TCC - Bacharelado em Gastronomia (Sede)
URI permanente para esta coleçãohttps://arandu.ufrpe.br/handle/123456789/424
Navegar
Item Gastronomia afrodisíaca: imaginário coletivo e potencial de mercado(2022-05-25) Farias, Maria Clara Primo de; Veríssimo, Caio Monteiro; http://lattes.cnpq.br/6964505312874925; http://lattes.cnpq.br/4986604667070124Os afrodisíacos possuem este nome devido à deusa grega Afrodite, que é tida como deusa do amor, da fertilidade e da sedução. A ideia de comer, comida e prazer, se correlacionam com o ato de se alimentar, sendo possível encontrar conotação erótica. Comida é quando o alimento recebe um simbolismo, e o prazer é quando é permitido comer essa comida, onde, como e quando se desejar. Os pontos de semelhança e de oposição dos termos: afrodisíaco, erótico e hedonista foram bem explorados no texto, sendo ainda abordado um pouco dos anafrodisíacos que tem caráter inverso a afrodisia. Os alimentos afrodisíacos têm como impulso a imaginação e seu efeito depende da percepção do indivíduo, podendo ser classificados em três grupos: os exóticos/sugestivos, os estimulantes/funcionais e os análogos/associação. Já a gastronomia representa a interação entre o ambiente, a comida, a companhia e o alimento, ou seja, é calcada na junção de aspectos ambientais e psicológicos. Quanto ao prazer de comer, este é a necessidade de uma vontade que tem de ser satisfeita, sendo preciso fome ou apetite. Já o prazer à mesa independe da fome, e nasce de fatores diversos presentes na refeição. Em relação ao imaginário, este consiste em algo que ultrapassa o indivíduo e permeia o coletivo. O objetivo foi apresentar e identificar com base na literatura disponível de que se tratam os elementos afrodisíacos, sejam eles alimentos ou o conceito gastronômico, e analisar o que está presente no imaginário coletivo dos moradores de Recife e da Região metropolitana do Recife - RMR, assim como dos profissionais da área de A&B. Diante disso, a metodologia aplicada para a pesquisa foi uma abordagem qualitativa por levantamento bibliográfico utilizando diversas bases de dados. Também foi aplicado um questionário online e entrevistas com profissionais da área de A & B. Participaram do formulário online 57 pessoas, nos quais 71,9% foi do sexo feminino e residente da cidade do Recife. Com relação à afrodisia dependendo do fator memória e psicológico dos indivíduos, e dentre os alimentos pertencentes ao imaginário popular local, tem-se o amendoim (29), o chocolate (14), a pimenta (19), ostras e frutos do mar (25), além do álcool (vinho e catuaba), frutas (morango, banana, abacate etc.) e especiarias (7) como tidos afrodisíacos pelos participantes. Quanto aos entrevistados, foi verificada a visão com relação ao potencial mercadológico da gastronomia afrodisíaca no Recife, e notou-se um consenso na ideia de que os afrodisíacos são um bom artifício em datas comemorativas e um apelo que é pouco explorado em Pernambuco. Conclui-se com base no levantamento bibliográfico feito, que não existe isoladamente um alimento que tenha a capacidade de promover estímulos afrodisíacos no ser humano; nem mesmo um aroma específico, muito menos uma música ou uma ação/atitude, mas sim, a soma de vários elementos que tornam possível a criação de uma atmosfera afrodisíaca.
