TCC - Bacharelado em Medicina Veterinária (UAG)
URI permanente para esta coleçãohttps://arandu.ufrpe.br/handle/123456789/2956
Navegar
Item Análise dos níveis glicêmicos por meio do glicosímetro portátil em pequenos ruminantes(2019) Lira, Marcelo Tavares de; Ramos, Taciana Rabelo Ramalho; Baptista Filho, Luiz Carlos Fontes; http://lattes.cnpq.br/2627279097684607; http://lattes.cnpq.br/2578646566856035; http://lattes.cnpq.br/8771324501091785A glicose é um monossacarídeo importante como fonte de energia para o metabolismo de vários sistemas, principalmente o nervoso, o que torna sua disponibilização no sangue imprescindível. Vários mecanismos são responsáveis por manter a glicemia em níveis adequados, e a determinação destes níveis permitem ao profissional identificar o status energético do animal além de enfermidades que podem causar hipoglicemia ou hiperglicemia. A utilização de métodos mais ágeis e práticos permitem ao médico veterinário uma rápida tomada de decisão e auxílio imediato ao animal, sem a necessidade de esperar dias para diagnóstico da alteração metabólica. Objetivou-se nesse estudo comparar a determinação de glicose em pequenos ruminantes pelos métodos enzimático-colorimétrico e glicosímetro portátil, avaliando se há diferença significativa entre a utilização de sangue capilar ou venoso e a confiabilidade do teste portátil. Foram colhidas amostras sanguíneas de 53 caprinos e 51 ovinos, da jugular e da face interna orelha, com os animais devidamente contidos, sendo as amostras processadas no local e armazenadas em freezes até a realização do teste laboratorial. Os ovinos não apresentaram estatisticamente diferença significativa entre o método enzimático-colorimétrico e o glicosímentro portátil, já nos caprinos houve diferença significativa (p=0,0113) entre o método laboratorial e a determinação de glicose capilar pelo glicosímetro portátil. Entretanto a linearidade do teste esteve abaixo do preconizado pelo órgão regulamentador nacional (<15%), demonstrando a boa correlação do aparelho portátil e o exame laboratorial em pequenos ruminantes.Item Carcinoma ocular de células escamosas em bovino(2019-12-12) Buriti, Isabela Barros; Ramos, Taciana Rabelo Ramalho; http://lattes.cnpq.br/2578646566856035; http://lattes.cnpq.br/1397684147122889O carcinoma de células escamosas, também chamado de carcinoma espinocelular é a principal e mais frequente neoplasia que acomete a região ocular dos bovinos. Esta neoplasia é de fácil identificação clínica, porém é necessária a confirmação diagnóstica, por meio da histopatologia ou citologia da lesão, onde se observa a invasão de ceratinócitos no tecido dérmico. Objetiva-se relatar um caso de carcinoma ocular de células escamosas originário em terceira pálpebra de bovino, fêmea, mestiço da raça holandesa, com cinco anos de idade, criada em sistema semi-intensivo, no município de São Bento do Una-PE, região agreste do Estado. O animal apresentava lesão tumoral na região ocular, que aumentou consideravelmente de tamanho durante o final da gestação, provocando inquietação, incômodo e queda no desempenho produtivo. Ao exame físico, foi verificado massa tecidual de aspecto granulomatoso, friável, hiperêmico e ulcerativo, com pontos de sangramento na terceira pálpebra do olho direito, medindo aproximadamente 4x2 cm e sensível à palpação, sendo sugestiva de carcinoma de células escamosas. Foi realizado a exérese de toda a terceira pálpebra (massa tumoral + margem de segurança) e evidenciado no histopatológico, proliferação de ceratinócitos, formando ninhos com deposição abundante de ceratina arranjada concentricamente, além de moderada necrose intratumoral, confirmando o diagnóstico de carcinoma de células escamosas, bem diferenciado. Aos 15 e 30 dias pós cirurgia foi realizado acompanhamento do paciente não havendo sinais de recidiva e nem de complicações pós-operatórias. A excisão cirúrgica da neoplasia se demonstrou satisfatória para a resolução do quadro. O carcinoma ocular de células escamosas é uma afecção presente nos rebanhos bovinos, criados em sistemas que predispõem a uma maior incidência dos raios solares, onde o tratamento cirúrgico mostra-se eficaz em casos pouco invasivos e sem metástase.Item Plantas nefrotóxicas para ruminantes no município de São João, Pernambuco(2019-02-05) Fernandes Filho, Giovanne Tenório; Ramos, Taciana Rabelo Ramalho; http://lattes.cnpq.br/2578646566856035; http://lattes.cnpq.br/8842666582875777Por ser um país de grande extensão territorial e com grande número de bovinos criados em sistema extensivo, semi-intensivo e intensivo de produção, em pastagem nativas ou cultivadas, inúmeros são os casos de bovinos intoxicados devido a ingestão de plantas tóxicas. Se assumirmos que, no Brasil, a frequência de mortes decorrente a intoxicação por plantas tóxicas é similar à observada no Sul (10-14%), esse número pode variar entre 1.088.746 e 1.524.245 milhões de mortes por ano. Na região Nordeste do Brasil, existem relatos de ruminantes intoxicados por plantas nefrotóxicas, como Combretum glaucocarpa (sipaúba, vaqueta), Amaranthus spp. (bredo, bredo de porco, caruru) e Metternichia princeps (trombeteira, jasmim do morro). Devido esse histórico, o presente estudo foi realizado com o objetivo de identificar as plantas nefrotóxicas que ocorrem no município de São João-PE, avaliar a percepção dos produtores rurais a respeito das plantas nefrotóxicas, bem como, orientá-los e capacitá-los acerca dos fatores predisponentes para ocorrência de casos de intoxicação e formas de prevenção. Para tanto, no período de fevereiro a novembro de 2018 foram aplicados questionários semiestruturados junto a 98 produtores rurais do município em estudo para avaliação da percepção destes a respeito de plantas nefrotóxicas. Com base nos questionários, foi realizada a busca ativa em 61 propriedades, de acordo com disponibilidade e interesse dos produtores, para verificação da ocorrência e identificação de plantas nefrotóxicas nas pastagens e plantações. Por fim, realizadas as capacitações para que os produtores pudessem identifica as plantas nefrotóxicas em suas propriedades e prevenir a ocorrência de casos de intoxicação. Dos produtores entrevistados, 9,2% (9/98) relataram criar os animais (bovinos e ovinos) de forma intensiva, 68,4% (67/98) de forma semi-intensiva e 22,5% (22/98) de forma extensiva. Quanto a habilidade em reconhecer plantas tóxicas, 63,2%(62/98) afirmaram ter plantas tóxicas em sua propriedade. Nas buscas ativas realizadas em 86,9% (53/61) propriedades rurais, foi verificada a ocorrência de Amaranthus spp., em 3,9% (2/61) de Combretum glaucocarpum (Sipaúba) e em 11,76% (6/61) de Metternichia princeps (Trombeteira). Foi observado que nenhum dos produtores conheciam o potencial tóxico de Amaranthus spp. A ocorrência de plantas nefrotóxicas nas pastagens de propriedades rurais de São João-PE, possibilita a ocorrência de casos de ruminantes intoxicados por estas plantas e torna necessário a manutenção de trabalhos voltados para capacitação dos produtores, para que os permitam identificar essas plantas e atuarem preventivamente, evitando assim, prejuízos econômicos à pecuária.
