01.1 - Graduação (Sede)
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Resultados da Pesquisa
Item O flagelo dos Ganges: O Recife e a epidemia de cólera de 1856(2022-06-06) Melo, Iago Mário Ponce de Albuquerque; Santos, Maria Emilia Vasconcelos dos; http://lattes.cnpq.br/4794117737260000; http://lattes.cnpq.br/1262902438407305Este artigo trata sobre a epidemia de cólera que atingiu o Recife em 1856. Discute como a cólera se originou e se disseminou pelo mundo, qual era o cenário em que cidade se encontrava antes da chegada da doença e quais foram os procedimentos adotados pela comunidade médica, autoridades provinciais, religiosos e moradores para enfrentar a epidemia. Além disso, o artigo visa abordar como a imprensa noticiou a cólera e como a epidemia impactou a dinâmica da cidade, no cotidiano e nas questões da religiosidade e morte.Item Ritos muçulmanos no Centro Islâmico, em Recife: a prática da solidariedade e os exercícios do Eid al-Fitr e Eid al-Adha(2025-03-21) Oliveira, Káio Carneiro de; Sobreira, Juarez Caesar Malta; http://lattes.cnpq.br/1637642140129323; http://lattes.cnpq.br/8515177169788797O presente texto trata-se de uma pesquisa qualitativa, com uso de entrevistas aberta, observação participante e etnografia na área de antropologia da religião. Ela busca apresentar e problematizar os ritos do Ramadã e o Eid Al-Fitr, bem como a Festa do Sacrifício, o Eid Al-Adha, com seus modos de ser do exercício religioso muçulmano e como isto mobiliza e afeta a solidariedade religiosa anualmente. Pois estas são as duas grandes festividades islâmicas partilhados por todas as linhas interpretativistas do Islã e por todas as classes sociais e origens. Existem diferenças ou adaptações dos ritos na realidade muçulmana em Recife onde o grupo é minoritário, frente uma maioria atual cristã? Foram analisadas duas festas das ditas acima durante os anos de 2023 e 2024.Item Caracterização das moradias em madeira da Comunidade Via Mangue da Torre, Vila Santa Luzia em Recife/ PE(2025) Silva, Maria Vitória de Alcântara da; Nogueira, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/2791448000405507; http://lattes.cnpq.br/9953063278269889Este trabalho tem como objetivo analisar e caracterizar as moradias em madeira da comunidade Via Mangue da Torre, situada na Vila Santa Luzia, em Recife - PE, destacando os aspectos técnicos, sociais, ambientais e de gênero envolvidos nas práticas construtivas locais. A pesquisa partiu da compreensão de que, embora estas edificações representem estratégias de resistência e adaptação da população periférica, encontram-se marcadas por condições de vulnerabilidade que comprometem a qualidade de vida de seus moradores, especialmente das mulheres, principais responsáveis pela manutenção das casas. A metodologia adotada combinou abordagens qualitativas e quantitativas, com a realização de entrevistas semiestruturadas com moradoras, observações de campo e análise altimétrica e espacial, utilizando dados de satélite processados via QGIS. Também foi feita uma caracterização dos materiais utilizados nas construções, com foco nos tipos de painéis de madeira empregados. Os resultados revelaram que as moradias, em sua totalidade, são compostas por materiais reaproveitados, como OSB, MDF e compensado, os quais apresentam limitações quanto à durabilidade, resistência à umidade e conforto térmico. Foram identificadas fragilidades estruturais, ausência de manutenção contínua, problemas sanitários, e um cenário de sobrecarga feminina no cuidado com as residências. Além disso, a localização em áreas alagáveis e ambientalmente sensíveis, como os manguezais, agrava a deterioração das construções e reforça os conflitos socioambientais no território. A pesquisa conclui pela necessidade urgente de políticas públicas que promovam soluções habitacionais sustentáveis, seguras e inclusivas, contemplando capacitação técnica, acesso a materiais adequados e o reconhecimento das dinâmicas de gênero no planejamento urbano. O estudo também contribui para a valorização dos saberes locais e para o fortalecimento de estratégias comunitárias de resistência, apontando caminhos para a construção de cidades mais justas e resilientes.Item Templo da gastronomia recifense: Mercado público de Casa Amarela(2025-03-20) Martins, Adriana Fernandes; Shinohara, Neide Kazue