Solidariedade no cotidiano escolar: percepções de professoras e gestoras no contexto da educação formal no município de São Lourenço da Mata/PE
Data
2019-12-10
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Resumo
The school, as an environment of constant interactions, is not aware of the values
fostered in a capitalist society, which gathers as characteristics, the fragmentation of
human relations, the increase of competition and individualism. So, is solidarity a
human value experienced and perceived in school? How is this value conceived by
managers and teachers in the context of formal education? Therefore, this paper
sought to analyze the perceptions of teachers and managers about solidarity in the
school environment, being conducted in a public educational institution in the city of
São Lourenço da Mata-PE. This study is inspired by the categories of solidarity
developed by Mori (2013), and also by authors who problematize the theme in the
light of sociology, Durkheim (1999), Demo (2002) and solidarity while knowing,
Santos (2011). To this end, consultations were conducted with official documents
governing Brazilian education and interviews with teachers and managers, in order to
understand their conceptions, as well as the processes that favor or not the
educational practices, the limits and the possibilities for development of solidarity in
the school environment. In summary, the results show that solidarity is included in all
documents investigated. Regarding the conceptions of the term there is no
consensus, which hangs in the imagination of teachers and managers is a meaning
associated with actions of benevolence. Thus, the present study showed that the
inconstancy of collective planning meetings, the fragility of working conditions and the
lack of stimuli for teaching work, imply the distance between the institution's
aspirations and its execution, thus being a practice. for solidarity situated only in the
field of desire.
Descrição
A escola, enquanto um ambiente de constantes interações, não está a par dos
valores fomentados numa sociedade capitalista, que reúne como características, a
fragmentação das relações humanas, o aumento da competição e do individualismo.
Assim, será a solidariedade um valor humano vivenciado e percebido na escola?
Como este valor é concebido por gestores/as e professores/as no contexto da
educação formal? Logo, este trabalho buscou analisar as percepções de professoras
e gestoras sobre a solidariedade no ambiente escolar, sendo realizado em uma
instituição pública de ensino do município de São Lourenço da Mata- PE. O presente
estudo é Inspirado nas categorias da solidariedade desenvolvida por Mori (2013), e
ainda por autores que problematizam o tema a luz da sociologia, Durkheim (1999),
Demo (2002) e da solidariedade enquanto saber, Santos (2011). Para tal, foram
realizadas consultas aos documentos oficiais que regem a educação brasileira e
entrevistas com as professoras e gestoras, a fim de compreender suas concepções,
bem como os processos que favorecem, ou não, as práticas educativas, os limites e
as possibilidades para o desenvolvimento da solidariedade no ambiente escolar. Em
síntese, os resultados revelam que a solidariedade está contemplada em todos os
documentos investigados. Sobre as concepções do termo, não se verifica um
consenso, o que paira no imaginário das professoras e gestoras é um sentido
associado às ações de benevolência. Deste modo, o presente estudo evidenciou
que a inconstância dos encontros de planejamento coletivo, a fragilidade das
condições de trabalho e a falta de estímulos para o trabalho docente, implicam a
distância entre os anseios da instituição, e a sua execução, estando assim uma
prática educativa para a solidariedade situada apenas no campo do desejo.
Palavras-chave
Ambiente escolar, Solidariedade, Prática de ensino, Currículos - Planejamento
Referência
OLIVEIRA, Zaine Hete Ribeiro de. Solidariedade no cotidiano escolar: percepções de professoras e gestoras no contexto da educação formal no município de São Lourenço da Mata/PE. 2019. 56 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia) - Departamento de Educação, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2019.