilização desses novos métodos na prática do ensino de língua portuguesa, bem como verificar a sua aplicabilidade no período de aulas remotas em dez escolas do Recife e Região Metropolitana, por meio de uma pesquisa de campo realizada com 10 professores de escolas distintas, sendo três da rede pública e sete da rede privada. Para tanto, foi realizado um levantamento bibliográfico a fim de embasar a discussão, seguido de uma pesquisa de campo com os educadores que responderam ao questionário. Os resultados obtidos a partir dessa análise comprovam a necessidade de ressignificar o fazer docente e de enxergar o educando como protagonista do seu aprendizado, por meio da aprendizagem significativa.Item Tradições discursivas no relatório técnico da engenharia civil(2020-10-19) Oliveira, Arlene Frutuoso Coelho de; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/8441558214021223Item “Um jornal sem lero-lero”: proximidade comunicativa nas manchetes do Aqui-PE(2019-01-31) Oliveira, José Eduardo da Silva de; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/0194036161459171Este estudo tem como objetivo analisar as manchetes do jornal Aqui-PE com base no conceito de Tradição discursiva, considerando as marcas de proximidade comunicativa. O suporte teórico está fundamentado em Koch (1997; 2007); Oesterreicher (2013); Kabatek (2006); Gomes (2007; 2018); Travassos (2011; 2012); e Lucena (2011). O corpus selecionado é constituído de 16 manchetes do jornal popular Aqui-PE, que correspondem ao período de uma década (2008-2018), desde a sua criação aos dias atuais. Nossos objetivos específicos são: a) discutir acerca da finalidade comunicativa das manchetes do jornal para alcançar seu público-alvo; b) verificar a especificidade da finalidade comunicativa das manchetes do jornal Aqui-PE; c) Discutir acerca das marcas de proximidade comunicativa evidenciadas nas manchetes do jornal. Os resultados apontam para a evidência dos parâmetros de espontaneidade; dialogicidade; emocionalidade; e intimidade como marcas de proximidade comunicativa na constituição das manchetes do Aqui-PE.Item Uso e função da partícula que em três fases de editoriais pernambucanos(2020-11-06) Rocha, Edileusa Batista da; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304O presente artigo tem como objetivo analisar o uso e a função da partícula que em exemplares de editoriais de jornais pernambucanos dos séculos XIX e XX em três fases: político-panfletária, literário-independente e telegráfico-informativa. Para isso, contemplam-se os estudos morfossintáticos, com ênfase funcionalista da linguística de texto (NEVES, 2018) e na perspectiva da linguística sócio-histórica do português brasileiro; nas tradições discursivas (KABATEK, 2006), considerando a historicidade dos textos e da língua: o caso da historicidade do editorial (GOMES, 2007). O corpus é constituído por 09 editoriais pernambucanos, sendo 03 de cada fase. Desse corpus foram selecionadas 15 ocorrências de cada fase para a análise dos usos (frequência e função) da partícula que. Os resultados, ainda que preliminares, apontam que houve diminuição dos usos da partícula. Foram constatadas 281 ocorrências, sendo 113 da fase panfletária, 127 da fase literária e 41 da fase telegráfica comprovando, assim, a nossa hipótese de diminuição da frequência da partícula nos editoriais do século XIX ao XX. Dessas 15 ocorrências analisadas, com relação às funções, percebeu-se que as escolhas linguísticas foram preferencialmente no uso da partícula que exercendo classe gramatical de pronome relativo conectando dois termos de mesma função sintática.