Sakugawa; http://lattes.cnpq.br/7105928729564845Este trabalho buscou compreender os aspectos históricos, culturais e alimentares encontrados no Mercado Público de Casa Amarela, em Recife-PE e a relação com a gastronomia pernambucana. Através de pesquisas bibliográficas e visitas ao local, o trabalho conta a história do mercado e do bairro em que está inserido, caracterizando sua estrutura, seus insumos e pratos característicos. Foram analisados os boxes do mercado que comercializam carnes, queijos, ovos e condimentos. Os restaurantes localizados na área externa atendem o público do bairro e pessoas em trânsito do entorno do mercado, que oferecem pratos étnicos da gastronomia pernambucana. Através da análise realizada nessa pesquisa, foi possível constatar que o Mercado exerce a função de um dos templos da gastronomia pernambucana, pois é um espaço de congregação, principalmente para a população local que o frequenta diariamente, buscando pratos típicos como cozido bovino com legumes, galinha e costela guisada, bife bovino e galinha assada. Destacou-se também a forte presença de insumos como ingredientes para confecção de empratados e doces a nível doméstico (carne de sol, queijo coalho, jerimum, coco seco e cheiro verde), preservando tradições e costumes da cultura alimentar pernambucana.Item “Policiar é civilizar”: policiamento e projeto civilizador no Recife oitocentista (1842-1845)(2025-03-20) Gomes, Amanda Caroline Barbosa; Silva, Wellington Barbosa da; http://lattes.cnpq.br/1213688229016782; http://lattes.cnpq.br/2678112330462560Este artigo tem como objetivo explorar a ação da polícia no espaço público e o seu papel na implementação de um processo civilizador nas ruas do Recife oitocentista, de 1842 a 1845. Para tanto, foi necessário contextualizar por que se transformam a instituição, a conduta e a constituição afetiva de pessoas, usando como pano de fundo a obra de Norbert Elias intitulada: O Processo Civilizador (1994). Inicialmente discutimos o processo civilizador que as elites dirigentes tentavam implementar no Recife, fazendo uso de aparatos policiais em moldes burocráticos. Recuperamos usos de conceitos teóricos como governamentalidade e antidisciplina, considerados ímpares para que o leitor compreenda como nos oitocentos houve uma tentativa de normatizar comportamentos de pessoas consideradas não civilizadas. Em seguida ocupamo-nos com a análise da estruturação interna do Corpo de Polícia no período em tela. Por fim, verificamos as ações de policiamento, práticas e técnicas de governo para estabelecer a ordem social e garantir a tranquilidade pública, passeando por documentos manuscritos da polícia disponíveis no Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano na coleção da Polícia Civil. Com isso, pretendemos mostrar as raízes históricas das atribuições legais que conhecemos hoje desse aparato estatal teoricamente tão atrelado e comprometido ao combate da criminalidade, e contribuir também para a ampliação de estudos com a temática da polícia na historiografia brasileira, que vem se construindo lentamente.Item O cuscuz na culinária recifense: perfil de consumo e sua inserção na gastronomia de Recife(2024-10-01) Silva, Nikolle Miguel da; Correia, Bruno Celso Vilela; http://lattes.cnpq.br/2359425137602779Este estudo analisa o cuscuz como símbolo cultural e gastronômico na Região Metropolitana do Recife, com foco em sua crescente popularidade e diversidade de pratos nos bares e restaurantes locais, além de uma pesquisa analisando os métodos de preparo, frequência de consumo e importância para a população da Região Metropolitana do Recife . Foram investigados três estabelecimentos: Bar do Cuscuz, Fome de Cuscuz: Cuscuzeira Cafeteria e Creperia, e Garagem Tapiocaria. A pesquisa revela que o cuscuz se consolida como um prato versátil, capaz de se adaptar a diferentes gostos e preferências, a análise dos cardápios, métodos de preparo e receptividade dos clientes mostra que o cuscuz tem um consumo frequente e elevado, sendo um alimento democrático, acessível e altamente valorizado. O estudo também destaca a fusão de ingredientes tradicionais, como o queijo coalho e a carne de sol, com inovações nos acompanhamentos e apresentação, evidenciando a constante evolução do prato. Além disso, a presença crescente de novos restaurantes especializados no cuscuz reforça sua importância na