Engenharia Florestal (Sede)

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    Caracterização das moradias em madeira da Comunidade Via Mangue da Torre, Vila Santa Luzia em Recife/ PE
    (2025) Silva, Maria Vitória de Alcântara da; Nogueira, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/2791448000405507; http://lattes.cnpq.br/9953063278269889
    Este trabalho tem como objetivo analisar e caracterizar as moradias em madeira da comunidade Via Mangue da Torre, situada na Vila Santa Luzia, em Recife - PE, destacando os aspectos técnicos, sociais, ambientais e de gênero envolvidos nas práticas construtivas locais. A pesquisa partiu da compreensão de que, embora estas edificações representem estratégias de resistência e adaptação da população periférica, encontram-se marcadas por condições de vulnerabilidade que comprometem a qualidade de vida de seus moradores, especialmente das mulheres, principais responsáveis pela manutenção das casas. A metodologia adotada combinou abordagens qualitativas e quantitativas, com a realização de entrevistas semiestruturadas com moradoras, observações de campo e análise altimétrica e espacial, utilizando dados de satélite processados via QGIS. Também foi feita uma caracterização dos materiais utilizados nas construções, com foco nos tipos de painéis de madeira empregados. Os resultados revelaram que as moradias, em sua totalidade, são compostas por materiais reaproveitados, como OSB, MDF e compensado, os quais apresentam limitações quanto à durabilidade, resistência à umidade e conforto térmico. Foram identificadas fragilidades estruturais, ausência de manutenção contínua, problemas sanitários, e um cenário de sobrecarga feminina no cuidado com as residências. Além disso, a localização em áreas alagáveis e ambientalmente sensíveis, como os manguezais, agrava a deterioração das construções e reforça os conflitos socioambientais no território. A pesquisa conclui pela necessidade urgente de políticas públicas que promovam soluções habitacionais sustentáveis, seguras e inclusivas, contemplando capacitação técnica, acesso a materiais adequados e o reconhecimento das dinâmicas de gênero no planejamento urbano. O estudo também contribui para a valorização dos saberes locais e para o fortalecimento de estratégias comunitárias de resistência, apontando caminhos para a construção de cidades mais justas e resilientes.
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    Políticas públicas de concessão e manejo florestal: um estudo de caso comparativo entre o estado do Pará (Brasil) e New Brunswick (Canadá)
    (2019-12-06) Santos, Jessé Moura dos; Meunier, Isabelle Maria Jacqueline; Pessoa, Mayara Maria de Lima; http://lattes.cnpq.br/4721886920195910; http://lattes.cnpq.br/9202793669201466; http://lattes.cnpq.br/7514780859694526
    O objetivo desse trabalho foi descrever as políticas públicas de concessão e manejo florestal do Brasil e do Canadá, a fim de identificar semelhanças e diferenças entre elas que possam auxiliar na identificação de problemas na gestão indireta das florestas públicas brasileiras. As descrições da política florestal da província de New Brunswick (CA) e do estado do Pará (BR) foram realizadas por meio de pesquisa bibliográfica e documental, consultando leis, normas, regulamentos e sites oficiais, com vista a identificar os responsáveis pela gestão das florestas, os instrumentos e critérios adotados no manejo de florestas naturais, para assim estabelecer comparações com os procedimentos vigentes no Brasil para as florestas públicas. New Brunswick foi escolhida por ser a província com maior percentual de área florestal no Canadá e pelo fato do setor florestal ser a maior indústria da província e o estado do Pará foi escolhido por ser o estado brasileiro com maior quantidade de concessões federais e estaduais do Brasil. O sistema de concessão canadense é realizado por meio de contratos entre as empresas e governo provincial, responsável pela gestão das florestas públicas passíveis de concessão da província, mas a escolha das empresas é feita por meio de acordos sem uma seleção justa e competitiva. Já no Brasil, os contratos de concessão são realizados por meio de licitação onde há um dirigismo contratual, diferente do contrato canadense, que permite uma maior autonomia privada. Contudo, a elaboração do plano de manejo de New Brunswick possui uma maior complexibilidade, que envolve uma estruturação maior do planejamento e inclui aspectos faunísticos e ecológicos mais específicos. Nos planos de manejo florestal sustentável das concessões brasileiras, mesmo considerando o método de impacto reduzido, não há uma definição dos princípios e valores ecossistêmicos relacionados ao manejo como existe em New Brunswick. No que diz respeito à sustentabilidade do manejo florestal em terras públicas sob concessão no Brasil, há necessidade iminente de mais investimento em pesquisas direcionadas para o manejo florestal e reestruturação das políticas públicas baseadas nessas pesquisas. E, mesmo com uma dificuldade atrelada à determinação de objetivos futuros em florestas tropicais, há uma necessidade de definição destes objetivos, na tentativa de garantir o mínimo de sustentabilidade social, ambiental e econômica, além da atualização dos objetivos em períodos definidos assemelhando-se ao manejo adaptativo.
