Navegando por Orientadores "Teixeira, Renata Pimentel"
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Item A alteridade masculina em Possa Ser Que Seja Só o Leiteiro Lá Fora (1973) de Caio Fernando Abreu(2018-08-07) Silva, Jefferson José Rodrigues da; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/4627599142824173Este trabalho se debruça sobre a dramaturgia do escritor gaúcho Caio Fernando de Abreu, a partir da primeira peça autoral desse autor; Possa ser que seja só o leiteiro lá fora (1973). Essa ficção dramática faz parte do livro Teatro Completo que reúne todos os textos teatrais escritos por Caio Fernando Abreu e teve sua primeira publicação em 1997, e uma segunda em 2009. Apesar de pouco conhecida, a dramaturgia de Caio é tão relevante quanto sua ficção, visto que ela também dialoga com as questões contemporâneas, marca forte do autor, montando um retrato da sociedade de sua época. Partindo dos questionamentos sobre gênero de Judith Butler (2003) em diálogo com os escritos de Emmanuel Lévinas (2009) sobre alteridade e tecendo um paralelo com o que escreveu Pierre Bourdieu (1998) sobre o sistema social de dominação masculina, analisamos a peça mencionada com o fim de identificarmos os traços, em sujeitos-personagens, da alteridade masculina. A segunda metade do século XX foi marcada por crescentes movimentos em favor das minorias (mulheres, negros e gays), abrindo o diálogo sobre o papel social dessas populações marginais (pois vivam a margem da sociedade). Entretanto, as discussões de gênero deixaram de lado o terreno frágil da masculinidade, por isso, ressaltaremos nesse ensaio a importância do texto teatral de Caio na exposição de indivíduos alteres estritamente ligados a geração da contracultura e do desbunde dos anos 70, período de enrijecimento da ditadura militar no Brasil, em contraste a uma onda libertária que invadiu a cabeça dos jovens da época. Quanto a estrutura do texto teatral de Caio Fernando Abreu, partiremos do conceito de drama moderno, segundo Peter Szondi (2003), apontando os elementos do drama moderna nos escritos de Caio e tecendo uma breve comparação de se texto com o teatro político de Bertold Brecht (1978).Item A ilustração das literaturas infantil e juvenil na Base Nacional Comum Curricular (BNCC)(2019-01-30) Andrade, Rafael do Nascimento; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/0535688742540094Este artigo tem como objetivo analisar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), no tocante às orientações quanto ao ensino de literatura infantil e juvenil, mais precisamente na leitura das ilustrações. Foi observado que o ensino de literatura se detém no texto verbal e que, a partir do início do letramento, a imagem é colocada em segundo plano. Para tanto, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema bem como uma análise crítica da BNCC quanto ao ensino, reflexão e análises de textos não-verbais. Resultados apontam para uma maior ênfase ao texto escrito, principalmente nas séries do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. No intuito de fundamentar teoricamente este trabalho, tomamos como base os estudos realizados por Hunt (2010) e Coelho (2000) sobre a crítica à Literatura infantil; os aspectos narrativos, formais, espaciais e temporais da ilustração de Linden (2011); quanto às reflexões sobre a leitura e ensino da literatura infantil e juvenil serão abordadas as ideias de Lajolo (1999 e 1988) e Zilberman (1988); bem como as ideias de Barthes (1990) quanto às características das imagens; para finalizar com Martins (1996) ampliando a discussão sobre a especificidade dos livros de imagem e ensino. Esta pesquisa mostra que a ilustração na literatura infantil e juvenil não é somente um recurso de ampliação de sentidos e de ornamentação da narrativa verbal dos livros, mas que a imagem também é texto e, no caso do livro ilustrado, desenvolve sua própria narrativa, algumas vezes estabelecendo uma relação de colaboração com o texto e outras de disjunção, possuindo uma narrativa à parte e levando o leitor ao estranhamento da tensão entre o escrito e o visual. Por fim, são analisados brevemente dois exemplos de livros ilustrados, para fundamentar as discussões empreendidas.Item A importância da formação literária para os processos educativos e a construção social dos estudantes(2023-03-15) Neves, Vitória Bárbara Silva das; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/5947783105016226Este artigo pretende discutir, a partir da análise bibliográfica, a importância do letramento literário para a construção, educacional e social, dos estudantes do ensino médio brasileiro. Esta pesquisa buscou relacionar, a partir da perspectiva sociointeracionista, a importância do incentivo literário, as competências dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio e as diretrizes do ENEM (quanto às expectativas de formação leitora), a identificação de algumas dificuldades encontradas pelos professores de língua portuguesa para suprir as demandas exigidas em relação ao tempo e aos livros didáticos e a utilização do conto como uma perspectiva possível para o letramento literário. A construção teórica baseia-se em Mortatti (2018), Cândido (1999), Cosson (2021), Manguel (2009), Perrone-Moisés (2016) e Freire (2020). Para evidenciar as estratégias do uso do conto na sala de aula, utilizou-se o conto: A Fuga (presente no livro Todos os contos, 2016; originalmente publicado na coletânea A bela e a Fera, 1979), de Clarice Lispector, devido às possibilidades de leituras sugeridas por esta obra e que contribuem para as habilidades educacionais e auxiliam na construção de um leitor autônomo, reflexivo e indagador da sua realidade.Item A percepção do belo por meio da tanatografia na obra “Morte e vida Severina” de João Cabral de Melo Neto(2024-03-04) Neves, Sofia Negromonte; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/9272875546186680O presente trabalho busca entender o Belo por meio do discurso tanatográfico presente na obra Morte e vida Severina: Auto de Natal pernambucano (1955) do autor pernambucano João Cabral de Melo Neto, tendo em foco os estudos sobre tanatografia e literatura do professor Augusto Rodrigues Silva Júnior (2014). Para tanto, se fez necessário levar em consideração aspectos quanto à forma da obra, tais como o gênero teatral Auto, o fato de ser um poema dramático e ainda sua ligação com poemas líricos da Grécia Antiga. Quanto à conceituação do Belo, buscou-se apoio por meio das obras nietzschianas como Crepúsculo dos ídolos (2017) e A Visão dionisíaca do mundo (2005) para que seja possível, então, expor a grande importância dessa obra de Cabral não só literariamente, mas também como fonte de impacto social.Item A representação da mulher negra em contos do livro Olhos d’Água, de Conceição Evaristo(2020) Santana, Jéssica Stefanny Gonçalo de; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/9559607314682706Item A rua que anda em Miró da Muribeca: o fazer poético como registro urbano e histórico(2024-09-23) Cordeiro, Filipe Diógenes Gondim; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/0980240498078472Este artigo pretende estudar a obra de Miró da Muribeca e investigar como sua poesia pode ser um potente registro urbano e histórico dos nossos tempos. O poeta é um dos principais expoentes da poesia pernambucana e, também, brasileira. Uma representação literária, uma voz coletiva de uma grande parte da população periférica, economicamente pobre e preta, se fazendo poeta, fugindo das estatísticas e criando um fazer literário, no qual a palavra e o corpo se entrelaçam, numa simbiose potente e aguçada. Este trabalho, também, pretende pesquisar a escrita do poeta e suas fronteiras entre poesia e crônica, partindo do seu olhar sobre a cidade e seus seres, tirando das coisas corriqueiras versos únicos. Em suas caminhadas, poucas coisas e pessoas passavam despercebidas ao seu olhar, tornando em memória às efemeridades, violências, desigualdades e resistências do cotidiano. Para tanto, são usadas como fontes de apoio, entre outros, a ideia de geopoesia de Augusto Rodrigues Silva Jr, 2023; a escrivência de Conceição Evaristo, 2007; além de estudos da obra de Miró por André Telles do Rosário, 2007 e Rodrigo Fischer Vieira, 2022.Item Alice e Maria Camila: o papel e a representação da mulher em dois contos de Antes do baile verde, de Lygia Fagundes Telles(2020) Duque, Diana Olimpia dos Santos; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/5877697650419314Item Carolina Maria de Jesus: fome, pobreza, política e racismo no livro "Quarto de Despejo"(2025-03-10) Silva, Paula Alícia Pereira da; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024Este estudo se dedica a destacar a importância, a representatividade