Economia Doméstica (Sede)
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Item Educação em Direitos Humanos no cotidiano das universidades: reflexões a partir do Projeto Diálogos(2021) Bispo, Jorge Luiz dos Santos Monteiro; Fernandes, Raquel de Aragão Uchôa; http://lattes.cnpq.br/9733983138830524O presente artigo foi desenvolvido a partir do projeto Diálogos que vem sendo desenvolvido desde o ano 2017 no âmbito do Observatório da Família/Instituto Menino Miguel e curso de Bacharelado em Economia Doméstica e representa a possibilidade de ampliação de espaços para educação em Direitos Humanos no cotidiano da Universidade Federal Rural de Pernambuco/UFRPE. O projeto atua através da criação de espaços de reflexão sobre temáticas vinculadas aos campos das famílias, subalternidades, acesso a direitos, políticas públicas e justiça. O objetivo da proposta é o de construir e experienciar espaços de debate e reflexão sobre as temáticas relativas aos Direitos Humanos, através da integração entre as ações de extensão na Universidade e grupos/instituições/indivíduos vinculados ao campo da gestão pública, movimentos sociais, sistema de justiça, buscando viabilizar debates relacionados às experiências provenientes de diferentes “chão de trabalho”, viabilizando a reflexão e aprofundamento dos temas a partir de experiências concretas cotidianamente vivenciadas nos encontros entre os sujeitos, as instituições e o acesso aos direitos. A delimitação dos campos, seleção das temáticas, dos sujeitos envolvidos nos processos de mediação e o diálogo, se efetivaram a partir dos temas de atuação do Observatório da Família, grupo vinculado desde 2011 ao Departamento de Ciências Domésticas, hoje Departamento de Ciências do Consumo e atualmente vinculado ao Instituto Menino Miguel. Para este artigo faremos o recorte nos dois últimos anos de ação do projeto, 2018 e 2019, período em que as ações do Observatório da Família se voltaram para a perspectiva dos modos de vida subalternos urbanos de corpos e indivíduos com vivência do cárcere. Iremos apresentar seis debates realizados no período, com temas relacionados ao cotidiano e vivência do e no cárcere e, ainda, no processo de integração entre extensão e pesquisa, três grupos focais com reflexões sobre o cárcere, o encarceramento e os corpos encarceráveis. Os resultados apontam para a necessidade de trazer a temática do cárcere para dentro das universidades como forma de ampliar a compreensão dos/as futuros profissionais das diferentes áreas sobre as trajetórias que levam ao encarceramento em uma sociedade que se caracteriza pelo encarceramento em massa de jovens, negros, pobres e periféricos.Item Jovens adultos na criminalidade e as políticas públicas de segurança em Pernambuco(2020-11-04T03:00:00Z) Monteiro, Kátia Nunes; Fernandes, Raquel de Aragão Uchôa; http://lattes.cnpq.br/9733983138830524; http://lattes.cnpq.br/2797256199797396A criminalidade está atrelada a vários fatores, muitos deles vinculados ao não acesso a direitos e proteções sociais e tem origem direta na desigualdade social que é estruturante da formação social do Brasil. Uma outra dimensão associada ao cometimento de crimes e/ou atos infracionais se volta para o campo do consumo ou da busca por acesso. Muitos estudos apontam esta relação principalmente no que diz respeito ao envolvimento com o tráfico de drogas e/ou furto de adolescentes e jovens adultos. No país a criminalidade e a resposta por parte do Estado de encarceramento em massa gera grandes impactos para a sociedade, o Brasil ocupa hoje a quarta posição no ranking de encarceramento, com a marca de 338 presos por 100 mil habitantes (INFOPEN, 2019). Diante deste quadro a tendência é que os efeitos sejam maiores nos estados onde a política pública relacionada ao combate ao crime e a criminalidade está organizada de modo inconsistente. Neste sentido o objetivo deste artigo é analisar o caso de Pernambuco, através de um programa de governo, Pacto pela Vida, que vigora no estado desde 2007 e tem o objetivo de monitorar e a avaliar constantemente ações através das taxas de criminalidade, tendo como indicador próprio, os Crimes Violentos Letais Intencionais. Para compreender a relação do consumo e a criminalidade, o