Bactérias do mel de abelhas sem ferrão (apidae: meliponini) com potencial antagônico a microrganismos patogênicos de interesse para saúde humana
Data
2021-12-13
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Resumo
Stingless bee colonies are a natural reservoir of microorganisms that may be
present in honey, pollen and other microenvironments throughout the nest.
Bees, like other social insects, have complex symbiotic interactions that,
throughout evolution, provided an ecological interaction that helped preserve
the hives, favouring the life of these insects and giving them a survival
advantage. Several microorganisms associated with stingless bees, mainly
sporulating bacteria of the Bacillus genus, produce substances that inhibit the
growth of competing microorganisms that contaminate and deteriorate the food
stored in the hives. In this context, this work aimed to isolate bacteria from
stingless bees of the apidae: meliponini group to verify the capacity of the
microbiota against pathogenic microorganisms of interest to human health. In
the antagonism test, samples of honey from Melipona asilvai with 10-1
to 10-4
dilutions were used, which were then submitted to hyperthermia in a water bath
at 80˚C. Ten sporogenic bacterial morphotypes were selected and submitted to
an antagonism test, but only six inhibited the growth of pathogenic bacteria with
an inhibition halo ranging from 1 to 3 mm. Honey samples from M. subnitida,
scaptotrigona sp and Friosiomelitta stored for more than two years and from
Melipona asilvai showed absence of yeasts, filamentous fungi and
thermotolerant total coliforms. All honey samples showed total mesophilic
aerobic bacteria, in concentrations ranging from 2.9 x 104
a 9.79 x 104 CFU/g of
honey. Although honey has high concentrations of sugars that inhibit microbial
growth, several bacteria are able to resist high osmotic pressure and survive in
this substrate, making it a natural reservoir of microorganisms that end up being
beneficial to the colony and serving as a barrier against contaminating
microorganisms.
Descrição
As colônias de abelhas sem ferrão são um reservatório natural de
microrganismos que podem estar presentes no mel, no pólen e outros
microambientes de todo o ninho. As abelhas, assim como outros insetos
sociais, apresentam complexas interações simbióticas, que ao longo da
evolução forneceu uma interação ecológica que ajudou na preservação das
colmeias, favorecendo a vida desses insetos e dando-lhes vantagens de
sobrevivência. Vários microrganismos associados a abelhas sem ferrão,
principalmente bactérias esporulantes do gênero Bacillus, produzem substância
que inibem o crescimento de microrganismos competidores que contaminam e
deterioram o alimento estocado nas colméias. Nesse contexto, esse trabalho
teve o objetivo de isolar bactérias de abelhas sem ferrão do grupo (apidae:
meliponini) para verificar a capacidade da microbiota frente a microrganismos
patogênicos de interesse para saúde humana Escherichia coli e
Staphylococcus aureus. No teste de antagonismo foram usados amostras de
mel de Melipona asilvai no qual foram feitas diluições 10-1
a 10-4
que em
seguida foram submetidas a hipertermia em banho maria a 80˚C. Foram
selecionados 10 morfotipos bacteriano esporogênicos que foram submetidos a
teste de antagonismo, porém apenas seis inibiram o crescimento de bactérias
patogênicas com halo de inibição variando de 1 a 3 mm. As amostras de méis
de M. subnitida, scaptotrigona sp e Friosiomelitta armazenadas há mais de dois
anos e de Melipona asilvai apresentaram ausência de fungos filamentosos e
coliformes fecais e totais termotolerantes. Isso mostrado que o mel possui uma
capacidade de se manter asséptico de microrganismos deteriorantes. Todas as
amostras de méis apresentaram bactérias aeróbias mesófilas totais, em
concentrações variando de 2,9 x 104
a 9,79 x 104 UFC/g de mel. Embora o mel
possua altas concentrações de açucares que inibem o crescimento microbiano,
várias bactérias conseguem resistir a alta pressão osmótica e sobreviver nesse
substrato, tornando-o um reservatório natural de microrganismos que acabam
sendo benéficos a colônia e servindo como uma barreira contra
microrganismos contaminantes
Palavras-chave
Abelhas sem ferrão, Caatinga, Mel - Bactérias
Referência
FIGUEROA, Marcos Vinicius. Bactérias do mel de abelhas sem ferrão (apidae: meliponini) com potencial antagônico a microrganismos patogênicos de interesse para saúde humana. 2021.38 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Biológicas) – Unidade Acadêmica de Serra Talhada, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Serra Talhada, 2022.
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