e, ainda, discutir o esquecimento de Carolina Maria de Jesus no Brasil, tendo como foco sua obra Quarto de Despejo, publicada em 1960 e traduzida para diversos idiomas, e a refletir sobre a desvalorização da literatura feminina afro-brasileira. A partir de uma abordagem histórica e literária investiga-se o contexto da marginalização enfrentada por Carolina na favela do Canindé em São Paulo, onde trouxe à tona questões raciais, sociais, políticas e de classe que são o ponto principal da sua obra. Esta pesquisa discute os fatores que contribuíram para esse esquecimento, com destaque para o racismo estrutural e as limitações do sistema brasileiro. O estudo também destaca a importância do livro como um ato de resistência, dando voz a uma mulher subalternizada e rompendo com os padrões da literatura tradicional. Reflete – a partir de pensadoras como Adichie (2009); Lorde (1984); Martins (2007), entre outras/os - sobre a relevância contínua da obra no combate às desigualdades sociais e raciais no Brasil. Por meio desta análise, busca-se destacar a importância de Carolina Maria de Jesus na construção de uma literatura verdadeiramente plural e inclusiva no Brasil.Item Da histeria do século XIX : a percepção do desejo sexual feminino através da narrativa de Júlio Ribeiro na obra A Carne(2020) Chagas, Mona Lisa dos Santos; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/2694019754949654Este artigo propõe uma análise da obra naturalista, A carne, de Júlio Ribeiro (1888), na qual são relatadas crises de histeria de uma personagem, Lenita, o que, por sua vez, resumia a ótica de uma sociedade patriarcal que enxergava a mulher como um ser histérico. O momento da literatura no século XIX permitia uma narrativa voltada para as descrições relacionadas ao ser humano como um animal que mantinha seus desejos carnais, algo considerado como pleno exercício de sua natureza. Dessa forma, o texto busca investigar como esses desejos sexuais eram vistos e a forma de repressão diante das doutrinas sociais e religiosas do Séc. XIX. Falaremos da submissão imposta à mulher e como isso permitiu que seu corpo fosse analisado e explorado através de experimentos empíricos que foram desde casamentos, como forma de cura para os males do útero, até experiências com objetos introduzidos no órgão feminino como forma de amenizar as crises histéricas. De acordo com as leituras realizadas em obras de autores como Foucault e artigos da área de psicologia, podemos concluir que a mulher teve seu corpo e seus desejos sexuais reprimidos por estarem associados ao espiritualismo, como a bruxaria, e à patologia psíquica.Item Especulações acerca do ser em A Paixão Segundo G.H.: encontro e dissolução(2019-01-30) Galindo, Yasmin Maria Macedo Torres; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/8975120054403099Item HQ's na educação: a arte sequencial como ferramenta pedagógica no Brasil(2022-10-14) Santos, Angelo Soares; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/4587422216271920O acesso às Histórias em Quadrinhos no âmbito escolar foi conquistado pela força de sua popularidade, sendo hoje em dia vista com naturalidade dentro das instituições de ensino e até mesmo estimulada a sua utilização através dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Sabemos que o convívio das HQ’s com as escolas e educadores nem sempre foi harmonioso, principalmente pelas crenças que se propagavam na sociedade sobre os malefícios causados pela leitura dos, popularmente chamados, gibis. Analisamos a obra de autores renomados na pesquisa acadêmica sobre HQ’s (Moacy Cirne,1971; Flávio Calazans, 1997; Scott McCloud, 2005; Waldomiro Vergueiro, 2017; Paulo Ramos, 2022; Antonio Luiz Cagnin, 1995; Will Eisner, 1989 e Fábio Paiva, 2017; entre outros), além de documentos oficiais, como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) buscando indicar como foi ampliado o uso desse gênero como ferramenta pedagógica no contexto educacional brasileiro e algumas contribuições advindas dela.Item Jeremias: o racismo estrutural na pele(2020) Melo, Rafael Felipe de; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/8597326012494932Este trabalho tem por objetivo compreender como o racismo estrutural é retratado na obra Jeremias Pele, uma história em quadrinhos ligada à série da Turma da Mônica, de Maurício de Sousa, e como, através da temática social