TCC - Bacharelado em Ciências Biológicas (Sede)
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Item Hábito alimentar de Pachygrapsus transversus (Gibbes, 1850) (Brachyura: Grapsidae) em um ambiente recifal na praia de Gaibú (Pernambuco-Brasil)(2021-12-17) Pinto, Rômulo Marinho Falcão; Melo Júnior, Mauro de; Santana, Julianna de Lemos; http://lattes.cnpq.br/9898797268971400; http://lattes.cnpq.br/6735233221650148; http://lattes.cnpq.br/8561109253699688O objetivo deste estudo foi analisar o hábito alimentar de Pachygrapsus transversus (Gibbes, 1850), verificando a frequência da ocorrência, abundância e contribuição relativa de cada item alimentar no volume total de alimento ingerido, comparando dados entre diferentes aspectos com sexo, estágio de muda, pontos de coleta e sazonalidade no grupo amostral coletado, na praia de Gaibú, tendo em vista que essa é uma das espécies mais comuns da família Grapsidae no litoral brasileiro e nordestino que possui conhecida influência em diferentes níveis tróficos, fator potencializado pelo seu hábito onívoro e grande abundância. As coletas foram realizadas mensalmente, durante as marés de sizígia no período de Set/2018 a Set/2019, foram determinados dois pontos de coleta, sendo o ponto 1 mais próximo da faixa de areia e ponto 2 mais próximo ao mar. Foi utilizado o método de pontos para calcular a frequência de ocorrência relativa, contribuição relativa e índice alimentar de cada item. O teste do qui-quadrado (Χ2) com nível de significância a 5% (a = 0,05), para analisar possíveis diferenças entre os sexos. O ER (estágio de repleção), corresponde ao quanto cada estômago está ocupado, foram definidos 3 estágios para ER, sendo esses: pouco cheio (E1), enchimento médio (E2), enchimento completo (E3) e vazios (E0). Cada estágio de repleção recebe um valor para ser integrado aos cálculos do método de pontos, para calcular o índice alimentar, a contribuição relativa e a frequência relativa de cada item alimentar. Os resultados mostraram uma variedade de 15 itens alimentares: alga, mond, fragmento de concha, espinho de ouriço, amphipoda, sedimento, ovos, microplástico, gastropoda, ácaro, isopoda, stomatopoda, copepoda, larva chironomidae, coleóptera, sendo esses alimentos vegetais e animais, caracterizando, assim, sua onivoria também no local do presente estudo. Mond e alga foram os itens mais representativos apresentando, respectivamente cerca de 59,73% e 55,75% de volume no conteúdo estomacal total. A presença de sedimento e outros itens alimentares ricos em minerais mostrou mudanças de acordo com o estágio de muda dos indivíduos, indicando que pode variar com uma maior necessidade de minerais, devido a formação da carapaça no caso dos indivíduos nas fases pré muda e pós muda. Foi verificada a presença de microplástico em cerca de 22,79% dos estômagos, na forma de fios azuis e vermelhos. Não foi encontrada diferença significativa em relação ao índice alimentar entre machos e fêmeas, tanto no que se refere à alimentação em geral, quanto a ingestão de microplástico. No entanto, em uma menor escala, observando a frequência relativa, foi encontrado mais microplástico em fêmeas ovígeras, indicando uma maior suceptibilidade à contaminação por parte delas, o que pode ser explicado pela maior quantidade de alimento ingerido por fêmeas ovígeras, devido a maior demanda energética.Item Ecologia trófica de Amphisbaena vermicularis Wagler, 1824, (Squamata, Amphisbaenidae) Nordeste, Brasil(2021-12-17) Silva, Pedro Vinicius Freire Guedes da; Moura, Geraldo Jorge Barbosa de; Maciel, Renata Perez; http://lattes.cnpq.br/9083555957024860; http://lattes.cnpq.br/1348666346504103; http://lattes.cnpq.br/5792351278939394A Amphisbaena vermicularis é um réptil ápode de visão reduzida, porém com boa percepção química e sonora. É um animal fossorial, o que dificulta o estudo acerca de seu comportamento, distribuição e ecologia. O objetivo deste trabalho é analisar a dieta de Amphisbaena vermicularis, bem como os parâmetros relacionados à ecologia trófica dos indivíduos. Foram fornecidos 57 animais (16 machos, 14 fêmeas, 24 juvenis e 3 não identificados) da coleção herpetológica da Universidade Federal do Ceará. Para cada indivíduo, foram aferidas oito medidas morfométricas: comprimento rostro