TCC - Licenciatura em História (Sede)
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Item Um “monumento penitenciário dos tempos modernos”: representações da reforma prisional em Antônio Pedro de Figueiredo (1847-1857)(2025-08-04) Moraes, João Gabriel Souza de; Britto, Aurélio de Moura; http://lattes.cnpq.br/5266624197764867Este trabalho analisa parte dos debates em torno da Reforma Prisional na província de Pernambuco. Nomeadamente, analisa a singular recepção elaborada por Antônio Pedro de Figueiredo, cuja obra jornalística emerge como observatório privilegiado para entender como a modernização penal foi traduzida, negociada e, em certa medida, apropriada pelas elites locais no limiar da segunda metade do século XIX. Sustaremos que as reflexões de Figueiredo operaram como ponte entre o vocabulário liberal-humanitário da reforma e as conveniências políticas de uma elite disposta a conciliar ordem e “progresso”. Seus artigos revelam, de um lado, um ideário disciplinador que legitima o cárcere como vitrine da modernidade jurídica; de outro, lampejos de crítica social, que questionam a miserabilidade e o pauperismo. Ao evidenciar essa ambivalência, a pesquisa preenche uma lacuna historiográfica sobre a recepção pernambucana da Reforma Prisional, mostrando que o debate penal foi indissociável das estratégias de autolegitimação de uma província que buscava afirmar-se como espaço civilizado dentro do Império.Item “Policiar é civilizar”: policiamento e projeto civilizador no Recife oitocentista (1842-1845)(2025-03-20) Gomes, Amanda Caroline Barbosa; Silva, Wellington Barbosa da; http://lattes.cnpq.br/1213688229016782; http://lattes.cnpq.br/2678112330462560Este artigo tem como objetivo explorar a ação da polícia no espaço público e o seu papel na implementação de um processo civilizador nas ruas do Recife oitocentista, de 1842 a 1845. Para tanto, foi necessário contextualizar por que se transformam a instituição, a conduta e a constituição afetiva de pessoas, usando como pano de fundo a obra de Norbert Elias intitulada: O Processo Civilizador (1994). Inicialmente discutimos o processo civilizador que as elites dirigentes tentavam implementar no Recife, fazendo uso de aparatos policiais em moldes burocráticos. Recuperamos usos de conceitos teóricos como governamentalidade e antidisciplina, considerados ímpares para que o leitor compreenda como nos oitocentos houve uma tentativa de normatizar comportamentos de pessoas consideradas não civilizadas. Em seguida ocupamo-nos com a análise da estruturação interna do Corpo de Polícia no período em tela. Por fim, verificamos as ações de policiamento, práticas e técnicas de governo para estabelecer a ordem social e garantir a tranquilidade pública, passeando por documentos manuscritos da polícia disponíveis no Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano na coleção da Polícia Civil. Com isso, pretendemos mostrar as raízes históricas das atribuições legais que conhecemos hoje desse aparato estatal teoricamente tão atrelado e comprometido ao combate da criminalidade, e contribuir também para a ampliação de estudos com a temática da polícia na historiografia brasileira, que vem se construindo lentamente.Item Extinção do Aldeamento de Cimbres: reelaboração espacial e transformações das identidades indígenas na Serra do Ororubá (Pesqueira/PE), 1850-1879(2024) Nascimento, Alice Victória do Monte; Dantas, Mariana Albuquerque; http://lattes.cnpq.br/8568216121012333; http://lattes.cnpq.br/9502249666929102Nesse texto buscamos apresentar as intervenções das políticas indigenistas no século XIX, com foco no Aldeamento de Cimbres, analisando como as mudanças locais, reestruturando de forma contínua aquele ambiente, construíram relações complexas e provocaram mudanças importantes nas identidades indígenas. Com esse propósito, a partir de uma revisão bibliográfica e análise de documentos oficiais, utilizando os conceitos de territorialização e ressocialização, nos debruçamos sobre as especificidades do processo para a extinção do Aldeamento de Cimbres, na Serra do Ororubá, em Pesqueira/PE. Por fim, realizamos um breve balanço sobre as formas de permanência dos indígenas após a extinção do Aldeamento.Item Os objetos utilitários de cozinha e mesa posta no Recife oitocentista: a cerâmica como modelagem da cultura(2024-09-27) Moura, Dayane Gomes de; Luna, Suely Cristina Albuquerque de; http://lattes.cnpq.br/4941715690112297; http://lattes.cnpq.br/0346614970748528O