TCC - Engenharia Florestal (Sede)
URI permanente para esta coleçãohttps://arandu.ufrpe.br/handle/123456789/436
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Item Dinâmica de uso e cobertura da terra em floresta tropical seca no sertão pernambucano(2019) Barreto, Thiago Henrique Lagos; Silva, Emanuel Araújo; Salami, Gabriela; http://lattes.cnpq.br/3382724343640625; http://lattes.cnpq.br/2765651276275384; http://lattes.cnpq.br/9289202346311385Diante da degradação crescente que a Caatinga sofre nos últimos anos, principalmente em Pernambucano, este trabalho objetivou mapear o distúrbio em floresta tropical seca utilizando imagens de média resolução no município de Salgueiro-PE. Para isto, utilizou-se imagens do satélite LANDSAT 5 nos períodos de 1998 e de 2008, e do LANDSAT 8 para 2018. Todas as cenas foram georreferenciadas pelo Datum SIRGAS 2000 e as bandas utilizadas foram a 5, 4 e 3 para o LANDSAT 5, e as bandas 6, 5 e 4 para o LANDSAT 8, gerando a classificação de seis classes (florestas, agricultura, solo exposto, corpos d’água, mata ciliar e infraestrutura), utilizando o software QGIS e a função Semi-Automatic Classification Plugin (SCP). A acurácia dos mapas foi verificada pelo coeficiente de Kappa. Foi realizado o cruzamento dos mapas dos três anos para a quantificação da floresta remanescente, da expansão da floresta e do desmatamento. O índice de Kappa encontrado para 1998 foi de 0,72, para 2008 e 2018 foi acima de 0,8, indicando uma acurácia muito boa para 1998, e excelente para 2008 e 2018. Nestes 20 anos, as classes que diminuíram de tamanho foram as florestas, o solo exposto, os corpos d’água e a infraestrutura, sendo uma perca de 48,2 km², 84,9 km², 9,4 km² e 16,7 km², respectivamente. Enquanto que a agricultura e a mata ciliar aumentaram 81,0 km² e 78,1 km², respectivamente. A diminuição do solo exposto é devida, principalmente, a um período de seca extrema em 1998, onde só houve chuva nos dois primeiros meses. A diminuição das florestas se deve à diversos fatores, como o aumento populacional, extração vegetal na região, a um polo industrial de cerâmica vermelha e as transformações da Caatinga em áreas de agricultura. Quando observada as alterações que ocorreram das classes nestes 20 anos, a floresta remanescente foi de 438,1 km², a expansão da floresta de 181,1 km² e o desmatamento de 229,5 km², indicando uma boa capacidade de regeneração das florestas e um processo prejudicial de desmatamento neste município. Logo, conclui-se que Salgueiro sofreu intensas ações antrópicas danosas à vegetação durante 1998 e 2018, provocando o desmatamento, que proporciona problemas socioeconômicos e ambientais, mostrando, portanto, a necessidade urgente de uma ação pública eficiente.
