Bacharelado em Ciências Biológicas (Sede)

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    Serpentes de um fragmento urbano de Mata Atlântica, Pernambuco, Brasil: estratégias para conservação e manejo
    (2018) Barbosa, Vanessa do Nascimento; Santos, Ednilza Maranhão dos; http://lattes.cnpq.br/5812920432455297; http://lattes.cnpq.br/4068400076632242
    Existem cerca de 219 espécies de serpentes descritas para o bioma Mata Atlântica, correspondendo a 54% do total das espécies brasileiras, no entanto, informações sobre taxocenose de serpentes no Nordeste do Brasil ainda são incipientes. Para planejar ações de conservação e aumentar a ciência sobre história natural é fundamental o conhecimento da ofidiofauna local, principalmente em unidades de conservação e seu entorno. Concomitantemente a essa ciência, se faz necessário popularizar essas informações para a comunidade local, já que, apesar de fundamental papel na natureza, as serpentes são temidas por grande parte da população humana, citadas em vários mitos e crendices populares e comumente mortas quando avistadas. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi inventariar a comunidade de serpentes do Parque Estadual de Dois Irmãos - PEDI, e entorno, nesse caso a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), realizando posteriormente ações educativas com a comunidade acadêmica, evidenciando a importância e cuidado com esse grupo. As espécies no PEDI foram inventariadas entre outubro de 2014 a novembro de 2017 no módulo do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) e na área antropizada através de busca ativa, passiva e encontros ocasionais. Na UFRPE através de registro ocasionais e de terceiros, alem de contato por telefone e redes sociais entre, junho de 2015 a maio de 2018, ambas as localidades estão localizadas na região metropolitana da cidade do Recife, PE (8º00’51.86”S, 34º57’02.14”O). Um total de 23 espécies distribuídas em cinco famílias foi registrado para o PEDI, com maior diversidade para a família Dipsadidae. A composição de serpentes no PEDI se mostrou similar a outras áreas de Mata Atlântica do Nordeste brasileiro, todavia a curva de rarefação mostrou que ainda há necessidade de continuidade da pesquisa. Não houve diferença significativa entre os parâmetros abióticos e a riqueza e abundancia. A maioria das espécies possui ampla distribuição geográfica, todavia duas espécies são endêmicas da Mata Atlântica nordestina, Atractus maculatus Boulenger, 1894 e Dendrophidion atlantica Freire, Caramaschi e Gonçalves, 2010, mostrando a relevância da área para conservação dessas e de outras espécies. Na UFRPE foram registradas 18 espécies, com maior predominância para a família Dipsadidae. Foram realizadas cinco exposições itinerantes nos principais departamentos com maior índice de aparecimentos de serpentes. Participaram no total 1580 pessoas, distribuídos entre alunos e funcionários. Encontrou-se no campus três táxons peçonhentos Crotalus durissus, Micrurus lemniscatus e M. ibiboboca, sendo a última a mais abundante. Ações de educação ambiental devem ser contínuas e fazer parte de estratégias para conservação da ofidiofauna da UFRPE.
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    Avaliação microbiológica da água e do camurupim (Megalops atlanticus) na Lagoa do Araçá, Recife, PE, Brasil
    (2018) Silva, Maria Karollyna Gomes da; Shinohara, Neide Kazue Sakugawa; http://lattes.cnpq.br/7105928729564845; http://lattes.cnpq.br/5632033938926317
    Os peixes são importantes fontes de proteína para alimentação humana, porém podem ser veículos de diversos microrganismos patogênicos para a saúde pública. Quando há poluição, o ambiente no qual esses animais estão inseridos se torna uma via de contaminação bacteriológica, influenciando na microbiota do peixe. Logo, se faz necessário não apenas monitorar a qualidade do alimento, mas também acompanhar a água de onde ele foi retirado. A Lagoa do Araçá, situada em Recife-PE, está inserida em uma Unidade de Conservação da Natureza, entretanto, a grande quantidade de efluentes domésticos e industriais que recebe diariamente tem causado crescente alteração e degradação no ecossistema local. Diante a esta problemática, o presente estudo teve como objetivo avaliar a qualidade microbiológica da água e do Megalops atlanticus na Lagoa do Araçá. No período de outubro de 2017 a junho de 2018, foram realizadas coletas de água para análises microbiológicas. As amostras de peixe foram adquiridas a partir de pescadores locais no período de agosto de 2017 a junho de 2018, para determinação da composição centesimal; do percentual de partes comestíveis pósprocessamento e avaliação microbiológica utilizando como indicadores Coliformes totais e termotolerantes, Staphyloccocus aureus, Salmonella sp., Pseudomonas spp. e Clostrídio sulfito redutor a 46ºC (Clostridium perfringens). Os resultados obtidos revelam elevadas concentrações de coliformes totais e termotolerantes na água da Lagoa do Araçá, estando acima dos padrões estabelecidos na Resolução nº 357/2005 do CONAMA. Os resultados encontrados em relação aos peixes estão em conformidade com a RDC nº 12/2001 da ANVISA, mas não devemos descartar o risco quanto ao consumo devido às concentrações encontradas de bactérias de origem fecal, que confirmam a contaminação no estuário por patógenos provenientes dos despejos de efluentes. De acordo com os resultados da composição centesimal, observou-se que o Megalops atlanticus é um peixe magro com elevado teor de proteína, e que seu peso inicial influencia os rendimentos de filé, cabeça e resíduos não comestíveis. Esses dados auxiliam quanto às informações desse peixe na Lagoa do Araçá e alertam quanto ao risco no consumo pela população. À vista disso, é recomendável que os órgãos governamentais busquem propor ações para a melhoria das condições sanitárias da Lagoa do Araçá, especialmente o tratamento adequado dos esgotos domésticos que repercutem diretamente na dinâmica desse ecossistema.