01.1 - Graduação (Sede)
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Item Identidade nacional pela obra de Victor Meirelles: “A primeira missa no Brasil’’ e seu mito fundador(2023-05-28) Lima, Beatriz Sandrelly Gusmão de Souza; Dantas, Mariana Albuquerque; http://lattes.cnpq.br/8568216121012333; http://lattes.cnpq.br/0721619317307816O artigo apresentado tem como tema principal a análise da obra de Victor Meirelles “A primeira missa no Brasil”, de 1861, por meio da discussão historiográfica sobre a construção do mito da criação da identidade nacional do Brasil. A obra apresenta uma missa sendo realizada no início da colonização portuguesa, tendo ao centro a cruz, a Igreja Católica Romana e os europeus. São colocados em segundo plano, na condição de observadores passivos, os indígenas. Essa representação suscita o debate relativo ao apagamento dos povos indígenas na criação da identidade nacional brasileira no século XIX, promovido por Dom Pedro II por meio das instituições elaborando as narrativas artísticas e historiográficas consideradas oficiais, a Academia Imperial de Belas Artes (AIBA) e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Dessa forma, compreende-se a ideia de identidade nacional como uma criação promovida com base em interesses políticos, sociais e econômicos, os quais contemplavam o projeto de centralização e consolidação do Segundo Reinado. A pesquisa foi feita a partir da discussão trazida por João Pacheco de Oliveira sobre os tipos de mortes indígenas e a participação destes no percurso da historiografia da fundação da identidade nacional, o debate sobre o “mito fundador” como precursor da história nacional.Item Santa Rita Pescadeira: a manifestação do mito em Torto Arado, de Itamar Vieira Júnior(2021) Silva, Vanessa Ramos da; Pereira, João Batista; http://lattes.cnpq.br/5017161166804446Este trabalho buscou analisar a manifestação mítica de Santa Rita Pescadeira, em Torto Arado (2019), de Itamar Vieira Junior. Calcado nos condicionamentos teóricos de Ernst Cassirer (1992), Mircea Eliade (2004), André Jolles (1976) e André Dabezies (2005), com vistas a definir o alcance e os limites da transposição do mito para a literatura, adotamos como categoria analítica a personagem, delineada em dois movimentos no enredo. No primeiro, ela expressa o caráter de resistência instaurado por sua atuação na Fazenda Água Negra; e, no segundo, ocorre a sua libertação, concretizada no desfecho do relato. A analise se propôs a desenvolver, em um percurso da ficção para a realidade, uma discussão sobre a manutenção e a resistência ancestral das práticas significativas, entre a sacralização e a dessacralização. Assim, acolheu-se o pressuposto de que, ao rememorar-se na narrativa, a encantada do jarê, Santa Rita Pescadeira, não resgata somente a história dos quilombolas do sertão baiano e do Brasil. Ao colocar em evidência o legado traumático da escravidão, bem como as crenças, descrenças e esperanças a ela vinculadas, a atuação da personagem naquela comunidade possibilitou uma tomada de consciência política, de fé e de luta, demonstrando como o mito, da oralidade à escrita, atua atemporalmente na transformação da sociedade.
