TCC - Licenciatura em Letras (UAST)
URI permanente para esta coleçãohttps://arandu.ufrpe.br/handle/123456789/2944
Navegar
Item “Crônica de uma mulher assassinada”: a relação entre espaço e personagem na obra Crônica da Casa assassinada, de Lúcio Cardoso(2019) Lima, Eduardo Felipe Pereira de; Moura, Valquíria Maria Cavalcante de; http://lattes.cnpq.br/1979728174658046; http://lattes.cnpq.br/4013751734808579Estre estudo foi construído com o objetivo de compreender, por meio da obra Crônica da Casa Assassinada, de Lúcio Cardoso, as relações presentes na construção narrativa das categorias personagem e espaço no romance moderno, utilizando-se da ambientação da Chácara dos Meneses e da caracterização de Nina. Assim, fez-se basilar a observação das transformações que ocorreram e constituem o âmbito romanesco contemporâneo do século XIX e XX, como também o estudo do comportamento dos elementos espaço e personagem e como eles interagem na narrativa. Foi possível identificar uma representação da personagem Nina sobre a Chácara gerando certa fluidez no campo psicológico das personagens e que se dá principalmente no campo lexical do texto. Esta pesquisa tem caráter qualitativo e bibliográfico e baseou-se nos estudos de Roselfeld (1969) (2014), Hauser (1998), Brayner (1979), Candido (2014), Brandão (2013), Humphrey (1976), Lins (1976), Pankow (1988), Bachelard (1993), Brait (1985), entre outros. Partindo das análises, observa-se apontamentos sobre o romance moderno, suas características estéticas e contexto de origem, com o surgimento de obras mais intimistas e de teor psicológico assim como em Lúcio Cardoso a partir da interação entre Nina e a Chácara no processo descritivo da consciência dos narradores-personagem. A pesquisa está dividida em três partes, a primeira corresponde às considerações sobre as mudanças do romance no século XX e suas configurações. Logo após, considerou-se o arcabouço teórico acerca das categorias narrativas ressaltadas. Por fim, foram analisados os elementos do romance de Lúcio Cardoso afim de compreender a relação entre personagem e espaço. No decorrer do trabalho foi verificado que a narrativa moderna, à luz da consciência dos narradores, abre um leque de possibilidades em abstrações descritivas que podem construir pontes nítidas entre categorias, tanto através da linguagem quando do enredo.Item Desobediência civil na narrativa Quarto de Despejo – diário de uma favelada: a metáfora da desigualdade social(2019) Oliveira, Marta do Nascimento; Moura, Valquíria Maria Cavalcante de; http://lattes.cnpq.br/1979728174658046; http://lattes.cnpq.br/0772766077711750O presente trabalho trata-se de demonstrar a partir de uma análise do perfil psicológico da narradora Carolina Maria de Jesus,o conceito de desobediência civil implícitos na obra Quarto de Despejo. Neste, faz-se uma tentativa de verificar o processo do desenvolvimento das características psicológicas,dos conflitos descritos no espaço e tempo, e em como essa problemática irá delinear a personagem configurada em uma cidadã representante de uma sociedade construída sobre os pilares da injustiça social que desafia um sistema opressor e silenciador através de sua obra.O principal objetivo do estudo pretende assimilar o ensaio Desobediência Civil do filósofo Henry David Thoreau, e assim traçar o conceito a partir do reconhecimento da poética identitária e da narração dos fatos como elementos que arquitetam a narrativa, posto isso,buscamos entender como o direito a literatura transforma-se em emancipação da voz de um determinado e marginalizado corpo social representado no espaço da favela. Para corporificar esta leitura, parte-se das relações que a literatura constrói com a realidade,e como esta,poderá instituir-se como forma de denúncia, exercida pela autora para obter sua libertação da pobreza e ascensão social através da educação. Utilizou-se na pesquisa, para fundamentar a análise desse trabalho, autores como: Antônio Cândido, Anatol Rosenfeld, Henry David Thoreau, dentre outros.Item Paraísos artificiais e a simbologia dos arquétipos na modernidade(2019-12-11) Delfino, Josina Cristina da Silva; Moura, Valquíria Maria Cavalcante de; http://lattes.cnpq.br/1979728174658046; http://lattes.cnpq.br/4487177284296559Este estudo teve por objetivo principal problematizar questões relacionadas ao sujeito na modernidade e a importância do poeta Charles Baudelaire nessa respectiva poética. Através da obra Paraísos artificiais e de uma reflexão teórica, buscamos identificar a construção arquétipica da personalidade fragmentada de sujeitos sob o efeito alucinógeno das drogas haxixe e ópio. A partir do corpus, nos propomos a investigar o processo de como se consolidou essas representações arquétipicas na psique dos sujeitos modernos, a partir do que propõe os estudos do psicanalista C. Jung (2008) sobre arquétipos e símbolos da modernidade. Logo, observamos a “herança” arquétipica dos sujeitos modernos, retomando algumas estéticas literárias. O romantismo, simbolismo, surrealismo e transcendentalismo, cada qual contribuiu simbolicamente para a fragmentação do sujeito e sua fuga da realidade. A pesquisa é de cunho qualitativo e bibliográfico e para alcançar o objetivo proposto nos embasamos nas discussões dos seguintes autores: Friedrich (1978), Paz (1982), Goethe et al (1987) ), Benjamin (1994), Raymond (1997), Hauser (1998), Blanchot (2005), Berman (2007), Bosi (2015) e Paz (2015). O estudo está dividido em duas partes, cada qual com suas respectivas subdivisões, no primeiro momento dos detemos a traçar o percurso simbólico, por meio das suas representações em cada movimento literário, traçando um paralelo com as suas inferências na obra. Em seguida, apresentamos as concepções de arquétipos da modernidade propostas por Jung, analisando a relação destes com as observações feitas na obra, a fim de compreender a personalidade desses sujeitos imersos nessa realidade em ruptura. Ao longo da pesquisa, percebemos através da reflexão e retomada desses arquétipos presentes na obra, que a percepção de indivíduo fragmentado desses sujeitos acontece devido a uma construção estável, enraizada na sua psique ao longo do tempo, e estes não encontram esse equilíbrio a que estão adaptados na sociedade caótica da modernidade.
