TCR - Especialização em Residência Veterinária (Sede)
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Item Achados anatomopatológicos de hipertermia por internação em cão – relato de caso(2023-02-27) Garcia, Diego Rubens Santos; Santos, Fernando Leandro dos; http://lattes.cnpq.br/4992016731387891; http://lattes.cnpq.br/4599160524370663A intermação é uma condição patológica relacionada muitas vezes com as condições ambientais, que por sua vez, associadas ao exercício, podendo causar danos irreversíveis tanto para animais quanto para o homem. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de intermação em um cão da raça pitbull, fêmea, de 10 meses de idade submetido a exercício intenso ao ar livre durante um dia de calor e chuva. O animal apresentou, segundo relatado, taquipneia, dispneia, taquicardia, aumento da temperatura corporal acima de 40ºC. Após internamento, foi observada pele e mucosas ictéricas. Na necropsia, a icterícia foi constata principalmente no exame interno, quando foram observadas outras alterações como: congestão muscular e edema de subcutâneo. O fígado apresentou-se aumentado de tamanho, com bordas arredondadas, evidenciação do padrão lobular e levemente amarelado; o baço estava congesto e com áreas nodulares intensamente avermelhadas e irregulares. Nos rins, constatou-se congestão e hemorragia com evidenciação da região corticomedular. Os pulmões também estavam congestos e havia área focal com presença de abscesso na superfície pleural dorsal do lobo caudal direito. Conclui-se que o exame anatomopatológico foi de grande importância para o diagnóstico definitivo, bem como a importância de incluir a intermação como no diagnóstico diferencial de animais com histórico de exercício e exposição à altas temperaturas.Item Achados epidemiológicos e comparação dos achados laboratoriais de cães com infecção do trato urinário provocada por bactérias Gram-positivas e Gram-negativas(2024-02-22) Oliveira, Angélica Prado de; Guimarães, Janaina Azevedo; http://lattes.cnpq.br/8177426224558979; http://lattes.cnpq.br/9073621897539009Item Aflatoxinas B1 e M1: uma ameaça para a saúde única(2024-02-27) Buriti, Isabela Barros; Silva, Nivan Antônio Alves da; http://lattes.cnpq.br/3505011500604071; http://lattes.cnpq.br/1397684147122889Na década de sessenta com o surto de uma doença hepática aguda em perus, filhotes de patos e em outras aves, iniciaram-se pesquisas com a intoxicação por aflatoxinas em animais de laboratório. Após confirmação do potencial hepatotóxico das aflatoxinas ficou também evidenciado o risco que representam à saúde única. Os fungos produtores de aflatoxinas são capazes de se desenvolver em diversos alimentos, principalmente em cereais. As cepas de Aspergillus flavus produzem apenas aflatoxinas B1 e B2, cepas de Aspergillus parasiticus podem produzir aflatoxinas B1, B2, G1 e G2. Todas as aflatoxinas são carcinogênicas, sendo as aflatoxinas B1 e M1 relacionadas à hepatocarcinogênese. Animais e humanos podem apresentar aflatoxicose ao consumirem alimentos contaminados por alguma destas toxinas. Após a ingestão, as toxinas são absorvidas e metabolizadas no fígado, resultando na produção de metabólitos menos tóxicos como a AFM1 que é excretada no leite, urina, fezes e bile. A intoxicação aguda está associada a sinais como dor abdominal, diarreia, vômito e edema pulmonar, podendo evoluir para o óbito. A intoxicação crônica está relacionada a má-nutrição, imunossupressão, atraso no crescimento, redução no desempenho reprodutivo, cirrose hepática e carcinoma hepatocelular. Os indivíduos intoxicados podem apresentar anemia leve, alterações das enzimas hepáticas com elevação da gama glutamil transferase (GGT), aspartato transaminase (AST), alanina aminotransferase (ALT), fosfatase alcalina (FA) e dos ácidos biliares. A albumina sérica pode estar diminuída, assim como a relação albumina:globulina. Atualmente, existem técnicas de controle químico ou descontaminação que podem ser eficientes, no entanto, o uso restrito e sustentável de fungicidas e o aumento da demanda dos consumidores por alimentos livres de resíduos, requer o estudo de alternativas para o controle de fungos e consequentemente de micotoxinas. Por isso, tem-se investido em técnicas que evitem a contaminação, no uso de controle biológico e de adsorventes. Diante das implicações para a saúde única e importância econômica das aflatoxicoses, torna-se relevante o estudo contínuo sobre este tema. Além da conscientização da população sobre as formas de contaminação, desenvolvimento de testes de detecção que sejam eficientes e rápidos, bem como a implementação de estratégias de controle e prevenção