identidade cultural e gastronômica da região. O cuscuz transcende sua função de alimento, simbolizando a conexão entre gerações e a preservação de tradições. A pesquisa conclui que o cuscuz, além de ser um ícone da culinária nordestina, é um elemento essencial na dieta diária dos habitantes, unindo simplicidade, tradição e inovação.Item Os objetos utilitários de cozinha e mesa posta no Recife oitocentista: a cerâmica como modelagem da cultura(2024-09-27) Moura, Dayane Gomes de; Luna, Suely Cristina Albuquerque de; http://lattes.cnpq.br/4941715690112297; http://lattes.cnpq.br/0346614970748528O presente trabalho monográfico explicita os usos da cerâmica utilitária para cozinha e mesa posta no Recife Oitocentista. Deste modo, procurou-se compreender as modificações sociais e estruturais na cidade do Recife imbuídas do olhar modernizante. Como também, as relações estabelecidas entre o Sítio Histórico do Pilar e os fragmentos encontrados - com destaque para as cerâmicas - e por fim, de como a arte e o patrimônio são construções sociais. Dispõe do objetivo de compreender a relação estabelecida entre os objetos cerâmicos e o cotidiano oitocentista, examinando o que estava posto para a cidade, para então analisar os fragmentos - reconstruindo-os se necessário, e o consumo de objetos cerâmicos entre os grupos sociais do século em análise. Com o intuito de alcançar tais objetivos utilizou-se como método as abordagens, qualitativa - a materialidade, quantitativa - recorrência no sítio arqueológico e a comparativa - cultura ceramista versus seus utilizadores. Os resultados, por sua vez, revelaram a presença plural de objetos cerâmicos, destacando-se as panelas, alguidares e jarras. Diante dos resultados, podemos concluir que a arte cerâmica é ampla e que o registro arqueológico revela as facetas das vivências sociais tanto dos antigos moradores do Pilar, quanto do próprio Recife.Item A influência da colonialidade nas vidas vividas na cidade do Recife: reflexões sobre consumo e cotidiano de estudantes universitários da UFRPE(2024-03-08) Melo, Ana Carolina da Silva; Fernandes, Raquel de Aragão Uchôa; http://lattes.cnpq.br/9733983138830524; http://lattes.cnpq.br/7271561235870981A presença da periferia na universidade é uma luta histórica, e para além da ampliação do direito ao acesso, acumulada desde a defesa das cotas raciais, sociais e para alunos da rede pública, é urgente pensar a permanência e conclusão da juventude periférica que chega às universidades. A proposta deste Trabalho de Conclusão de Curso/TCC, apresentado ao Departamento de Ciências do Consumo/DCC, nasce e se volta para a reflexão da relação entre as classes sociais no cotidiano da cidade do Recife. Se fundamenta a partir da análise da influência da colonialidade nas vidas vividas na cidade do Recife. Refletimos de forma mais detida às experiências cotidianas vivenciadas por estudantes periféricos/as a partir do acesso ao ensino superior, com ênfase para a experiência deste grupo em diferentes cursos da UFRPE/Campus Recife. De modo geral este é um trabalho que se volta para as reflexões do direito a cidade a partir de um exercício de reflexão no campo do consumo, considerando que as relações estabelecidas no cotidiano com as espacialidades, serviços e produtos são relações de consumo mediadas por elementos relativos à interseccionalidade, toma Recife e a UFRPE como estudo de caso. Inicialmente buscamos compreender os impactos da colonialidade nas diferentes relações de consumo na sociedade recifense contemporânea e posteriormente como isso incide no cotidiano de estudantes periféricos/as que acessam o ensino superior. A justificativa se sustenta no fato de que na cidade do Recife há, diante da perspectiva colonial ainda presente, imposições e violências simbólicas e concretas que afetam o direito de viver e habitar a cidade, exemplo do projeto “Novo Recife”, dos desafios à mobilidade urbana na conciliação do tempo educação/trabalho, Na atuação da polícia e/ou outros mecanismos de controle nos espaços periféricos. Consideramos que as formas assumidas pelo espaço social contemporâneo, que são vivenciadas todos os dias nos diferentes trânsitos pela cidade, nos usos dos espaços públicos e privados, produz de forma histórica, cotidiana e reiterada barreiras para acesso a direitos, espaços, serviços e produtos. Neste sentido o