Uso do plasma rico em plaquetas intrauterino em égua suscetível usada no programa de transferência de embriões: relato de caso

Abstract

A equideocultura é considerada um dos setores mais promissores para a economia do Brasil, movimentando cerca de 16 bilhões de reais por ano, e sendo responsável por milhões de empregos diretos e indiretos. O Brasil possui um dos maiores rebanhos de equinos do mundo, sendo encontrados em diversos segmentos, desde estabelecimentos voltados para competição até atividades em reprodução assistida. Algumas biotecnologias podem ser utilizadas para otimizar os resultados reprodutivos das criações, dentre elas, a Inseminação Artificial (IA) e a Transferência de embriões (TE), entretanto, a manipulação excessiva do trato reprodutivo tem levado ao aumento de desordens, especialmente, nas éguas, levando-as a problemas uterinos como as endometrites, consideradas uma das principais causas de problemas de fertilidade nas fêmeas equinas. O uso de terapias biológicas alternativas como o plasma rico em plaquetas (PRP), vem ganhando destaque, por ser capaz de modular a resposta inflamatória uterina, pré e pós cobertura ou inseminação artificial (IA). O presente relatório descreve as atividades desenvolvidas durante o período do Estágio Supervisionado Obrigatório da aluna Jéssica Tainã Pereira da Silva Dantas na rotina de uma Central de Reprodução Equina, assim como, faz uma revisão de literatura sobre reprodução de éguas e relata um caso de recuperação de embrião em uma égua suscetível após o tratamento com Plasma rico em Plaquetas (PRP). O ESO foi realizado na Central de Reprodução Equina Monte Verde, Agreste de Pernambuco, no período de 05 de abril a 18 de junho de 2021, com carga horária total de 420 horas. Durante o estágio foi possível desenvolver habilidades no acompanhamento dos procedimentos, técnicas e manejo realizados na rotina de uma Central de Reprodução Equina. É notável a importância desse treinamento prático diário, principalmente, na fase final da graduação.