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A estrutura da espionagem alemã no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945)
(2021-07-13) Silva, Carlos Augusto da Rocha; Silva, Marcília Gama da; http://lattes.cnpq.br/0090863442089957; http://lattes.cnpq.br/6762507742568263
O presente artigo busca compreender como se estruturava a espionagem alemã no Brasil, durante o período em que ocorreu a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Para tal, este se utilizará de fontes relacionadas diretamente a Agências de Inteligência: correspondências diplomáticas, arquivos criminais, relatos diretos de espiões que atuaram durante o supracitado período no Brasil, biografias de grandes ícones da espionagem mundial e trabalhos de especialistas na área que nos ajudem a captar as diferenças e similaridades que se apresentem entre a atuação das agências alemãs e as demais. Utilizaremos assim os métodos baseados na escola dos Annales, tendo em vista o pioneirismo desta escola na utilização de fontes “não oficiais”, seu perfil metodológico se enquadra perfeitamente no objetivo de dar voz aos Agentes de Inteligência. Marc Bloch, um dos principais expoentes desta escola, atuou como agente de Inteligência na resistência francesa, algo que o torna mais que apropriado.
A pátria de chuteiras: ditadura militar e a copa do mundo de 1970 em podcast
(2020-10-29) Mello Filho, André Araújo Bezerra de; Silva, Marcília Gama da; http://lattes.cnpq.br/0090863442089957; http://lattes.cnpq.br/7550176653283967
A professora Lúcia Emília Carvalho de Araújo e a repressão de 1964 em Pernambuco: a trajetória de uma educadora vítima da ditadura
(2021-12-13) Terencio, Caio Leite Correia; Silva, Marcília Gama da; http://lattes.cnpq.br/0090863442089957; http://lattes.cnpq.br/0493289041960924
Mesmo após 57 anos do início da ditadura militar brasileira, a discussão sobre o tema gera debates acalorados e passionais. Os direitos humanos e as liberdades individuais ainda são relativizados de forma contumaz, no entanto pouco se aprendeu com esta experiência. Discursos políticos inflamados detratam os que caíram na luta contra a ditadura em uma tentativa de justificar as atrocidades cometidas pelo regime. Uma dessas vítimas foi a professora Lúcia Emília Carvalho de Araújo, que assim como centenas de outras vítimas carecem de uma aprofundada pesquisa sobre as sevícias a que foram submetidos. O acervo documental utilizado para esta pesquisa provém do Arquivo Público de Pernambuco, o qual detém vasta documentação do antigo Departamento de Ordem Política e Social – DOPS – (1935 – 1990).
A propaganda da ditadura: o futebol como propulsor do milagre econômico
(2024-03-01) Cunha, João Victor Cruz; Silva, Marcília Gama da; http://lattes.cnpq.br/0090863442089957
O caminho vivenciado pela Ditadura Civil-militar (1964-1985) no Brasil é repleto de nuances e questões debatidas na historiografia. Dentro desse molde, o governo militar, de duração de 21 anos, vivenciou diversas contestações e propagandas, momentos favoráveis e desfavoráveis. Tomamos o futebol como aspecto central da análise do governo militar entre os anos de 1968 e 1972, é possível perceber o esporte enquanto elemento fundamental à compreensão da propaganda e do discurso ideológico construído pelos militares em torno do seu projeto político, desse modo, o trabalho da Assessoria Especial de Relações públicas (AERP), órgão de propaganda do governo, junto a Agência Nacional e o presidente, encontrou no esporte uma possibilidade de espalhar uma boa imagem e discurso nacionalista favorável ao regime.
A propaganda política getulista: um instrumento usado pelo interventor federal Agamenon Magalhães em Pernambuco 1937-1945
(2023-04-26) Leite, Vanduí Alves; Silva, Marcília Gama da; http://lattes.cnpq.br/0090863442089957
Essa pesquisa pretende mostrar o importante papel da propaganda de cunho político utilizada em Pernambuco durante o Estado Novo, pelo interventor federal Agamenon Magalhães. Especificamente no início do seu mandato, entre anos de 1937 e 1940, período que serviu para enaltecer e fortalecer a imagem do governo federal. Utilizando do referencial teórico de Michel Foucault, com a perspectiva das relações de poder, no contexto político, econômico e social do Brasil abrem a discussão do artigo, mas é a questão ideológica e propagandística do governo Vargas o objetivo principal desse trabalho. Também pretendemos mostrar como o trabalho da imprensa e da propaganda foram essenciais para o projeto desenvolvimentista de Vargas. Além disso, observamos a atuação da repressão e dos recursos publicitários da época, fossem estatais ou privados, para atender aos interesses do projeto político vigente, com destaque para os jornais impressos, os arquivos de órgãos como o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) e o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).