estudo tem caráter qualitativo e buscou analisar a relação entre criminalidade e consumo a partir de fatores da criminalização entre jovens de 18 a 30 anos no estado. O levantamento de dados se deu através de pesquisa exploratória, bibliográfica e documental. Os resultados apontam para a relação entre criminalidade, desigualdade social e expressões da sociedade de consumo manifesta através do capitalismo desfreado, reafirmando a essencialidade de políticas públicas abrangentes voltadas para a segurança para se poder mudar essa realidade difícil.Item Modos de vida urbanos. reflexões sobre: consumo, território,memória e história no cotidiano subalterno das cidades (caso Lemos Torres)(2019) Pessoa Júnior, Antônio Ramos; Fernandes, Raquel de Aragão Uchôa; http://lattes.cnpq.br/9733983138830524; http://lattes.cnpq.br/2398634034132541O Presente trabalho foi resultado de dois anos de pesquisa investigativa PIBIC, 2017 a 2019, desenvolvida na comunidade Lemos Torres, localizada na Zona Norte da Região Metropolitana do Recife, no bairro de Casa Forte com eixo central na discussão de habitação. Este material debate a problemática do direito a moradia em favor da classe menos favorecida, tendo como objetivo analisar e identificar o lugar e impactodas práticas de consumo sobre os diferentes modos de vida no cotidiano de classes subalternas urbanas. Identificamos as percepções destes sujeitos sobre seu cotidiano nas cidades, sua trajetória (com ênfase para os “determinantes” relativos às questões de classe, etnia, gênero e geração) bem como,o direito à moradia. A pesquisa caracteriza-se por ser exploratória e de caráter qualitativo, através da observação e entrevistas realizadas durante visitas a comunidade. Os resultados apontam para a complexidade do processo de urbanização das cidades, com interesses e demandas bastante distintas e interação. O acesso a moradia remete a uma trajetória de luta e resistência dos sujeitos desta história que se desenrola há várias décadas e culminou com o momento atual captado por estas diferentes intervenções junto a estas famílias relacionadas àpolítica habitacional na cidade do Recife.Item Trajetórias subalternas urbanas: o cotidiano e o cárcere(2021) Carvalho, Edna Ferreira de; Fernandes, Raquel de Aragão Uchôa; http://lattes.cnpq.br/9733983138830524; http://lattes.cnpq.br/0845873560120755O relatório Trajetórias Subalternas Urbanas: o cotidiano de mulheres e egressas do cárcere em Pernambuco tem por objetivo compreender as relações entre modos de vida e subalternidade a partir do cotidiano de mulheres com vivência no sistema carcerário pernambucano e de modo específico compreender os impactos da COVID-19 no cotidiano destas mulheres. Neste relatório analisamos o aprofundamento das condições de subalternidade vivenciadas por mulheres com passagem pelo sistema prisional de Pernambuco. Este projeto representa o aprofundamento de pesquisas já realizadas e em andamento sobre as relações subalternas nas cidades e no cárcere (‗Modos de vida urbanos: cotidianos subalternos nas cidades – 2017-2020‘ e ‗A vida além das grades: as trajetórias de mulheres egressas do sistema prisional de Pernambuco, 2020-2021‘). É qualitativa com inspiração no método da pesquisa-ação. Estabelece como interlocutoras mulheres egressas ao sistema que estão ainda em processo de remissão de pena, e em acompanhamento pelo Patronato Penitenciário de Pernambuco. Atualmente mais de 700 mil mulheres estão encarceradas no mundo, sendo que os anos recentes têm sido caracterizados por um crescimento exponencial desta população. O Brasil, com aproximadamente 42 mil mulheres encarceradas ocupa atualmente a quarta posição no ranking mundial, tendo tido um aumento percentual de 656% entre os anos de 2000 a 2016 (INFOPEN, 2016). O estado de Pernambuco, com 1600 mulheres encarceradas, ocupa a sétima posição no cenário nacional. De acordo com dados do INFOPEN (2016), 62% das mulheres encarceradas no Brasil são negras, em Pernambuco esse percentual chega a 88%. Os resultados obtidos apontam para uma reprodução geracional de trajetórias subalternas na história de vida destas mulheres, geralmente negras, pobres, mães e periféricas, condição agravada pela vivência do e no cárcere.
