01.1 - Graduação (Sede)

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    Entre açudes e leões: reconstruindo a história da área do Parque Estadual Dois Irmãos
    (2023-04-27) Ferreira, Paulo Rafael Macedo; Borges, Caroline; http://lattes.cnpq.br/5680555123049443; http://lattes.cnpq.br/4469929346229890
    O Parque Estadual Dois Irmãos (PEDI), localizado na zona norte da cidade de Recife/PE, é uma área de reserva ecológica urbana de Mata Atlântica de 384,42 hectares, de contexto muito específico, por ser uma área verde muito frequentada em meio a comunidades periféricas carentes de equipamentos públicos de lazer, mas, igualmente, um zoológico de referência na conservação da fauna selvagem nordestina, além de centro de formação prática para jovens estudantes nas áreas de biologia e veterinária. A presente pesquisa buscou identificar como a área do PEDI foi apropriada, identificada e objeto de disputas por diferentes grupos sociais em diferentes momentos da história do desenvolvimento urbano da cidade de Recife e qual o contexto sócio-histórico de formação do próprio PEDI. Pudemos identificar que os açudes foram os primeiros ordenamentos públicos da área, presentes desde a primeira metade do século XVIII, com origem nos engenhos de cana-de-açúcar instalados na região. No século XIX, a área foi utilizada como fonte de captação por uma companhia de distribuição de água encanada e, a partir do século XX, começou a ser remodelada nos moldes urbano-sanitários modernos. Identificamos que um dos marcos desse processo aconteceu em 1925, com a construção de um horto botânico visando à produção de eucaliptos, e outro em 1939, com a criação do parque zoobotânico na mesma área. Estas diferentes apropriações e reutilizações ao longo do tempo moldaram esta região da cidade de maneira diferente de outros bairros do Recife e tem reflexos no presente, com novos interesses voltados a preservação de áreas florestais urbanas, mas este jogo complexo de forças políticas e sociais também tem influenciado na constituição institucional do PEDI do passado até hoje.
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    Correlação espacial entre renda per capita, área construída e cobertura florestal urbana em Recife - PE
    (2022-09-30) Paulo, Fernanda Vanilly de Lira; Lima Neto, Everaldo Marques de; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/0175688410552482
    Visto que as cidades são sistemas socioecológicos complexos, é altamente importante estudar a interrelação entre indicadores socioeconômicos e naturais dentro do meio urbano. Os estudos que relacionam cobertura florestal urbana com renda encontraram uma relação positiva, porém a maioria se concentra em cidades de países desenvolvidos. Em contrapartida, países subdesenvolvidos tendem a apresentar um padrão irregular de ocupação do solo e desigualdades sociais. Desta forma, este trabalho tem por objetivo verificar se há correlação espacial entre a renda per capita, cobertura florestal e área construída na cidade do Recife, estado de Pernambuco, e, se houver, analisar se esta correlação é positiva ou negativa, com a finalidade de fornecer subsídios para um planejamento ambiental urbano mais justo do ponto de vista socioambiental. O mapa de cobertura do solo foi confeccionado pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, utilizando um ortomosaico de 2013. Os bairros foram utilizados como unidade espacial básica e para os dados de renda, foi utilizado o produto interno bruto (PIB) per capita, em reais. Foram realizadas as seguintes análises: autocorrelação espacial global univariada, autocorrelação espacial local univariada, correlação espacial global bivariada e correlação espacial local bivariada. As variáveis testadas foram o percentual de cobertura florestal, percentual de área construída e valor em reais da renda per capita por bairro. A cidade do Recife apresentou uma cobertura de 1% de atividades agrícolas e aquícolas, 4,5% de água, 2,6% sem cobertura vegetal, 2,5% de área úmida, 49,6% de área construída, 37,6% de cobertura florestal e 2,1% de vegetação herbácea. O Índice de Moran para a autocorrelação espacial global univariada foram 0,339, 0,476 e 0,243 para área construída, cobertura florestal e renda, respectivamente. Para a autocorrelação espacial local univariada observou-se um aglomerado significativo de área construída HH nas regiões norte e central-norte, representando 31% dos bairros do Recife; um cluster LL (39%) formado por bairros com baixíssima cobertura florestal, e para renda per capita, existe um padrão de concentração na área central-norte da cidade (cluster HH), cercado por clusters LH e existência de clusters LL nas áreas noroeste, sudoeste e sul (periferias). Os índices de Moran para a correlação espacial global bivariada foram: cobertura florestal x renda (-0,119); cobertura florestal x área construída (-0,334); renda x área construída (0,100). Para a correlação espacial local bivariada foram encontrados clusters significativos para: cobertura florestal x renda (cluster LH 28% na região central-norte da cidade); cobertura florestal x área construída (cluster LH 29%, nas regiões central-norte e norte); renda x área construída (cluster LH 22% na região norte). Dessa forma, conclui-se que o município de Recife apresentou correlação negativa entre floresta e renda, floresta e área construída e correlação positiva entre renda e área construída, refletindo um padrão espacial que favorece populações de baixa renda quanto à proximidade com a cobertura florestal, porém esse favorecimento se deve majoritariamente à existência de remanescentes florestais que ao longo do processo histórico de urbanização da cidade foi sendo deslocado para as regiões periféricas.
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    Diagnóstico da arborização urbana provenientes de solicitações de poda e/ou supressão em unidades operacionais da COMPESA
    (2021-12-10) Santos, João Pedro Mesquita Souza; Lima Neto, Everaldo Marques de; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/9510283556240839
    As unidades operacionais da Companhia Pernambucana de Saneamento (COMPESA) não dispõem de um plano de arborização, como também de um diagnóstico sistematizado dessa floresta urbana privada. Devido a tal problemática, o presente estudo teve por objetivo realizar o levantamento florístico e diagnóstico qualiquantitativo dos indivíduos arbóreos, onde buscou-se identificar os problemas correlatos ao plantio e interferências com as estruturas e/ou equipamentos das unidades, localizadas na Região Metropolitana do Recife - Pernambuco. Realizou-se a identificação dessas árvores, provenientes das solicitações de podas e/ou supressões, onde identificou-se 82 indivíduos, de 19 espécies, distribuídas em 11 famílias botânicas. A espécie mais frequente foi a Mangifera indica L., com 23 espécimes, que representa 32,92% da amostragem. A família Anacardiaceae foi a mais presente, composta por Mangifera indica L. (74%), Anacardium occidentale (19%) e Spondias mombin (7%). A maioria é de caráter exótico (65,85%) e frutíferas (68,29%). Da totalidade, 93,9% constataram a necessidade de ações corretivas do tipo poda, e 6,1% foram casos de supressão. Dentre os casos de podas, a Mangifera indica L. (29,87%) foi a espécie mais frequente. Sobre as variáveis dendrométricas analisadas, obteve-se valores médios de DAP e H, onde constatou-se que 76,82% das árvores são de médio porte e sua totalidade na fase adulta. Os aspectos qualitativos da arborização analisados foram: afloramento das raízes acima do solo (32,92%); equilíbrio de copa (copa equilibrada - 63,41% e parcialmente equilibrada - 36,58%), sem representatividade de árvores com copa desequilibrada; presença de cupins (51,22% não observado e 48,78% observado); necessidade apenas de manutenções do tipo poda (57,32%) e conflitos com estruturas e/ou equipamentos (42,68%). No tocante aos conflitos, 60% interfere em rede elétrica e 40% conflitam com demais estruturas e/ou equipamentos. Esses resultados apontam para a necessidade da adoção de um planejamento estratégico de manutenção e conservação da floresta urbana presente nas unidades da companhia.