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    Quintal Agroflorestal: estudo de caso em uma unidade produtiva familiar no Assentamento Chico Mendes III, Paudalho-PE
    (2019-07-19) Silva, Milena Pereira da; Braz, Rafael Leite; http://lattes.cnpq.br/7332493832361305; http://lattes.cnpq.br/3132172673457944
    As atividades voltadas ao extensionismo rural são muito mais que simplesmente ajudar outros a descobrir novas técnicas de plantio, compete a troca de experiências, o que enriquece ambas as partes. A partir desse pressuposto, o presente trabalho tem como objetivo geral realizar estudo de caso no quintal agroflorestal em uma unidade produtiva familiar no assentamento Chico Mendes III em Paudalho - PE. Através de uma metodologia participativa com a utilização da técnica de diagnóstico Rural Participativo- DRP, onde a participação da assentada no processo é fundamental, desenvolveu-se o estudo. A área destinada à agricultura familiar num sistema agroflorestal (SAF), encontra-se no lote 55 onde reside e trabalha D. Gercina, proprietária do terreno de um pouco mais de 5 ha de terras produtivas, onde cultiva-se espécies arbóreas e arbustivas frutíferas e não frutíferas, hortaliças, ornamentais, medicinais entre outros. Ao longo do estudo alguns problemas foram diagnosticados no interior do quintal agroflorestal, como: a falta de poda, dificuldade de acesso, início de erosão, área descoberta do solo e controle de pragas. Dentre esses problemas, dois foram apresentados pela proprietária do lote como urgentes: o replantio de uma área, que por meio de uma queima não controlada dizimou parte de suas fruteiras e a incidência de uma praga em seu plantio de coqueiros. Na busca por resoluções para as duas problemáticas apresentadas, realizou-se um levantamento das famílias botânicas no intuito de conhecer a diversidade florística do local caso fosse preciso espécimes para o replantio. Coletou-se amostras de solo para analisar a fertilidade do solo pós queima. Procedeu-se a calagem com calcário dolomítico devido a análise de fertilidade apresentar valores baixos de nutrientes. Seguiu-se a adubação orgânica com esterco bovino curtido e cinzas de madeira disponibilizado pela proprietária em quantidades recomendadas por agência técnica especializada. Fez-se o replantio da área afetada com fruteiras. Para resolução da segunda problemática realizou-se a identificação da praga através da coleta e estudo. Para controle dessa broca confeccionou-se armadilhas, utilizando cana-de-açúcar como isca e cápsulas de feromônio de agregação, ambos servindo como atrativos para captura dessa broca denominada broca-do-coqueiro (Rhynchophorus palmarum). Os objetivos foram alcançados de forma satisfatória. A área atingida pelo fogo foi coberta por plantios de fruteiras e consorciado com plantio de milho, abacaxi e citronela para evitar a erosão e tornar o espaço plantado rentável a médio e longo prazo. Já a área onde houve incidência da broca-do-coqueiro, a instação das armadilhas se mostraram eficazes. A soma das forças entre a universidade, na pessoa do docente e do discente, e do pequeno produtor rural na pessoa da assentada, corrobora com o pressuposto de que a inter-relação entre as ciências acadêmicas e o campesinato com a finalidade do uso sustentável da terra são complementos viáveis.