As denúncias de escravidão contemporânea no Correio Braziliense (1969-1974)
(2023-04-26) Bezerra, Willams Augusto dos Santos; Silva, Marcília Gama da; http://lattes.cnpq.br/0090863442089957; http://lattes.cnpq.br/3713967650312274
O presente trabalho tem como objetivo analisar as denúncias de escravidão contemporânea no jornal "Correio Braziliense" no período de 1969 a 1974, durante a vigência do governo Médici. Através desta pesquisa, buscamos demonstrar como a escravidão continuou ocorrendo mesmo depois de quase um século da abolição. Nesse contexto, as vulnerabilidades regionais e sociais contribuíam para que certas parcelas da população estivessem mais suscetíveis ao aliciamento e consequente exploração. Para fundamentar a análise utilizamos a perspectiva da História do Tempo Presente na medida em que, tanto a ditadura de 1964, quanto a escravidão contemporânea, são acontecimentos históricos do passado que persistem na memória coletiva, na política, na economia e nas relações sociais do nosso país. Além disso, buscamos entender o posicionamento do jornal estudado em um cenário de censura e repressão, em que tais denúncias poderiam prejudicar a imagem positiva que se construíra sobre a política econômica e social do Governo Militar.
Asas quebradas: estudo das prisões políticas de crianças durante o período ditatorial militar brasileiro (1968 – 1976)
(2019-12-16) Bezerra, Rivaldo de Araújo; Silva, Marcília Gama da; http://lattes.cnpq.br/0090863442089957; http://lattes.cnpq.br/1347469043914593
O silêncio da madrugada de 31 de março de 1964 é cortado por movimentos que iriam alterar toda a realidade brasileira. No dia 01 de abril os militares e forças civis levariam a vias de fato o plano de deposição do presidente João Goulart começando o período conhecido como período ditatorial brasileiro. Sobre a égide de defesa da nação surgira uma complexa teia repressiva que vai imprimir pesados esforços para manter o regime a todo e qualquer custo. O uso da violência nos porões da ditadura personificou na tortura a opositores a forma mais obtusa de punir e disciplinar os corpos dos ditos subversivos, nenhum grupo de pessoas pôde escapar das garras dos órgãos de repressão, a presente comunicação tem como proposta analisar as prisões e torturas feitas a um segmento em especifico, as crianças. Temos a proposta de discutir em que circunstâncias essas prisões foram efetuadas, quais motivos permitiram tais prisões, buscamos entender as consequências das práticas que estes corpos e mentes infantis sofreram dentro dos porões dos órgãos repressivos.
Clube Sargento Wolff: os sargentos, a sociedade, a política e o imaginário de 1964, sob a ótica do Diário de Pernambuco
(2024-10-04) Botelho, Mario Roosevelt Arruda; Silva, Marcília Gama da; http://lattes.cnpq.br/0090863442089957
Neste artigo, abordaremos o modo como os militares construíram uma imagem positiva em Pernambuco, nos anos que antecederam a Ditadura Militar (1950-1964), utilizando-se da aproximação com a sociedade pernambucana, por meio do Clube Sargento Wolff. Em conjunto com os principais Clubes do Recife, à época, crescia o Clube dos Sargentos do Exército mediante uma relação de poder verticalizada, com o seu comando, e horizontalizada, com a sociedade, a política e a imprensa. Assim, da perspectiva do discurso positivo construído pela imprensa, especificamente, pelo Diário de Pernambuco, procuramos descrever a influência desse fenômeno na construção de um imaginário pró-ditadura, na cidade do Recife.
