01.1 - Graduação (Sede)

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    Elementos terras raras em tecnossolo construído há 40 anos a partir de rejeitos de mineração de scheelita
    (2025-07-04) Silva, Matheus José Gomes Dutra da; Silva, Ygor Jacques Agra Bezerra da; Santana, Laura Mariana Nascimento de; http://lattes.cnpq.br/5352138228552126; http://lattes.cnpq.br/0904824873761236; http://lattes.cnpq.br/1518042110758663
    Os elementos terras raras (ETRs) despertam interesse econômico devido à sua ampla aplicação na indústria tecnológica. Este trabalho teve como objetivo discutir a caracterização física, química e geoquímica de um tecnossolo formado há 40 anos a partir de rejeitos da mineração de scheelita na Mina Brejuí, em Currais Novos (RN). A discussão foi baseada em análises físicas, químicas, mineralógicas e determinação dos ETRs, tanto no tecnossolo quanto no rejeito recém depositado (tempo zero) para efeitos de comparação. O tecnossolo foi classificado como Spolic Technosol e apresentou um pH alcalino, presença de carbonatos e predominância de cargas negativas, condições que favorecem a retenção de cátions. Foi observada uma heterogeneidade na acidez potencial, condutividade elétrica (CE) e na capacidade de troca catiônica (CTC), além de teores moderados de carbono orgânico e baixa disponibilidade de fósforo. A avaliação mineralógica resultou em uma predominância de minerais primários como resultado da herança do rejeito de sua formação, como esmectita, biotita, caulinita, feldspatos e actinolita. Em ordem decrescente, as concentrações médias de ETRs foram respectivamente: Ce > Y > La > Nd > Sc > Dy > Pr > Er > Gd > Yb > Sm > Eu > Ho > Lu > Tb, com o ΣETRs variando entre 86,65 e 151,80 mg kg⁻¹. Os teores encontrados foram inferiores aos registrados em depósitos de outras regiões do Brasil, China e Europa, porém, ainda no Brasil, superiores aos solos do Amazonas, o que evidencia que o tecnossolo tem influência do rejeito em sua composição química. Os resultados contribuem para compreender a dinâmica dos ETRs em ambientes construídos a partir de rejeitos de mineração no semiárido nordestino, e colaboram para ações de manejo e recuperação de áreas degradadas.
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    Avaliação da composição química de óleos de derramamentos por espectrometria de massas de ultra alta resolução
    (2025-07-03) Salata, Ana Beatriz Alves de Miranda; Santos, Jandyson Machado; Pereira, Marília Gabriela Araújo; http://lattes.cnpq.br/4388998153970406; http://lattes.cnpq.br/4137257750865101; http://lattes.cnpq.br/2519974430606408
    O petróleo é uma mistura química complexa composta predominantemente por hidrocarbonetos, que contém uma fração polar constituída por compostos com heteroátomos do tipo S, N e O. O petróleo desempenha um papel vital na economia global, sendo essencial como fonte de energia e matéria-prima industrial. No entanto, eventos de derramamentos de óleos representam uma séria ameaça a ambientes marinhos e costeiros, como ocorreu no desastre do ano de 2019 na costa nordestina do Brasil. Após um derramamento, o petróleo sofre processos físicos e químicos, como espalhamento, dissolução, evaporação, fotooxidação e biodegradação. Tais processos estão associados ao intemperismo do óleo no ambiente, que podem contribuir para o agravo da contaminação, devido a formação de novos constituintes químicos nocivos. Este estudo utilizou a abordagem em petroleômica para investigar óleos derramados coletados na costa de Pernambuco entre os anos de 2019 a 2021, com o objetivo de entender as alterações químicas dos compostos polares ao longo do tempo, devido à longa exposição do óleo a ambientes terrestres e aquáticos. Foram analisadas três amostras: SO (óleo coletado no primeiro mês do derramamento de 2019), SA (coletado após 16 meses em ambiente aquático marinho) e ST (coletado após 19 meses em ambiente terrestre costeiro). As análises foram realizadas por espectrometria de massas de ultra-alta resolução (FT-ICR MS) com ionização por electrospray nos modos ESI(+) e ESI(-). Por ESI(+), foram identificadas as classes N, NO, NO2, NS, O, O2S e OS, havendo pouca variação da intensidade delas quando comparadas as amostras entre si. Por ESI(-), maiores diferenças entre as amostras foram encontradas, sendo as principais classes: N, NO, O2, O3, O4, OS, e combinações de classes oxigenadas com enxofre (OS, O2S). Para a classe N, menores intensidades foram observadas nas amostras SA e ST, sugerindo degradação dos compostos nitrogenados, quando o óleo derramado ficou exposto ao ambiente aquático marinho ou terrestre, respectivamente. Em contrapartida, as classes Ox (x = 1 - 4) possui maiores intensidades em SA e ST, indicando que o óleo derramado sofreu processos de foto-oxidação e biodegradação nos ambientes. Razões entre classes heteroatômicas também foram calculadas, que apontaram o impacto do grau de biodegradação e foto-oxidação nas amostras SA e ST, quando comparadas a amostra do óleo derramado inicialmente (SO). Assim, os dados mostraram padrões distintos de compostos polares nas amostras, evidenciando a influência do intemperismo na modificação química dos óleos ao longo do tempo e em diferentes ambientes de exposição ambiental, fornecendo informações valiosas para entender o comportamento químico de óleos derramados a nível molecular.