abordada, a personagem ganha relevância. Dessa forma, buscamos realizar nossa análise a partir do aporte teórico-metodológico da teoria crítica pós-colonialista, na qual utilizamos Bonnici (2005), bem como recorremos aos estudos de Sílvio Almeida (2019) sobre racismo, em sua obra Racismo Estrutural, para problematizar questões ligadas ao enredo que tratam das questões raciais. Ainda recorremos a Antônio Luiz Cagnin (2015), Fábio Paiva (2016) e Waldomiro Vergueiro (2019) para abordarmos questões voltadas à linguagem semiótica e à trajetória do gênero história em quadrinhos. Com base em nossas análises, concluímos que a trajetória do personagem é permeada pelo racismo, o que lhe causou apagamento em relação ao cartel de personagens relevantes, muito embora tenha feito parte das primeiras criações do Maurício de Sousa, além de só chegar ao patamar de protagonista e com uma história relevante quando passa a ser escrito por artistas negros e traz à tona as discussões raciais, evidenciando o racismo estrutural que influencia diretamente o contexto cultural.Item João e as imposições de gênero em como se estivéssemos em um palimpsesto de putas (2016), de Elvira Vigna(2019-01-30) Barreto, Jéssica Jordanny Rosa; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/1109264212618027O presente trabalho analisará o romance Como se estivéssemos em um palimpsesto de putas (2016) da escritora, ilustradora e jornalista carioca Elvira Vigna. Apesar de pouco explorada pela Academia, a obra de Elvira dialoga com questões contemporâneas, pintando um retrato fiel da nossa sociedade. Com uma narrativa de frases curtas e duras, a leitura dessa autora exige do leitor total entrega na busca do não dito nas entrelinhas. O romance trata do dia a dia de personagens banais, com foco em João, um executivo carioca que, apesar de casado, busca refúgio/companhia em garotas de programa, como reforço aos símbolos de masculinidade. Através dessa personagem, refletiremos sobre as imposições do gênero sobre o indivíduo, mas, para isso, traçaremos um breve panorama sobre os estudos de gênero a partir de Ciampa (1990), Butler (2003), Bouvoir (1970), Silva (2000), Louro (1997) e Strey (1998). Em seguida, apontaremos através da personagem em questão os postulados de Bourdieu (1998) sobre a dominação social masculina e a rotulação de indivíduos de acordo com sua genitália, associada diretamente ao gênero, segundo Oliveira (2004). Por fim, traçaremos uma breve reflexão sobre a necessidade de estudos de gênero que contemplem as questões em torno da masculinidade, assim como estudos mais amplos sobre a obra de Elvira Vigna.Item "Língua brasileira”: um passeio pelo inconsciente do português brasileiro através da canção de Tom Zé(2022-10-10) Ribeiro, Rodrigo Matos; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/9701457002551750Este artigo propõe a análise da letra/poema “Língua Brasileira” de Tom Zé, através dos preceitos da Literatura Comparada, confrontando o texto do compositor, com os textos que, ao longo da pesquisa, foram sendo identificados, enquanto base comparativa, para o processo de construção da letra/poema aqui analisada. Dentre eles podemos destacar o poema “Língua Portuguesa” de Olavo Bilac (1976) e Nau Catrineta (poema anônimo) extraído do romanceiro de Almeida Garret (2000). Buscamos demonstrar como o processo criativo do artista está interligado com as contribuições do “Manifesto Antropofágico” de Oswald de Andrade (1928). Dentro desta perspectiva, encontramos aporte no conceito trazido por Tânia Franco Carvalhal (2006) em seu livro “Literatura Comparada” que trata da “voracidade antropofágica” e vê na reversão de direção entre a periferia e o antigo centro (Europa), onde o representante da cultura periférica e dependente possa passar de devorado a devorador, utilizando a transculturação para acentuar o processo de transformação cultural, caracterizado pela influência de elementos de outra cultura, e assim acarreta a perda ou a alteração dos elementos já existentes. Tom Zé, munido pela antropofagia oswaldiana, investe contra a cultura do colonizador, mutilando-a, espremendo-lhe o suco e extrai dela apenas o que lhe serve. Foi assim no tropicalismo, e continuou assim ao longo de sua carreira.Item MPB e a poesia contemporânea: um estudo sobre o livro MPB: muita poesia brasileira (1982) de Leila Míccolis(2018-03-09) Andrade, Jéssica