Comunidade Solidária: Estratégias políticas de combate à fome no governo Fernando Henrique Cardoso em parceria com as ações não governamentais
(2019-07-11) Melo, Mateus Rodrigues Medeiros; Silva, Marcília Gama da; http://lattes.cnpq.br/0090863442089957; http://lattes.cnpq.br/8986781242027150
As ações da comunidade solidária não só estava presente no campo do combate a fome, pois suas ações se estendiam pela educação e entre outras áreas do governo. Contudo esse trabalho se dedica a refletir sobre suas ações que se preocupavam com o combate a fome, grave problema que assolava o Brasil durante tal período, e que já era estudado por institutos e diversos outros órgãos do governo. Dando maior ênfase aos avanços trazidos pelo programa Bolsa Escola e pela atuação civil organizada dentro do Programa Ação da cidadania contra a fome, a miséria e pelo vida.
Militância e resistência feminina em Pernambuco: o caso de Julia Santiago (1947- 1964)
(2019-07-12) Luz, Janaina Maria da; Silva, Marcília Gama da; http://lattes.cnpq.br/0090863442089957; http://lattes.cnpq.br/2362859703548767
Este artigo aborda a questão da militância e resistência feminina em Pernambuco, tendo como foco o caso de Julia Santiago com o objetivo de compreender a importância da militância e resistência feminina naquele Estado, a partir da história de Júlia Santiago no sentido de resgatar os direitos de igualdade social e política. Para a realização do estudo utilizou-se os métodos exploratório e descritivo. A metodologia foi a pesquisa bibliográfica em diversas fontes de estudo e o cruzamento dos dados com documentos do acervo DOPS. Os resultados apontam que a resistência e militância feminina no período do regime militar foi marcante; a participação da mulher se fez presente durante o período de resistência, pois, atuaram inclusive na luta armada com igualdade de condições com os homens. Julia Santiago, ativista política, negra e militante do Partido Comunista dedicou sua vida na luta pelos direitos das mulheres operárias, trabalhadores em geral, em especial no que tange à previdência social. Foi perseguida, presa diversas vezes em prol de suas funções sindicais, na luta de classes e do partido comunista. Foi eleita como primeira vereadora da cidade do Recife-PE, sendo a mais votada. Porém, seu mandato foi cassado, junto com outros vereadores também considerados comunistas.
Mulheres em campo: os silêncios da história do país do futebol e as dificuldades de se escrever a história do futebol feminino no Brasil em 2019
(2019-12-10) Martins, Gabryele de Oliveira; Silva, Marcília Gama da; http://lattes.cnpq.br/0090863442089957; http://lattes.cnpq.br/5505090178451327
Este trabalho faz uma análise da História e da prática do futebol feminino no Brasil a partir das presenças e ausências históricas que permeiam a relação mulher - futebol, que dificultam a escrita sobre o esporte (que hoje é tido como paixão nacional, mas já foi vetado às minorias sociais). E narra como tais proibições de ordem jurídica, política e social contribuíram para o desnível que hoje separa os universos femininos e masculinos do futebol nacional e criando estigmas que perduram até hoje incentivando discursos sexistas sobre o papel e o local da mulher cotidianamente.
Mulheres indígenas na ditadura militar brasileira: uma análise da representação e resistência
(2024-02-27) Dutra, Letícia Gabriela da Silva; Silva, Marcília Gama da; http://lattes.cnpq.br/0090863442089957; http://lattes.cnpq.br/3627397878293507
Este artigo aborda a história das mulheres indígenas durante o período da ditadura militar no Brasil, com ênfase na década de 1970, destacando sua representação e resistência em meio a um momento que foi fortemente marcado por violações dos direitos humanos e opressão política, buscando traçar uma alternativa para fugir da estereotipação da mulher indígena, no intuito de colocá-la como protagonista de sua própria história em um período em que foi constantemente apagada e apresentando os diversos núcleos em que essas mulheres foram inseridas na busca de colocar a sua luta, história e cultura como o centro de sua resistência.
O comunismo através dos jornais: as eleições municipais de 1947, em Jaboatão dos Guararapes
(2019-07-11) Melo Neto, João Mariano de; Silva, Marcília Gama da; http://lattes.cnpq.br/0090863442089957; http://lattes.cnpq.br/6966828415020449
Em 1947, o comunista Manuel Rodrigues Calheiros foi eleito para a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, tendo como vice-prefeito Aníbal Varejão líder do PSD no município. Os jornais da época tratavam o acontecimento de formas distintas. Enquanto alguns apoiavam abertamente a inusitada aliança política entre o PSD e os comunistas e a possibilidade de um intelectual com ideais comunistas a frente da prefeitura do município, outros criticavam os candidatos ou mesmo silenciavam diante dos acontecimentos políticos da cidade. Este artigo pretende trazer uma abordagem sobre os mecanismos discursivos utilizados pelos principais periódicos da época, durante as eleições municipais de outubro de 1947 e no início da gestão do prefeito comunista, buscando trazer a compreensão da ideologia por trás das matérias jornalísticas e a mensagem que era passada através delas.