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    Avaliação geoquímica temporal de óleos do derramamento de 2019 no litoral de Pernambuco
    (2023-09-19) Lima, Isabelle Farias Silva de; Santos, Jandyson Machado; http://lattes.cnpq.br/4137257750865101; http://lattes.cnpq.br/0023973040247708
    Em agosto de 2019 foi identificado um derramamento de óleo no litoral do Brasil, que atingiu majoritariamente o Nordeste do país. Devido à extensão territorial que o óleo atingiu, foi considerado o maior acidente envolvendo a indústria do petróleo do país e o que mais impactou ambientalmente regiões costeiras tropicais. Diante disso, buscando compreender a problemática voltada aos impactos gerados por derramamentos de óleo no meio ambiente de forma temporal, essa pesquisa objetivou avaliar as possíveis transformações químicas ao qual o material oleoso ficou exposto em diferentes ambientes. Assim, duas amostras intituladas de "óleo" (SO – coleta em setembro/2019) e "aquática" (SA – coleta em janeiro/2021) foram coletadas na praia de Enseada dos Corais, onde ambas permaneceram naturalmente em contato apenas com o ambiente aquático em diferentes períodos. Uma terceira amostra intitulada de "terrestre" (ST – coleta em abril/2021) foi coletada na praia de Itapuama/PE, onde permaneceu em contato natural com o ambiente terrestre desde agosto de 2019 num aterro, por cerca de um ano e meio após o derramamento, sendo descoberta devido à erosão por fortes chuvas. As três amostras foram submetidas a um processo de extração sólido-líquido com diclorometano. Em seguida, foram realizadas análises por Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas (GC/MS), com a fonte de ionização Impacto por Elétrons (EI) nos modos Monitoramento de Reações Múltiplas (MRM) e Monitoramento Seletivo de Íons (SIM) para identificação dos biomarcadores apolares. As análises por Espectrometria de Massas de ultra-alta resolução por Transformada de Fourier (FT-MS) foram realizadas utilizando as fontes de ionização Electrospray (ESI±) e Fotoionização à Pressão Atmosférica (APPI+) para identificação dos compostos polares. Os resultados obtidos permitiram a atribuição de vinte e três diferentes compostos biomarcadores do petróleo, para cada uma das três amostras, das classes dos terpanos (m/z 191) e esteranos regulares (m/z 217). O cálculo das razões diagnósticas comprovou a recalcitrância desses biomarcadores frente aos processos de intemperismo natural, pois não foram observadas variações significativas. Para as amostras SA e ST, a classe dos n-alcanos foram as mais suscetíveis aos efeitos da evaporação e biodegradação, quando comparadas com a amostra SO. Assim, foi identificado que os compostos que sofreram biodegradação foram convertidos em compostos oxigenados polares, aumentando, assim, a abundância das classes oxigenadas (O2, O3 e O4) identificadas por FT-MS. Portanto, conclui-se que as amostras SA e ST apresentam modificações químicas em suas composições em decorrência dos processos intempéricos naturais, principalmente para as classes dos n-alcanos e compostos polares, devido estas terem sido expostas a processos intempéricos nos ambientes aquático (SA) e terrestre (ST) aos quais estiveram expostas.
