TCC - Bacharelado em Ciências Biológicas (UAST)
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Item Estudo da biologia floral e reprodutiva dos gêneros opuntia e nopalea: suporte ao programa de melhoramento genético(2022-10-13) Duarte, Marynara Efigênia Marinho; França, José Geraldo Eugênio de; http://lattes.cnpq.br/6505115075494639; http://lattes.cnpq.br/0693013302865646A palma forrageira (Cactaceae), possui adaptações fisiológicas que a torna tolerante à alta temperatura e baixa disponibilidade hídrica, representando uma importante fonte de alimento e água em regiões secas, a exemplo do semiárido. Diante da sua relevância, obter conhecimento sobre sua biologia floral é fundamental para entender o funcionamento do seu sistema reprodutivo e conhecer os processos envolvidos no desenvolvimento do seu ciclo. Essas informações são essenciais, principalmente para áreas como o melhoramento genético que utilizam técnicas como a hibridação, realizadas através do cruzamento interespecífico objetivando a seleção genótipos potencialmente úteis para a seleção de características de interesse agronômico. Nesse contexto, esse estudo teve como objetivo avaliar o desenvolvimento da estrutura floral das espécies de palma forrageira dos gêneros Opuntia e Nopalea e sua relação com a fecundação dos ovários. Foram analisados 3 acessos de palma em condições de sequeiro, sendo eles: Miúda (IPA 100004) e F21 melhorada (IPA 200021) (Nopalea cochenillifera) e F8 (IPA-200008) (Opuntia atropes, Rose). Nessa pesquisa foram avaliadas as taxas de abortamento dos frutos, a receptividade dos estigmas e a viabilidade dos grãos de pólen, realizada por meio de testes de coloração e germinação in vitro. O resultado obtido na taxa de abortamento dos botões florais revelou um índice de 84,4% na variedade Miúda, 98% na IPA - F21 melhorada e 100% na IPA - F8. A receptividade do estigma foi de 100% nos 3 acessos avaliados. Na verificação da viabilidade polínica, o teste de coloração expressou uma média de 64,4% de grãos viáveis em Miúda, 84,6% na IPA - F21 melhorada e 97% na IPA - F8. Já na germinação in vitro foi observado uma média de 5% na IPA - F21 melhorada, 21% na Miúda e 36% na IPA - F8, demonstrando um poder germinativo baixo. Esses resultados indicam que, no caso do abortamento dos frutos, o insucesso da fecundação pode estar relacionado a baixa capacidade de desenvolver o tubo polínico. Entretanto, devido ao caimento precoce dos botões florais, novos estudos e pesquisas se fazem necessários para a identificação de outros possíveis fatores adversosItem Propriedades filmogênicas da mucilagem de Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck obtida com a reutilização de solvente orgânico(2022-05-27) Andrada, Lucas Vinícius Pierre de; Simões, Adriano do Nascimento; http://lattes.cnpq.br/1895049701533568; http://lattes.cnpq.br/5312196285971764A mucilagem da palma forrageira (Nopalea cochenillifera Salm-Dyck) é composta por polissacarídeos utilizados na elaboração de polímeros, os quais são alternativas interessantes aos plásticos petroquímicos, graças a características como elasticidade e a capacidade de formar rede molecular. No entanto, a extração da mucilagem, comumente realizada com etanol, bem como seu descarte, intensifica os impactos em função de sua relativa toxicidade para o meio ambiente, além do alto custo. Assim, objetivou-se implementar metodologias que resultem no reaproveitamento do álcool para o processo de extração de mucilagem e elaboração do biopolímero à base de palma forrageira. Cladódios de N. cochenillifera foram colhidos e processados para obtenção da mucilagem. Os cladódios foram cortados, retirado o parênquima aquífero e levados a processador com uso de etanol. Ao fim do processamento foi obtido um pó esbranquiçado, que foi hidratado tanto para realizar as análises físico-químicas na mucilagem quanto para formular os biopolímeros, os quais foram caracterizados via análises térmicas, ópticas, físicoquímicas e estruturais. O etanol residual da extração foi destilado em rotaevaporador para retirada de pigmentos e reestabelecimento do seu teor alcoólico. Após todas as análises, foi realizada uma nova extração de mucilagem reaproveitando-se o etanol, e novamente foram realizadas avaliações físico-químicas na mucilagem e no solvente, além de, nos biopolímeros obtidos, serem realizadas as análises térmicas, ópticas, físico-químicas