Avaliação do uso de politereftalato de etileno (PET) pós consumo na indústria de embalagens alimentícias
Data
2021-07-15
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Resumo
The environmental appeals and the high percentage of Poly (Ethylene Terephthalate) - PET
waste, discarded in nature, often inappropriately, drive the packaging market to seekalternatives
for the use of post-consumer recycled PET (PET-PCR). In order to assist in this purpose, this
work evaluated the feasibility of using 100% recycled PET as a raw material in the production
of food packaging. For this purpose, PET-PCR was injected ina two-stage Husky injection
molding machine with a 48-cavity mold. The results were compared with those of virgin PET
(PET-V), a raw material already used, in order to evaluate the influence of the resin type used
on the quality and viability of the preform for application in the packaging sector. The green
coloring additive was added in both formulations, with 0.04% and 0.07%, by mass for PET-V
and PET-PCR, respectively, to guarantee the color required in some types of carbonated
beverages. According to the results obtained, the parameters established for the PET-PCR
forming process did not cause injection defects or great divergences in relation to PET-V.
Through intrinsic viscosity analysis, visual inspection, colorimetry and differential scanning
calorimetry (DSC), it was noticed that PET-PCR is more susceptible to degradative hydrolytic
fissionreactions, as expected, since it is a resin which has a thermal history, but these reactions
do not make its use unfeasible in food packaging. The gas chromatography results show that
the injection process used for PET-V provided higher acetaldehyde contents, this result was
attributed to the more aggressive conditions during the extrusion step and, finally, the specific
migration test showed that the PET- PCR is within the limits applicable according to the
Brazilian Legislation for Carbonated Drinks (ANVISA - Technical Information No. 71 of
February 11, 2016). Thus, PET-PCR can be used in theproduction of food packaging since the
deviations found are purely esthetic and do not interfere with its quality and applicability.
Descrição
Os apelos ambientais e o elevado percentual de resíduos de Poli (Tereftalato de Etileno) – PET,
descartados na natureza, impulsionam o mercado de embalagens a buscar alternativas para a
utilização do PET reciclado pós consumo (PET-PCR).Com o objetivode auxiliar neste propósito,
neste trabalho foi avaliada a viabilidade da utilização de PET100% reciclado comomatéria prima
na produção de embalagens alimentícias. Para tanto,PET-PCR foi injetado em máquina injetora
de dois estágios Husky com molde de 48 cavidades. Os resultados foram comparados com os
doPET virgem (PET-V), matéria- prima já empregada, visando avaliar a influência do tipo de
resina utilizado na qualidadeda pré-forma e a viabilidade desta na aplicação no setor de
embalagens. Foiadicionado oaditivo corante verde em ambas as formulações, com 0,04% e
0,07%, em massa paraPET-V e PET-PCR, respectivamente, para garantir a coloração exigida
em alguns tipos de bebidas carbonatadas. De acordo com os resultados obtidos, os parâmetros
estabelecidos para o processo de conformação do PET-PCR não causaram defeitos de injeção ou
grandes divergências em relação ao PET-V. Através de análises de viscosidade intrínseca,
inspeção visual, colorimetriae calorimetria exploratória diferencial (DSC), percebeu-se que o
PET-PCR é mais suscetível à reações degradativasde cisão hidrolítica, como era de se esperar,
já que se trata de uma resina que possui história térmica, porém estas reações não inviabilizam
sua utilização. Os resultados da cromatografia gasosa mostraram que o processo de injeção
empregado para o PET-V conferiumaiores teores de acetaldeído, tal resultado foi atribuído às
condições mais agressivas durante etapa de extrusão e por fim, o ensaio de migração específica
demonstrou que a resina PET-PCR se encontra dentro dos limites aplicáveis segundo a
Legislação Brasileira para Bebidas Carbonatadas (ANVISA - Informe técnico N° 71 de 11 de
fevereiro de 2016). Desta forma, o PET-PCR pode ser empregado na produção de embalagens
alimentícias visto que os desvios encontrados são puramente estéticos e em nada interferem na
sua qualidade e aplicabilidade.
Palavras-chave
Poli (tereftalato de etileno), Reciclagem química, Embalagens
Referência
SILVA, Bárbara Stefany Lima da. Avaliação do uso de politereftalato de etileno (PET) pós consumo na indústria de embalagens alimentícias. 2021. 61 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia dos Materiais) - Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho, Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2024.
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