TCC - Bacharelado em Ciências Biológicas (Sede)
URI permanente para esta coleçãohttps://arandu.ufrpe.br/handle/123456789/412
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Item Levantamento e análise da variabilidade genética do gênero Siderastrea Blainville, 1830(2024-10-04) Lira, Jean Tácio Tôrres de; Amaral, Fernanda Maria Duarte do; http://lattes.cnpq.br/7026011892824176; http://lattes.cnpq.br/0569107903225207Este estudo visou preencher lacunas no conhecimento sobre a diversidade genética e filogenética do gênero Siderastrea (Blainville, 1830), importantes organismos construtores dos recifes de corais, com maior foco na espécie Siderastrea stellata (Verrill, 1868). Colônias parcialmente branqueadas da espécie S. stellata foram coletadas na praia de Gaibu, no período de novembro de 2022 a janeiro de 2023 e o DNA genômico das colônias foi extraído utilizando o Kit Wizard Genomic DNA Purification Kit. Foi desenhado um par de primers específico para a confirmação da espécie S. stellata e a identificação das colônias foi realizada pela técnica de PCR convencional. A análise da variabilidade entre as colônias foi realizada pela técnica de RAPD utilizando 06 primers randômicos do tipo ITS. Além disso, para analisar se existia variabilidade genética entre as amostras de S. stellata, existentes no banco de dados genômico Genbank, as sequências depositadas foram utilizadas para o alinhamento e posteriormente foram realizadas análises filogenéticas entre amostras depositadas utilizando a plataforma Mega. Por fim, análises de restrição enzimática in silico foram realizadas na busca de enzimas de restrição que pudessem ser utilizadas na diferenciação entre os isolados. Os resultados alcançados com a técnica de RAPD não forneceram dados suficientes para permitir identificar variabilidade genética entre as amostras analisadas no presente estudo. Por outro lado, em relação aos dados da análise filogenética, foi possível encontrar diferenças entre as sequências de isolados de diferentes regiões. Houve uma maior proximidade genética entre isolados de S. stellata do Panamá e do Brasil e menor proximidade com o isolado do México. A Siderastrea savignyana se destacou como o ancestral mais distante dentro do gênero. Além disso, foi possível detectar variações genéticas preliminares entre as populações avaliadas, utilizando dados da análise de restrição in silico. Desta forma, o presente estudo traz uma primeira abordagem de análise genética de variabilidade dentro das espécies de S. stellata. Contudo, estudos mais aprofundados são necessários e poderão auxiliar no esclarecimento da complexidade da variabilidade genética do gênero, além da auxiliar nas estratégias de manejo e conservação desses organismos e dos ecossistemas marinhos que eles sustentam.Item Levantamento e caracterização dos macroinvertebrados bentônicos do naufrágio Pirapama (PE)(2022-10-07) Bezerra, Natanael Cicero Cavalcanti; Amaral, Fernanda Maria Duarte do; Santos, José Carlos Pacheco dos; http://lattes.cnpq.br/2185193566880590; http://lattes.cnpq.br/7026011892824176; http://lattes.cnpq.br/6395940424269126Os recifes de corais apresentam grande biodiversidade, servindo como abrigo, berçário e local de alimentação para diversas espécies de vertebrados e invertebrados. Assim como os recifes naturais, o caráter de substrato artificial consolidado confere a essas estruturas a capacidade de recrutar larvas dos mais diversos organismos marinhos. Por esse fato, esses ecossistemas vêm sendo descritos como facilitadores para a chegada de espécies exóticas à costa. Dessa forma, objetivou-se realizar o levantamento e caracterização da comunidade macroinvertebrada bentônica do centenário Naufrágio Pirapama, buscando classificá-la, segundo seus status de ocorrência, distribuição geográfica e grupos tróficos, bem como comparar estes dados com os resultados publicados há mais de dez anos atrás em pesquisa semelhante no mesmo naufrágio, possibilitando uma avaliação temporal dessa comunidade. O naufrágio teve toda sua estrutura observada, através de mergulhos autônomos, sendo realizado o registro dos macroinvertebrados sésseis e sedentários com o auxílio de câmeras subaquáticas, lápis e placas de PVC. Todos os indivíduos foram fotografados e/ou filmados com a maior riqueza de detalhes possível, sendo anotados, in situ, todos os dados para sua classificação e localização no naufrágio. Coletas mínimas foram realizadas com auxílio de martelo, cinzel, sacos plásticos do tipo Zip Lock, abraçadeiras de nylon e acondicionados em álcool a 70% ou 95%. Em laboratório, a fauna foi identificada ao menor nível taxonômico possível, com auxílio de microscópios, especialistas e bibliografia pertinente e a caracterização das espécies foi feita através de literatura acadêmica específica. No total, foram identificados 44 táxons distribuídos entre os filos Cnidaria, Echinodermata, Annelida, Porifera, Arthropoda, Chordata, Mollusca e Bryozoa. Em relação à pesquisa de 2010, dos 76 táxons, 31 deles não foram registrados no presente levantamento, mas, em contrapartida, houveram 12 novas ocorrências para o naufrágio. Atualmente, três grupos tróficos foram observados (Suspensívoros filtradores, Detritívoros e Carnívoros), enquanto que, para o check-list anterior, além destes, os grupos Herbívoro e Onívoro foram registrados. Para ambos períodos, os Suspensívoros filtradores apresentaram predominância superior a 80%. Sobre seu status, a comunidade avaliada apresentou predomínio de espécies criptogênicas e nativas de 2010 até o presente momento, com apenas três espécies exóticas não invasoras: o octocoral Carijoa riisei, a lagosta-vermelha Panulirus argus e a craca Balanus trigonus. Os organismos observados atualmente no Naufrágio Pirapama são comumente relatados para a costa brasileira e para a costa de Pernambuco, tornando a comunidade macroinvertebrada bentônica do recife artificial estudado muito similar à observada nos ambientes recifais costeiros.