e estruturais. Observou-se na mucilagem que pH, teor de vitamina C, acidez total, condutividade elétrica e sólidos solúveis não variaram significativamente, independente do extrator utilizado. Os teores de sódio e potássio, por outro lado, diminuíram quando a mucilagem foi extraída com etanol reaproveitado, indicando que o mesmo foi eficiente na remoção desses íons. Quantificou-se, no etanol proveniente da primeira extração, um alto valor de compostos fenólicos e carboidratos solúveis totais, ao passo que no etanol reaproveitado tais valores foram reduzidos consideravelmente, indicando que mesmo removeu menos componentes da mucilagem que o limpo, o que viabiliza a elaboração de biopolímeros mais compactos pois tais componentes aprimoram as propriedades estruturais, como teor de umidade e permeabilidade ao vapor d’água. Os filmes provenientes da segunda extração foram menos solúveis em água, menos espessos e mais transparentes, além de apresentarem maior estabilidade térmica que aqueles provenientes da primeira extração. Conclui-se que o etanol reaproveitado aprimorou as propriedades filmogênicas da mucilagem, tais como carboidratos e compostos fenólicos, além de não ter removido componentes nutricionais como proteínas, ácido cítrico e ácido ascórbico. Os biopolímeros provenientes da extração com álcool reaproveitado, além de apresentarem melhores aspectos morfológicos através de sua microestrutura, também apresentaram aspectos estruturais promissores, como baixa solubilidade em água e teor de umidade, indicando o reaproveitamento do solvente como uma boa alternativa ao uso de etanol puro, o qual encarece o processo de fabricação de biopolímeros, bem como promove maior quantidade de resíduos no ambiente. Entretanto são necessários estudos referentes à metodologia de reuso do solvente no que tange a qual o limite de seu potencial de reaproveitamento, de modo a tornar tal procedimento viável em escalas industriaisItem Caracterização e estabilidade físico-química e bioquímica da mucilagem de Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck obtida com diferentes extratores(2020-10-22) Souza, Jheizon Feitoza do Nascimento; Simões, Adriano do Nascimento; http://lattes.cnpq.br/1895049701533568; http://lattes.cnpq.br/5282052637705053O uso de solventes químicos para bioprospecção de cactos como a palma forrageira Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck tem sido usual em estudos acadêmicos para aplicações na indústria. Porém, a utilização em grandes quantidades de solventes, amplifica seu potencial poluente e torna inviável economicamente sua usabilidade a longo prazo por indústrias. Portanto, objetivou-se avaliar diferentes extratores e a estabilidade físico-química e bioquímica da mucilagem de palma forrageira, hidratada e refrigerada. Cladódios de palma forrageira foram lavados, pesados, cortados em cubos, homogeneizados com solventes orgânicos (extrator 1 e extrator 2, não podendo ser divulgado para fins de patente) para a obtenção de mucilagem. O precipitado foi mantido em estufa para secagem e pulverizado com auxílio de um moinho, obtendo-se um pó seco. Em seguida, a mucilagem foi hidratada e mantida a 5 ºC por 12 dias. O experimento foi disposto em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2x2 com quatro repetições, sendo dois extratores orgânicos e dois dias de avaliação (0 e 12 dias após armazenamento a 5 ºC). Os dados obtidos foram submetidos à ANOVA e quando significativos, foram submetidos ao teste de Tukey à 5% de probabilidade. Verificou-se que o rendimento de mucilagem não diferiu entre os extratores testados, embora com o extrator 2 a mucilagem tornou-se levemente pigmentada. Além disso, o extrator 2 resultou em mucilagem com maiores valores médios de ácido cítrico e vitamina C, pH dentro da faixa ideal, menores valores médios de condutividade elétrica e teor de K+ . O tempo de armazenamento refrigerado manteve a estabilidade do pH, proteínas solúveis totais, teor de Na+ , carboidratos solúveis totais, compostos fenólicos totais, ácido cítrico e sólidos solúveis obtidos com uso do extrator 2. Assim, a extração com solvente alternativo, extrator 2, mostrou-se com potencial para uso para obtenção de mucilagem para fins industriais. No entanto, são necessários mais estudos, incluindo a produção futura de filmes de mucilagem, para possíveis recomendações e aplicações agroindustriais.
