Aspectos biométricos e potencial fisiológico de diásporos de Astronium urundeuva FR. (M. ALLEMÃO) ENGL., coletados em diferentes anos e submetidos ao condicionamento fisiológico

Abstract

Os diásporos ortodoxos das espécies florestais podem ficar anos armazenados, e sua qualidade fisiológica pode ser mantida ou declinar. Logo, há a necessidade de técnicas que possibilitem um melhor aproveitamento dos diásporos após o armazenamento, visando uma melhor taxa de germinação e estabelecimento das plântulas. No presente trabalho, foi realizada a caracterização biométrica de diásporos de Astronium urundeuva Fr. (M. Allemão) Engl., coletados em diferentes anos (2020 – Sertânia/PE, 2021 e 2022 – Petrolina/PE), sendo analisados peso de mil sementes, comprimento, largura e espessura. Ainda, os diásporos de A. urundeuva, foram submetidos à cinco períodos de hidratação (0; 7:30; 9:45; 14:15 e 21 h). Após cada período de hidratação os diásporos foram submetidos às seguintes avaliações: teor de água, germinação, índice de velocidade de germinação, tempo médio de germinação, condutividade elétrica, emergência, índice de velocidade de emergência, tempo médio de emergência, comprimento e massa seca da parte aérea e do sistema radicular. Foi empregado o delineamento inteiramente casualizado, sendo adotado um esquema fatorial (3×5) (anos de coleta × períodos de hidratação). Os diásporos coletados no ano de 2022 apresentaram maiores valores biométricos, e aqueles coletados em 2020 melhor porcentagem de germinação. Os diásporos coletados em 2021 e 2022, e hidrocondicionados por 21 h apresentaram uma germinação mais rápida. Não houve interferência dos anos de coleta na emergência das plântulas de A. urundeuva, no entanto, os diásporos coletados nos anos de 2020 e 2022 foram responsáveis pelo maior comprimento do sistema radicular e o maior acúmulo de massa seca na parte aérea. O hidrocondicionamento favorece o processo germinativo. É recomendável a utilização do hidrocondicionamento, em diásporos após o armazenamento, por 21 horas.