que sejam aplicáveis e úteis.Item Avaliação da hemostasia: indicações e técnicas - revisão de literatura(2024-02-22) Silvestre, José Antonio Ramos; Teixeira, Miriam Nogueira; http://lattes.cnpq.br/7448694221629949; http://lattes.cnpq.br/2035014104576002Item Avaliação da lactato desidrogenase, proteína total e proteína c-reativa para diferenciação das efusões em cães(2021-02-22) Silva, Natália Farias da; Guimarães, Janaina Azevedo; http://lattes.cnpq.br/8177426224558979; http://lattes.cnpq.br/5757429368738176A classificação dos líquidos cavitários expressa a composição do líquido efusivo, podendo auxiliar no diagnóstico do processo patológico e a análise bioquímica das efusões é uma ferramenta que auxilia nessa classificação. Buscou-se avaliar a aplicabilidade da dosagem de Lactato desidrogenase, Proteína Total e Proteína C-Reativa nas análises dos líquidos cavitários, visando aprimorar os critérios de classificação das efusões em cães. Foram utilizadas 37 amostras de efusões caninas, torácicas e abdominais e 14 de soros dos mesmos animais, provenientes da soroteca do LPCV/UFRPE. As dosagens das concentrações de LDH no líquido (LDH-L), LDH no soro (LDH-S), Proteínas totais no líquido (PT-L), Proteínas totais no soro (PT-S), e PCR no líquido (PCR-L) foram realizadas utilizando kits comerciais e analisador bioquímico automático. Os valores médios para cada grupo sugeriram uma tendência a aumento gradual nas concentrações dos analitos para todos os parâmetros propostos, sendo observados maiores médias no grupo de exsudatos e menores no grupo dos transudatos. As dosagens foram assertivas na classificação dos transudatos em 3/3 pela PT-R; 10/10 pela concentração de LDH- L e 4/4 pela LDH-R. Nos exsudatos, os critérios foram assertivos em 8/9 pela PT-R, 3/24 pela atividade de LDH-L e 1/9 pela LDH-R. Conclui-se que existe diferença nos valores médios das variáveis estudadas em cada tipo de efusão, com valores mais elevados nos exsudatos. O uso das dosagens de LDH se mostrou efetivo na identificação das efusões, especialmente na identificação dos transudatos. Novos estudos devem ser estimulados, para estabelecer pontos de corte de LDH e da PCR fidedignos para cães.Item Avaliação do dismorfismo eritrocitário em urinas de cães(2023-02-23) Santos, Carolina Beatriz Ribeiro dos; Guimarães, Janaina Azevedo; http://lattes.cnpq.br/8177426224558979; http://lattes.cnpq.br/5975868557060997Item Biosseguridade na criação de bovinos e sua relevância para a saúde única(2023-02-27) Silva, Clara Rafaelle Cardoso da; Silva, Nivan Antônio Alves da; http://lattes.cnpq.br/3505011500604071; http://lattes.cnpq.br/8675807540589033A biosseguridade é um componente chave de qualquer estratégia de saúde animal e humana, através de programas de prevenção e controle de doenças. Na bovinocultura, os preceitos da biosseguridade vêm sendo utilizados recentemente, apesar de já possuírem medidas sanitárias estabelecidas pelo Governo Federal através dos programas de saúde animal. Com a pandemia da COVID-19, foi observado aumento na procura por normas de biossegurança e biosseguridade para prevenir a entrada do vírus nos criatórios e, consequentemente, maior controle de outras enfermidades. Diante disso, este estudo tem como objetivo demonstrar as principais medidas de biosseguridade a serem executadas em criações de bovinos e apresentar os dados acerca da situação dos programas de biosseguridade adotados nas fazendas, incluindo a percepção de pecuaristas e veterinários em relação às medidas de biosseguridade. A adoção de medidas de biosseguridade na pecuária permanece relativamente baixa e enfrenta múltiplos desafios. Nesse sentido, a melhoria da biosseguridade exige que os envolvidos no setor concordem com metas e objetivos compartilhados, além de levar em consideração a saúde animal, pública e ambiental, bem como fatores socioeconômicos e culturais. As pesquisas relacionadas a aplicabilidade da biosseguridade em rebanhos de bovinos são escassas, porém demonstram que a baixa adesão a esses programas ocorre devido à falta de conhecimento dos agentes envolvidos, sobrecarga de trabalho, demanda de tempo e necessidade de investimentos. Desse modo, se faz necessário a realização de estudos sobre a temática para compreender os reais motivos da baixa adesão em criatórios nacionais a fim de atuar de forma eficaz e eficiente na superação desses obstáculos.Item Cianotoxinas: impacto na qualidade e disponibilidade de água(2023-01-31) Silva, Thailan Arlindo da; Souto, Rodolfo José Cavalcanti; http://lattes.cnpq.br/4263478911176230; http://lattes.cnpq.br/5371447938003091A distribuição brasileira dos recursos hídricos, apesar da