Licenciatura em Ciências Biológicas (Sede)
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Item Diferentes respostas de espécies fitoplanctônicas aos efeitos da interação com Ceratophyllum demersum L. e herbivoria por Moina micrura Kurz, 1875(2019-12-03) Souza, Vitor Ricardo de; Moura, Ariadne do Nascimento; http://lattes.cnpq.br/5127314582444598; http://lattes.cnpq.br/1478768266839775O presente trabalho visa compreender os efeitos alelopáticos indiretos de Ceratophyllum demersum e a herbivoria de Moina micrura sobre Microcystis aeruginosa e Raphidocelis subcapitata. Para realização do estudo, cepas de algas foram cultivadas em erlenmeyers de 1000 mL preenchidos com 800 mL de meio ASM1, e sob condições de temperatura e luminosidade controladas. Foram realizados dois experimentos paralelos, com duração de seis dias, em uma sala asséptica. O primeiro experimento consistiu em quatro tratamentos com tréplicas, o qual avaliou-se a interação de C. demersum + as cepas, M. micrura + as cepas, C. demersum e M. micrura + as cepas, e o controle (cepas em proporções iguais 1:1). O segundo experimento contou com cinco tratamentos com tréplicas, onde as algas foram postas em coexistência sob diferentes concentrações: 1:0, 3:1, 1:1, 1:3 e 0:1. Foram coletadas alíquotas de 2 mL a cada dois dias (0, 2, 4 e 6) para determinação da densidade e posterior obtenção da biomassa. Os dados foram tratados estatisticamente através de uma ANOVA one-way com nível de significância estabelecido em 5% (p>0,05). Inicialmente os dados foram testados quanto a normalidade prevista pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. No experimento 1, C. demersum e C. demersum + M. micrura inibiram significativamente M. aeruginosa a partir do segundo dia (p<0,01), enquanto que, R. subcapitata não apresentou diferenças durante todo o experimento (p>0,05). Nos tratamentos com apenas M. micrura, não houve alteração na densidade das cepas (p>0,05). Possivelmente C. demersum inibiu o crescimento da cianobactéria através da liberação de aleloquímicos, mas a clorófita foi menos afetada por dispor de maior resistência fisiológica. No experimento 2, M. aeruginosa não inibiu o crescimento de R. subcapitata em proporções iguais (1:1) e dominantes (3:1), mas foi inibida por Raphidocelis em baixas concentrações (1:3). É possível que a clorófita seja estimulada quando algas competidoras estão em menores densidades. Concluímos que a ação de C. demersum é eficiente no controle de M. aeruginosa, diferentemente de M. micrura. Em baixas concentrações, M. aeruginosa pode ser inibida por R. subcapitata, enquanto que, R. subcapitata apresenta possível resistência tanto aos aleloquímicos da macrófita, quanto às microcistinas da cianobactéria.