cloacal, largura mandibular, largura do corpo, altura do corpo, altura da cabeça, largura da cabeça, comprimento da cabeça e comprimento da cauda, medidas essas utilizadas para quantificar o grau do dimorfismo sexual da espécie. O conteúdo estomacal foi removido e medido em comprimento e largura. Dos 57 indivíduos, 32 apresentaram estômagos vazios, enquanto 25 tinham presas identificáveis no trato digestivo, o item mais encontrado foi Formicidae, com uma freqüência de 44,12%, seguido por Blattaria com 23,53%, larvas de Coleoptera com 17,65%, Isoptera com 8,82%, e Coleoptera e Araneae empatados com 2,94%, do total de 137 itens alimentares. Os testes estatísticos indicaram ausência variação significativa entre a dieta dos machos, fêmeas e juvenis. Os resultados do presente trabalho revelam que a A. vermicularis é um predador generalista alimentando-se basicamente de artrópodes aleatoriamente, de acordo com a sua capacidade corpórea.Item Dinâmica comportamental e alimentar de um grupo de capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris, Linnaeus, 1766) no Parque Estadual de Dois Irmãos do Recife, Pernambuco, Brasil(2021-12-03) Duarte, Lucas Gabriel Melo; Oliveira, Maria Adélia Borstelmann de; http://lattes.cnpq.br/6104426668816123; http://lattes.cnpq.br/8745900922362045Hydrochoerus hydrochaeris é a maior espécie da ordem Rodentia e está presente em diversos habitats da América do Sul. Devido a suas características comportamentais e plasticidade alimentar podem formar populações em ambientes urbanos desde que o mesmo atenda requisitos mínimos de vegetação e presença de corpo d’agua. O objetivo desse trabalho foi compreender o comportamento, área de uso e dieta das capivaras de vida livre presentes no Parque Estadual de Dois Irmãos e no Zoológico nele inserido. As observações foram realizaram durante os meses de setembro a dezembro de 2019. A coleta de dados comportamentais ocorreu através do método de varredura instantânea, os itens alimentares foram categorizados e registrados e seus dados de localização registrados por observação direta. Os animais utilizaram a maior parcela de tempo forrageando (62,2%), se deslocando (10,1%) e tomando banho (10,1%). Houve duas principais áreas de uso, sendo a mais utilizada o gramado do zoológico (67,95%) em comparação à área do Açude Dois Irmãos (32,02%). O item mais presente na dieta foram as gramíneas introduzidas (71,59%), em seguida as gramíneas de ocorrência natural, além de plantas semiaquáticas, arbustivas e alimento provido pelos funcionários do zoológico respectivamente. O teste de qui-quadrado mostrou relação entre os períodos de tempo e o comportamento alimentar. Os dados da área de uso e hábito alimentar estão relacionados ao período seco do ano. Conclui-se que os resultados equivalem aos hábitos padrões da espécie, mas a presença do zoológico no parque e suas atividades influenciam os hábitos de vida das capivaras através da presença humana e da modificação da flora e da paisagem, resultando em mudanças no comportamento e uso da área.Item Ecologia trófica de Coleodactylus meridionalis (Boulenger, 1888)(Squamata, Sphaerodactylidae) Nordeste, Brasil(2021-12-17) Ferreira, Christian Felipe de Barros; Moura, Geraldo Jorge Barbosa de; Tinôco, Moacir Santos; http://lattes.cnpq.br/0433618384031837; http://lattes.cnpq.br/1348666346504103; http://lattes.cnpq.br/1718763845321714O gênero Coleodactylus é composto por cinco espécies distribuídas na América do sul, porém com baixo grau de estudo sobre o mesmo. O Coleodactylus meridionalis uma das espécies do gênero tem ampla distribuição em território brasileiro, ocupando diversos habitats em ecossistemas de Caatinga, Restinga, Brejos de altitude e Mata atlântica. Tendo o conhecimento de que o estudo de dieta pode nos contar muito sobre a história natural das espécias, esse estudo destinou atenção para uma das menores espécies de lagarto da região nordeste do Brasil. Mediante o exposto, objetivou-se caracterizar a ecologia trófica de C. meridionalis, identificando as presas ao menor nível taxonômico possível e investigando a presença de variação entre idade e sexo, assim como, compilar dados da literatura que trazem informações sobre a ecologia trófica do gênero Coleodactylus.Os animais utilizados foram