O Conselho Regional das Ligas Camponesas e o processo de transferência das lutas campesinas para os centros urbanos, em especial Recife (1945-1964)
(2022-10-05) Nascimento, Lucas José do; Silva, Marcília Gama da; http://lattes.cnpq.br/0090863442089957; http://lattes.cnpq.br/0031384207708144
Este trabalho tem como objetivo analisar o processo de organização camponês no Brasil, em especial Pernambuco. Sendo o Recife importante polo de organização campesina entre a década de 1950 e 1960. A investigação desta experiência concreta e historicamente datada, parte dos anseios em caracterizar a transferência das lutas campesinas para os centros urbanos, dando ênfase ao processo de conscientização política da massa camponesa e na utilização do Código Civil, como ferramenta de luta campesina, possibilitando à criação de organizações com caráteres associativistas, como foi à Sociedade Agrícola de Plantadores e Pecuaristas de Pernambuco - SAPPP, conseguindo assim evitar o burocratismo para a fundação de sindicatos rurais no período estudado. O Conselho Regional das Ligas Camponesas também é objeto central deste artigo, pois possibilitou a expansão do movimento camponês para os centros urbanos, na medida em que criou as condições teóricas para que a arregimentação campesina ocorresse de forma organizada. O artigo foi escrito a partir de uma abordagem qualitativa, utilizando o emprego de pesquisa bibliográfica e documental, O levantamento documental realizado se baseou principalmente, por meio de consultas aos documentos produzidos pelas vanguardas do movimento, na tentativa da arregimentação e do associativismo da massa camponesa e estudos historiográficos feitos por especialistas no tema. A releitura desse trajeto demonstra as contradições e possibilidades da experiência das Ligas Camponesas.
O Governo João Goulart, as Reformas de Base e o Golpe de 1964
(2022-10-03) Amorim, Alexandre Silveira de; Silva, Marcília Gama da; http://lattes.cnpq.br/0090863442089957; http://lattes.cnpq.br/2438204742011475
O artigo apresenta os acontecimentos políticos e econômicos que permearam o Governo João Goulart na Presidência do Brasil (1961-1964), indo da sua posse à sua queda mediante um golpe de Estado civil-militar. Durante sua administração, vivenciou forte turbulência institucional, ameaçado principalmente pelas Forças Armadas, apoiada pela alta burguesia nacional e setores conservadores da população. Em sua gestão, as Reformas de Base, que constituíam um pacote de reformas de caráter social-reformista, sobretudo a agrária, incomodavam os interesses econômicos. Essas reformas também constituíam a fiscal, eleitoral, educacional, urbana, bancária e a taxação de remessa de lucros ao exterior. Naquele contexto, os setores a direita no Brasil iniciaram uma campanha de desgaste institucional do Executivo Federal e finalmente em 1964 efetuaram um Golpe de Estado Civil-Militar bem-sucedido. Assim, instituía-se uma Ditadura que governaria o Brasil pelos próximos 21 anos, sob uma ótica conservadora, pró-latifúndio, e anti-sindical. A metodologia utilizada foi a de análise econômica e política. Consistirá em análises de fontes documentais e de periódicos com o fim de identificar as operações discursivas, culminando em uma revisão bibliográfica. Utiliza-se o método qualitativo, interpretando os processos históricos do tema retratado.