Maciel de; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/5129559787125868Este ensaio busca investigar a relação entre a poesia e a música popular brasileira na obra MPB: Muita Poesia Brasileira (1982) da poeta Leila Míccolis. Discutiremos sobre Míccolis e sua poética, depois, dividimos o trabalho em três grandes tópicos: 1) Poesia e música, em que lançando mão de Daghlian (1985), Paz (2012) e Tinhorão (1998) teceremos discussões sobre essa relação desde os primórdios; 2) Poesia marginal e a década de 70 no Brasil, que busca dar conta de um pequeno panorama da situação política brasileira e sua relação coma e poesia marginal; 3) A relação entre as epígrafes e o texto literário que abrange a influência recíproca entre as epígrafes e os textos literários; 4) Leila Míccolis: na contramão da relação MPB e poesia, em que analisaremos uma seleção de poemas do objeto de estudo a fim de melhor compreendermos como essa relação se dá em Míccolis. Como resultado, assinalamos que Míccolis usa como mote-temático aquilo que os compositores-poetas brasileiros colocam na boca do povo. Ela recolhe deles, de ditos populares, entendendo o poder corrosivo da palavra.Item O "entre-lugar" vivido por Lima Barreto/Vicente Mascarenhas em Diário do Hospício e Cemitério dos Vivos: a natureza simbólica e a produção desejante(2022-10-10) Silva, Djaneide Jokasta Alves da; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/6255304125032046Este trabalho tem como objetivo analisar como o escritor Lima Barreto e a personagem por ele criada, Vicente Mascarenhas, ocupam seus lugares em uma sociedade marcada por um processo de eugenia e colonização: como o fazer literário dialoga com esse contexto, sobretudo, no que diz respeito às obras Diário do hospício (na qual a voz narradora do escritor Lima Barreto relata suas internações no Hospício Nacional dos Alienados, RJ e também é um projeto do romance que se elaborará: O Cemitério dos vivos) e O Cemitério dos Vivos (romance inacabado no qual cria a personagem Vicente Mascarenhas), ambos escritos entre 1919 e 1920 e publicados postumamente em 1953. Basearemo-nos nos conceitos de “entre-lugar” (SANTIAGO, 2000), Natureza simbólica/ representação do mito Trágico e sujeito edipiano (FREUD, 1930), Máquinas desejantes/ Produção desejante (DELEUZE e GATARRI, 1972), a constituição do sofrimento psicossocial do negro colonizado (FANON, 2008), entre outros, os quais foram usados como base teórica nesta proposta de leitura da obra. Pretende-se, assim, atribuir maiores possibilidades no fazer teórico-crítico relativo à obra de Lima Barreto.Item O apagamento da literatura de Maria Firmina dos Reis na educação básica pernambucana(2024-09-23) Lira, Raquel Alves de; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/3522206968211351Este trabalho tem como objetivo refletir acerca do apagamento que ocorreu com a autora e professora oitocentista Maria Firmina dos Reis na educação básica brasileira, com ênfase no Estado de Pernambuco, analisando quais são as motivações para tal apagamento a partir de uma perspectiva da colonialidade, a fim de apontar como esta estrutura excludente reverbera na educação, mais especificamente no ensino de literatura. É imprescindível questionar o cânone literário, para fundamentar uma proposta de ensino de literatura com diversidade cultural e decolonialidade dos saberes, abarcando as produções intelectuais de sujeitas/os outrora subalternizadas/os. Como fundamentação, este artigo se baseia, entre outras fontes, em FREIRE, 1967; FREIRE, 2011; HOOKS, 2013; GONZÁLEZ, 2020. Apenas a partir dessas transformações será possível o ensino de literatura como processo educativo democrático, que possibilite liberdade para as/os educandas/os.Item O mecanismo do "jeitinho brasileiro" na figura de Cassi Jones no romance Clara dos Anjos, de Lima Barreto(2025-03-10) Silva, Wharlley Dawsley Oliveira; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/9845192264495307Este trabalho busca entender a configuração do “jeitinho brasileiro” na figura da personagem Cassi Jones presente na obra Clara dos Anjos (1920) de Lima Barreto, com foco na parcialidade do uso desse mecanismo na sociedade brasileira e a desmistificação do racismo velado do próprio conceito e das virulências de discursos hegemônicos. Apoiado em estudos como Jessé Souza (2018) que nortearam essa discussão; além de