Bacharelado em Ciências Biológicas (Sede)

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    Ecologia trófica de Coleodactylus meridionalis (Boulenger, 1888)(Squamata, Sphaerodactylidae) Nordeste, Brasil
    (2021-12-17T03:00:00Z) Ferreira, Christian Felipe de Barros; Moura, Geraldo Jorge Barbosa de; Tinôco, Moacir Santos; http://lattes.cnpq.br/0433618384031837; http://lattes.cnpq.br/1348666346504103; http://lattes.cnpq.br/1718763845321714
    O gênero Coleodactylus é composto por cinco espécies distribuídas na América do sul, porém com baixo grau de estudo sobre o mesmo. O Coleodactylus meridionalis uma das espécies do gênero tem ampla distribuição em território brasileiro, ocupando diversos habitats em ecossistemas de Caatinga, Restinga, Brejos de altitude e Mata atlântica. Tendo o conhecimento de que o estudo de dieta pode nos contar muito sobre a história natural das espécias, esse estudo destinou atenção para uma das menores espécies de lagarto da região nordeste do Brasil. Mediante o exposto, objetivou-se caracterizar a ecologia trófica de C. meridionalis, identificando as presas ao menor nível taxonômico possível e investigando a presença de variação entre idade e sexo, assim como, compilar dados da literatura que trazem informações sobre a ecologia trófica do gênero Coleodactylus.Os animais utilizados foram cedidos pela Coleção Herpetológica do Laboratório de Estudos Herpetológicos e Paleoherpetológicos da Universidade Federal Rural de Pernambuco (LEHP-UFRPE), da Coleção Herpetológica do Centro de Ecologia e Conservação Animal da Universidade Católica de Salvador (CHECOAUCSAL) e da Coleção Herpetológica do Núcleo Regional de Ofiologia da Universidade Federal do Ceará (CHUFC- NUROF). Devido o baixo N de indivíduos analisados com conteúdo estomacal por ecossistema, este trabalho pode entender melhor os padrões tróficos dos animais oriundos do brejo de altitude. Os animais foram medidos em relação ao comprimento rostro-cloacal (CRC) com paquímetro digital e abertos por meio de incisão longitudinal, tendo seus estômagos retirados e abertos para análise de seu conteúdo, nos casos onde foi possível medir o conteúdo estomacal, estes também foram medidos, e identificados ao menor nível taxonômico possível, posteriormente conservados em álcool a 70%. A dieta dos animais analisados foi dividida em 8 categorias de presas ingeridas, sendo himenópteros (Formigas), aracnídeos (Ácaros, Aranhas e Pseudoescorpiões) e coleópteros (Besouros) a maior parte da dieta dos lagartos analisados. O teste de análise de variância (ANOVA) constatou dimorfismo sexual na espécie, com as fêmeas sendo maiores em tamanho em relação aos machos, o estudo constatou também a ausência da influência do sexo ou da idade na dieta da espécie, com fêmeas, machos e juvenis compartilhando a mesma dieta. O que tende a gerar competição intraespecífica e inter-específica já que outros indivíduos do gênero também se alimentam de grande parte da dieta de C. meridionalis. O maior número de presas foi de himenópteras, o que pode demonstrar um comportamento de forrageio passivo (Sit-and-wait). Dados compilados da literatura mostram a baixa quantidade de dados sobre o gênero, principalmente sobre dieta, onde espécies como C. brachystoma e C. elizae não possuem esse tipo de dados estudados. Este estudo aprofunda o conhecimento sobre um gênero tão pouco visado cientificamente e com dados tão escassos, estudos esses que podem vir a ajudar na criação de projetos de conservação e manejo mais eficiente da espécie e dos ecossistemas onde ela vive.