expressiva reserva nacional de água potável, ocorre de forma discrepante e o decréscimo da qualidade da água reduz ainda mais a sua oferta em determinadas regiões. Nesse sentido, o aumento acelerado do aporte nutricional em reservatórios, em consequência da poluição oriunda de atividades industriais, domésticas e agropastoris, desencadeia o processo de eutrofização que culmina com a proliferação de cianobactérias. Esses microrganismos possuem como principal característica de importância para a saúde única, a habilidade de produzir metabólitos secundários, denominadas cianotoxinas, implicadas em casos de intoxicação em humanos e animais domésticos e selvagens. Diante do exposto, a realização desse trabalho teve objetivo por analisar o impacto da presença de cianotoxinas em reservatórios de água naturais e artificiais destinados ao abastecimento humano e animal. Foi realizado um levantamento bibliográfico nos principais bancos de dados nacionais e internacionais de documentos científicos com posterior elaboração de sínteses, análise e escrita da revisão. A partir dos dados coletados, é possível constatar que as cianobactérias possuem ampla distribuição geográfica, porém apresentam condições ideais de desenvolvimento e manutenção em sistemas lênticos de água doce, enriquecidas com nitrogênio e fósforo oriundo de atividades antropogênicas, o que favorece os eventos de florações de espécies tóxicas. Pesquisas realizadas no Brasil demonstram que, apesar de a região Nordeste apresentar características que propiciam a proliferação desses microrganismos, como períodos variados de seca, baixo acesso a saneamento básico e baixa quantidade hídrica nos reservatórios, são elevados os níveis de florações de cianobactérias tóxicas em reservatórios de todo o território nacional. A edição e publicação de legislação específica para o controle e prevenção de intoxicação por cianotoxinas no país foram impulsionadas pelos únicos casos de óbitos em humanos por intoxicação por microcistina no mundo, o que ratifica a importância das florações tóxicas desses microrganismos na saúde única. Em vista disso, é possível concluir a importância das cianotoxinas como possíveis causas de morbidade e mortalidade em humanos e animais no Brasil, sendo necessário o monitoramento constante da sua presença em corpos d’água a fim de melhor estruturar as medidas de controle e prevenção.Item Cistite bacteriana recorrente em um cão e a importância do diagnóstico laboratorial: relato de caso(2023-02-27) Mello, Thamyris Gracinda Peres Khoury de Souza; Cavalcanti, Erika Fernanda Torres Samico Fernandes; http://lattes.cnpq.br/5256493441853885; http://lattes.cnpq.br/0893156416055959O sistema urinário dos cães e responsável por funções vitais ao organismo, compreende o trato superior formado pelos rins e ureteres e o inferior constituído pela vesícula urinária e ureteres. As patologias mais frequentes nos caninos são a doença renal crônica (DRC) e as infecções do trato urinário (ITUs), com destaque para as cistites bacterianas. Essas são ocasionadas principalmente por enterobactérias, sendo a Escherichia coli, o principal agente etiológico. As ITUs podem ser classificadas de várias formas, mas a que mais afeta a qualidade de vida dos pacientes é a cistite recorrente, que geralmente está associada com alguma comorbidade, a exemplo, do desenvolvimento da bexiga neurogênica. O padrão ouro de diagnóstico é sempre a urocultura, com urina coletada de preferência por cistocentese, juntamente com o teste de sensibilidade antimicrobiana (TSA), imprescindíveis para viabilizar uma conduta terapêutica correta, evitando o uso de antimicrobianos de forma empírica. O objetivo do presente estudo foi relatar o caso de um paciente canino com cistite bacteriana recorrente, frisando a importância do diagnóstico laboratorial. Foi atendido um canino macho, sem raça definida, com cerca de 16 anos, apresentando histórico de anorexia, diminuição da frequência de micção, apatia, apresentando nódulo ulcerado em membro torácico esquerdo, dificuldade para se locomover e portador de doença renal crônica. O paciente após realizar procedimento cirúrgico desenvolveu bexiga neurogênica e por consequência cistite bacteriana recorrente. Foram realizadas 7 coletas de urina ao longo de 18 meses de acompanhamento para realização de urocultura e TSA e em quase todas houve crescimento de microrganismos patogênicos multirresistentes com destaque para E. coli e Proteus mirabilis. Portanto, uma conduta clínica satisfatória no tratamento das ITUs é obtida com base na compreensão da fisiopatologia dessas infecções e na utilização de técnicas diagnósticas laboratoriais que