Bacharelado em Ciências Biológicas (Sede)

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    Uso de recursos tróficos por Drosophila nasuta (Lamb, 1914) na Floresta Atlântica de Pernambuco
    (2022-05-27) Ferreira, Ludmila Duda Vicente; Montes, Martín Alejandro; http://lattes.cnpq.br/0349635170206363; http://lattes.cnpq.br/0013823200695197
    A família Drosophilidae, representada pelas moscas do vinagre, é caracterizada por insetos de papel fundamental na cadeia saprofítica, sobretudo em frutos. Nas últimas décadas vem crescendo o número de espécies invasoras desta família no Brasil, sendo Drosophila nasuta um dos mais recentes casos de invasão bem-sucedida. Apesar de haver pesquisas sobre sua abundância e distribuição nos diversos biomas brasileiros, ainda não se conhecem os aspectos de sua ecologia trófica e nem sua capacidade competitiva no desenvolvimento larval. O presente trabalho avaliou o uso de recursos tróficos por D. nasuta para desenvolvimento larval no domínio da Floresta Atlântica de Pernambuco. Foram investigados frutos nativos de cajá, oiti, acerola, pitanga, pitomba, e exóticos de manga, amêndoa, amora, jaca, jambo, dendê, sapoti, goiaba e trapiá. Os frutos foram coletados no chão, distribuídos em frascos e vedados até a eclosão dos drosofilídeos adultos. Os drosofilídeos foram identificados e suas abundâncias foram registradas, bem como a taxa de eclosão das larvas por fruto. Foram calculados os índices de Shannon-Wiener para se atestar a amplitude trófica, o de Pianka para a sobreposição de nicho alimentar e equitabilidade de Pielou para se atestar a preferência de D. nasuta pelos frutos amostrados. Foram identificados 2.874 drosofilídeos, sendo 97,32% pertencentes a espécies exóticas. Drosophila nasuta foi a sétima espécie mais abundante, eclodindo em quatro frutos nativos e um exótico, além de estar mais presente no jambo. A amplitude do nicho de D. nasuta foi H’ = 1,20. A espécie D. nasuta apresentou alta sobreposição de nicho com as exóticas D. ananassae, D. kikkawai e D. malerkotliana. Drosophila nasuta apresentou a maior uniformidade no uso de recursos entre as exóticas. Ela apresentou caráter generalista, eclodindo, principalmente, de frutos nativos e em menor tempo que as espécies de drosofilídeos nativos. Com esses dados, percebe-se que a preferência de D. nasuta por frutos nativos pode indicar um perigo as comunidades de drosofilídeos neotropicais de Floresta Atlântica. Dito isto, as informações obtidas neste estudo são fundamentais para entender parte da dinâmica da invasão e sucesso desta espécie na Floresta Atlântica.