01.1 - Graduação (Sede)
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Resultados da Pesquisa
Item Levantamento e caracterização dos macroinvertebrados bentônicos do naufrágio Pirapama (PE)(2022-10-07) Bezerra, Natanael Cicero Cavalcanti; Amaral, Fernanda Maria Duarte do; Santos, José Carlos Pacheco dos; http://lattes.cnpq.br/2185193566880590; http://lattes.cnpq.br/7026011892824176; http://lattes.cnpq.br/6395940424269126Os recifes de corais apresentam grande biodiversidade, servindo como abrigo, berçário e local de alimentação para diversas espécies de vertebrados e invertebrados. Assim como os recifes naturais, o caráter de substrato artificial consolidado confere a essas estruturas a capacidade de recrutar larvas dos mais diversos organismos marinhos. Por esse fato, esses ecossistemas vêm sendo descritos como facilitadores para a chegada de espécies exóticas à costa. Dessa forma, objetivou-se realizar o levantamento e caracterização da comunidade macroinvertebrada bentônica do centenário Naufrágio Pirapama, buscando classificá-la, segundo seus status de ocorrência, distribuição geográfica e grupos tróficos, bem como comparar estes dados com os resultados publicados há mais de dez anos atrás em pesquisa semelhante no mesmo naufrágio, possibilitando uma avaliação temporal dessa comunidade. O naufrágio teve toda sua estrutura observada, através de mergulhos autônomos, sendo realizado o registro dos macroinvertebrados sésseis e sedentários com o auxílio de câmeras subaquáticas, lápis e placas de PVC. Todos os indivíduos foram fotografados e/ou filmados com a maior riqueza de detalhes possível, sendo anotados, in situ, todos os dados para sua classificação e localização no naufrágio. Coletas mínimas foram realizadas com auxílio de martelo, cinzel, sacos plásticos do tipo Zip Lock, abraçadeiras de nylon e acondicionados em álcool a 70% ou 95%. Em laboratório, a fauna foi identificada ao menor nível taxonômico possível, com auxílio de microscópios, especialistas e bibliografia pertinente e a caracterização das espécies foi feita através de literatura acadêmica específica. No total, foram identificados 44 táxons distribuídos entre os filos Cnidaria, Echinodermata, Annelida, Porifera, Arthropoda, Chordata, Mollusca e Bryozoa. Em relação à pesquisa de 2010, dos 76 táxons, 31 deles não foram registrados no presente levantamento, mas, em contrapartida, houveram 12 novas ocorrências para o naufrágio. Atualmente, três grupos tróficos foram observados (Suspensívoros filtradores, Detritívoros e Carnívoros), enquanto que, para o check-list anterior, além destes, os grupos Herbívoro e Onívoro foram registrados. Para ambos períodos, os Suspensívoros filtradores apresentaram predominância superior a 80%. Sobre seu status, a comunidade avaliada apresentou predomínio de espécies criptogênicas e nativas de 2010 até o presente momento, com apenas três espécies exóticas não invasoras: o octocoral Carijoa riisei, a lagosta-vermelha Panulirus argus e a craca Balanus trigonus. Os organismos observados atualmente no Naufrágio Pirapama são comumente relatados para a costa brasileira e para a costa de Pernambuco, tornando a comunidade macroinvertebrada bentônica do recife artificial estudado muito similar à observada nos ambientes recifais costeiros.Item Imagens subaquáticas geradas pelas Estações Remotas de Vídeo Subaquáticas com Isca (BRUVS) no Arquipélago de São Pedro e São Paulo(2021-12-14) Bezerra, Natalia Priscila Alves; Oliveira, Paulo Guilherme Vasconcelos de; http://lattes.cnpq.br/5700488412022830; http://lattes.cnpq.br/5613525779232672O Relatório de Estágio Supervisionado (RESO) teve como objetivo analisar as filmagens geradas pelas Estações Remotas de Vídeo Subaquáticas com Isca (BRUVS, sigla em inglês) provenientes do arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP), a menor e a mais remota ilha oceânica brasileira. A partir das observações das imagens, foi possível avaliar a eficácia dos BRUVs para monitorar a biodiversidade e realizar estimativas de abundância dos elasmobrânquios e peixes ósseos na região. Para tanto, as amostragens foram realizadas em profundidades que variaram entre cinco e 30 m no entorno do ASPSP, por meio do uso da câmera GoPro Hero 5 fixada a uma base de aço inoxidável em forma de trapézio, com uma extensão, em cuja extremidade foi posicionada a isca. Todos os organismos registrados nos vídeos foram identificados ao menor táxon possível. O número máximo de indivíduos de uma mesma espécie observados em cada ponto de coleta foram também contabilizados. Em expedições realizadas de setembro de 2018 até janeiro de 2020 ao ASPSP, foram registrados 2.700 minutos de vídeos, obtidos em 35 lançamentos dos BRUVs nas circunvizinhanças da ilha. Um total de 2.991 indivíduos foi registrado nos BRUVs, pertencentes a seis ordens, 10 famílias e 19 espécies. Quatro espécies de elasmobrânquios e 15 de teleósteos foram avistadas. O cangulo-preto (Melichthys niger) foi a espécie mais representativa em número de indivíduos (1.822) com 61% de todos os exemplares registrados, seguido pelo peixe-rei (Elagatis bipinnulata) com 14% (404), guarajuba (Caranx crysos) (202) e xaréu-preto (Caranx lugubris). Quanto ao número total de elasmobrânquios registrados, a maior ocorrência foi atribuída ao tubarão lombo preto (Carcharhinus falciformis) (43), seguido pelo tubarão de Galápagos (Carcharhinus galapagensis) (33) e a raia manta chilena (Mobula tarapacana) (13). O C. falciformis recebeu o status de vulnerável (VU) na categoria da IUCN, sendo essa espécie cerca da metade dos elasmobrânquios contabilizados. Além disso, M. tarapacana e o tubarão baleia (Rhincodon typus), também avistados nos BRUVs, são espécies classificadas como ameaçadas de extinção (EN), que fazem do arquipélago um ponto de passagem em suas rotas migratórias. Assim, o uso de BRUVs se mostrou eficiente para avaliar a fauna marinha na região, sendo uma técnica não invasiva e não destrutiva, ideal para o monitoramento de Áreas Marinhas Protegidas.
