01.1 - Graduação (Sede)

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    Banho premium e a mercantilização do autocuidado: explorando as narrativas no consumo feminino e o papel da linha Cuide-se Bem
    (2025-03-19) Monteiro, Naylla Ramalho; Leão, Éder Lira de Souza; http://lattes.cnpq.br/4434499456331867; http://lattes.cnpq.br/6259073332244608
    O objetivo deste trabalho foi investigar como a tendência do "Banho Premium" e as narrativas de autocuidado da linha "Cuide-se Bem" de O Boticário interagem com a percepção e o comportamento de consumo das mulheres. Buscou-se compreender os elementos simbólicos e emocionais envolvidos no autocuidado e como essas narrativas influenciam as escolhas dos consumidores. A pesquisa, de abordagem qualitativa e exploratória, utilizou um questionário online com quatro categorias, abordando hábitos, percepções sobre o banho, o conceito de banho premium e o comportamento de consumo em relação aos produtos da linha. A amostra foi composta por mulheres de diferentes realidades e estágios da vida, permitindo uma análise diversificada. Os resultados indicaram que o "Banho Premium" é percebido sob três categorias: sensorial, descompressão e fortalecimento, sendo associados ao prazer físico, intervalo do estresse e renovação emocional, respectivamente. Além disso, as narrativas da linha Cuide-se Bem foram vistas como formas de engajamento emocional, com forte impacto na percepção de qualidade e no valor atribuído aos produtos. A influência do boca a boca e do engajamento digital também se destacou como fatores-chave no comportamento de consumo. O estudo sugere que, embora o uso de elementos simbólicos seja essencial para criar uma conexão emocional com o público, é necessário ficar atento aos riscos que isso pode trazer para os consumidores. A utilização de certas narrativas relacionadas ao autocuidado em estratégias de marketing, muitas vezes superficializam e desvirtuam o significado real do autocuidado, contribuindo para um processo de mercantilização, reduzindo-o a um produto de consumo em vez de uma experiência pessoal.
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    Trajetórias subalternas urbanas: o cotidiano de mulheres egressas do cárcere em Pernambuco
    (2025) Melo, Camila Maria de Paiva; Fernandes, Raquel de Aragão Uchôa; http://lattes.cnpq.br/9733983138830524; http://lattes.cnpq.br/9738545018082383
    O sistema penitenciário brasileiro apresenta historicamente vários problemas. De um lado, estes problemas têm vinculação com o fenômeno do encarceramento em massa, que impede ou limita a possibilidade do Estado atingir o objetivo anunciado de ressocialização dos indivíduos. De outro, a "qualidade da matéria humana" que ocupa o cárcere, pobres, negros, periféricos, "cidadãos de segunda classe" ou da Ralé como diria Jessé Souza (2016), não alimenta maiores esforços por parte das classes dominantes de reestruturar a situação do cárcere ou do encarceramento. As mulheres sofrem maiores impactos sociais e subjetivos do encarceramento. Segundo dados do International Centre for Prison Studies há aproximadamente 700.000 mulheres encarceradas no mundo e o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking das maiores populações carcerárias femininas. Ocorreu uma espécie de boom do encarceramento feminino no Brasil a partir dos anos 2000, momento em que o país passou de aproximadamente 10.112 mulheres presas para 42 mil em 2016. No ano de 2019, no Estado de Pernambuco, a população carcerária feminina estava em torno de 1500 mulheres e o motivo do encarceramento para maioria dos casos está vinculado ao tráfico de drogas. Geralmente, são mulheres jovens, negras ou pardas, moradoras de periferia, com baixo grau de instrução formal, que trabalham em subempregos ou estavam desempregadas, mãe de no mínimo um filho e com algum parente, seja irmão, filho, marido ou companheiro preso, e que da sua renda dependem para manter as despesas familiares. A presente proposta de pesquisa, Trajetórias subalternas urbanas: o cotidiano e o cárcere representa o aprofundamento de pesquisas já realizadas e em andamento sobre as relações subalternas nas cidades e no cárcere (Modos de vida urbanos: Cotidianos subalternos nas cidades, 2017-2020; A vida além das grades: As trajetórias de mulheres egressas do sistema prisional de Pernambuco, 2019-2020). É qualitativa com inspiração no método da pesquisa ação, e tem o objetivo de compreender as relações entre modos de vida e subalternidade a partir do cotidiano de mulheres com vivência no sistema carcerário pernambucano, estabelecendo como interlocutoras mulheres egressas do sistema carcerário. De modo específico buscamos analisar: o perfil socioeconômico e de acesso a serviços das mulheres egressas ao cárcere em Pernambuco, bem como, os impactos da covid-19 no cotidiano destas mulheres. A pandemia da covid-19 expôs de forma incisiva a urgência do sistema prisional brasileiro. O colapso enfrentado pelo sistema carcerário brasileiro é anterior à pandemia, como é sabido. Entretanto, diante de um cenário de uma profunda crise sanitária, faz-se necessário problematizar e repensar as ações do Estado dentro desse ambiente. E especificamente no caso das mulheres, os impactos ultrapassam de forma decisiva o cárcere atingindo de modo significativo as suas possibilidades de vida no pós cárcere, alcançando seus territórios, cada vez mais empobrecidos e suas famílias, que têm oportunidades cada vez mais limitadas.