TCR - Especialização em Residência Veterinária (Sede)
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Item Esporotricose no contexto da saúde única(2023-10-31) Nascimento, Wellington de Souza; Afonso, José Augusto Bastos; http://lattes.cnpq.br/9754109726295756; http://lattes.cnpq.br/8738450850987099As micoses de implantação, ou subcutâneas, são um grupo de doenças causadas por fungos que se caracterizam pela inoculação do agente através de trauma transcutâneo. São chamadas de micoses de implantação pois algumas dessas doenças podem afetar outros tecidos do organismo, além do tecido subcutâneo. Como é o caso da esporotricose, uma micose de implantação causada por fungos dimórficos do gênero Sporothrix. Assim, objetiva-se avaliar os aspectos epidemiológicos da esporotricose no contexto da Saúde única através de uma revisão bibliográfica. A revisão sobre esporotricose foi realizada através de pesquisa nos seguintes bancos de dados renomados da literatura nacional e internacional: BDTD Nacional, Scopus, Periódicos CAPES, PubMed, Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde e Google Acadêmico, sendo utilizado esporotricose e saúde pública como principais palavras-chaves, tanto no português quanto no inglês. Sendo recuperados grande quantidade de arquivos, foram selecionados 47 arquivos que mais se encaixavam com a temática da pesquisa. Classicamente a esporotricose é transmitida pela inoculação do fungo através de traumas causados pelo contato com matéria orgânica contaminada como solo, galhos e troncos de árvores e espinhos, porém a partir da década de 1990, ela passa a ter grande relevância na saúde pública do Brasil, quando foi descrito o primeiro surto de doença em humanos tendo como principal inoculador o gato doméstico, no estado do Rio de Janeiro. Apresenta maior prevalência em regiões de clima tropical e temperado. No Brasil, assim como grande parte do mundo, a doença é negligenciada e não faz parte dos agravos e doenças de notificação compulsória. As manifestações clínicas em humanos estão relacionadas ao local onde as lesões se encontram e sua extensão, sendo as lesões cutâneas mais comuns e as lesões pulmonares mais comuns no comprometimento extracutâneo. Em animais é representada majoritariamente por gatos, que apresentam lesões ulcerativas e/ou nodulares principalmente na região nasal, tórax e extremidades. A implementação de uma vigilância em saúde eficaz e padrão surge como uma necessidade para que haja dados reais sobre a doença no território nacional. Se faz necessário que haja um trabalho conjunto no âmbito humano, animal e ambiental para adoção de ações e medidas sustentadas nesses três pilares para o melhor entendimento da doença. O fornecimento do diagnóstico gratuito e rápido para os gatos surge como incentivo a população de procurar serviços oficiais de saúde para identificação da doença. Somando a isso, a conscientização dos profissionais de saúde e da população em geral é de extrema importância para que o controle seja efetivo.Item Monkeypox (Varíola dos macacos) no Brasil: recorte epidemiológico de casos em Pernambuco de 2022 a 2023(2024-02-22) Cordeiro, Amanda Estefanir; Souza, Maria Isabel de; http://lattes.cnpq.br/4438209268573845; http://lattes.cnpq.br/4326277618190307A Varíola dos macacos ou Monkeypox é uma infecção de origem viral causada por um vírus de caráter zoonótico, pertencente ao gênero Orthopoxvírus e família Poxviridae. Neste trabalho objetivou-se descrever o surto de varíola dos macacos sob a perspectiva da Saúde Pública a nível nacional e com foco em Pernambuco no período de 11 meses (agosto de 2022 a julho de 2023). Para tal, realizou-se um levantamento bibliográfico baseando-se em diferentes publicações oficiais disponíveis em bases de dados da literatura científica nacional e internacional, com ênfase em dados do Ministério da saúde e do CIEVS Nacional e de Pernambuco. O surto aqui descrito apresentou um padrão de disseminação geográfica superior aos já identificados, logo na primeira semana do boletim epidemiológico inicial, 24 países notificaram casos suspeitos e confirmados. No Brasil, observou-se um maior número de casos confirmados na região Sudeste, sendo o estado de São Paulo