O jornal alternativo "Lampião da Esquina" e o movimento homossexual no contexto da Ditadura Civil-Militar (1978-1981)
(2024-02-26) Araújo, Juliana Rosa; Silva, Marcília Gama da; http://lattes.cnpq.br/0090863442089957; http://lattes.cnpq.br/6067880844160514
“Lampião da Esquina” (1978-1981) foi um jornal brasileiro que circulou no contexto de disensão da Ditadura Civil-Militar, com foco na discussão da homossexualidade. Este trabalho propõe analisar e refletir sobre o periódico e sua produção discursiva, questionando o que ele revela sobre o movimento homossexual no momento de sua produção. Sob essa ótica, entende-o como um ato coletivo de “tomada da palavra” dos homossexuais brasileiros, conceito que expressa uma revolução simbólica liderada por um grupo que busca se inserir no espaço público e político, mas não possui as bases reflexivas necessárias. Primeiramente, o trabalho discute a relação da Ditadura com a homossexualidade, analisando como o regime cerceia as formas de sociabilidade e visibilidade dessa subcultura emergente, fazendo com que a abertura ditatorial seja um momento propício para a ascensão desse coletivo, impulsionado também por um contexto mais amplo de politização da identidade e organização homossexual. Em seguida, analisa como a perspectiva positiva, intelectualizada e politizada do jornal se destaca na conjuntura midiática da época, marcada por discursos desqualificadores da homossexualidade. Por fim, foram selecionadas temáticas recorrentes nas capas do “Lampião da Esquina” - a partir de edições disponibilizadas no acervo digital CEDOC - Centro de Documentação Prof Dr Luiz Mott - que bem expressassem a a organização coletiva e revolução simbólica por parte dos homossexuais brasileiros. Por meio de uma análise textual-discursiva dos textos selecionados, concluiu-se que as páginas do periódico são marcadas pelo tensionamento de perspectivas conflitantes, o que indica seu papel de construção e discussão identitária e política, e não de mera divulgação de um discurso previamente estabelecido. Assim, entende-se o “Lampião da Esquina” como uma mídia alternativa que buscou abrir um espaço de discussão para múltiplos agentes e discursos previamente silenciados, e como fonte valiosa para destacar e relembrar a luta histórica das sexualidades dissidentes e seu potencial criativo e revolucionário.
O movimento fundamentalista e pentecostal em Recife: a Igreja Evangélica Assembleia de Deus e a nova doutrina protestante e a sua aproximação com a política partidária no período de 1962-1964
(2019-12-11) Ferreira, Jânio Mendonça; Silva, Marcília Gama da; http://lattes.cnpq.br/0090863442089957
O objetivo deste trabalho de conclusão de curso é trazer ao entendimento o alinhamento político religioso das Igrejas Pentecostais do período de 1962-1964. O recorte cronológico situa-se nas turbulências que antecederam a instalação do estado de exceção no Brasil em 1964, onde iremos refletir sobre a formação das comunidades religiosas cristãs de matriz pentecostal no período que antecede ao golpe de 1964, observando os registros que se tem sobre o período, delimitaremos o “lugar” do discurso das referidas igrejas evangélicas. No desenrolar do trabalho, observam-se as relações estreitas entre conservadorismo e religião, bem como as manobras de seus dirigentes em detrimento da direita ou contra posicionamentos da chamada “esquerda comunista”, a memória mapeia o horizonte da nossa pesquisa na perspectiva de memória elaborada por Paul Ricoeur, 2012 e da ordem do discurso, ou discurso e poder pensada por Michel Foucault, 2013. Mostrar como as massas foram influenciadas a agirem em conformidades com as articulações dos sistemas formadores de opinião como os jornais que de alguma forma diariamente emitia editorias alarmantes para sociedade, posicionando-se como fonte de doutrinação conservadora que organizou os mecanismos informacionais da sociedade brasileira, alinhando-os com os dogmas da Igreja, este tipo de cidadão criado para esta forma de governabilidade, que se opunham a qualquer mecanismo da esquerda, as greves, aos sindicatos e tudo quanto questionassem a opinião dos detentores dos meios de produção faz parte também do nosso objeto de investigação.
