TCC - Licenciatura em Letras (Sede)
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Item O mal tem forma de mulher? Corpos femininos e o seu poder corruptivo no imaginário literário(2023-04-14) Inojosa, Letícia Leite; Moreno, Amanda Brandão Araújo; http://lattes.cnpq.br/0149408155954168; http://lattes.cnpq.br/9282740067538157Neste trabalho, buscamos analisar, a partir de obras de diferentes tempos e localidades - a saber, Raposas - contos fantásticos orientais (2020); Raposas - contos populares orientais (2017), ambos de Lua Bueno; Contos Fantásticos Coreanos, de Im Bang e Yi Ryuk (2021); Herdeiros de Drácula, de Richard Dalby (2017); Lendas Brasileiras, de Câmara Cascudo (2000); e Cuentos completos I, de Silvina Ocampo (1999) -, como a construção de personagens femininas na esteira da literatura fantástica representa e reforça construções sociais que atrelam à mulher específicos papéis de acordo com seus comportamentos e aparência, como bruxas ou prostitutas. A partir das leituras, percebemos que tal representação faz parte de uma estrutura significativa enraizada na sociedade e que homens e mulheres, no papel de autores, ressoam em suas escritas diferentes perspectivas quando tratam do mesmo tema. Balizam nossas análises, entre outros autores, os aportes de Todorov (2008), Campra (2008), Roas (2011), Beauvoir (1970), Zolin (2009) e Adichie (2015).Item Representações da infância em quatro contos de Silvina Ocampo(2023-04-14) Conceição, Cinthia Maria Tenório da; Moreno, Amanda Brandão Araújo; http://lattes.cnpq.br/0149408155954168; http://lattes.cnpq.br/0331081342654028As representações de infância trazidas por Silvina Ocampo são como uma verdadeira metamorfose para a literatura argentina e fantástica do século XX, principalmente no que se refere às características psicanalíticas que normalmente estão associadas a essa etapa da vida. A autora, ao dar protagonismo e voz a personagens que são comumente colocados em segundo plano pela sociedade e pelo universo literário, como é o caso da criança, dá liberdade para que assim possam expressar seus sentimentos e sua personalidade por um ponto de vista próprio e não secundário. É através da utilização desses personagens que Ocampo encontra um canal ideal para propor à sociedade uma reflexão sobre si e o meio que se está inserido, utilizando o fantástico para evidenciar essas questões, principalmente a desmistificação da ideia clássica que se tem sobre estes pequenos seres. Para tanto, o corpus que serviu de base para a análise é constituído dos contos “Esperanza en flores”; “El retrato mal hecho”; “La siesta en el cedro” e “El vendedor de estátuas", da escritora argentina . Os autores que serviram de suporte teórico para este trabalho foram Todorov(2008), Campra(2008), Ceserani(2006), Roas (2011), com suas conceituações sobre o fantástico. Para a análise mais específica, voltada à infância e suas representações, trouxemos autores como Ariès(1981); Barbosa(2015); Bettelheim(2002); Molloy(1978), dentre outros.Item O mito do lobisomem e o fantástico: o sobrenatural na Zona da Mata pernambucana(2021) Costa, Leonardo Rodrigo Nascimento; Pereira, João Batista; http://lattes.cnpq.br/5017161166804446; http://lattes.cnpq.br/1515436212494919O presente artigo busca refletir sobre como o mito atua no âmbito da literatura fantástica a partir do conto O lobishomem da porteira velha, de Jayme Griz. Com vistas a referenciar o matiz mítico dessa lenda, foi adotado um percurso norteado pelo pensamento de Mircea Eliade, Pierre Brunel, André Dabezies e Luís da Câmara Cascudo, resgatando-se, em seguida, a fortuna crítica da obra griziana. A natureza do fantástico identificado no relato dialogou com premissas teóricas de David Roas, cujos pressupostos, aliados ao método dialético, definiram a análise realizada, abalizada pelos vínculos existentes entre texto e contexto. As conclusões apontam para singularidades do gênero na narrativa: como um arquétipo, a representação do lobisomem atendeu a demandas do universo social da Zona da Mata pernambucana, onde cultura, misticismo e sincretismo religioso redimensionaram o seu matiz sobrenatural.Item A narrativa distópica no romance Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão(2020) Ramos, Ályda Tuane Maisa Marinho; Almeida, Sherry Morgana Justino de; http://lattes.cnpq.br/5332850255576710; http://lattes.cnpq.br/8825213510058394Este artigo tem como objetivo refletir como o futuro distópico de uma nação é apresentado no romance Não verás país nenhum (1981) do escritor brasileiro Ignácio de Loyola Brandão. Busca-se realizar uma análise sobre o processo de deterioração que Souza, a personagem principal da narrativa, sofre dentro de um espaço apocalíptico, permeado de problemas sociais, ambientais e políticos. Para tanto, são discutidos os conceitos que rodeiam a distopia a partir do entendimento da utopia, tomando como apoio as especulações realizadas por Russell Jacoby em Imagem imperfeita: pensamento utópico para uma sociedade antiutópica (2007). Outro aspecto abordado neste trabalho é a discussão sobre o gênero fantástico e o subgênero maravilhoso no romance e, também, a delimitação da subtipologia maravilhoso instrumental, através da perspectiva do estudo dos gêneros literários proposta por Tzvetan Todorov em Introdução à literatura fantástica (1981). Pretende-se, então, refletir como o romance delineia de forma crítica o futuro deteriorado de uma nação, a qual pode ser lida como o Brasil.