e de Minas Gerais os responsáveis pelos maiores índices, seguido pelo Nordeste e Centro-oeste, respectivamente. O perfil de contaminados corresponde ao sexo masculino com 96,2% (77.685/80.722) dos casos confirmados no cenário mundial, com mediana de idade de 34 anos. A faixa etária com maior número de casos confirmados em Pernambuco ficou entre 30 e 39 anos, seguida por pessoas entre 20 e 29 anos, tidas como parda, seguidas por branca e preta. Atualmente a positividade na maioria dos países é confirmada por laboratórios nacionais de referência através de PCR (reação em cadeia da polimerase). Não há tratamento antiviral específico comprovado e assim como para a maioria das doenças virais, o tratamento baseia-se no controle dos sintomas observados. Não há vacinas específicas contra a infecção, todavia, investigações epidemiológicas indicam que a vacina da varíola induz até 85% de proteção contra o Monkeypox vírus.Item Biosseguridade na criação de bovinos e sua relevância para a saúde única(2023-02-27) Silva, Clara Rafaelle Cardoso da; Silva, Nivan Antônio Alves da; http://lattes.cnpq.br/3505011500604071; http://lattes.cnpq.br/8675807540589033A biosseguridade é um componente chave de qualquer estratégia de saúde animal e humana, através de programas de prevenção e controle de doenças. Na bovinocultura, os preceitos da biosseguridade vêm sendo utilizados recentemente, apesar de já possuírem medidas sanitárias estabelecidas pelo Governo Federal através dos programas de saúde animal. Com a pandemia da COVID-19, foi observado aumento na procura por normas de biossegurança e biosseguridade para prevenir a entrada do vírus nos criatórios e, consequentemente, maior controle de outras enfermidades. Diante disso, este estudo tem como objetivo demonstrar as principais medidas de biosseguridade a serem executadas em criações de bovinos e apresentar os dados acerca da situação dos programas de biosseguridade adotados nas fazendas, incluindo a percepção de pecuaristas e veterinários em relação às medidas de biosseguridade. A adoção de medidas de biosseguridade na pecuária permanece relativamente baixa e enfrenta múltiplos desafios. Nesse sentido, a melhoria da biosseguridade exige que os envolvidos no setor concordem com metas e objetivos compartilhados, além de levar em consideração a saúde animal, pública e ambiental, bem como fatores socioeconômicos e culturais. As pesquisas relacionadas a aplicabilidade da biosseguridade em rebanhos de bovinos são escassas, porém demonstram que a baixa adesão a esses programas ocorre devido à falta de conhecimento dos agentes envolvidos, sobrecarga de trabalho, demanda de tempo e necessidade de investimentos. Desse modo, se faz necessário a realização de estudos sobre a temática para compreender os reais motivos da baixa adesão em criatórios nacionais a fim de atuar de forma eficaz e eficiente na superação desses obstáculos.Item Relatório de conclusão de residência profissional de saúde em medicina veterinária – medicina veterinária preventiva – doenças parasitárias(2023-02-23) Paiva, Wanessa Ingrid de Albuquerque; Alves, Leucio Câmara; http://lattes.cnpq.br/6563157522654726; http://lattes.cnpq.br/6462457811968254O presente trabalho de conclusão da Residência descreve as atividades realizadas no Programa de Residência Profissional de Saúde em Medicina Veterinária - Medicina Veterinária Preventiva – Doenças Parasitárias, com duração de 24 meses, de março de 2021 a fevereiro de 2023, sendo 1.152 horas (20%) de atividades teórico e teórico-práticas e 4.608 horas (80%) de atividades práticas, distribuídas em 60 horas semanais. Foram destinadas 3.648 horas de atividades práticas no Laboratório de Doenças Parasitárias, no Departamento de Medicina Veterinária (DMV), na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Recife-PE, e 960 horas em atividades na saúde pública no Distrito Sanitário VII, nas Vigilâncias em Saúde, em Recife-PE, e no Núcleo de Apoio à Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), em Camaragibe-PE. No fim do Programa, foi realizado o estágio-vivência no Laboratório de Patologia Clínica, DMV/UFRPE, em Recife-PE, por 30 dias. Este relato também traçou o perfil dos pacientes atendidos no