TCC - Licenciatura em Letras (UAG)
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Item Memórias e escritas de si em crônicas de Humberto de Campos(2018-07-25) Caldas, Karine Silva Mendes; Fernandes, Carlos Eduardo Albuquerque; http://lattes.cnpq.br/6342363393437620Este trabalho de monografia, que foi realizado a partir do estudo das memórias autobiográficas do escritor Humberto de Campos, escritas utilizando-se do gênero crônica, tem como objetivo realizar uma análise literária dessas memórias e da escrita de si do autor. A partir de quatro crônicas selecionadas do livro Memórias, estudas tendo como base os referenciais teóricos memória e escrita de si, analisamos como a escrita de si está posta no discurso do escritor, e como esse discurso foi construído e a relação que o autor estabeleceu com o leitor na elaboração de sua narrativa autobiográfica. As crônicas selecionadas foram “O brinquedo roubado”, “Nossa casinha”, “Um amigo de infância” e “O flagrante”, todas relatos de fatos ocorridos na infância do autor. Entendemos que a memória mantém vivo o passado, mas que nem todas as nossas lembranças são “nossas”, pois muito do que recordamos depende do relacionamento que temos com os grupos sociais nos quais estamos inseridos, que nos dão lembranças que se incorporam em nós e confundem-se com as originariamente nossas. Acreditamos também que nem sempre recordar é reviver o passado, mas sim reconstruí-lo a partir do que somos na atualidade. Compactuamos com aqueles que atestam que não existe autobiografia pura, e que, embora o discurso autobiográfico seja um discurso de verdade, nele existe ficção, e que onde o memorialista encontra lacunas nas lembranças ele as preenche com sua capacidade criativa. Concluímos que escrever sobre si mesmo é uma forma de dar significado à própria vida e de eternizar-se. No trabalho, além do estudo de outras obras do autor, consultamos autores como Coelho (2005), Sá (2001), Klinger (2007), Bosi (1998), Barros (1989), Chevalier e Gheebrant (2009), entre outros. Desejamos mostrar que o autor escreveu suas memórias utilizando-se do caráter confessional, estabelecendo com o leitor um pacto de real na sua narrativa, oferecendo diversos elementos garantidores de verossimilhança, e dando à sua obra também um caráter educacional, porém, em diversos momentos, admitiu a existências de lembranças fragmentadas, o que ratifica o entendimento de vários autores da impossibilidade da existência de textos biográficos puros.Item O amor romântico como manisfesto da cultura patriarcal na obra Dores do Amor Romântico de Fernanda Young(2019-07-19) Lima, Larissa Paula Lemos de; Fernandes, Carlos Eduardo Albuquerque; http://lattes.cnpq.br/6342363393437620; http://lattes.cnpq.br/3824732644066687Partindo das sugestões de Silva (2010) sobre a representação literária dos sujeitos femininos, esta monografia buscou compreender as relações entre a representação do amor e da mulher em cinco poemas do livro Dores do Amor Romântico, da escritora contemporânea Fernanda Young, tentando entender a relação paradoxal que o eu-lírico feminino constrói com o homem dentro da lógica do pertencimento à Ordem do pai. Por meio deste levantamento, estes cinco poemas foram analisados com as teorizações sobre a construção do mito do amor romântico, a identificação e resistência feminina às antigos valores ainda vigentes na sociedade pósmoderna, dando ênfase às possíveis tensões entre os ideais de amor romantizado disseminados pelos romances e as novas configurações sociais fruto do redimensionamento das assimétricas relações de gêneros. Compreende-se que estes poemas estão sugerindo, através da voz poética, uma agressão à tradicional Ordem falocêntrica mediante uma linguagem paródica. No entanto, este eu-lírico encontra limites na transgressão às estruturas patriarcais, pois encara um dos vilões da mulher do fim do século, a dependência físico-psicológica do homem, e em quando foge à norma se depara com a solidão. Assim, mesmo com a emancipação proporcionada pela luta política feminista, as mulheres materializadas no eu-lírico da poética de Fernanda Young assumem comportamentos ambivalentes nas relações afetivo-sexuais, porque os princípios masculinistas entram em conflito coma subversão à Ordem.Item Pai contra mãe” e “father against mother” de Machado de Assis: uma análise comparativa da tradução(2019-01-30) Cysneiros, Juliene Silva de Barros; Fernandes, Carlos Eduardo Albuquerque; http://lattes.cnpq.br/6342363393437620; http://lattes.cnpq.br/0299115943020878Este trabalho tem como objetivo analisar o conto Pai contra mãe, do escritor Machado de Assis, comparando com o mesmo conto traduzido para a língua inglesa, Father Against Mother, pelo professor John Charles Chasteen. No conto, Machado muda o foco da representação psicológica das personagens para os acontecimentos que as envolvem, dessa forma, expondo, na relação latifundiário-homem livre-escravo, a sociedade em que a escravidão era ainda uma tendência. Para que haja a manutenção dessa relação na tradução do conto para o inglês é necessário que este vá além da questão linguística e considere também a cultura que está impregnada no texto original. Assim, para alcançar o objetivo definido e observar se acontece ou não a preservação do sentido do texto no idioma para o qual é traduzido, utilizou-se das pesquisas de Travaglia (2003), Arrojo (2003), Oustinoff (2011), entre outros estudiosos das Teorias da Tradução para fundamentar a análise do corpus. A análise é feita comparando as duas versões do conto, levando em consideração elementos linguísticos que evidenciam a manutenção do sentido do texto em relação a outros que o alteram e possibilitam outra leitura mantendo ou não a cultura que está sendo representada com o texto fonte.
