Engenharia Florestal (Sede)
URI permanente desta comunidadehttps://arandu.ufrpe.br/handle/123456789/15
Siglas das Coleções:
APP - Artigo Publicado em Periódico
TAE - Trabalho Apresentado em Evento
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Navegar
2 resultados
Resultados da Pesquisa
Item Pó de rocha de mineração de scheelita como remineralizador de solo: potencialidades e limitações(2024-12-20) Brazil, Camila Victória da Silva; Silva, Ygor Jacques Agra Bezerra da; Freitas, Ana Beatriz Torre Melo de; http://lattes.cnpq.br/9242623308268377; http://lattes.cnpq.br/0904824873761236; http://lattes.cnpq.br/4576908790448520O Brasil é uma das maiores potências agrícolas mundiais, mas enfrenta desafios devido à dependência de fertilizantes convencionais e seus impactos ambientais. Nesse contexto, a rochagem, técnica que utiliza pó de rocha como remineralizador de solos, surge como alternativa sustentável para a agricultura. Este estudo avaliou o potencial do rejeito de mineração de scheelita como remineralizador de solos, conforme os critérios estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), nas Instruções Normativas nº 5 e 6 de 2016. O estudo foi realizado no município de Currais Novos, na Zona Semiárida do estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Foram coletadas as rochas encaixantes (gnaisse e mármore) e a hospedeira (scheelita) para análises petrográficas e seis amostras de rejeito de mineração de scheelita para caracterizações mineralógicas, físicas e químicas do pó de rocha. A análise granulométrica, utilizada para determinar a natureza física do material (filler, pó ou farelado), foi realizada com peneiras de malhas variando entre 2 mm e 0,053 mm. A petrografia das rochas foi realizada com o uso de um microscópio petrográfico, enquanto a identificação da composição mineralógica dos rejeitos foi feita por difratometria de raios X (DRX). Os elementos maiores, expressos na forma de óxidos, foram determinados por meio de um espectrômetro de fluorescência de raios X (FRX). As análises de macronutrientes e demais caracterizações dos rejeitos foram realizadas conforme os procedimentos descritos no Manual de Métodos de Análise de Solo da Embrapa. Os resultados demonstraram que o material apresenta elevada concentração de minerais como biotita, plagioclásio, apatita, actinolita e feldspatos, que atuam como fontes de nutrientes, além de granulometria adequada para liberação gradual de elementos essenciais no solo. Quimicamente, o pó de rocha atendeu a dois dos três pré-requisitos legais, apresentando 41,99% de soma de bases (CaO + MgO + K₂O), 1% de K₂O e 24% de SiO₂ livre. Contudo, o teor de arsênio (As = 70,31 mg kg⁻¹) ultrapassou quase quatro vezes os limites permitidos pela legislação, inviabilizando sua classificação imediata como remineralizador. Diante do potencial agronômico identificado e dos desafios associados à presença de elementos potencialmente tóxicos, recomenda-se a continuidade dos estudos, com foco no uso de plantas fitorremediadoras para mitigar os teores de As, garantindo segurança ambiental e viabilidade comercial. O aproveitamento do rejeito de scheelita pode representar uma solução para a destinação adequada desses resíduos, contribuindo para a sustentabilidade agrícola e para o fortalecimento da segurança alimentar no Brasil.Item Estoque de carbono e fertilidade de tecnossolos originados de rejeitos da mineração de scheelita no semiárido brasileiro(2024-02-21) Nunes, Gustavo Vieira; Silva, Ygor Jacques Agra Bezerra da; http://lattes.cnpq.br/0904824873761236; http://lattes.cnpq.br/0011472973408477Studying technosols is essential to understand their potential for agricultural production, reclaim degraded areas, and sequester carbon. In the semi-arid region of Northeast Brazil, the largest scheelite mine in South America is located, and waste from this activity has been accumulating since the 1940s, impacting environmental quality. Although technosols originating from mining waste are studied globally, information on the fertility and organic carbon stock of these soils is scarce in Brazil, especially in semi-arid regions. Therefore, this study aims to assess the carbon stock and fertility of technosols constructed 40 years ago from scheelite mining waste in the Brazilian semi-arid, with the purpose of evaluating their potential for agricultural use and carbon sequestration. Forty composite samples were collected from the surface horizons (0-30 cm) of technosols constructed from waste at the Brejuí Mine, located in the municipality of Currais Novos, in the semi-arid region of the state of Rio Grande do Norte. The average soil density was 1.38 kg dm-3, potentially not negatively impacting the physico-hydraulic properties of the technosols. The average pH in water and KCl was 8.53 and 8.07, respectively, with a mean ΔpH of -0.47. The alkalinity in technosols, due to carbonates in tactites and marbles (materials forming the waste), may restrict plant growth by causing nutritional imbalances and micronutrient deficiencies. The average available concentrations of P (2.73 mg kg-1) and K (0.14 cmolc kg-1) are limitations for agricultural activity, requiring strategies to increase these nutrients to improve agricultural viability. The average organic carbon concentration in technosols was 24.11 g kg⁻¹, more than double the average observed in Caatinga soils, which is typically around 9.3 g kg⁻¹. The technosols derived from scheelite mining achieved carbon stocks of up to 222.93 Mg ha-1, surpassing Vertisols (60.08 Mg ha-1) by over three times and more than doubling the national average (99.39 Mg ha-1), highlighting their potential for carbon sequestration in the semi-arid region. This study, given the scarcity of information on technosols derived from mining in Brazilian semi-arid environments, contributes not only to the scientific community but also to policy-makers, emphasizing the importance of efficient mining waste management in the recovery of degraded areas, sustainable agricultural production, and carbon sequestration, crucial for mitigating climate change.
