Vibrio parahaemolyticus inativado por calor pode modular a atividade de fenoloxidases no hepatopâncreas do camarão Litopenaeus vannamei
Data
2020-11-13
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Carciniculture has grown in recent years, especially in Brazil for the
shrimp Litopenaeus vannamei. However, infectious diseases represent a major threat
to productivity, such as the disease caused by Vibrio parahaemolyticus, which is
responsible for high mortality rates. Thus, some alternatives have been taken to
understand the innate immunity in shrimp, such as the system prophenoloxidase
(proPO) that detects the activity of phenoloxidases in the hepatopancreas of shrimp,
whose modulation is carried out by pathogens. Therefore, the present study aims to
analyze the effect of inactivated V. parahaemolyticus on the L. vannamei
hepatopancreas phenoloxidase enzymes and to observe whether the activity of these
enzymes can be modulated through a second challenge with activated V.
parahaemolyticus. The effect of inactivated pathogen followed by live bacteria in the
phenoloxidase enzymes were evaluated in crude hepatopancreas extracts, in these
treatments (without V. parahaemolyticus inactivated, with V. parahaemolyticus
inactivated, with V. parahaemolyticus alive, with V. parahaemolyticus inactivated by
heat and V. parahaemolyticus live). The activities were measured by incubating the
crude extracts with L-dopa (non-specific substrate) and Hydroquinone (specific
substrate of laccase phenoloxidase enzymes) and tyrosinase phenoloxidase inhibitor
(13 mg / mL tropolone). Then the effect of temperature (25 ° C - 85 ° C) on the
activity of phenoloxidases was tested. The enzymatic activity of the inactivated Vibrio
group followed by infection with live Vibrio was not significant in relation to the live
Vibrio group, just as there was a negative activity modulation in the live vibrio group,
determining that it decreases the activity to establish itself in the shrimp. In addition,
the activity was slightly inhibited (32.3%) by tropolone and the residual activity
showed that laccase enzymes may be present marjoritly in the hepatopancreas of L.
vannamei. This indicates that most of the phenoloxidase enzymes are laccase and
that few enzymes are tyrosinase and that live pathogen is able to decrease enzyme
activity in order to settle in the shrimp and cause an infection. Therefore, it can be
concluded that neither phenoloxidase-like enzymes activity was not modulated in
hepatopancreas following inactivated V. parahaemolyticus nor these bacteria prevent
the effects of the active pathogen in these enzymes
Descrição
A carcinicultura tem crescido muito nos últimos anos, com destaque no Brasil
para o camarão Litopenaeus vannamei. Entretanto, doenças infecciosas
representam uma grande ameaça para a produtividade, como a doença causada
pela bactéria Vibrio parahaemolyticus que é responsável por grandes índices de
mortalidade. Assim, algumas alternativas vêm sendo tomadas para entender a
imunidade inata em camarões, como o efeito de bactérias inativadas para modular o
sistema profenoloxidase (proPO), que detecta a atividade das fenoloxidases no
hepatopâncreas do camarão. Portanto, o presente estudo tem por objetivo analisar o
efeito do V. parahaemolyticus inativado nas enzimas fenoloxidases de
hepatopâncreas de L. vannamei e observar se a atividade dessas enzimas pode ser
modulada mediante um segundo desafio com V. parahaemolyticus viva. O efeito do
patógeno inativado seguido pela bactéria viva nas enzimas fenoloxidases foram
avaliados em extratos brutos de hepatopâncreas, nos seguintes tratamentos: (sem
V. parahaemolyticus inativado (Controle), com V. parahaemolyticus inativado por
calor, com V. parahaemolyticus vivo, com V. parahaemolyticus inativado por calor e
V. parahaemolyticus vivo). As atividades foram mensuradas com incubação dos
extratos brutos com L-DOPA (substrato inespecífico) e Hidroquinona (substrato
específico de enzimas fenoloxidases do tipo lacase) e inibidor das fenoloxidases do
tipo tirosinases (tropolona 13 mg/mL). Em seguida foi testado o efeito da
temperatura (25°C - 85°C) na atividade das fenoloxidases. A atividade enzimática do
grupo Vibrio inativado seguido de infecção com o Vibrio vivo não foi significativa em
relação ao grupo que tinha apenas o Vibrio vivo. Além disso, ocorreu modulação da
atividade de forma negativa no grupo do vibrio vivo em relação ao grupo controle,
determinando que o mesmo diminui a atividade das fenoloxidases para se
estabelecer no camarão. A atividade das fenoloxidases foi levemente inibida (32,3%)
por tropolona, indicando pouca presença das fenoloxidases do tipo tirosinases. Além
disso, as fenoloxidases apresentaram termoestabilidade (atividade residual de
aproximadamente 50% a 75°C), o que indica que as fenoloxidases do tipo lacases
podem estar presentes majoritariamente no hepatopâcreas de L. vannamei.
Portanto, pode-se concluir que não ocorreu modulação da atividade das enzimas do
tipo fenoloxidases no hepatopâncreas com a inserção das bactérias patogênicas
inativadas, nem que estas bactérias previnem o efeito de V. parahaemolyticus vivo
nessas enzimas
Palavras-chave
Camarões - Criação, Bactérias gram-negativas
Referência
BARRETO, Lucinda Andriele dos Santos. Vibrio parahaemolyticus inativado por calor pode modular a atividade de fenoloxidases no hepatopâncreas do camarão Litopenaeus vannamei? 2020. 39 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Biológicas) – Unidade Acadêmica de Serra Talhada, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Serra Talhada, 2022.
Avaliação
Revisão
Suplementado Por
Referenciado Por
Licença Creative Commons
Exceto quando indicado de outra forma, a licença deste item é descrita como openAccess