eventual fortuna crítica sobre a obra de Lima sobre o entendimento do jeitinho como um aspecto repetido e enraizado no caráter nacional brasileiro, trabalharemos na análise e explicitação desse mecanismo e sua utilização no cotidiano brasileiro. Traçaremos como essa configuração social é utilizada entre todas as camadas sociais do país, como é aceito ou se torna uma virulência dependendo de quem utiliza, e como configura situações de poder, além de mecanismo dissonante perante a burocracia. Ademais, identificaremos certos tipos de jeitinho apoiados nos estudos antropológicos de Lívia Barbosa (2005), Roberto DaMatta (1997), entre outros, e qual seria o tipo e jeitinho da personagem Cassi Jones e outros personagens do escritor Lima Barreto. Além de mencionar também cânones literários amplamente discutidos que se associam com os estudos do jeitinho na literatura brasileira para buscar entender o surgimento da sua configuração no panorama literário, mas também como uma instituição intrínseca, mas forjada a ferro na sociedade brasileira.Item O texto literário como cerne na formação do leitor: a obra “Como nasceram as estrelas” de Clarice Lispector como ferramenta de letramento literário(2021) Silva, Lilliane de Almeida; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/6708575490213010Este artigo, realizado através de pesquisa bibliográfica, tem por objetivo discutir a importância do texto literário na formação do leitor, e concentra-se no estudante de ensino fundamental, levando em consideração aspectos da formação do leitor existentes na BNCC. Este estudo adota a concepção de Perrone-Moisés (2016) na defesa da literatura como uma poderosa mediadora entre diferentes culturas, sobretudo, em um contexto globalizado pela informação e pelos deslocamentos humanos. Logo, podemos inferir que o espaço da literatura deve ser preservado, sobretudo pela função humanizadora da literatura na formação do leitor crítico e cidadão capaz de transformar a realidade social. Estudos como os de Cosson (2009), Candido (1999), Manguel (2009), entre outros, também foram fundamentais na construção do arcabouço teórico deste trabalho. Pretende-se ainda evidenciar relevância do desenvolvimento de estratégias de ensino de literatura através do uso do livro “Doze lendas brasileiras: como nasceram as estrelas”, de Clarice Lispector.Item Obstinação, memória e escrevi(sentir)vência em A Mulher de Pés Descalços, de Scholastique Mukasonga(2018-08-07) Epaminondas, Paulo Fernando Medeiros; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/7448147847577762Este ensaio tem como objetivo analisar no romance A Mulher de Pés Descalços (2017), relato biográfico sobre Stefania, mãe de Scholastique Mukasonga, autora da obra; as categorias obstinação, memória e escrevi(sentir)vência, a partir da voz autoral de Stefania. O suporte teórico do ensaio parte do conceito de escrevivência evaristiano (1996) para analisar a voz autoral de Stefania enquanto uma escrita-vivênciasentida, em categorias que permeiam o romance do início ao fim. Também apoiam teoricamente o ensaio as concepções de Adichie (2009) sobre o perigo de reproduzirmos histórias únicas ou a importância de rompermos com paradigmas impostos sem reflexão (2012); os estudos sobre lugar de fala de Ribeiro (2017); as discussões sobre o falar subalterno de Spivak (2010); o debate sobre as condições sociais da mulher e sua influência na produção literária feminina de Woolf (1928) e o entendimento sobre o pacto autobiográfico de Lejeune (2008), dentre outros autores que se relacionam teoricamente ao desenvolvimento temático do ensaio. A metodologia do ensaio consistiu numa revisão bibliográfica, com embasamento no método dialético de pesquisa e em sua lei fundamental da ação recíproca, de Lakatos e Marconi (2003). Com a iniciativa do ensaio, considera-se que a leitura pode se tornar humanizadora, haja vista a perspectiva da literatura enquanto um direito humano, conforme defende Candido (2014), principalmente quando a escolha de quem escreve e a permissão de quem lê se encontram; e ainda que, entre descobertas e identificação, como realidades, as vozes femininas negras solicitam reconhecimento: é necessário combater o silenciamento vivenciado pela literatura feminina negra nos dias atuais e este trabalho busca contribuir para ecoar isso. Tempo de ainda perseverar, conhecer, reverberar, libertar.
