TCC - Licenciatura em Letras (UAST)
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Resultados da Pesquisa
Item A variação do fonema fricativo alveolar // na língua falada na cidade de Orocó(2020-12-15) Lima, Carlos Álack de; Santos, Renata Lívia de Araújo; http://lattes.cnpq.br/7009377945244623; http://lattes.cnpq.br/8017557620002069Este trabalho apresenta uma pesquisa quantitativa dentro dos pressupostos teóricos e metodológicos da Sociolinguística (2008 [1972]), a fim de mostrar dados significativos sobre a fala dos moradores da cidade de Orocó. Observamos a variação linguística presente na fala dos orocoenses a partir da seleção do fenômeno de aspiração do fonema fricativo alveolar dental desvozeado //, que chamou a nossa atenção devido à grande ocorrência presente na transcrição dos dados. A pesquisa fundamenta-se, mais especificamente, na Teoria da Variação Linguística, de Labov (2008 [1972]), que tem como proposta de estudo observar a relação entre a língua que falamos e a sociedade em que vivemos. Essa relação é mútua e intensifica a heterogeneidade da língua, que por sua vez já é interna e natural ao sistema linguístico. Para este estudo, contextualizamos o fenômeno analisado, a variante [], mediante os estudos sobre a Fonética e a Fonologia que, por sua vez, são os estudos da produção da fala. A metodologia do trabalho se estabelece por meio da elaboração de um roteiro para a realização da pesquisa em que foram feitas coletas de fichas sociais e de dados linguísticos por meio de entrevistas, da transcrição dos dados coletados, da codificação e da rodagem dos dados através do programa computacional GoldVarbX. Com isso, notamos que na comunidade de fala em questão há a presença do fenômeno de aspiração [] da fricativa //. Dentre as variáveis postas em análise, as que tiveram um percentual maior de influência foram: contexto procedente, contexto precedente e sexo, nessa ordem, respectivamente. Entretanto, consideramos que os moradores da cidade de Orocó-PE, por meio da nossa análise, tendem a realizar pouco o fenômeno de aspiração.Item O tratamento da variação linguística no ensino da língua portuguesa em escolas públicas da zona rural da cidade de Flores - PE(2020-10-23) Leite, Laryssa Vieira; Brito, Dorothy Bezerra Silva de; http://lattes.cnpq.br/1796648943044087; http://lattes.cnpq.br/8136092416193445O presente estudo tem como objetivos compreender como questões de variação linguística são abordadas no ensino fundamental em escolas públicas da cidade de Flores - PE, discutir como é o tratamento da variação linguística na sala de aula e obter, através de dados das entrevistas, informações sobre o trabalho do professor com a variação linguística. Com esse ensejo, utilizamos como base teórica Bagno (2007), Sgarbi e Roncália (2009), Zilles e Faraco (2015) e Faraco (2020), os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997; 1998; 2000) e a Base Nacional Comum Curricular (2018). Realizamos como procedimento metodológico um levantamento bibliográfico, uma coleta de informações realizadas por entrevistas contidas em questionários via WhatsApp com três professoras de três escolas do Ensino Fundamental, e, por fim, realizamos análises e discussões das respostas obtidas na entrevista. Como resultado, tivemos nossa hipótese parcialmente corroborada, uma vez que os documentos oficiais da educação dão orientações, mas não auxiliam o docente com sugestões de práticas para abordar na sala de aula, de forma consistente, o tema variação linguística. Compreendemos ainda que os sujeitos da pesquisa, por terem uma abordagem que considera a variação linguística como inerente ao social, contemplam o primeiro passo para a implementação de uma pedagogia da variação linguística.Item O comportamento da palatalização das fricativas alveolares [s] e [z] em coda silábica medial no português brasileiro falado na comunidade de Santa Cruz da Baixa Verde(2020-10-13) Rodrigues, Pedro Henrique da Silva; Santos, Renata Lívia de Araújo; http://lattes.cnpq.br/7009377945244623Este trabalho analisa o comportamento da palatalização das fricativas alveolares [s] e [z] em coda silábica medial no português brasileiro falado na comunidade de Santa Cruz da Baixa Verde - PE, sob os panoramas teórico-metodológicos da Teoria da Variação Laboviana. As formas alternativas analisadas em relação ao comportamento da palatalização das fricativas alveolares compreendem: fricativa alveolar não-vozeada [s], fricativa alveolar vozeada [z], fricativa alveopalatal não-vozeada [ʃ] e fricativa alveopalatal vozeada [ʒ]. Esta pesquisa apresenta como objetivo principal descrever os fatores estruturais e sociais que condicionam a variação aqui em estudo e revela-se importante pelo fato de até então não se ter uma pesquisa sobre o fenômeno linguístico em questão na referida comunidade de fala. Os fatores linguísticos analisados foram o contexto precedente e o contexto seguinte. O corpus utilizado foi extraído de entrevistas com informantes da cidade estudada e foi dividido de