Navegando por Assunto "Scheelita"
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Item Atributos mineralógicos de tecnossolos originados de rejeitos da mineração de scheelita no semiárido brasileiro(2025) Correia, Maria Augusta Maciel Alves; Souza Júnior, Valdomiro Severino de; http://lattes.cnpq.br/3461006118388502; http://lattes.cnpq.br/5792205749052207Os tecnosolos são solos construídos ou modificados pelo homem, que surgem a partir de processos de construção, urbanização e mineração, tendo uma gênese artificial. Eles surgem a partir da combinação de diferentes materiais antrópicos com o solo natural, geralmente fazem parte de ambientes urbanos, agrícolas, industriais ou em áreas de mineração. No Brasil está localizada a maior mina de scheelita da América do Sul, a Mina Brejuí que se encontra no Rio Grande do Norte, no semiárido brasileiro. A mineradora tem como objetivo a extração da scheelita, que é um tungstato de cálcio, sendo uma fonte importante de tungstênio, um minério muito utilizado na indústria e em diversas aplicações tecnológicas devido a sua elevada resistência e durabilidade. Atualmente não existem muitos estudos referente aos tecnossolos no Brasil, dito isto o objetivo desse trabalho foi determinar a composição mineralógica da fração areia, argila e silte dos Tecnossolos originados de rejeitos da mineração de scheelita. O estudo foi feito com base em uma cronossequência de 0, 2, 5, 10 e 40 anos, sendo coletado amostras de 4 perfis, e uma amostra do material de origem, denominado tempo 0. Foram coletadas amostras em 3 horizontes/camadas (superficial, intermediária e profunda). As amostras foram secas em temperatura ambiente, destorroadas e peneiradas em malha de 2mm para obtenção da terra fina seca ao ar. Após a total eliminação do carbonato com HCl 10%, as amostras foram lavadas com álcool 60%. Na sequência as amostras foram submetidas à dispersão com calgon e posteriormente separadas as frações areia, silte e argila. A areia foi separada por peneiramento úmido, a fração argila e silte foram separadas por sedimentação e sinfonamento. As três frações foram analisadas e identificadas no difratômetro de raios X. A fração areia foi analisada na forma de pó não orientado, onde se identificou biotita, talco, feldspato, quartzo e actinolita. Na fração argila analisada na forma de pó não orientado e sobre lâmina de vidro orientada foi identificado esmectita, biotita, actinolita, caulinita, goethita e feldspato. Sendo assim, concluímos que o Tecnossolo em questão tem grande potencial agrícola, pois a fração areia apresenta minerais primários com potencial para fornecer elementos essenciais às plantas a médio prazo e os demais minerais podem manter a fertilidade do solo a longo prazo.Item Estoque de carbono e fertilidade de tecnossolos originados de rejeitos da mineração de scheelita no semiárido brasileiro(2024-02-21T03:00:00Z) Nunes, Gustavo Vieira; Silva, Ygor Jacques Agra Bezerra da; http://lattes.cnpq.br/0904824873761236; http://lattes.cnpq.br/0011472973408477Estudar tecnossolos é essencial para compreender seu potencial para produção agrícola, recuperar áreas degradadas e sequestrar carbono. No semiárido do Nordeste brasileiro se encontra a maior mina de scheelita da América do Sul, os rejeitos dessa atividade acumulam-se desde a década de 40, impactando a qualidade ambiental. Embora os tecnossolos originados de rejeitos de mineração sejam estudados globalmente, informações sobre a fertilidade e o estoque de carbono orgânico desses solos são escassas no Brasil, especialmente em regiões semiáridas. Desse modo, o presente trabalho tem por principal objetivo avaliar o estoque de carbono e a fertilidade de tecnossolos construídos há 40 anos a partir de rejeitos da mineração de scheelita no semiárido brasileiro, com intuito de avaliar o seu potencial para uso agrícola e sequestro de carbono. Quarenta amostras compostas foram coletadas nos horizontes superficiais (0-30 cm) dos tecnossolos construídos a partir de rejeitos da Mina Brejuí, localizada no município de Currais Novos, região semiárida do estado do Rio Grande do Norte. A média da densidade do solo foi de 1,38 kg dm-3, possivelmente não havendo impacto negativo nas propriedades físico-hídricas dos tecnossolos. A média do pH em água e em KCl foi de 8,53 e 8,07, respectivamente, com ΔpH médio de -0,47. A alcalinidade nos