Licenciatura em Ciências Biológicas (Sede)
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Item Investigação do extrato de cladódios de Cereus jamacaru quanto à composição química, potencial antimicrobiano contra Staphylococcus aureus e efeito larvicida para Aedes aegypti(2023-09-21) Guimarães, Júlia Maria Rodrigues; Pontual, Emmanuel Viana; Alves, João Victor de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/0882174483226946; http://lattes.cnpq.br/1777060469196142; http://lattes.cnpq.br/3701748857935689Cereus jamacaru (Cactaceae) é uma planta do semiárido brasileiro que possui importância econômica e uso na medicina popular. O uso dos antibióticos atualmente comercializados acarreta em muitos efeitos indesejados e tem levado ao surgimento de bactérias resistentes, enquanto os inseticidas sintéticos possuem, geralmente, alta persistência no ambiente e forte toxicidade não alvo. Nesse sentido, a busca por novos agentes antimicrobianos e inseticidas tem crescido. O objetivo deste trabalho foi investigar o extrato de cladódios de C. jamacaru quanto à composição química (presença de lectinas, inibidor de proteases e metabólitos secundários), potencial antimicrobiano contra bactérias patogênicas e efeito larvicida para Aedes aegypti. Cladódios de C. jamacaru foram coletados em Recife, Pernambuco. Os espinhos foram removidos e os cladódios foram cortados em fatias e secos ao ar. Em seguida, foram triturados e o pó (10 g) foi homogeneizado (28°C, 16 h) com solução de NaCl 0,15 M (100 mL) em água, utilizando agitador magnético. A mistura foi filtrada e centrifugada (3.000 g, 15 min) e o sobrenadante correspondeu ao extrato de cladódios (CjCE) que foi investigado quanto à presença de lectinas utilizando eritrócitos de coelho, inibidor de protease utilizando tripsina bovina (0,1 mg/mL) e o substrato cromogênico e peptidomimético BApNA (8 mM), e metabólitos secundários por cromatografia em camada delgada. O conteúdo de compostos fenólicos em CjCE foi determinado utilizando o reagente de Folin-Ciocalteu (10%, v/v) e uma curva padrão de ácido gálico, enquanto flavonoides foram quantificados utilizando o reagente cloreto de alumínio (20%, m/v) e quercetina como padrão. Em seguida, o extrato foi investigado quanto à atividade antioxidante pelos métodos do DPPH, ABTS e Fosfomolibdênio. O potencial antibacteriano de CjCE foi determinado utilizando cepas de bactérias sensíveis ou resistentes a antibióticos pelo método de microdiluição em placa. A concentração mínima inibitória (CMI, menor concentração de CjCE capaz de inibir em 50% o crescimento bacteriano) foi determinada. Ensaio de hemólise por S. aureus foi realizado utilizando eritrócitos humanos e o efeito de CjCE (128, 64 e 32 µg/mL) sobre a hemólise foi investigado. O potencial larvicida de CjCE (0,40 a 3,5%, m/v) foi avaliado por tratamento (48 h) de larvas de A. aegypti no terceiro instar (L3). CjCE causou a aglutinação dos eritrócitos de coelho (8 UAH), sugerindo a presença de lectinas. O extrato reduziu a hidrólise do substrato BApNA por tripsina, indicando a presença de inibidor de proteases. A cromatografia em camada delgada de CjCE revelou a presença de açúcares redutores e análise quali-quantitativa mostrou 40,20±0,97 mgEAG/g de fenóis totais, dentre os quais, 3,36±0,07 mgEAG/g (8,36%) foram flavonoides. CjCE apresentou relevante atividade oxidante, com capacidade de sequestro dos radicais ABTS e DPPH (IC50 de 3.735 µg/mL e 2704, 50µg/mL, respectivamente), mas não foi hábil em causar redução do fosfomolibdênio. CjCE foi tóxico apenas para cepa de Staphylococcus aureus (UFPEDA 02) revelando um forte efeito bacteriostático (CMI de 199,09±0,85 µg/mL), e reduziu em mais de 90% a lise de eritrócitos causada pela bactéria, em relação ao controle. O tratamento de L3 de Ae. aegypti com CjCE acarretou em mortalidade de forma dose dependente (CL50 = 0,68 %, m/v). Por outro lado, quando as larvas foram tratadas com CjCE em concentração 10 vezes superior à CL50, houve eliminação do conteúdo intestinal coberto pela membrana peritrófica na tentativa de eliminar os componentes tóxicos do extrato. Em conclusão, o extrato de cladódios de C. jamacaru é um novo agente antimicrobiano capaz de inibir fortemente o crescimento de S. aureus e reduzir a toxicidade bacteriana para eritrócitos humanos. Ademais, a toxicidade para larvas de A. aegypti mostrada aqui aponta o extrato de cladódios de C. jamacaru como interessante material de partida para obtenção de formulações larvicidas. Os efeitos antibacteriano e inseticida do extrato podem estar ligados à presença de lectinas, inibidor de proteases e compostos fenólicos.Item Elaboração de um banco de imagens para a calibragem de um sistema semiautomático de contagem de ovos de Aedes aegypti(2022-05-27) Barbosa, Victor Araújo; Oliveira, Cláudia Maria Fontes de; Melo, Danielle Cristina Tenório Varjal