auxiliam na tomada de decisões do clínico, de maneira a evitar a resistência antimicrobiana.Item Complexo equinococose-hidatidose e suas implicações na saúde pública(2021-09-24) Marcom, Nicoly Nayana; Souza, Maria Isabel de; http://lattes.cnpq.br/4438209268573845; http://lattes.cnpq.br/6523072892271996A equinococose-hidatidose é uma zoonose causada por parasitos do gênero Echinococcus, que fazem parte do grupo das tênias. Seu ciclo ocorre em mamíferos, e o ser humano pode atuar como hospedeiro acidental da forma larval do agente, que forma cistos em diferentes órgãos, sendo estes chamados de cistos hidáticos. As principais espécies relacionadas à infecção em seres humanos são E. granulosus, E. multilocularis, E. oligarthra e E. vogeli, causando equinococose cística, alveolar e neotropical. Apesar de existirem diferentes programas de controle, a doença ainda é considerada negligenciada em seres humanos. Em animais, é responsável por perdas econômicas decorrentes de condenações de vísceras e perda de rendimento de carcaças em abatedouros. As medidas de controle incluem educação higiênico-sanitária da população, controle do parasito adulto nos hospedeiros definitivos e diminuição no contato destes com vísceras do intermediário. Tais medidas recebem grande atuação do médico veterinário, demonstrando a importância deste profissional na saúde pública. Considerando o fato de a doença ser negligenciada em seres humanos, o objetivo deste trabalho é revisar as características do agente, da doença e seu impacto na saúde pública, chamando a atenção para sua ocorrência.Item Contribuições da colecistocentese percutânea guiada por ultrassom para diagnóstico de desordens do trato biliar em gatos (Felis catus)(2021-02-25) Oliveira Neta, Iraci Cordeiro de; Costa, Fabiano Séllos; http://lattes.cnpq.br/6876055943439186; http://lattes.cnpq.br/3131239010322400O presente trabalho contempla dois capítulos. O primeiro discrimina as atividades realizadas dentro do Programa de Residência em área Profissional de Saúde em Medicina Veterinária com área de concentração em Diagnóstico por Imagem, realizado no Hospital Veterinário Universitário da Universidade Federal Rural de Pernambuco (HOVET-UFRPE), no período de março de 2019 a fevereiro de 2021. Foi efetivado um levantamento de todas as atividades desenvolvidas no período, bem como, das realizadas no âmbito da Saúde pública e do Sistema Único de Saúde (SUS). O segundo capítulo refere-se a um relato de caso que versa sobre as Contribuições da colecistocentese percutânea guiada por ultrassom para diagnóstico de desordens do trato biliar em gatos (Felis catus). Uma discussão sobre a técnica que permite coleta de material diretamente da vesícula biliar - bile, para envio e processamento laboratorial e posterior analises citológicas, parasitológicas e cultura bacteriana.Item Coronavírus bovino: sua relevância na saúde animal e pública global(2021-10-27) Beserra, Lucas Alencar Fernandes; Silva, José Augusto Bastos Afonso da; http://lattes.cnpq.br/9754109726295756; http://lattes.cnpq.br/6178148321524675O coronavírus bovino (BCoV) é um membro da família coronaviridae. Trata-se de um importante patógeno com alta prevalência em todo o mundo. Esse vírus, um agente pneumoentérico, é responsável pela ocorrência de três síndromes clínicas distintas, descritas respectivamente, pela diarreia em bezerros, disenteria em animais adultos e afecção do trato respiratório em bovinos de todas as idades. A presença desse vírus no rebanho provoca perdas econômicas substanciais, ainda, no bem-estar animal e na sanidade do rebanho. Desta forma, o objetivo desse trabalho é demonstrar as principais características do BCoV, bem como, descrever a ocorrência desse agente em outras espécies de animais de ruminantes domésticos e selvagem. Além disso, destacar o coronavírus como patógeno zoonótico no contexto da saúde pública. A coronavirose em bovinos é caracterizada pelas suas formas enteropatogênicas e respiratória, simbolizadas respectivamente, pelo quadro de enterocolite mucohemorrágica em bezerros (EBCoV-CD), disenteria em animais adultos (EBCoV-WD) e pneumonia intersticial (RBoV), sendo, essa sua ocorrência principalmente em bezerros. Apesar desse agente ser considerado um patógeno específico de bovinos domésticos, a sua ocorrência também é descrito em outras espécies de ruminantes domésticos e selvagens, bem como, em humanos. Na interface entre animais e humanos, a coronavirose é descrita como uma enfermidade infecciosa, zoonótica e caráter emergente, sendo esse agente descrito como o único membro da ordem Nidovirales como causador de doença em humanos. Nesse contexto, diversas