Diferenciais salariais no Brasil: até onde a aglomeração explica?
Data
2018
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Resumo
The main porpose of this study was to identify the contribution of the worker, firm and region's effects, focusing on the density of employment as a measure of agglomeration, on the wage differential in the Brazilian regions in the period from 2010 to 2014. The analysis was made in panel , from RAIS data, which allows the monitoring of the individual over time. Initially, mincerian equations applied to OLS models were estimated, with analysis focused on fixed effects results. Afterwards, the analysis was extended to a model involving variables interaction, to verify the explanatory potential of agglomerations. Finally, the regression method was applied by instrumental variables in order to eliminate the possible endogeneity of the employment density. The results indicated that there is a wage differential, although small attributed to the density of employment, according to the literature. It has been found that education, the sector which the worker is inserted, and the size of the firm have a strong influence on wage differentials, especially higher level individuals, those working in industry and those working in larger firms. In addition, the interactions showed strong effects on wages. Finally, it is concluded that the density of employment, characteristics of individuals, firms and region, separately and through interactions, contribute to the existence of wage differentials.
Descrição
O objetivo principal deste estudo consistiu identificar a contribuição dos efeitos de trabalhador, firma e região, com foco na densidade do emprego como medida de aglomeração, sobre o diferencial salarial nas regiões brasileiras no período de 2010 a 2014. A análise foi feita, em painel, a partir de dados da RAIS, que permite o acompanhamento do indivíduo no decorrer do tempo. Inicialmente estimaram-se equações mincerianas aplicados para modelos de MQO, com análise focada nos resultados de efeitos fixos. Depois, a análise foi estendida para um modelo que envolvesse interação de variáveis, para verificar o potencial explicativo das aglomerações. Por fim, aplicou-se o método de regressão por variáveis instrumentais, a fim de eliminar a possível endogeneidade da densidade do emprego. Os resultados indicaram que existe um diferencial salarial, ainda que pequeno atribuído à densidade do emprego, em conformidade com a literatura. Verificou-se que a educação, o setor ao qual está inserido o trabalhador e o tamanho da firma têm forte influência nos diferenciais salariais, em especial os indivíduos de nível superior, os que trabalham no setor da indústria e os que trabalham em firmas maiores. Ademais, as interações mostraram fortes efeitos sobre os salários. Por fim, conclui-se que a densidade do emprego, características dos indivíduos, firmas e região, isoladamente e por meio de interações, contribuem para a existência de diferenciais salariais.
Palavras-chave
Salários, Economia social, Emprego
Referência
PEREIRA, Jefferson Doglas da Silva. Diferenciais salariais no Brasil: até onde a aglomeração explica?. 2018. 52 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Econômicas) – Unidade Acadêmica de Serra Talhada, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Serra Talhada, 2018.