de; http://lattes.cnpq.br/5037178667054052; http://lattes.cnpq.br/4031844994058757; http://lattes.cnpq.br/0644953966825218A vigilância entomológica é uma importante estratégia para conhecer a ocorrência do Aedes aegypti no ambiente e planejar ações de controle desse mosquito. Para isso, uma das ferramentas que podem ser adotadas são as ovitrampas, que são instrumentos sensíveis em detectar o A. aegypti no ambiente, além de possuir um baixo custo e demandar pouca manutenção. No entanto, realizar a contagem dos ovos obtidos através dessas armadilhas tem sido um trabalho laborioso, uma vez que cada substrato de oviposição pode conter centenas ou milhares de ovos, que são contados manualmente com o auxílio de uma lupa por um profissional treinado. O cansaço do operador e a visualização limitada das regiões do substrato pela lupa, bem como a sobreposição de ovos, são fatores que podem levar ao erro nas contagens e tornar a obtenção dos dados entomológicos mais demorados. Pensando nisso, técnicas de contagem de ovos a partir de imagens têm sido estudadas, visando otimizar o trabalho, mas ainda de forma incipiente. Assim, este trabalho buscou estabelecer critérios para a contagem de ovos através de processamento de imagens. Para isso, foi elaborado um banco de imagens, com 40 exemplares, de dois tipos de substratos de oviposição, um em madeirite (M) e outro em tecido (T), possuindo diferente densidade de ovos. Esses substratos foram submetidos a contagem manual e posteriormente suas imagens foram utilizadas para testes em processamento digital. Como resultados, observamos melhores respostas ao processamento em substratos de tecido (T), não apresentando diferença estatística (p=0,1091) entre a contagem manual e semiautomática, já os resultados para o grupo (M) apresentaram diferença estatística (0,00133) entre os métodos de contagem, verificado através do teste estatístico Mann-Whitney. Além disso, pudemos estabelecer critérios para possíveis melhorias na obtenção das imagens que possam favorecer o processamento. Consideramos então, que estabelecer melhores condições de foco, iluminação e secagem dos substratos de oviposição para a obtenção das imagens pode melhorar consideravelmente o resultado para os dois materiais trabalhados, sendo necessários novos testes.Item Atividade larvicida do extrato celular e de lectina extraídos de Chlorella vulgaris frente larvas em L4 de Aedes aegypti(2020-11-11) Silva, Maria Laura da; Bezerra, Raquel Pedrosa; http://lattes.cnpq.br/1466206759539320; http://lattes.cnpq.br/0330489267196523A dengue, chikungunya e zika são doenças virais ocasionadas pelo agente transmissor Aedes aegypti. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), os números de casos dessas infecções são crescentes, sendo o principal método de prevenção, a utilização de inseticidas químicos para o combate ao vetor, os quais tem provocado resistência nas populações. A busca por inseticidas extraídos de fontes naturais tem sido uma alternativa, assim, as microalgas surgem como uma nova possibilidade por apresentarem bioativos biodegradáveis e não tóxicos. Portanto, esta pesquisa visou à utilização do extrato celular e de lectina de Chlorella vulgaris sobre o A. aegypti para investigar a atividade larvicida e inibição sobre a tripsina no quarto estágio larval (L4). A biomassa da C. vulgaris foi cultivada em Bold's Basal Medium. A biomassa foi concentrada e ressuspendida em uma proporção de 10% p/v em tampão Tris- HCl-NaCl 0,1 M, pH 7,5 para a preparação do extrato celular por agitação magnética durante 9h e posterior realizado atividade hemaglutinante. A lectina foi purificada através da cromatografia aniônica (DEAE-Sephadex) e de exclusão molecular Superdex 75. O extrato celular nas concentrações de 3,13% a 100 %, e a lectina de 25 a 200 μg mL-1, foram aplicados nas larvas L4 de A. aegypti durante o período de 72 horas seguindo as recomendações da OMS. O extrato celular apresentou um valor de LC50 com 3 horas (LC50 = 43,50%) e 24 horas (LC50 = 10,62%). Enquanto a lectina apresentou LC50 com 24 horas (164,2 μg mL-¹), 48 horas (125,3 μg mL-¹) e 72 horas (106,5 μg mL-1). Para observação do mecanismo de ação da tripsina intestinal, A LC50 do extrato celular contendo 260 μg ml-1 de proteína foi aplicado no quarto estágio das larvas de A. aegypti. Ao atingir o quarto estágio, as larvas foram incubadas com o extrato celular da microalga durante o período total de 10 horas, e a cada 2 horas foi realizada atividade de tripsina. Foi observado que quanto maior o tempo de tratamento do extrato celular com as larvas, maior foi a redução na atividade da tripsina do extrato intestinal. Houve uma redução na atividade de 34,93 % do tempo inicial com 2 horas ao tempo final com 10 horas. Assim, o presente estudo utilizando o extrato celular, bem como a lectina isolada da C. vulgaris surge como um novo potencial larvicida de A. aegypti.