espécies são incriminadas como hospedeiros intermediários no mecanismo de transmissão para humanos, por exemplo, camelos dromedários na transmissão do MERS-COV. O papel dos bovinos no contexto de hospedeiro intermediário ou reservatório desse vírus para humanos ainda é pouco conhecido, a exemplo, da susceptibilidade e transmissão do SARS-CoV-2. Todavia, um das cepas entéricas do coronavírus em humanos (HCoV-OC43) teria evoluído de cepas ancestrais do coronavírus bovino, que cruzaram a barreira interespécies e, consequentemente, estabeleceu a infecção em humanos. Desta forma, podemos considerar as enfermidades causada pelo BCoV como importantes do ponto de vista econômico, sanitário no bem-estar do rebanho, além da importância desse agente no contexto zoonótico, possibilitando assim riscos à saúde animal e humana.Item Coxielose em ruminantes e a febre Q na saúde pública no Brasil(2021-09-17) Zache, Eduardo; Torres, Alexandre Augusto Arenales; http://lattes.cnpq.br/5145322907663650; http://lattes.cnpq.br/9715170506304327A Febre Q é uma zoonose de distribuição mundial causada por Coxiella burnetii, uma bactéria intracelular obrigatória gram-negativa da ordem Legionellales, que foi classificado como potencial agente de bioterrorismo. Desta forma, o presente estudo tem objetivo de realizar uma revisão de literatura sobre a febre Q e a coxielose, com ênfase a sua estreita relação à saúde pública, em função do seu caráter zoonótico, somada à importância econômica para a pecuária nacional. Os bovinos e pequenos ruminantes representam as fontes de infecção mais frequentes em humanos, sendo a inalação de aerossóis contaminados de produtos animais infectados a principal forma de transmissão. O alto risco ocupacional está relacionado principalmente a criadores de bovinos e pequenos ruminantes e veterinários, até mesmo pessoas com contato esporádico com animais, como funcionários em consultórios veterinários. As infecções em humanos geralmente são assintomáticas, podendo evoluir para complicações graves como endocardite e se não tratada adequadamente pode ser fatal. Nos ruminantes as manifestações clínicas mais importantes são distúrbios reprodutivos, como abortamento, fetos natimortos, endometrite, infertilidade e mastite, porém o agente também já foi identificado em bovinos com endocardite. O diagnóstico clínico é difícil devido a inespecificidade dos sinais clínicos. Ferramentas de diagnóstico indireto específicas, como o teste de microimunofluorescência indireta é considerado técnica de referência para humanos, no entanto para ruminantes o método molecular de reação em cadeia da polimerase (PCR) é um método confiável para detectar a eliminação do agente em fluidos corporais (fezes, leite e muco vaginal) que pode ser intermitente. A combinação profilática de doxiciclina e hidroxicloroquina é comprovadamente eficaz para prevenção de endocardite, sendo indicada na presença de fatores de risco em humanos. Em animais o uso de antimicrobianos não apresentou eficácia. Nos últimos anos foram relatados diversos casos de infecção por C. burnetii em humanos e animais no Brasil, evidenciando-se a circulação de febre Q em humanos na região sudeste e nordeste, e em animais nas regiões do sudeste, centro-oeste e nordeste. O ministério da agricultura, pecuária e abastecimento enquadra a enfermidade na categoria 3 (três) da lista de enfermidades de notificação obrigatória ao Serviço Veterinário, no entanto, não é reconhecida pelo Ministério da Saúde Brasileiro como de notificação obrigatória em humanos. Como todas as doenças zoonóticas, o controle da enfermidade nos animais e a interdisciplinaridade seguindo os princípios de Saúde Única, influenciará diretamente nos resultados observados em humanos.Item Criptosporidiose em ruminantes e sua importância em saúde pública(2018) Macedo, Darlan Rodrigues; Cajueiro, Jobson Filipe de Paula; http://lattes.cnpq.br/1163226949462180; http://lattes.cnpq.br/8208793638612108A criptosporidiose é uma importante enfermidade na criação de bovinos, sendo os bezerros até 30 dias de idade a categoria mais susceptível. Os agentes etiológicos são protozoários do gênero Cryptosporidium, que completam seu ciclo em células do epitélio respiratório, urinário e do trato gastrintestinal de aves, répteis e mamíferos inclusive o homem.A via de infecção é a fecal-oral. A infecção ocorre após ingestão de alimentos e água contaminada com oocistos esporulados, os quais contém esporozoítos em seu interior. Animais de produção principalmente bezerros são as principais fontes de contaminação ambiental e, portanto um importante fator de risco para outros animais e o homem. A manifestação