Bacharelado em Ciências Biológicas (Sede)
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Resultados da Pesquisa
Item A importância do enriquecimento ambiental para primatas em zoológicos(2022-05-26) Silva, Mayara de Freitas; Schiel, Nicola; Fuente Castellón, María Fernanda de la; http://lattes.cnpq.br/9523589239670783; http://lattes.cnpq.br/5314455811830714; http://lattes.cnpq.br/8631505182213359O uso de enriquecimento ambiental busca oferecer ao animal em cativeiro condições que estimulem seu comportamento natural, através de técnicas que modificam seu ambiente. Com base nisso, esta pesquisa teve como objetivo realizar uma revisão sistemática sobre o uso do enriquecimento ambiental como ferramenta para melhorar o bem-estar de primatas em cativeiro, descrevendo os tipos de enriquecimento, quais são mais eficazes e quais grupos apresentam resultados positivos ao uso do enriquecimento ambiental. Foram avaliados 75 artigos entre os anos de 1988 e 2021. Os dados foram coletados em duas bases: Web of Science e Scopus, e extraídas as seguintes informações: título do artigo, ano de publicação, lugar onde foi realizado (instituição e país), espécie, gênero e família do primata que recebeu o enriquecimento ambiental, tipo de enriquecimento ambiental aplicado, subtipo do enriquecimento, a forma como o enriquecimento ambiental foi empregado, efeito do enriquecimento ambiental e como o mesmo foi avaliado (comportamental e/ou fisiologicamente). Os resultados dessa pesquisa mostram que em 63,76% das vezes em que foi aplicado enriquecimento ambiental os efeitos foram positivos. O tipo de enriquecimento mais utilizado foi o social, porém o que mais alcançou efeitos positivos foi o enriquecimento alimentar. O método mais utilizado para avaliar esses efeitos foi através de medidas comportamentais. Callitrichidae foi a família que, proporcionalmente, mais apresentou efeitos positivos ao enriquecimento. E em relação ao gênero, Eulemur obteve mais efeitos positivos. A partir dos resultados podemos concluir que utilizar enriquecimento ambiental de fato melhora o bem-estar dos primatas em cativeiro, permitindo que realizem comportamentos naturais e melhorem seu bem-estar. Produzir esse tipo de pesquisa permite reunir trabalhos sobre o uso de enriquecimento em diferentes zoológicos, com famílias e gêneros diferentes e mostrar as formas de enriquecimento mais utilizadas, os sucessos (efeitos positivos) e os fracassos (efeitos negativos). E dessa forma, construir um banco de dados para auxiliar os zoológicos a aplicarem o enriquecimento ambiental em seus primatas.Item Efeito da dieta nas atividades de dois grupos de vida livre de saguis do Nordeste (Callithrix Jacchus) do Parque Estadual de Dois Irmãos, Recife, Pernambuco, Brasil(2019) Rocha, Pedro Ivo Aragão; Oliveira, Maria Adélia Borstelmann de; http://lattes.cnpq.br/6104426668816123; http://lattes.cnpq.br/2480308743553903Callithrix jacchus é um primata neotropical, arbóreo e diurno da subfamília Callitrichinae, com distribuição original no Nordeste do Brasil, mesmo em áreas que sofrem influência antrópica. O ambiente antrópico pode apresentar uma alta disponibilidade de alimentos que podem ser acessados por animais selvagens. O principal objetivo deste trabalho foi investigar a disponibilidade de alimentos humanos e sua influência no padrãodedeslocamento e descanso de dois grupos de saguis de vida livre de C. jacchusque habitam áreas do Parque Estadual de Dois Irmãos, Recife, Pernambuco, Brasil. Os grupos foram monitorados entre agosto de 2014 e julho de 2015 após gerenciados para coleta de dados morfométricos e marcação individual. Os dados comportamentais foram coletados pelos métodosde Varredura Instantâneae de Todas as Ocorrências. As categorias deslocamento, estacionário e alimentação foram as mais frequentes nosgrupos Z e Q. A análise detalhada dos itens alimentares consumidos mostrou que esses grupos consomem mais alimentos que os naturais (grupo Z = 56% e grupo Q = 55,5%). Em termos de item natural, os maiores consumos foram gomas (13,5%) para o grupo Z e frutos de Astrocarpus heterophyllus(18,2%) para o grupo Q, cujos indivíduos não foram observados consumindo goma. O teste do qui-quadrado alcançou significância em todas as análises, confirmando nossa hipótese de que o grupo com maior acesso à dieta calórica (grupo Z) se desloca menos e descansa mais que o grupo com menor acesso (grupo Q).Item Análise de rede social e dinâmica espaço-temporal de um grupode macacos-prego (Sapajus libidinosusSPIX, 1823) no zoológicodo Parque Estadual de Dois Irmãos, Recife, PE(2019) Cescon, Pedro Aguilar; Oliveira, Maria Adélia Borstelmann de; http://lattes.cnpq.br/6104426668816123; http://lattes.cnpq.br/1681320903044373A crescente manutenção de espécimes animais em cativeiro, mantidas em zoológicos e santuários, e nos Centros de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), tem aumentado cada vez mais a necessidade de novas abordagens de estudo dos indivíduos cativos, com fins de uma maior entendimento acerca da biologia comportamental de cada espécie. Desta forma, ações de intervenção nos espaços de cativeiro e adequação de enriquecimentos para melhoria do bem-estar dos animais tornam-se preponderantes. Os macacos-prego (Sapajus libidinosus) são animais nativos do Brasil, que exibem uma gama variadíssima de comportamentos individuais e sociais.Ao mesmo tempo, são alvos tanto de captura para o tráfico de animais silvestres como de estudos científicos, justamente devido à sua variedade comportamental e inteligência aparente.A Análise de Redes Sociais vem como uma ferramenta no estudo de comportamentos sociais, tornando-se uma prática cada vez mais comum na pesquisa com primatas ao redor do mundo. O Parque Estadual de Dois Irmãos (PEDI) possui, entre seu acervo animal, um grupo de quatro indivíduos da espécie supracitada. Como maneira de entender as relações sociais entre os indivíduos e o uso do recinto por parte destes animais, este trabalho visou investigar os comportamentos dos indivíduos ao longo do espaço e do tempo. Uma coleta realizada através da contabilização dos segundos de cada atividade, e seu lugar específico de realização, foi empregada para a análise de cada indivíduo do grupo. Socialmente, os animais foram avaliados através da produção de sociogramas, estruturas de redes sociais que relacionam atores dentro de um grupo e as relações que estes dividem entre si. A metodologia escolhida foi reveladora nos aspectos comportamentais gerais da colônia reprodutiva estudada, mas também permitiu a visualização de características sutis entre os animais e o ambiente ocupado por eles. A obtenção de dados diversificados permitiu um maior entendimento das dinâmicas sociais envolvidas, e como ações e pesquisas posteriores podem se colocar, de maneira a trazer resultados mais contundentes nas análises que tenham como intuito a melhoria do bem-estar dos indivíduos cativos.