presente trabalho monográfico explicita os usos da cerâmica utilitária para cozinha e mesa posta no Recife Oitocentista. Deste modo, procurou-se compreender as modificações sociais e estruturais na cidade do Recife imbuídas do olhar modernizante. Como também, as relações estabelecidas entre o Sítio Histórico do Pilar e os fragmentos encontrados - com destaque para as cerâmicas - e por fim, de como a arte e o patrimônio são construções sociais. Dispõe do objetivo de compreender a relação estabelecida entre os objetos cerâmicos e o cotidiano oitocentista, examinando o que estava posto para a cidade, para então analisar os fragmentos - reconstruindo-os se necessário, e o consumo de objetos cerâmicos entre os grupos sociais do século em análise. Com o intuito de alcançar tais objetivos utilizou-se como método as abordagens, qualitativa - a materialidade, quantitativa - recorrência no sítio arqueológico e a comparativa - cultura ceramista versus seus utilizadores. Os resultados, por sua vez, revelaram a presença plural de objetos cerâmicos, destacando-se as panelas, alguidares e jarras. Diante dos resultados, podemos concluir que a arte cerâmica é ampla e que o registro arqueológico revela as facetas das vivências sociais tanto dos antigos moradores do Pilar, quanto do próprio Recife.Item O vício degradante do coração do homem: arqueologia e o consumo de bebidas alcoólicas no Recife oitocentista(2024-02-29) Sampaio, Anthony Vinícius Souza; Luna, Cristina Albuquerque de; http://lattes.cnpq.br/4941715690112297; http://lattes.cnpq.br/2140646935718545O presente trabalho tem por objetivos observar as posturas sociais e médicas na cidade do Recife oitocentista relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas, frente às mudanças no âmbito social e higienista que vão se consolidar principalmente a partir da segunda metade deste século. Com a mudança do regime governamental do Brasil de Colônia para Império, vemos que a realidade da população muda de acordo com o cotidiano e a adaptação a novas maneiras e costumes. O Recife, sob a influência das sociedades europeias, sobretudo a França e a Inglaterra, inicia um processo de “modernização”, que perdura por todo este século, afetando o dia a dia de toda a população, no qual a elite passa a buscar um novo modelo de sociedade. Essa procura também afeta o contexto do consumo das bebidas alcoólicas, que vai passar por inúmeras imposições em sua prática, ditada pela elite. Com isso, a partir dos estudos bibliográficos acerca da cidade, as fontes históricas escritas, e dos fragmentos de garrafas e garrafas inteiras de vidro (cultura material) proveniente das escavações arqueológicas do Sítio Arqueológico do Pilar, no Bairro do Recife, baseamos nossa análise para compreender um pouco mais a história da sociedade recifense a partir de seu cotidiano, através de uma visão cultural e social.Item Festejos e controle social: os bailes carnavalescos no Teatro de Santa Isabel (Recife, 1850 - 1855)(2023-04-28) Barros, Rayane Nathaline Dias de; Silva, Wellington Barbosa da; http://lattes.cnpq.br/1213688229016782; http://lattes.cnpq.br/7100858196009882O presente trabalho surge com o propósito de analisar as práticas de manifestações carnavalescas oitocentistas ocorridas na cidade do Recife, especificamente dentro do Teatro de Santa Isabel, entre os anos de 1850-1855. E como a propagação desses festejos possibilita a compreensão da atuação de alguns mecanismos de controle social da sociedade da época. A escolha do recorte temporal se justifica com a inauguração do Teatro Santa Isabel – como símbolo de civilização para a sociedade recifense da época, visando analisar a propagação dos bailes carnavalescos promovidos dentro desse espaço privado, em detrimento às manifestações do entrudo. A partir da análise de manifestações culturais podemos compreender a sistematização de atuação do poder controlador da classe dominante do Recife oitocentista, como também analisar de que forma os instrumentos de comunicação possuíam papel importante nessa construção de um ideal civilizatório, que tendiam a marginalizar as manifestações da camada mais popular da capital recifense no Oitocentos (1850-1855). É nesse cenário de disputas por espaços de sociabilidades na capital Pernambucana, que iremos averiguar a tentativa de construção de uma sociedade civilizada, que buscava romper com algumas manifestações culturais que não atendiam ao progresso civilizatório pretendido por uma elite escravocrata.