ambulatório de Leishmaniose Visceral Canina do Hospital Veterinário da UFRPE de janeiro de 2022 a janeiro de 2023.Item Relatório de conclusão do programa de residência em área profissional de saúde em medicina veterinária - medicina veterinária preventiva - doenças parasitárias: inquérito soroepidemiológico para detecção de anticorpos anti-Trypanosoma cruzi em cães provenientes de Camaragibe, Pernambuco(2022-02-23) Lima, Maria de Lara Oliveira; Alves, Leucio Câmara; http://lattes.cnpq.br/6563157522654726; http://lattes.cnpq.br/6108177158055138O Programa de Residência em Área Profissional de Saúde em Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) foi desenvolvido com o intuito de preparar os Médicos Veterinários para o serviço em sua área específica de conhecimento. O programa apresenta uma modalidade de ensino de pós-graduação lato sensu, com regime de tempo integral e duração de 24 meses. O presente relatório tem como objetivo descrever as atividades teórico-práticas desenvolvidas durante a residência, no período de março de 2020 a fevereiro de 2022, totalizando uma carga horária de 5.760 horas, divididas em duas grandes áreas de concentração, uma específica e uma comum a todos os profissionais do programa. A carga horária desenvolvida na área específica Medicina Veterinária preventiva – Doenças Parasitárias, foi de 4.800 horas, dedicadas a rotina do Laboratório de Doenças Parasitárias da UFRPE bem como ao desenvolvimento de disciplinas teóricas durante todo o período da residência, e 960 horas foram desenvolvidas na Saúde Pública, distribuídas nas áreas de Vigilância em Saúde e Atenção Básica em Saúde (NASF-AB) no município de Recife, Pernambuco. Ademais, foi realizado um trabalho sobre “Inquérito soroepidemiológico para detecção de anticorpos anti-Trypanossoma cruzi em cães provenientes de Camaragibe, Pernambuco”.Item Coxielose em ruminantes e a febre Q na saúde pública no Brasil(2021-09-17) Zache, Eduardo; Torres, Alexandre Augusto Arenales; http://lattes.cnpq.br/5145322907663650; http://lattes.cnpq.br/9715170506304327A Febre Q é uma zoonose de distribuição mundial causada por Coxiella burnetii, uma bactéria intracelular obrigatória gram-negativa da ordem Legionellales, que foi classificado como potencial agente de bioterrorismo. Desta forma, o presente estudo tem objetivo de realizar uma revisão de literatura sobre a febre Q e a coxielose, com ênfase a sua estreita relação à saúde pública, em função do seu caráter zoonótico, somada à importância econômica para a pecuária nacional. Os bovinos e pequenos ruminantes representam as fontes de infecção mais frequentes em humanos, sendo a inalação de aerossóis contaminados de produtos animais infectados a principal forma de transmissão. O alto risco ocupacional está relacionado principalmente a criadores de bovinos e pequenos ruminantes e veterinários, até mesmo pessoas com contato esporádico com animais, como funcionários em consultórios veterinários. As infecções em humanos geralmente são assintomáticas, podendo evoluir para complicações graves como endocardite e se não tratada adequadamente pode ser fatal. Nos ruminantes as manifestações clínicas mais importantes são distúrbios reprodutivos, como abortamento, fetos natimortos, endometrite, infertilidade e mastite, porém o agente também já foi identificado em bovinos com endocardite. O diagnóstico clínico é difícil devido a inespecificidade dos sinais clínicos. Ferramentas de diagnóstico indireto específicas, como o teste de microimunofluorescência indireta é considerado técnica de referência para humanos, no entanto para ruminantes o método molecular de reação em cadeia da polimerase (PCR) é um método confiável para detectar a eliminação do agente em fluidos corporais (fezes, leite e muco vaginal) que pode ser intermitente. A combinação profilática de doxiciclina e hidroxicloroquina é comprovadamente eficaz para prevenção de endocardite, sendo indicada na presença de fatores de risco em humanos. Em animais o uso de antimicrobianos não apresentou eficácia. Nos últimos anos foram relatados diversos casos de infecção por C. burnetii em humanos e animais no Brasil, evidenciando-se a circulação de febre Q em humanos na região sudeste e