clínica da doença é decorrente das lesões no trato gastrintestinal que ocorrem através da ruptura dos enterócitos cursando com diarreia aquosa e persistente. A diarreia é a principal causa de morte em bezerros até 30 dias de idade, sendo um dos principais agentes Criptosporidium sp. A criptosporidiose é uma zoonose de distribuição mundial, sendo crianças de 1 a 5 anos de idade, adultos transplantados eindivíduos imunocomprometidos, grupos de alto risco, em que este enteroparasito pode ocasionar enterite grave, podendo levar à morte. Contudo adultos imunocompetentes podem apresentar episódios diarreicos. Os fatores de risco incluem contato com animais doentes ou portadores, aliados a falta de hábitos higiênicos adequados e saneamento básico. A profilaxia consiste na vacinação de vacas prenhes, uso de alguns fármacos que ajudam na prevenção das diarreias e bem como reduzem a quantidade de oocistos eliminados nas fezes, administração correta de colostro e nos casos dos animais doentes terapia de suporte para o reestabelecimento do equilíbrio hidroeletrilítico e ácido-básico.Outros fatores como a resistência do parasito no ambiente e aos desinfetantes, falta de conhecimento pelos profissionais de saúde sobre a epidemiologia e métodos diagnósticos e o tratamento ineficaz, tornam essa doença um grande problema de saúde pública no mundo.Item Cultivo e linhagens celulares aplicadas na biotecnologia e no diagnóstico virológico da medicina veterinária: revisão de literatura(2023-02-27) Almeida, Bárbara Ferreira de; Pinheiro Junior, José Wilton; http://lattes.cnpq.br/3931532041328673; http://lattes.cnpq.br/2329583516227520Objetivou-se com este Trabalho de Conclusão de Residência (TCR) descrever as atividades da residência em Medicina Veterinária Preventiva - Virologia Animal, desenvolvidas no Laboratório de Virologia Animal (LAVIAN), na área de Medicina Veterinária Preventiva - Virologia Animal, assim como realizar uma revisão de literatura sobre cultivo celular. Durante o período de residência foram cursadas disciplinas obrigatórias, divididas em: núcleo comum obrigatório a todas as áreas, núcleo específico da área de concentração e núcleo comum da área de concentração. No LAVIAN foram desenvolvidas atividades de treinamento de coleta e processamento de material biológico; técnicas de diagnóstico aplicadas ao diagnóstico das doenças virais; interpretação de resultados; aplicação das normas de biossegurança e organização laboratorial de materiais, reagentes, amostras e patrimônios. Além das atividades teóricas e práticas no LAVIAN foram desenvolvidas atividades no Sistema de Saúde Única (SUS), nas seguintes áreas: Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica e Vigilância Ambiental. O programa de residência é importância para construção de uma carreira profissional mais sólida, direcionado à uma especialidade, e de onde nascem muitos ensinamentos profissionais e pessoais. A técnica de cultivo celular e as diferentes linhagens celulares são de extrema importância para a Biotecnologia na área de saúde humana e na Medicina Veterinária. O seu aprimoramento ao longo dos anos proporcionou para a biologia molecular e para virologia diagnósticos mais precisos e produtos mais eficientes.Item Doença de chagas sob a perspectiva da saúde única(2024-02-21) Dionizio, José Alexandre Rocha; Coutinho, Luiz Teles; http://lattes.cnpq.br/8812254003382110; http://lattes.cnpq.br/2632759634584338A tripanossomíase americana, também conhecida como Doença de Chagas (DC) no Brasil, é uma enfermidade provocada pelo protozoário Trypanosoma cruzi (T. Cruzi). Sua principal forma de transmissão é vetorial ocorrendo pelo contato direto com fezes e/ou urina dos barbeiros (Triatoma) contaminados pelo agente; entretanto outras formas de transmissão incluem a ingestão de alimentos contaminados com fragmentos e/ou secreções dos triatomas, transfusão de sangue contaminado, transmissão transplacentária e contágio acidental através de objetos contaminados. A DC ela pode se manifestar de forma aguda, como surgimento de febre, chagoma de inoculação, sinal de Romaña, mal-estar, linfadenopatia e hepatoesplenomegalia; ou crônica, podendo os pacientes apresentarem alterações cardiovasculares, megaesôfago, constipação e obstrução intestinal. A prevalência da DC no Brasil varia conforme a região devido a fatores de risco específicos, como condições de moradia, hábitos alimentares, criações peridomiciliares, nível educacional da população e a presença de diferentes espécies e fontes alimentares dos triatomíneos, o que contribui para a diversidade dos casos. Apesar de ser uma enfermidade conhecida há muito tempo, existem apenas