Navegando por Assunto "Siris"
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Item Comunidade de siris (crustacea: decapoda: portunidae) da zona de arrebentação da praia de Jaguaribe e estuário do Rio Jaguaribe, Ilha de Itamaracá, Pernambuco, Brasil(2022-06-03) Noé, Karyna Kelly Bezerra; Viana, Girlene Fábia Segundo; http://lattes.cnpq.br/3338076933519392Os crustáceos são membros importantes das comunidades bentônicas tropicais, servindo de alimento para o homem. Esse estudo teve como objetivo analisar a biometria, abundância e frequência da população de crustáceos Portunídeos da praia de Jaguaribe e do estuário do rio Jaguaribe em Itamaracá-PE. As coletas foram relizadas em três pontos: 1) a zona de arrebentação, 2) desemborcadura do rio e 3) estuário. Os siris analisados nesse estudo são da fauna acompanhante de coleta de peixes capturados através de arrastos. Logo após coletados, os siris foram acondicionados em sacos plásticos e encaminhados para o Laboratório de Bentos (LABENTOS) da UFRPE/ UAST. Os indivíduos foram identificados, sexados, quantificados e medidos. Os dados obtidos foram digitados em planilha eletrônica para análises de abundância, frequencia e diversidade. Foram identificados 190 espécimes distribuídas em cinco espécies: Callinectes danae (Smith, 1869), Callinectes ornatus (Ordway, 1863), Callinectes marginatus (A. Milne Edwards,1861), Arenaeus cribrarius (Lamarck, 1818) e Charybdis hellerii (A. Milne Edwards, 1867). Em relação a abudancia relativa C. danae foi considerada uma espécie dominante em todos os pontos, obtendo 54% no ponto 1, 66% no ponto 2 e 65% no ponto 3. Arenaeus cribrarius foi considerada abundante no ponto 1 com 35% e comum no ponto 2 com 20%, não foi coletada no ponto 3. Callinectes marginatus apresentou 28% no ponto 3, sendo considerada comum, já no ponto 1 ela foi classificada como ocasional com 5%. C. ornatus apresentou abundância nos pontos 1, 2 e 3 respectivamente com 5%, 9% e 7%, sendo assim classificada como ocasional. Charybdis hellerii foi classificada como ocasional com 5%. Na frequência de ocorrência constatou-se que C. danae é uma espécie considerada euconstante com 82% da amostra coletada. C. ornatus e C.marginatus, apresentaram 45% cada, sendo desta forma espécies constantes. A. cribrarius apresentou 36% e é considerada espécie acessória. Considerada acidental, C. hellerii com apenas 18% do total de amostra. Para diversidade os valores foram baixos para a desembocadura do rio (ponto 2) e para o interior do estuário (ponto 3) , e baixo para zona de arrebentação (ponto 1). Os valores de equitabilidade foram equitativos, J’= 0,7276 para a zona de arrebentação (ponto 1), J’= 0,691 para desembocadura do rio (ponto 2) e J’=0,7555 para o interior do estuário (ponto3). A análise de ancova demonstrou uma relação positiva de crescimento entre a largura da carapaça, comprimento da carapaça largura do abdome e peso. Diferindo apenas para o Callinectes danae na relação de largura de carapaça com a largura do abdome. A baixa abundância de Charybdis hellerii mostra que a espécie não está colocando em risco os siris nativos nesta localidade. Este estudo contribuiu para ampliar os conhecimentos sobre os siris na Ilha de Itamaracá.Item Hábito alimentar do siri Callinectes ornatus (Ordway, 1863) (Crustacea: Brachyura: Portunidae) na Ilha de Itamaracá, Pernambuco, Brasil(2024-03-08) Silva, Milene Ferreira da; Viana, Girlene Fábia Segundo; http://lattes.cnpq.br/3338076933519392; http://lattes.cnpq.br/5638616005945547O siri Callinectes ornatus (Ordway, 1863) é um crustáceo pertencente à família Portunidae de grande importância para a comunidade bentônica, tendo em vista seu relevante papel na teia trófica de ambientes marinhos. Este estudo teve como principal objetivo identificar e proporcionar informações acerca da composição da dieta do C. ornatus Ordway, 1863 na Ilha de Itamaracá, Pernambuco, Brasil no período após o derramamento de petróleo ocorrido na costa brasileira em 2019, assim como analisar a ocorrência de possíveis alterações em seu hábito alimentar. Os exemplares analisados foram oriundos de fauna acompanhante proveniente de coletas de peixes realizadas em agosto e setembro de 2020. Para a obtenção do material foi utilizado uma rede de arrasto de 20 metros de comprimento, por 1,5 metros de altura e 5 milímetros de abertura de malha. Foram escolhidos dois pontos distintos, sendo um na zona de arrebentação na praia de Jaguaribe (7°43'43"S 34°49'29"W) e o outro na foz do rio Jaguaribe (7°43'19"S 34°49'32"W) na Ilha de Itamaracá, Pernambuco, Brasil. Após a coleta, o material foi encaminhado para o Laboratório de Bentos da UFRPE/UAST para a realização das análises. Posteriormente, após a triagem, o material foi identificado, medido e sexado para a extração dos estômagos dos siris e avaliação do grau de repleção estomacal. Para analisar a contribuição de cada item alimentar, foram aplicados o Método dos Pontos, a Frequência de Ocorrência e o Índice Alimentar. Foram identificados 12 itens presentes nos estômagos dos 104 siris coletados nos pontos de coleta. Os resultados obtidos indicam que Crustacea, Mollusca e Matéria Orgânica Animal foram os itens que mais contribuíram para a dieta natural dos siris coletados na zona de arrebentação da Praia de Jaguaribe e Crustacea, Matéria Orgânica Animal e Matéria Orgânica Vegetal foram os itens que mais contribuíram para a dieta dos siris coletados na foz do rio Jaguaribe. Quanto à diferença na dieta dos machos e fêmeas da espécie, foi constatado que houve apenas pequenas alterações nas proporções dos itens consumidos. Contudo, o item Crustacea continuou sendo o item de maior representatividade para ambos os sexos. De acordo com tais resultados, o hábito alimentar da espécie é caracterizado como generalista e oportunista com preferência por organismos de origem animal. Durante a análise do material não foi identificada a presença de substâncias oleosas indicando a presença de petróleo em suas estruturas ou nos demais órgãos internos, assim como a comparação com dados da literatura mostra que não houve alteração na dieta natural da espécie, mesmo após o incidente com petróleo, havendo apenas a presença de resíduos plásticos em alguns estômagos indicando a exposição a atividades antrópicas ao longo da zona costeira.