nordeste, e em animais nas regiões do sudeste, centro-oeste e nordeste. O ministério da agricultura, pecuária e abastecimento enquadra a enfermidade na categoria 3 (três) da lista de enfermidades de notificação obrigatória ao Serviço Veterinário, no entanto, não é reconhecida pelo Ministério da Saúde Brasileiro como de notificação obrigatória em humanos. Como todas as doenças zoonóticas, o controle da enfermidade nos animais e a interdisciplinaridade seguindo os princípios de Saúde Única, influenciará diretamente nos resultados observados em humanos.Item Hemipelvectomia para tratamento de obstipação e megacólon em gato com estenose do canal pélvico - relato de caso(2021-02-23) Nascimento, Rummeniggue José de Oliveira; Cavalcanti, Grazielle Anahy de Sousa Aleixo; http://lattes.cnpq.br/3165940085830406; http://lattes.cnpq.br/9274466371167906O Programa de Residência em Área Profissional de Saúde em Medicina Veterinária se apresenta na modalidade de ensino de pós-graduação lato sensu, voltado ao treinamento em serviço e destinado à médicos(as) veterinários(as), com regime de tempo integral, e duração de 24 meses, equivalendo a uma carga horária mínima de 5.760 horas. Essa carga horária é distribuída entre atividades teóricas e práticas na área de concentração/atuação e na saúde pública. Devido a pandemia provocada pelo vírus da síndrome respiratória aguda severa de Coronavírus 2 (SARSCOV-2/COVID-19), que levou ao fechamento temporário (março a novembro 2020) do Hospital Veterinário (HOVET) da Universidade Federal Rural Pernambuco (UFRPE), houve prejuízo da carga horária na área de concentração. A área de atuação/concentração do referido trabalho foi em Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais, e as atividades foram desenvolvidas no HOVET da UFRPE em Recife, enquanto que as atividades da área de saúde pública foram desenvolvidas no município de Camaragibe. Para a conclusão desta pós-graduação é necessária a elaboração de um trabalho de conclusão de residência (TCR) que é apresentado de maneira expositiva para avaliação de uma banca. No TCR objetivou-se descrever as atividades desenvolvidas, tanto na área de clínica cirúrgica como na área de saúde pública, além de relatar um caso vivenciado durante o período de residência. O caso foi de uma gata sem raça definida (SRD), de dois anos de idade atendida, no HOVET/UFRPE, apresentando um quadro sintomático de obstipação e megacólon, que foi diagnosticado como megacólon secundário ao estreitamento do canal pélvico, provocado por consolidação viciosa de fratura em acetábulo. O tratamento cirúrgico instituído foi a hemipelvectomia, para corrigir o estreitamento, e a colotomia para remoção de fecaloma. Concluindo que o manejo alimentar é de suma importância em tratamentos conservativos e pós cirúrgicos de afecções do sistema digestório. Conclui-se que a realização da pós-graduação no programa de residência em Área Profissional de Saúde em Medicina Veterinária, apresentada na modalidade de ensino de lato sensu, treinamento em serviço, fornece ao médico veterinário formação, experiência e confiança teórica e principalmente, prática na área de concentração na qual o residente pretende atuar na carreira.Item Relatório de conclusão do programa de residência em área profissional de saúde em medicina veterinária- medicina veterinária preventiva - doenças parasitárias(2021-02-25) Gomes, Caio Felipe Cavalcanti de Andrade; Alves, Leucio Câmara; http://lattes.cnpq.br/6563157522654726; http://lattes.cnpq.br/1376931159803426O objetivo deste relatório é descrever as atividades desenvolvidas durante o período de Residência em Área Profissional de Saúde em Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE - Medicina Preventiva (Doenças Parasitárias), sendo realizado no período de Março de 2019 e Fevereiro de 2021, concluindo uma carga horária de 5.760 horas, das quais 3.728 horas cumpridas no Laboratório de Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos-UFRPE, 480 horas na Vigilância em Saúde (VS), 160 horas no Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) ambos no município de Camaragibe-PE. Além disso, foi possível desenvolver um trabalho de pesquisa sobre detecção molecular de Leishmania