duas drogas com ação terapêutica oficialmente aprovadas e disponibilizadas pelo Ministério da Saúde: benznidazol e nifurtimox. Ambas apresentam efeitos adversos e requerem um esquema rigoroso de posologia. As principais estratégias profiláticas envolvem o controle dos vetores para interromper o ciclo biológico do agente. No entanto, como a transmissão por meio da ingestão de alimentos contaminados tem ganhado destaque, especialmente em regiões onde o consumo de produtos como açaí, cupuaçu e caldo de cana é comum, uma fiscalização higiênico-sanitária mais rigorosa desses produtos in natura se faz necessário. Diante do exposto, teve-se como objetivo a realização desta revisão de literatura abordando as principais características etiológicas, clínicas epidemiológicas, e profiláticas da DC sob a perspectiva da Saúde Pública. Além disso, buscou-se também enfatizar a importância do papel do médico veterinário no controle dessa zoonose.Item Emprego de antimicrobianos na pecuária bovina e suas implicações na saúde pública(2021-12-15) Gomes, Lucas da Silva Ferreira; Coutinho, Luiz Teles; http://lattes.cnpq.br/8812254003382110; http://lattes.cnpq.br/6350534197203776A utilização de antimicrobianos (ATM) em ruminantes é uma ferramenta responsável por uma significativa propulsão na produção animal por reduzir os índices de morbidade e mortalidade oriundos de problemas sanitários, propiciando assim melhoria do perfil sanitário e índices produtivos, e consequentemente maior qualidade e seguridade dos alimentos de origem animal. Entretanto, a alta capacidade de adaptação da célula bacteriana associada à pressão seletiva imposta pelo uso indiscriminado dos ATM em animais e também em humanos, vêm promovendo o desenvolvimento da resistência antimicrobiana (RAM) em todo o mundo, sendo este um dos mais importantes problemas que atinge e interliga a Medicina Humana e Veterinária, pois ambas compartilham o uso de uma gama de ATM comuns, aliado ao fato de que bactérias resistentes aos antimicrobianos (BRA’s) e genes relacionados com resistência aos antimicrobianos (GRA's) podem ser transferidos entre animais, meio ambiente e seres humanos, tornando esse fenômeno um agravo a saúde única global. Destaca-se a necessidade de monitoramento constante da utilização de ATM, afim de conter o surgimento e/ou expansão de cepas bacterianas resistentes, assim como a integração entre profissionais na mobilização da sociedade como um todo visando preservar a saúde única. Neste contexto, objetivou-se realizar esta revisão de literatura sobre alguns aspectos da utilização de antimicrobianos em bovinos, bem como o surgimento de cepas bacterianas resistentes e seus impactos na saúde pública.Item Erros pré-analíticos: avaliação das não conformidades em amostras sanguíneas encaminhadas ao laboratório de patologia clínica veterinária do hospital veterinário da UFRPE(2023-02-23) Silva, Lucas Cavalcante; Teixeira, Miriam Nogueira; http://lattes.cnpq.br/7448694221629949; http://lattes.cnpq.br/4276330694413367Os exames complementares são ferramentas importantes na tomada de decisão clínica. Com o avanço tecnológico, há um aumento de informações diagnósticas e, consequentemente, a importância na qualidade dos resultados obtidos. Porém, para maior confiabilidade dos exames, o período desde o preenchimento da requisição até a entrega da amostra ao laboratório, denominado fase pré-analítica, merece bastante atenção. Objetivou-se identificar e descrever as frequências das não conformidades encontradas durante a fase pré-analítica em amostras de sangue encaminhadas para o hemograma no Laboratório de Patologia Clínica veterinária do HOVET-UFRPE, subsidiando a tomada de decisões para correção e prevenção de tais problemas. Durante os meses de março a maio de 2022 foi realizado o levantamento das amostras para hemograma encaminhadas a partir da rotina diária no laboratório. Dentre as 791 amostras, 317 (40,07%) apresentavam algum erro pré-analítico, sendo a maioria dos casos referente à espécie canina em concordância com a casuística do hospital. Os erros foram agrupados em três grupos envolvendo a qualidade da amostra, requisição e tubo de coleta. No primeiro grupo, a principal alteração encontrada foi a hemólise, em 37,87% das amostras; seguido pela lipemia. No segundo temos o preenchimento incompleto das requisições e a letra ilegível com 34% e 15,5%, respectivamente, e em menor número, a ausência na identificação do tubo de coleta representando o terceiro grupo. Os resultados estão abaixo do encontrado na literatura devido à logística de entrega e controle por parte do laboratório, contudo, representam quase metade do total