acordo com os grupos de fatores extralinguísticos faixa etária, sexo e nível de escolarização. Também são analisadas variáveis linguísticas que podem influenciar na variação. Os resultados mostraram que entre as variantes [s] e [ʃ], a última foi mais realizada, principalmente diante de [t], consoante que se mostrou como fator favorecedor do fenômeno da palatalização na comunidade de fala. Entre [z] e [ʒ], a primeira foi a que apresentou mais casos, ou seja, a variante não-palatalizada predominou.Item “Maria eu observei nas palavras que mandastes dizer na carta que tu ainda duvidas do meu amor, mas você não tem razão de assim se expressar”: a variação dos pronomes pessoais Tu e Você em cartas de amor rurais do sertão pernambucano(2018) Lima, Tallys Júlio Souza; Ataíde, Cleber Alves de; http://lattes.cnpq.br/4301066659702331; http://lattes.cnpq.br/6686116967696807O presente trabalho tem por objetivo apresentar os resultados da investigação sobre a variação de uso das formas de tratamento TU~VOCÊ na posição sintática de sujeito em cartas de amor produzidas, nas décadas de 50 e 70, por dois casais não-ilustres oriundos de uma comunidade rural do sertão pernambucano. Para analisar a alternância entre as formas tratamentais, consideramos o aporte teórico-metodológico da Sociolinguística Histórica e Variacionista, além do o auxilio do programa computacional Goldvarb, a fim de verificar a atuação dos seguintes fatores: categoria de realização do sujeito preenchida e não-preenchida e o paradigma de concordância entre os elementos sintáticos Sujeito-Verbo (S-V). Na análise quantitativa dos dados, conseguiu-se evidenciar a produtividade do subsistema de tratamento Você/Tu (LOPES E CAVALCANTE, 2011), para o interior do estado de Pernambuco, utilizado como estratégia de referência à segunda pessoa do discurso. Notou-se também que há uma preferência de uso pelos escreventes do pronome VOCÊ em categoria preenchida e o aumento gradativo da produtividade da forma inovadora (VOCÊ) ao longo dos anos. Considerando o paradigma de concordância S-V, podemos constatar que, na documentação remanescente ao período analisado, já havia vestígio do atual subsistema de tratamento empregado no estado de Pernambuco: uso de Tu/Você com nível de concordância média (SCHERRE et. al., 2009; 2015 e 2018), sendo que, nos anos 50, detectouse uma coexistência proporcional no uso entre as duas formas pronominais TU e VOCÊ distribuídas dentro do subsistema Você/Tu. Já nos anos 70, percebe-se uma preferencia pelos missivistas no emprego de VOCÊ como pronome sujeito, embora a forma conservadora TU mantivesse-se resistente no subsistema como marca de desinência verbal.Item A pronúncia do R retroflexo do inglês por alunos de uma escola de idiomas em Serra Talhada-PE(2018) Pereira, Alana Santos; Santos, Renata Lívia de Araújo; http://lattes.cnpq.br/7009377945244623; http://lattes.cnpq.br/0849895202690132Esta pesquisa tem como objetivo analisar a pronúncia do r retroflexo da Língua Inglesa na fala de estudantes de uma escola de idiomas localizada na Serra Talhada - PE. Para tanto, utilizamos como suporte teórico-metodológico os pressupostos da Sociolinguística Variacionista, que busca explicar a língua em uso, bem como sua relação com a sociedade, a fim de analisarmos os fatores sociais que atuam sobreo fenômeno, na comunidade de fala estudada. Da mesma forma, recorremos à Fonética e Fonologia, numa perspectiva Estruturalista, com a intenção de fazermos a descrição do fone estudado, como também dos fatores linguísticos que podem atuar sobre ele. Assumindo que existe variação na fala de indivíduos pertencentes a uma mesma comunidade linguística, e que essa variação se estende ao processo de aprendizagem de uma língua estrangeira, selecionamos alguns fatores, linguísticos e extralinguísticos, levantando hipóteses de que tais fatores possam provocar uma variação na pronúncia do retroflexo, a saber: a posição do fone na palavra, o nível de proficiência do aprendiz e o nível de monitoramento na leitura do material utilizado na coleta dos dados. Assim sendo, gravamos a fala de 10 informantes matriculados na escola de idiomas selecionada para a pesquisa –sendo 5 do nível básico II e 5 do nível avançado –e propusemos a leitura do seguinte material para a coleta dos dados que compuseram o presente estudo: listade palavras, lista de imagens e um texto contendo palavras que apresentassem o retroflexo, no intuito de averiguar nossa hipótese inicial de que o nível avançado apresentaria maior proficiência que o nível básico na pronúncia do fone. Finalmente, realizamos a análise do corpus, concluindo que existe variação na fala dos aprendizes da Língua Inglesa, confirmando que os alunos do nível avançado demonstram maior proficiência na articulação do retroflexo que os alunos do nível básico, e comprovando que há tanto fatores linguísticos quanto fatores extralinguísticos favorecem a variação, tais como a substituição do retroflexo /I/pelo tepe /r/ pela aspirada /h/, além do apagamento do fone.
