Bacharelado em Ciências Biológicas (Sede)
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Item Avaliação microbiológica da água e do camurupim (Megalops atlanticus) na Lagoa do Araçá, Recife, PE, Brasil(2018) Silva, Maria Karollyna Gomes da; Shinohara, Neide Kazue Sakugawa; http://lattes.cnpq.br/7105928729564845; http://lattes.cnpq.br/5632033938926317Os peixes são importantes fontes de proteína para alimentação humana, porém podem ser veículos de diversos microrganismos patogênicos para a saúde pública. Quando há poluição, o ambiente no qual esses animais estão inseridos se torna uma via de contaminação bacteriológica, influenciando na microbiota do peixe. Logo, se faz necessário não apenas monitorar a qualidade do alimento, mas também acompanhar a água de onde ele foi retirado. A Lagoa do Araçá, situada em Recife-PE, está inserida em uma Unidade de Conservação da Natureza, entretanto, a grande quantidade de efluentes domésticos e industriais que recebe diariamente tem causado crescente alteração e degradação no ecossistema local. Diante a esta problemática, o presente estudo teve como objetivo avaliar a qualidade microbiológica da água e do Megalops atlanticus na Lagoa do Araçá. No período de outubro de 2017 a junho de 2018, foram realizadas coletas de água para análises microbiológicas. As amostras de peixe foram adquiridas a partir de pescadores locais no período de agosto de 2017 a junho de 2018, para determinação da composição centesimal; do percentual de partes comestíveis pósprocessamento e avaliação microbiológica utilizando como indicadores Coliformes totais e termotolerantes, Staphyloccocus aureus, Salmonella sp., Pseudomonas spp. e Clostrídio sulfito redutor a 46ºC (Clostridium perfringens). Os resultados obtidos revelam elevadas concentrações de coliformes totais e termotolerantes na água da Lagoa do Araçá, estando acima dos padrões estabelecidos na Resolução nº 357/2005 do CONAMA. Os resultados encontrados em relação aos peixes estão em conformidade com a RDC nº 12/2001 da ANVISA, mas não devemos descartar o risco quanto ao consumo devido às concentrações encontradas de bactérias de origem fecal, que confirmam a contaminação no estuário por patógenos provenientes dos despejos de efluentes. De acordo com os resultados da composição centesimal, observou-se que o Megalops atlanticus é um peixe magro com elevado teor de proteína, e que seu peso inicial influencia os rendimentos de filé, cabeça e resíduos não comestíveis. Esses dados auxiliam quanto às informações desse peixe na Lagoa do Araçá e alertam quanto ao risco no consumo pela população. À vista disso, é recomendável que os órgãos governamentais busquem propor ações para a melhoria das condições sanitárias da Lagoa do Araçá, especialmente o tratamento adequado dos esgotos domésticos que repercutem diretamente na dinâmica desse ecossistema.