recebido. A informatização do sistema do hospital e conscientização quanto a melhorias na fase pré-analítica são possíveis resoluções promissoras.Item Esporotricose no contexto da saúde única(2023-10-31) Nascimento, Wellington de Souza; Afonso, José Augusto Bastos; http://lattes.cnpq.br/9754109726295756; http://lattes.cnpq.br/8738450850987099As micoses de implantação, ou subcutâneas, são um grupo de doenças causadas por fungos que se caracterizam pela inoculação do agente através de trauma transcutâneo. São chamadas de micoses de implantação pois algumas dessas doenças podem afetar outros tecidos do organismo, além do tecido subcutâneo. Como é o caso da esporotricose, uma micose de implantação causada por fungos dimórficos do gênero Sporothrix. Assim, objetiva-se avaliar os aspectos epidemiológicos da esporotricose no contexto da Saúde única através de uma revisão bibliográfica. A revisão sobre esporotricose foi realizada através de pesquisa nos seguintes bancos de dados renomados da literatura nacional e internacional: BDTD Nacional, Scopus, Periódicos CAPES, PubMed, Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde e Google Acadêmico, sendo utilizado esporotricose e saúde pública como principais palavras-chaves, tanto no português quanto no inglês. Sendo recuperados grande quantidade de arquivos, foram selecionados 47 arquivos que mais se encaixavam com a temática da pesquisa. Classicamente a esporotricose é transmitida pela inoculação do fungo através de traumas causados pelo contato com matéria orgânica contaminada como solo, galhos e troncos de árvores e espinhos, porém a partir da década de 1990, ela passa a ter grande relevância na saúde pública do Brasil, quando foi descrito o primeiro surto de doença em humanos tendo como principal inoculador o gato doméstico, no estado do Rio de Janeiro. Apresenta maior prevalência em regiões de clima tropical e temperado. No Brasil, assim como grande parte do mundo, a doença é negligenciada e não faz parte dos agravos e doenças de notificação compulsória. As manifestações clínicas em humanos estão relacionadas ao local onde as lesões se encontram e sua extensão, sendo as lesões cutâneas mais comuns e as lesões pulmonares mais comuns no comprometimento extracutâneo. Em animais é representada majoritariamente por gatos, que apresentam lesões ulcerativas e/ou nodulares principalmente na região nasal, tórax e extremidades. A implementação de uma vigilância em saúde eficaz e padrão surge como uma necessidade para que haja dados reais sobre a doença no território nacional. Se faz necessário que haja um trabalho conjunto no âmbito humano, animal e ambiental para adoção de ações e medidas sustentadas nesses três pilares para o melhor entendimento da doença. O fornecimento do diagnóstico gratuito e rápido para os gatos surge como incentivo a população de procurar serviços oficiais de saúde para identificação da doença. Somando a isso, a conscientização dos profissionais de saúde e da população em geral é de extrema importância para que o controle seja efetivo.Item Frequência da infecção por vírus da Leucemia felina (FeLV) e vírus da imunodeficiência felina (FIV) em gatos residentes na região metropolitana da cidade do Recife(2025-02-26) Cordeiro, Amanda Marques; Pinheiro Junior, José Wilton; http://lattes.cnpq.br/3931532041328673; http://lattes.cnpq.br/2297087461813170Este relatório apresenta as atividades desenvolvidas durante a residência em Área Profissional de Saúde em Medicina Veterinária, com ênfase em Viroses da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Estas foram realizadas no período de março de 2023 a fevereiro de 2025. Ao longo da residência, foram conduzidas diversas atividades, incluindo disciplinas teóricas, vivências no Sistema Único de Saúde, estágio na Equipe Multiprofissional de Saúde, além de participação em atividades de extensão e educação em saúde, principalmente, atividades laboratoriais específicas da área de concentração, com foco no diagnóstico laboratorial. O relatório está estruturado em dois capítulos distintos. O primeiro aborda as atividades realizadas no Laboratório de Virologia Animal, bem como as experiências na Vigilância em Saúde e na equipe Equipe Multiprofissional de Saúde, ambas desenvolvidas no Distrito Sanitário I, localizado no bairro da Boa Vista, no município do Recife, estado de Pernambuco. O segundo capítulo apresenta a pesquisa intitulada “Frequência da Infecção por Vírus da Leucemia Felina (FeLV) e Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV) em Gatos Residentes na Região Metropolitana do Recife”, detalhando sua metodologia, resultados e relevância para a área de estudo.