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    Influência de granitos anorogênicos (Tipo A) na geoquímica de elementos terras raras em solo no semiárido brasileiro
    (2023-02-24) Santana, Laura Mariana Nascimento de; Silva, Ygor Jacques Agra Bezerra da; Nascimento, Rennan Cabral; http://lattes.cnpq.br/5916790861002578; http://lattes.cnpq.br/0904824873761236; http://lattes.cnpq.br/5352138228552126
    As demandas globais pelos elementos terras raras (ETRs) estão aumentando anualmente e, consequentemente, o acúmulo desses elementos no solo e no ambiente tem provocado impactos adversos na saúde humana e ambiental, causando preocupação crescente não apenas na comunidade científica, mas em toda sociedade. A geoquímica de ETRs em solos permanece pouco compreendida, principalmente em ambientes semiáridos. Estudos sobre a dinâmica de ETRs em diferentes contextos geológicos, pedológicos e climáticos são necessários para entender os diferentes comportamentos biogeoquímicos desses elementos. Porém, ainda não há estudos sobre o efeito de granitos tipo A nos atributos físicos, químicos e mineralógicos de solos localizados em distintas condições ambientais. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência da mineralogia de granitos anorogênicos (Tipo A) na mineralogia e geoquímica de elementos terras raras no semiárido brasileiro. O perfil de solo foi selecionado com base no mapa geológico de Pernambuco. O granito tipo A foi analisado em microscópio petrográfico, por microscopia eletrônica de varredura e espectroscopia por energia dispersiva de raios X. A morfologia do solo foi descrita com base no Manual de Descrição e Coleta de Solo no Campo e a classificação do perfil de solo foi feita conforme o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. As leituras de ETRs foram feitas por espectrometria de emissão óptica. Um difratômetro de raios X foi usado para identificar os minerais nas frações do solo. O perfil de solo derivado de granito tipo A no semiárido foi classificado como CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico Típico, definido pela presença de horizonte diagnóstico B incipiente (Bi), sendo profundo, não pedregoso, não cascalhento e não rochoso. Com base no manual de recomendação de adubação para o estado de Pernambuco, a fertilidade natural do perfil de solo originado de granito tipo A foi considerada moderada. O granito tipo A apresentou alta proporção de minerais máficos e acessórios, principalmente biotita, hornblenda, allanita, granada, minerais opacos e apatita. O intemperismo da bastnasita e da monazita foram as principais fontes de ETRs no solo. A concentração média total de ETRs no perfil de solo originado de granito tipo A foi muito alta (394,2 mg kg-1), sendo superior à média dos solos derivados de outros tipos de granitos (Tipos I e S), bem como da média dos solos da Europa, China, Japão, Suécia e dos solos de referência do Brasil. O solo derivado de granito tipo A apresentou enriquecimento de ETRs, com leve fracionamento entre os ETRLs e ETRPs. A razão LaN/YbN um pouco superior a um também confirmou o leve fracionamento entre ETRLs/ETRPs. Não houve fracionamento entre os ETRLs (razão LaN/SmN <1). Contudo, houve leve fracionamento entre os ETRPs (razão GdN/YbN > 1) devido a esses metais serem mais móveis do que os ETRLs. A anomalia positiva de cério (Ce) é justificada pela condição oxidante do perfil, em que o Ce3+ transforma-se em Ce4+, apresentando baixa solubilidade e maior tendência ao enriquecimento. A anomalia positiva de európio (Eu) é explicada pela substituição do Eu pelo estrôncio (Sr2+) nos plagioclásios. Logo, a anomalia positiva do Eu no solo é reflexo dessa mesma assinatura geoquímica no seu material de origem. A composição mineralógica do granito tipo A, assim como a mineralogia do solo apresentou forte influência na geoquímica de ETRs no solo. Este estudo fornece evidências da influência do granito tipo A na geoquímica de ETRs em solo situado no semiárido brasileiro.
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    Aplicação da geoquímica inorgânica na investigação da contaminação ambiental de sedimentos do Rio Ipojuca, Caruaru/PE, Brasil
    (2021-07-15) Bezerra, Emanuelle da Silva; Santos, Jandyson Machado; http://lattes.cnpq.br/4137257750865101; http://lattes.cnpq.br/7596013067584452
    No estudo da contaminação de ambientes aquáticos, a caracterização química de sedimentos no contexto da geoquímica inorgânica de metais pode fornecer informações importantes, como o histórico de contaminação do ecossistema aquático, levando ao conhecimento da quantidade, da qualidade, do período e dos efeitos provocados pela contaminação, na maioria das vezes provenientes das atividades antrópicas. O presente estudo visa realizar a quantificação de metais por Espectrometria de Emissão Ótica com Plasma Indutivamente Acoplado (ICP-OES) em sedimentos do Rio Ipojuca, trecho relacionado ao município de Caruaru, estado de Pernambuco, com intuito de identificar se há e qual o nível de contaminação, tendo como base os valores de referência de qualidade da Resolução CONAMA nº 454/2012. Os valores de Cr, Cu, Pb e Zn mostraram que os sedimentos estão com valores superiores ao Valor de Referência de Qualidade Nível 1 (VRQ1) para a maioria das amostras, o que indica que estão acima do limiar do qual há menor probabilidade de efeitos adversos à biota. Além disso, para Cr e Zn, duas das amostras apresentaram concentrações superiores ao Valor de Referência de Qualidade Nível 2 (VRQ2), apontando para regiões com valores acima do limiar ao qual há maior probabilidade de efeitos adversos à biota. Seguindo o que cita a legislação da referida resolução, nove dos dez sedimentos estudados se enquadram na condição em que há a necessidade de se realizar ensaios complementares, como testes de ecotoxicidade, devido os valores acimas do VRQ1 e VRQ2 indicarem uma contaminação potencial. Através dos métodos de análises estatísticas multivariadas (PCA e HCA/heatmap) foi obtida uma visualização crescente dos sedimentos menos contaminados aos mais contaminados, onde estes últimos estão localizados próximo aos polos urbanos de Caruaru, o que deixa claro que as atividades antrópicas é uma contribuidora deste desequilíbrio ambiental. Sendo assim, é possível concluir que há uma necessidade mais ampla do monitoramento ambiental no Rio Ipojuca quanto às concentrações de metais pesados no sistema aquático, para que haja uma avaliação contínua da sua qualidade e dos efeitos nocivos que a contaminação pode representar.