TCC - Bacharelado em Ciências Biológicas (Sede)

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    Caracterização das propriedades químicas e biológicas do muco cloacal das tartarugas marinhas - Ipojuca/PE
    (2018-08-24) Souza, Daliana Thaisa Maria Teles de Oliveira; Santos, Ednilza Maranhão dos; Oliveira, Lourinalda Luiza Dantas da Silva Selva de; http://lattes.cnpq.br/5812920432455297; http://lattes.cnpq.br/4538607373477161
    As tartarugas marinhas são animais migratórios que percorrem longas distâncias e apresentam um ciclo de vida complexo. São animais bioindicadores e biocontrolados, contribuindo para a manutenção do ecossistema marinho. Esses animais exercem um grande esforço na escolha do local de desova com objetivo de garantir um sucesso reprodutivo. Das sete espécies que existem no mundo, cinco ocorrem no Brasil, e todas encontram- se classificadas em algum nível de ameaça de extinção. Muitas são as ameaças que as tartarugas enfrentam para poder chegar na fase adulta, uma delas está relacionada a poluição marinha, devido a compostos químicos que tem se tornado uma realidade cada vez mais comum para esses animais. No momento da desova a tartaruga libera um muco de cor clara que reveste todos os ovos, evitando assim o impacto entre um ovo e outro e mantendo a lubrificação da cloaca, todavia a caracterização das propriedades químicas e de toxicidade não foram documentadas. O objetivo desse trabalho foi caracterizar as propriedades químicas, a toxicidade da substância e identificar os metais pesados presentes no muco cloacal das Tartarugas Marinhas. Durante os meses de agosto de 2017 a outubro de 2018, foi realizada a coleta de forma manual do muco cloacal, aconteceu no momento logo após o início da desova, com um auxílio de um tubo falcon 15 ml posicionado abaixo da cloaca. Dez fêmeas foram amostradas, nove da espécie Eretmochelys imbricata e uma de Chelonia mydas, no litoral do Ipojuca/PE. Esses apresentaram um aspecto físico químico com turbidez em algumas amostras, o seu pH variou de 8,58 a 9,28 com tendência a ser alcalino, através do teste de toxicidade com Artemias salina, foi possível identificar uma variação na toxicidade do muco de muito tóxica a levemente tóxica, a quantidade de proteína variou nas amostras em concentrações de 0,27 mg a 5,17 mg. Para metais pesados as maiores concentrações se deu para o Alumínio (35,5 mg/L), seguido do Ferro (28,7 mg/L) e o Cobre com (26,9 mg/L) além desses foram analisados também Manganês (16,1mg/L), Chumbo (15,7 mg/L), Níquel (14 mg/L), Cádmio (13,5 mg/L) e Cromo (12,1 mg/L). As análises mostraram que o muco é um bom material biológico para análise de toxicidade e identificação de metais, todavia há muito o que caracterizar na sua composição química, necessitando a continuidade desse trabalho para monitoramento dos animais, bem como avaliar questões espaço-sazonal desses metais, podendo o muco ser um bom preditor de saúde animal e ambiental.