O Plano Collor I nas páginas do Jornal do Commercio e do Diário de Pernambuco
(2022-05-18) Morais, Murilo Veloso de; Silva, Marcília Gama da; http://lattes.cnpq.br/0090863442089957
O presente estudo busca identificar os colunistas de economia do Diário de Pernambuco (DP) e do Jornal do Commercio (JC), no período entre 16 de março de 1990 e 31 de janeiro de 1991 e analisar as expressões dos colunistas e dos próprios veículos de comunicação impressos em relação ao Plano Collor, no recorte temporal estabelecido. Para tal, essa pesquisa apoia-se metodologicamente nos procedimentos de análise de periódicos, apresentados pelas autoras Maria Helena Capelato e Tânia de Luca. A pesquisa foi realizada através de um levantamento bibliográfico sobre o tema “Governo e Plano Collor” – e seu conjunto de Medidas Provisórias (MPs), que objetivava liquidar com a inflação, modernizar o país e dotá-lo de equilíbrio fiscal –, nas bases de dados Scielo.br, Google Acadêmico e Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD); e efetivada no Arquivo Público do Estado de Pernambuco, onde acessamos os jornais fisicamente, dado que a Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional não possui as edições desses jornais da década de 1990 digitalizadas. A pesquisa demonstra que o Diário de Pernambuco opta por um alinhamento total ao governo Fernando Collor, inclusive adotando a política de construção de imagem heroica do Presidente eleito, atribuindo a ele as ações que consideravam positivas junto ao grande público, enquanto o Jornal do Commercio, apesar do apoio inicial em seu editorial, adota, através de seus colunistas, uma postura mais crítica aos atos e ações governamentais, pois ao longo do período pesquisado, o jornal foi se tornando tão crítico quanto seus colunistas.
O trabalho feminino e os conflitos trabalhistas na Fábrica de Tecidos Othon Bezerra de Melo durante o Regime Militar(1967-1969)
(2023-04-20) Silva, Kelly Anielle de Lima; Silva, Marcília Gama da; http://lattes.cnpq.br/0090863442089957; http://lattes.cnpq.br/4344377744843392
A análise da trajetória laboral enfrentada pelos trabalhadores do setor têxtil é objeto de profundo interesse, sendo necessário evidenciar todas as lutas e formas de resistência travadas por esses indivíduos na busca por uma vida digna e por melhores condições de trabalho. Em muitas ocasiões, a lei da oferta e da procura impõe uma baixa remuneração aos trabalhadores têxteis. Isso atinge principalmente as mulheres trabalhadoras, que por falta de opções de emprego acabam se submetendo às condições precárias do ambiente fabril. Motivadas pela extrema necessidade e buscando uma vida melhor, as operárias têxteis sujeitavam-se aos baixos salários e às condições degradantes impostas pelo patronato. Isso se repetia na maioria das reclamações trabalhistas do período estudado, sobretudo, nas fábricas do Grupo Othon Bezerra de Melo, e que também se estendia a outras empresas do ramo. Embora nas primeiras décadas do século XX a indústria têxtil estivesse vivendo um grande crescimento em Pernambuco observamos que o tratamento às tecelãs, em nada mudou desde as décadas de 1930 e 1940. Pelo contrário, nos anos 1960 e 1970, cresceram os números de denúncias e reclamações de maus tratos, repressão e perseguição no interior das fábricas têxteis. Tendo acesso ao acervo dos Dissídios Coletivos das indústrias têxteis, existentes no Memorial da Justiça do Trabalho e como pesquisadora do PIC- UFRPE em 2019 optamos por trabalhar a temática das operárias têxteis da Fábrica de tecidos do grupo Othon Bezerra de Melo, no período que vai de 1967 a 1969, transpondo, inclusive, esta temporalidade para outrostempos e espaços. Com o objetivo de analisar as greves e reivindicações das operárias da fábrica e sobretudo, como passaram a ser alvos da repressão policial.
Os agentes da repressão em Pernambuco e seus Modos operandis (1965 -1974)
(2019-07-11) Nascimento Neto, Clovis João do; Silva, Marcília Gama da; http://lattes.cnpq.br/0090863442089957
O presente artigo tem como objetivo classificar os órgãos estatais, e seus agentes que atuaram no período que compreende (1964/1985), a chamada ditadura civil militar. No entanto, o recorte abordado volta seu foco para o momento conhecido como o golpe dentro do golpe, em que a repressão se fez mais intensa, no período de 1969 a 1974, do citado regime, em Pernambuco. Neste sentido, buscou-se compreender os modos como estes órgãos e agentes operacionalizavam a prática repressiva dentro de uma dinâmica, embasada na perspectiva de Michel Foucault (2000), do saber poder. Tomando a perspectiva foucaltiana enquanto eixo norteador para analisar a grande maioria das ações efetuadas pelo complexo aparato repressivo no Estado. O presente trabalho tem como objetivo situar essas práticas dentro do projeto ditatorial militar, esse que, por sua vez, possuía como base as noções de Segurança Nacional e desenvolvimento.