infantum em amostras de saliva em cães de área endêmica do estado de Pernambuco.Item Complexo equinococose-hidatidose e suas implicações na saúde pública(2021-09-24) Marcom, Nicoly Nayana; Souza, Maria Isabel de; http://lattes.cnpq.br/4438209268573845; http://lattes.cnpq.br/6523072892271996A equinococose-hidatidose é uma zoonose causada por parasitos do gênero Echinococcus, que fazem parte do grupo das tênias. Seu ciclo ocorre em mamíferos, e o ser humano pode atuar como hospedeiro acidental da forma larval do agente, que forma cistos em diferentes órgãos, sendo estes chamados de cistos hidáticos. As principais espécies relacionadas à infecção em seres humanos são E. granulosus, E. multilocularis, E. oligarthra e E. vogeli, causando equinococose cística, alveolar e neotropical. Apesar de existirem diferentes programas de controle, a doença ainda é considerada negligenciada em seres humanos. Em animais, é responsável por perdas econômicas decorrentes de condenações de vísceras e perda de rendimento de carcaças em abatedouros. As medidas de controle incluem educação higiênico-sanitária da população, controle do parasito adulto nos hospedeiros definitivos e diminuição no contato destes com vísceras do intermediário. Tais medidas recebem grande atuação do médico veterinário, demonstrando a importância deste profissional na saúde pública. Considerando o fato de a doença ser negligenciada em seres humanos, o objetivo deste trabalho é revisar as características do agente, da doença e seu impacto na saúde pública, chamando a atenção para sua ocorrência.Item Coronavírus bovino: sua relevância na saúde animal e pública global(2021-10-27) Beserra, Lucas Alencar Fernandes; Silva, José Augusto Bastos Afonso da; http://lattes.cnpq.br/9754109726295756; http://lattes.cnpq.br/6178148321524675O coronavírus bovino (BCoV) é um membro da família coronaviridae. Trata-se de um importante patógeno com alta prevalência em todo o mundo. Esse vírus, um agente pneumoentérico, é responsável pela ocorrência de três síndromes clínicas distintas, descritas respectivamente, pela diarreia em bezerros, disenteria em animais adultos e afecção do trato respiratório em bovinos de todas as idades. A presença desse vírus no rebanho provoca perdas econômicas substanciais, ainda, no bem-estar animal e na sanidade do rebanho. Desta forma, o objetivo desse trabalho é demonstrar as principais características do BCoV, bem como, descrever a ocorrência desse agente em outras espécies de animais de ruminantes domésticos e selvagem. Além disso, destacar o coronavírus como patógeno zoonótico no contexto da saúde pública. A coronavirose em bovinos é caracterizada pelas suas formas enteropatogênicas e respiratória, simbolizadas respectivamente, pelo quadro de enterocolite mucohemorrágica em bezerros (EBCoV-CD), disenteria em animais adultos (EBCoV-WD) e pneumonia intersticial (RBoV), sendo, essa sua ocorrência principalmente em bezerros. Apesar desse agente ser considerado um patógeno específico de bovinos domésticos, a sua ocorrência também é descrito em outras espécies de ruminantes domésticos e selvagens, bem como, em humanos. Na interface entre animais e humanos, a coronavirose é descrita como uma enfermidade infecciosa, zoonótica e caráter emergente, sendo esse agente descrito como o único membro da ordem Nidovirales como causador de doença em humanos. Nesse contexto, diversas espécies são incriminadas como hospedeiros intermediários no mecanismo de transmissão para humanos, por exemplo, camelos dromedários na transmissão do MERS-COV. O papel dos bovinos no contexto de hospedeiro intermediário ou reservatório desse vírus para humanos ainda é pouco conhecido, a exemplo, da susceptibilidade e transmissão do SARS-CoV-2. Todavia, um das cepas entéricas do coronavírus em humanos (HCoV-OC43) teria evoluído de cepas ancestrais do coronavírus bovino, que cruzaram a barreira interespécies e, consequentemente, estabeleceu a infecção em humanos. Desta forma, podemos considerar as enfermidades causada pelo BCoV como importantes do ponto de vista econômico, sanitário no bem-estar do rebanho, além da importância desse agente no contexto zoonótico, possibilitando assim riscos à saúde animal e humana.