tecnossolos, devido a carbonatos nos tactitos e mármores (materiais formadores dos rejeitos), pode restringir o crescimento vegetal por causar desequilíbrios nutricionais e deficiências de micronutrientes. As concentrações médias disponíveis de P (2,73 (mg kg-1) e K (0,14 cmolc kg-1) são limitações para a atividade agrícola, exigindo estratégias para a elevação desses nutrientes a fim de melhorar a viabilidade agrícola. A concentração média de carbono orgânico nos tecnossolos foi de 24,11 g kg⁻¹, mais do que o dobro da média observada em solos da Caatinga, que costuma ser de aproximadamente 9,3 g kg⁻¹. Os tecnossolos, derivados da mineração de scheelita, alcançaram estoques de carbono de até 222,93 Mg ha-1, superando em mais de três vezes os Vertissolos (60,08 Mg ha-1) e mais do que dobrando a média nacional (99,39 Mg ha-1), destacando seu potencial para sequestro de carbono na região semiárida. Este estudo, diante da escassez de informações sobre tecnossolos derivados da mineração em ambientes semiáridos brasileiros, contribui não apenas para a comunidade científica, mas também para os formuladores de políticas, destacando a importância da gestão eficiente dos rejeitos de mineração na recuperação de áreas degradadas, na produção agrícola sustentável e no sequestro de carbono, crucial para mitigar as mudanças climáticas.Item Pó de rocha de mineração de scheelita como remineralizador de solo: potencialidades e limitações(2024-12-20T03:00:00Z) Brazil, Camila Victória da Silva; Silva, Ygor Jacques Agra Bezerra da; Freitas, Ana Beatriz Torre Melo de; http://lattes.cnpq.br/9242623308268377; http://lattes.cnpq.br/0904824873761236; http://lattes.cnpq.br/4576908790448520O Brasil é uma das maiores potências agrícolas mundiais, mas enfrenta desafios devido à dependência de fertilizantes convencionais e seus impactos ambientais. Nesse contexto, a rochagem, técnica que utiliza pó de rocha como remineralizador de solos, surge como alternativa sustentável para a agricultura. Este estudo avaliou o potencial do rejeito de mineração de scheelita como remineralizador de solos, conforme os critérios estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), nas Instruções Normativas nº 5 e 6 de 2016. O estudo foi realizado no município de Currais Novos, na Zona Semiárida do estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Foram coletadas as rochas encaixantes (gnaisse e mármore) e a hospedeira (scheelita) para análises petrográficas e seis amostras de rejeito de mineração de scheelita para caracterizações mineralógicas, físicas e químicas do pó de rocha. A análise granulométrica, utilizada para determinar a natureza física do material (filler, pó ou farelado), foi realizada com peneiras de malhas variando entre 2 mm e 0,053 mm. A petrografia das rochas foi realizada com o uso de um microscópio petrográfico, enquanto a identificação da composição mineralógica dos rejeitos foi feita por difratometria de raios X (DRX). Os elementos maiores, expressos na forma de óxidos, foram determinados por meio de um espectrômetro de fluorescência de raios X (FRX). As análises de macronutrientes e demais caracterizações dos rejeitos foram realizadas conforme os procedimentos descritos no Manual de Métodos de Análise de Solo da Embrapa. Os resultados demonstraram que o material apresenta elevada concentração de minerais como biotita, plagioclásio, apatita, actinolita e feldspatos, que atuam como fontes de nutrientes, além de granulometria adequada para liberação gradual de elementos essenciais no solo. Quimicamente, o pó de rocha atendeu a dois dos três pré-requisitos legais, apresentando 41,99% de soma de bases (CaO + MgO + K₂O), 1% de K₂O e 24% de SiO₂ livre. Contudo, o teor de arsênio (As = 70,31 mg kg⁻¹) ultrapassou quase quatro vezes os limites permitidos pela legislação, inviabilizando sua classificação imediata como remineralizador. Diante do potencial agronômico identificado e dos desafios associados à presença de elementos potencialmente tóxicos, recomenda-se a continuidade dos estudos, com foco no uso de plantas fitorremediadoras para mitigar os teores de As, garantindo segurança ambiental e viabilidade comercial. O aproveitamento do rejeito de scheelita pode representar uma solução para a destinação adequada desses resíduos, contribuindo para a sustentabilidade agrícola e para o fortalecimento da segurança alimentar no Brasil.