cedidos pela Coleção Herpetológica do Laboratório de Estudos Herpetológicos e Paleoherpetológicos da Universidade Federal Rural de Pernambuco (LEHP-UFRPE), da Coleção Herpetológica do Centro de Ecologia e Conservação Animal da Universidade Católica de Salvador (CHECOAUCSAL) e da Coleção Herpetológica do Núcleo Regional de Ofiologia da Universidade Federal do Ceará (CHUFC- NUROF). Devido o baixo N de indivíduos analisados com conteúdo estomacal por ecossistema, este trabalho pode entender melhor os padrões tróficos dos animais oriundos do brejo de altitude. Os animais foram medidos em relação ao comprimento rostro-cloacal (CRC) com paquímetro digital e abertos por meio de incisão longitudinal, tendo seus estômagos retirados e abertos para análise de seu conteúdo, nos casos onde foi possível medir o conteúdo estomacal, estes também foram medidos, e identificados ao menor nível taxonômico possível, posteriormente conservados em álcool a 70%. A dieta dos animais analisados foi dividida em 8 categorias de presas ingeridas, sendo himenópteros (Formigas), aracnídeos (Ácaros, Aranhas e Pseudoescorpiões) e coleópteros (Besouros) a maior parte da dieta dos lagartos analisados. O teste de análise de variância (ANOVA) constatou dimorfismo sexual na espécie, com as fêmeas sendo maiores em tamanho em relação aos machos, o estudo constatou também a ausência da influência do sexo ou da idade na dieta da espécie, com fêmeas, machos e juvenis compartilhando a mesma dieta. O que tende a gerar competição intraespecífica e inter-específica já que outros indivíduos do gênero também se alimentam de grande parte da dieta de C. meridionalis. O maior número de presas foi de himenópteras, o que pode demonstrar um comportamento de forrageio passivo (Sit-and-wait). Dados compilados da literatura mostram a baixa quantidade de dados sobre o gênero, principalmente sobre dieta, onde espécies como C. brachystoma e C. elizae não possuem esse tipo de dados estudados. Este estudo aprofunda o conhecimento sobre um gênero tão pouco visado cientificamente e com dados tão escassos, estudos esses que podem vir a ajudar na criação de projetos de conservação e manejo mais eficiente da espécie e dos ecossistemas onde ela vive.Item Efeitos de aditivos em dieta artificial para Neoleucinodes elegantalis (Guenée, 1854) (Lepidoptera: Crambidae)(2020-01-31) Paz, Cássio David Alves da; Siqueira, Herbert Álvaro Abreu de; Silva, Liliane Marques da; http://lattes.cnpq.br/0343944389588686; http://lattes.cnpq.br/6587276520956028; http://lattes.cnpq.br/7788028227038866A produção do tomate é muito afetada por espécies de inseto com status de praga. Uma das espécies chave de insetos praga que mais afeta essa cultura é a Neoleucinodes elegantalis, (Guenée, 1854), conhecida popularmente como broca-pequena-do-tomateiro. O controle químico tem sido o método mais usado para o controle desta praga e o uso intensivo de inseticidas propicia a evolução para resistência. Resistência a inseticidas em N. elegantalis não tem sido evidenciada pela falta de método de ensaio toxicológico adequado, uma vez que as larvas desta espécie penetram no fruto pouco tempo após a eclosão. A realização de ensaios toxicológicos pode ser viabilizada com uma dieta artificial. Diante desse cenário, esse estudo teve como objetivo melhorar uma dieta artificial elaborada para a espécie Leucinodes orbonalis (Guenée, 1854), a fim de torná-la adequada para N. elegantalis. Para tal, uma população de N. elegentalis foi mantida em dieta natural. Larvas neonatas oriundas dessa população foram inoculadas em dietas artificiais diferentes concentrações de ágar, celulose, vitaminas C e E, Mistura Vitamínica de Vanderzant e Vitagold. Os resultados mostraram uma baixa viabilidade larval, o que interferiu na avaliação dos outros parâmetros biológicos avaliados, resultando em nenhuma melhoria satisfatória da dieta. No entanto, a adição de celulose a 0,5%, foi a concentração que mostrou significativo aumento na viabilidade de larvas. Portanto, mais estudos são necessários, pois a obtenção de dieta artificial para essa espécie, que ajude na criação massal e nos testes toxicológicos em laboratório para monitoramento da resistência, é de extrema importância para auxiliar no manejo integrado de N. elegantalis.