presente estudo tem como objetivo geral compreender as formas da colonialidade nas diferentes relações de consumo na sociedade recifense contemporânea, com destaque para as experiências de estudantes da UFRPE. Os objetivos específicos se voltam para refletir sobre o perfil socioeconômico dos estudantes que acessam o ensino superior no Brasil e na cidade do Recife; analisar a influência da colonialidade nas vidas vividas na cidade por estudantes periféricos/as que acessam o ensino superior, refletindo sobre as formas assumidas pela colonialidade neste cotidiano, considerando aspectos relacionados para as desigualdades interseccionadas. Trata-se de uma pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, que se fundamentará na observação participante e que toma Recife como estudo de caso. Enquanto resultados apontamos a possibilidade de contribuição das ciências do consumo para a produção de conhecimento sobre as vidas vividas na cidade, a partir da perspectiva da juventude recifense e a possibilidade de apresentação sobre a influência da colonialidade/neocolonialidade nas relações de consumo de estudantes periféricos/as Que acessam a educação superior. Compreendendo que estudos neste campo podem possibilitar a expansão de políticas para acesso, permanência e conclusão da educação em nível superior da juventude periférica brasileira e recifense.Item O vício degradante do coração do homem: arqueologia e o consumo de bebidas alcoólicas no Recife oitocentista(2024-02-29) Sampaio, Anthony Vinícius Souza; Luna, Cristina Albuquerque de; http://lattes.cnpq.br/4941715690112297; http://lattes.cnpq.br/2140646935718545O presente trabalho tem por objetivos observar as posturas sociais e médicas na cidade do Recife oitocentista relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas, frente às mudanças no âmbito social e higienista que vão se consolidar principalmente a partir da segunda metade deste século. Com a mudança do regime governamental do Brasil de Colônia para Império, vemos que a realidade da população muda de acordo com o cotidiano e a adaptação a novas maneiras e costumes. O Recife, sob a influência das sociedades europeias, sobretudo a França e a Inglaterra, inicia um processo de “modernização”, que perdura por todo este século, afetando o dia a dia de toda a população, no qual a elite passa a buscar um novo modelo de sociedade. Essa procura também afeta o contexto do consumo das bebidas alcoólicas, que vai passar por inúmeras imposições em sua prática, ditada pela elite. Com isso, a partir dos estudos bibliográficos acerca da cidade, as fontes históricas escritas, e dos fragmentos de garrafas e garrafas inteiras de vidro (cultura material) proveniente das escavações arqueológicas do Sítio Arqueológico do Pilar, no Bairro do Recife, baseamos nossa análise para compreender um pouco mais a história da sociedade recifense a partir de seu cotidiano, através de uma visão cultural e social.Item O movimento abolicionista na cidade do Recife: atividades legais e extralegais entre os anos de 1884 a 1888(2024-02-22) Paz, Julyany Sarah do Nascimento; Santos, Maria Emília Vasconcelos dos; http://lattes.cnpq.br/4794117737260000; http://lattes.cnpq.br/0911540409143559Este artigo tem por objetivo trazer a história do movimento abolicionista na cidade do Recife, enfatizando as ações legais e ilegais que possibilitaram a libertação de diversos escravizados na década de 1880. A construção narrativa do trabalho se apoiará em uma linguagem simples e direta, tornando-o acessível não só ao público da academia, mas aos mais variados leitores que tenham interesse no tema. Em 13 de maio de 1888, o Brasil foi o último país da América a abolir a escravidão. Esta condição não foi resultado da benevolência do Estado, mas sim de uma pressão social intensa que adveio do movimento abolicionista e da própria resistência escrava. Em Pernambuco, as corporações antiescravistas foram responsáveis por promover diversas ações legais e extralegais pela causa da abolição. Transitando entre a legalidade e ilegalidade, os abolicionistas da cidade do Recife tornaram possível a libertação de vários cativos ao longo do século XIX, principalmente entre os anos de 1884 a 1888. A longo prazo, a atuação do movimento abolicionista tomou uma grande proporção, e foi fundamental para que a Abolição fosse alcançada no país.
